Rússia com ambições sobre o Polo Norte

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« Responder #30 em: Outubro 23, 2007, 02:16:06 pm »
Ministro alemão adverte contra «Guerra Fria» no Pólo Norte

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O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Frank-Walter Steinmeier, advertiu hoje contra a eclosão de uma «Guerra Fria» e o surgimento de novos conflitos no Pólo Norte como consequência das mudanças climáticas.
«Devemos evitar uma Guerra Fria no Pólo Norte», disse o ministro no congresso climático da empresa eléctrica alemã Energie Baden-Württemberg.

O ministro referia-se à corrida iniciada por alguns países do círculo polar ártico para tentar assegurar a exploração dos potenciais recursos naturais da região, cujo acesso pode ser facilitado pelo degelo como consequência das mudanças climáticas.

Frank-Walter Steinmeier salientou que os eventuais direitos dos países árticos devem ser estabelecidos de acordo com o direito internacional.

Adertiu ainda que se deve evitar a criação de frentes nas próximas negociações em Bali do acordo sucederá ao Protocolo de Quioto para a redução das emissões de gases poluentes.

Diário Digital

 

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« Responder #31 em: Outubro 30, 2007, 01:14:17 pm »
Rússia formalizará à ONU reivindicação sobre o Ártico, diz rádio


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MOSCOU (Reuters) - A Rússia vai apresentar à ONU ainda neste ano uma reivindicação formal das gigantescas riquezas minerais do leito do oceano Ártico, disse uma rádio na terça-feira, citando o ministro de Recursos Naturais do país.

A Rússia, maior país do mundo, diz que todo o oceano Ártico deveria estar sob controle de Moscou, por se tratar na realidade de uma extensão da plataforma continental siberiana.

O ministro Yuri Trutnev disse em entrevista à rádio Russkaya Sluzhba Novostei que a reivindicação será apresentada até o final do ano à ONU.

"Mal podemos começar a exploração econômica desse território, que está além das fronteiras russas, sem a concordância de outros países, sem a concordância da ONU", disse Trutnev, segundo a rádio.

"Os cientistas acham que os dados para submeter uma reivindicação são suficientes. Vamos lutar pelo direito da Rússia em controlar esta região."

A Rússia disputa com Canadá, Dinamarca, Noruega e Estados Unidos o controle das gigantescas reservas de petróleo, gás e metais preciosos, que devem ficar mais acessíveis devido à redução da calota polar, consequência do aquecimento global.

Autoridades russas dizem que a enorme cordilheira submarina de Lomonosov, que corre sob o Ártico, é uma extensão da plataforma continental siberiana.

Uma expedição russa às profundezas do Pólo Norte, em agosto, recolheu amostras do leito marinho e fincou uma bandeira russa para simbolizar a conquista.

Canadá, Dinamarca, Noruega, Rússia e EUA têm parte de seus territórios dentro do Círculo Ártico, além de uma zona de exploração marítima de 320 quilômetros a partir da costa norte de seus países.

Pela Lei do Mar, um tratado da ONU, qualquer país que tenha litoral ártico e deseje reivindicar uma área maior deve apresentar o pedido à Comissão da ONU para Limites da Plataforma Continental.

A Rússia apresentou em 2001 um pedido a tal comissão, que no ano seguinte respondeu que Moscou deveria fazer pesquisas adicionais para rever o pedido.

Desde então, os russos tentam reunir dados científicos que corroborem sua tese.

Geólogos russos estimam que o leito do Ártico tem entre 9 e 10 bilhões de toneladas de petróleo ou equivalente, praticamente o mesmo que o total de reservas petrolíferas russas.

O país é o segundo maior exportador mundial de petróleo, atrás da Arábia Saudita.

 

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« Responder #32 em: Agosto 27, 2008, 11:49:39 pm »
Canadá duplica o seu controlo das águas do Ártico

O Canadá, determinado a promover a sua soberania no Ártico, anunciou hoje a sua intenção de duplicar as actuais cem milhas marítimas para duzentas do seu controlo sobre as águas árticas, nomeadamente na área ambiental.

O primeiro-ministro Stephen Harper, que está a visitar o Grande Norte Canadiano, disse também pretender modificar a legislação de modo a que os navios que entrem na zona das duzentas milhas sejam obrigados a notificar as autoridades da sua presença.

"Enviamos ao mundo uma mensagem clara: as nossas normas ambientais e a nossa soberania não serão postas em questão. Se alguém estiver no Ártico, tem de respeitar as regras do Canadá", disse Harper.

Contudo, as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro canadiano carecem de alterações legislativas e não serão aplicadas imediatamente.

Harper fez as declarações em Tuktoyaktuk, uma localidade situada à entrada ocidental da Passagem Norte/Oeste, uma via marítima que liga os Oceanos Pacífico e Atlântico, que está a ser acessível pelo menos uma parte do ano devido ao aquecimento global.

