dc - --> A questão é que o LPD faria sentido se existisse a intenção de criar e manter operacionais as unidades que seriam necessárias para depois as poder projetar ainda que mesmo assim fosse sempre necessário apoio de terceiros.
Não podemos olhar para a realidade que temos hoje, de absoluta decadência e ao mesmo tempo concluir que o LPD não serviria para nada porque com estas forças inuteis o LPD seria um desperdicio.
Manter forças armadas operacionais tem um custo que a maioria das pessoas nem imagina e pior, nem os politicos parecem imaginar.
O LPD seria uma solução para vários cenários. Permitia colocar ou uma unidade pesada ou uma unidade combinada em algum lugar da Europa em apenas alguns dias, coisa que não poderia nunca ser feita por estrada ou caminho de ferro.
Daria ao país uma capacidade que responderia a inumeras outras possibilidades de utilização (já discutidas aqui) e permitiria extrair uma força militar, que é algo que muitas vezes esquecemos.
Quando se trata de projetar a força, há sempre quem ajude, mas para retirar, normalmente não é assim. As prioridades dos outros vão sempre sobrepor-se às nossas.
A utilidade do LPD considerando todas as opções que passariamos a ter, transforma tal meio num meio baratíssimo, mais barato que um submarino por exemplo.
Mas não podemos deixar de considerar que o LPD faz sentido se E SÓ SE, os meios existirem ou estiverem programados primeiro. O investimento num LPD não é uma alternativa a nada, é o corolário de um programa de investimento, que considera a criação de uma força pesada ou média, que considera a sua manutenção, os custos e complexidade do seu embarque, desembarque manutenção na area para onde é projetada e naturalmente a sua capacidade de combate.
Ter estas capacidades organizadas e meios financeiros para garantir a sua operacionalidade, é absolutamente crucial, antes de ter o LPD.
Como não conseguimos o anteriormente dito, obviamente o LPD foi-se arrastando para as calendas gregas.
Se desistimos de ter forças armadas, um meio de projecção do que não existe nem se quer criar, não faz sentido.
Mas isto não acontece porque o conceito não seja absolutamente claro e vantajoso, apenas porque não queremos gastar dinheiro, achando que podemos andar às cavalitas dos outros e a fingir que cumprimos com as nossas obrigações para com a NATO.
oops ...
E a isto se chama desvirtuar o tópico ... esqueci-me que era sobre o vetusto M113 ...