E o mais triste é que também não sejam capazes de ver que a construção naval para a marinha poderia ser uma forma de reduzir a taxa de desemprego pelo menos na região dos estaleiro, em vez de se pagarem subsídios de desemprego pagavam-se salários, em termos de custos a diferença eram um pouco mais altos, mas no final sempre tinha-mos navios novos. E acima de tudo seria bom que se tentasse integrar o máximo de componentes nacionais por forma a manter mais dinheiro na nossa economia.
Na indústria naval, a questão não será empregar, mas sim encontrar quem possa lá trabalhar, não é qualquer um, por exemplo, que consegue soldar e por aí a fora.
De qualquer forma o governo quer reduzir o número de empregados que estão dependentes, directa ou indirectamente do OE. Mas sim, O RU, a frança, a Itália, praticamente todos os países com capacidades de construção naval, normalmente optam por ser eles mesmos a fazê-lo.
Daquilo que me lembro uma das maneiras de combater crises foi tendencialmente através de investimento publico (foi assim na crise de 1929 e noutras). Porque não investir em navios?
Porque não? Mas olha, no New Deal a opção foi sempre obras de utilidade pública, como a barragem de Hoover.
Quem sabe se não conseguiremos até vender alguns.
Essa já seria uma razão válida, tendo nós a capacidade para suprir algumas das nossas necessidades, porque não o fazemos, pois bem, eu acho que promover as nossas capacidades de construção é efectivamente uma razão, porque se construindo um navio com dinheiros públicos, e empregando pessoas com á custa de dinheiros públicos acabaria por promover o local, o que nos falta é a engrenagem de conseguir entregar os navios no prazo estipulado, para que os estaleiros possam dar a conhecer a possíveis clientes o que conseguem fazer, e todos os países, como já disse neste post, com capacidades para tal fazem isto. se não olhe-se aqui para o lado, um projecto de uma fragata, as f-100 bem como um projecto de um LHC foi comercializado a nível internacional... Mas o valor, era mesmo conseguir que a nossa indústria se afirmasse não na construção militar, mas sim na civil, e nesse aspecto, a construção militar, fomentada pelo estado é essencial. é conseguir dizer que se conseguimos construir estes navios militares em x tempo porque não conseguiríamos fazer um cargueiro? mas claro, fazer isto sem uma percentagem de incorporação de tecnologia nacional numa percentagem significativa, 30% já seria bom, é completamente irrelevante, e o dinheiro inicialmente investido para tirar esses funcionários do desemprego possivelmente não compensaria... falta a investigação e a pesquisa.