O aumento da navegação nas regiões árticas levanta a hipótese de ameaças potenciais não só para o ambiente, nomeadamente de derrames de petróleo, mas também para a "segurança nacional", salientou Harper.

O Canadá considera que a Passagem Norte/Oeste, serpenteando entre ilhas que lhe pertencem, faz parte das suas águas territoriais. Os Estados Unidos e outros países contestam contudo a soberania canadiana, considerando que se trata de uma via marítima internacional.

"No plano do ambiente, da segurança e da economia, estabelecemos claramente que não só reinvindicamos a soberania sobre o Ártico Canadiano, como também afectaremos todos os recursos governamentais do Canadá aos controlos necessários para fazer respeitar esta soberanoa", salientou Harper.

Terça-feira, Harper anunciara um investimento de cem milhões em cinco anos para fazer a cartografia do vasto potencial energético e mineral do Grande Norte Canadiano.

Lusa

 

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« Responder #33 em: Setembro 19, 2008, 12:09:34 am »
Medvedev defende formalização de fronteiras da Rússia no Ártico


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Moscou, 17 set (EFE).- O presidente da russo, Dmitri Medvedev, declarou hoje que seu país deve legalizar em breve as fronteiras de sua plataforma continental no Oceano Glacial Ártico e transformar esta região na fonte de recursos para a Rússia no século XXI.



"Para isto, já a partir de hoje devemos solucionar uma série de assuntos, dos quais o principal é garantir a proteção dos interesses nacionais da Rússia na região", destacou.



Segundo Medvedev, "a agenda a curto prazo deve incluir a consolidação de acordos e a formalização das fronteiras da plataforma continental".



"Precisamos de uma base legal sólida que regule as atividades da Rússia no Ártico. Antes de tudo, é necessário elaborar e aprovar uma lei federal sobre as fronteiras do sul da região ártica russa", explicou o chefe do Kremlin durante uma reunião do Conselho de Segurança russo, citado pela agência "Interfax".



Medvedev disse que, "segundo os especialistas, a plataforma continental do Ártico poderia conter aproximadamente um quarto de todas as reservas de hidrocarbonetos do mundo" e acrescentou que "o uso destes recursos representa uma garantia para a segurança energética da Rússia em geral".



"Esta região tem para nós um significado estratégico. Seu desenvolvimento depende da resolução de tarefas de nosso país a longo prazo e sua competitividade nos mercados globais", ressaltou.



Medvedev lembrou que 20% do Produto Interno Bruto (PIB) russo e 22% das exportações do país são produzidos na região do Ártico.



"Nas regiões do Ártico é desenvolvida a produção de metais preciosos e raros", declarou.



Também o secretário do Conselho de Segurança, Nikolai Patrushev, afirmou que a Rússia defenderá seus interesses no Ártico e declarou que a plataforma continental ártica constitui 18% de todo o território do país e que há 20 mil quilômetros de fronteira na região.

 

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« Responder #34 em: Setembro 20, 2008, 12:42:02 am »
Canadá reforça patrulhas aéreas, preocupado com reivindicações russas

O primeiro-ministro canadiano, Stephen Harper, declarou-se hoje "preocupado" com a atitude da Rússia no Árctico, nomeadamente as suas patrulhas aéreas, afirmando que isso o levou a tomar medidas para reforçar a sua soberania no Norte.

Harper era questionado durante uma sessão de campanha para as eleições legislativas de 14 de Outubro sobre uma recente declaração do presidente russo, Dmitri Medvedev, anunciando que Moscovo ia fixar os limites do seu espaço marítimo no Árctico, região que se presume ser rica em hidrocarbonetos.

"Estamos preocupados não apenas com as reivindicações russas(...) mas também com as incursões que testam o nosso espaço aéreo e outras indicações, assim como as acções da Rússia noutras partes do mundo que podem indiciar um desejo de trabalhar fora do quadro internacional", disse, numa alusão à situação na Geórgia.

"Essa é a razão que nos leva a tomar uma série de medidas, incluindo medidas militares, para reforçar a nossa soberania no Norte", acrescentou.

A Rússia retomou nos últimos tempos as suas patrulhas com bombardeiros estratégicos com um longo raio de acção no Grande Norte.

Quarta-feira, o presidente russo, Dimitri Medvedev, anunciou que Moscovo vai fixar os limites do seu espaço marítimo no Árctico e pediu que fosse preparada uma lei para "traçar a fronteira exterior da plataforma continental" russa.

O primeiro-ministro canadiano sublinhou que as reivindicações sobre a plataforma continental do Oceano Árctico devem ser feitas no âmbito de um "processo internacional", na ocorrência a Convenção da ONU sobre o Direito do Mar.

