Duvido que o US Army alguma vez vá operar os Abrams do Corps no estado actual, i.e., sem upgrades. Li, há tempos, um artigo em que o autor discutia outra das razões pelas quais o USMC se ia livrar dos tanques: obsolescência.
O USMC não seguiu o processo de actualização dos CC do USA e manteve os M1A1 praticamente inalterados durante quase 30 anos. Os M1A2 do USA foram constantemente actualizados e o seu peso actual pode chegar às 80 toneladas. Em contrapartida, os M1A1 pesam pouco mais de 60 toneladas. Ou seja, de forma a manter a letalidade dos seus CC, o USMC teria que proceder à actualização dos Abrams.
A actualização dos CC do USMC, para M1A2 SEPv3, iria custar uma fortuna, desviando recursos de outras componentes, como a aviação. Mas, mais importante, iria ter um impacto profundo nas operações devido ao aumento de peso. As LCAC (rápidas), actualmente, conseguem transportar um M1A1, mas não conseguem transportar o M1A2. As LCU (lentas), dependendo do modelo, conseguem transportar três ou dois M1A1, mas se for M1A2, os números passam para dois e um, respectivamente.
Resumindo, o upgrade dos M1A1 do USMC, além de ser caro iria tornar o desembarque de CC praticamente impossível e, como tal, uma ferramenta inútil para operações anfíbias.