"Vamos prosseguir as investigações (científicas) necessárias para apoiar as nossas reivindicações e continuar a trabalhar no quadro deste processo internacional", prosseguiu, acrescentando: "Esperamos que a Rússia faça o mesmo".

Na quinta-feira, também a Noruega sublinhou que as reivindicações no Árctico deviam decorrer no quadro estrito do Direito do Mar.

"Seria pouco sensato utilizar outros meios que não o que o Direito do Mar nos dá", disse a chefe da diplomacia norueguesa, Jonas Gahr Stoere.

Cobiçados pelos cinco países que confrontam o Árctico (Estados Unidos, Rússia, Canadá, Noruega e Dinamarca), os seus fundos marinhos podem esconder 13 por cento das reservas de petróleo e 30 por cento das reservas de gás natural por descobrir do planeta, segundo os serviços geológicos dos Estados Unidos.

No poder desde o início de 2006, o governo conservador de Stephen Harper fez da defesa da soberania do Árctico e do reforço da sua presença, nomeadamente militar, nesta região, um dos seus cavalos de batalha.

Manobras militares decorreram o mês passado no Grande Norte Canadiano.

Lusa

 

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« Responder #35 em: Novembro 18, 2008, 08:42:38 pm »
“Guerra pelo Ártico” em banho-maria




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A “guerra” pelos recursos do Ártico está em banho-maria. Com a baixa do preço do petróleo nos mercados internacionais, a Rússia deixou para segundo plano a disputa territorial. Porém, se a situação se alterar, a extracção de petróleo do Pólo Norte torna-se bastante rentável  e poderá reacender a querela internacional.

O rápido degelo na região do Ártico pode abrir caminho à exploração comercial das reservas minerais, ricas em petróleo, gás e diamantes. Esta região, disputada por cinco países – Rússia, Canadá, EUA, DinamarcSegundo pesquisadores russos na chamada Cordilheira de Lomonossov, que se estende desde a Gronelândia à Sibéria Oriental, existem 100 mil milhões de toneladas de combustíveis por explorar: 13,8 mil milhões toneladas de petróleo e 79,1 mil milhões de metros cúbicos de gás. A Plataforma Continental do Ártico é rica, ainda, em diamantes.

No cerne da questão está o facto de a região polar ser rica em petróleo, diamantes e ouro. Assim sendo, são cinco os países que reivindicam o Ártico como seu. A Gronelândia, embora autónoma, faz parte do Reino da Dinamarca. Explicando assim o interesse do país por esta questão.

No ano passado, depois de enviado para o Ártico, um submarino russo foi o suficiente para propiciar uma maior atenção por parte dos outros países interessados.

Exploração do Ártico

Os países já referidos pretendem comprovar que esta cordilheira é um prolongamento da Plataforma Continental de cada um. Até agora, não foi possível provar a quem pertence esta cobiçada região polar.  

A Comissão de Limites da Plataforma Continental das Nações Unidas vai decidir quem terá a possibilidade de explorar o solo da região polar. Até 2014, os países interessados devem enviar, à ONU, os resultados das suas pesquisas para o efeito.  

De acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar cada país possui direitos exclusivos de exploração quando os recursos naturais encontrados não estendem as 200 milhas de águas territoriais.

Embora este facto seja bem vincado, um Estado pode, eventualmente, ultrapassar as 200 milhas. Desde que se prove que a região, depois desse limite, ainda pertence à sua plataforma continental, explica Alexander Proelss, especialista em Direito do Mar da Universidade de Kiel, no norte da Alemanha.



http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Socieda ... id=1046084

 

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« Responder #36 em: Março 30, 2009, 05:59:19 pm »
Moscovo quer reforçar controlo no Árctico


A Rússia não projecta criar qualquer grupo operacional no Árctico e apenas deseja reforçar o controlo nessa região, principalmente com unidades de guarda-costeira, declarou esta segunda-feira o ex-comandante da Armada Russa do Norte e senador russo.

O almirante Viatcheslav Popov, que também é presidente da Comissão para a Política Naval do Senado russo, comentou dessa forma o documento intitulado “Princípios da Política Estatal da Rússia no Árctico para o período até 2020 e depois”, que foi publicado no sítio electrónico do Conselho de Segurança da Rússia.

No documento sublinha-se a necessidade de instalar tropas, principalmente da guarda-costeira, na zona árctica russa “para defender a segurança do país em diferentes condições político-militares”.

“Não se trata de criar um novo grupo operacional, mas sim de reforçar as funções de controlo nessa região com unidades da guarda-costeira”, explicou Popov.

Nomeadamente, é necessário criar uma ampla infra-estrutura fronteiriça, incluindo postos fronteiriços e aeródromos, na parte continental e nas ilhas da zona árctica russa”, sublinhou o senador.

Há cinco Estados que têm zonas económicas exclusivas e plataformas continentais no Oceano Glaciar Árctico: Canadá, Estados Unidos, Rússia, Noruega e Dinamarca.

Lusa

 

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« Responder #37 em: Abril 06, 2009, 11:19:25 pm »
Territorialidade e meio ambiente dominam reunião sobre os pólos

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WASHINGTON, EUA (AFP) — As reivindicações territoriais sobre o fundo marinho do Ártico e a preservação do meio ambiente na Antártica centrarão nesta segunda-feira a primeira reunião diplomática consagrada aos pólos da Terra.

A secretária de Estado ameriacana, Hillary Clinton, abrirá em Washington os trabalhos deste encontro, que prosseguirá pelo resto da semana em Baltimore (Maryland), 50 quilômetros ao norte da capital.

Apesar do programa oficial mencionar apenas a celebração do 50º aniversário do Tratado da Antártica, que reservou a região do Pólo Sul às atividades pacíficas e garantiu a liberdade da pesquisa científica, as delegações oficiais discutirão sobre petróleo e a plataforma continental ao redor do Pólo Norte.

Em um momento no qual o aquecimento global abriu novas rotas marítimas no Grande Norte, a presença de importantes jazidos de gás e petróleo desperta um interesse grande nos países com costa no Ártico, afirmou recentemente o novo embaixador francês para o tema, Michel Rocard.

O Ártico armazenaria reservas inexploradas de 90 bilhões de barris de petróleo e ainda mais de gás, segundo estimativas da agência americana de pesquisa geológica, USGS.

Os novos recursos representam 13% do petróleo não descoberto, 30% do gás natural não descoberto e 20% do gás natural líquido não descoberto no mundo.

Cinco países disputam o tesouro, descoberto com o derretimento das geleiras: Estados Unidos, Rússia, Canadá, Noruega e Dinamarca, cuja ilha da Groenlândia pode se tornar independente.

 

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« Responder #38 em: Abril 15, 2009, 11:36:47 pm »
Noruega estendeu a sua plataforma continental em 235 mil quilómetros quadrados


Reconhecimento pelas Nações Unidas

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A Noruega tornou-se hoje a primeira nação em torno do Árctico a ver reconhecido pelas Nações Unidas o direito a estender a sua plataforma continental em mais 235 mil quilómetros quadrados – o equivalente a três quartos da superfície do país, comentou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jonas Gahr Stoere.

Com esta extensão, a Noruega ganha direitos de exploração dos seus recursos, sejam eles pesqueiros, gás natural ou petróleo. Para Norte, a plataforma continental norueguesa termina em águas profundas, a 550 quilómetros do Pólo Norte – cuja posse está a ser disputada pela Rússia e pela Dinamarca, com o Canadá também a reivindicar a sua parte na liça. Ali se conta que estejam 13 por cento das reservas de petróleo ainda por descobrir e 30 por cento das de gás natural.

Muitos outros países estão a estudar o fundo do mar, para reclamarem o direito a estender as suas zonas de exploração até aos limites da plataforma continental (Portugal é um deles). A Comissão para os Limites da Plataforma Continental, um órgão criado ao abrigo da Convenção da Lei do Mar de 1982 está a analisar 22 propostas nesse sentido, ao abrigo da revisão desta convenção. A zona com maior potencial de conflito, no entanto, é o Árctico, como notava o jornal “The New York Times” na segunda-feira. Até agora, a comissão respondeu a seis desses pedidos, incluindo já o da Noruega.

“A Noruega é a primeira nação do Árctico a completar este trabalho”, disse o ministro Stoere. Rússia, Dinamarca (através da Gronelândia, que é uma região autónoma), Canadá e Estados Unidos são as nações que têm interesses no Árctico. “Mas quanto à discussão sobre de quem é o Pólo Norte – definitivamente, nós não somos”, garantiu Stoere.

Com esta expansão, a Noruega passa a ter um domínio marítimo de dois milhões de quilómetros quadrados, e direito a explorar os recursos naturais que aí se encontrem. Mas ainda não está resolvida a disputa com a Rússia de duas zonas de milhares de quilómetros quadrados no Mar de Barrents, potencialmente rica em hidrocarbonetos.
 

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« Responder #39 em: Abril 28, 2009, 02:29:12 pm »
MNE norueguês defende cooperação regional tranquila


O ministro dos Negócios Estrangeiros norueguês, Jonas Gahr Stoere, defendeu hoje uma cooperação regional tranquila no Árctico, região rica em recursos naturais desejada pelos países costeiros daquele oceano.

"Grande Norte, tensões menores", afirmou Stoere antes do início de uma conferência sobre o degelo, seguida de uma reunião do conselho do Árctico, em Tromsoe, cidade norueguesa situada acima do círculo polar.

"Como governos e Estados costeiros responsáveis, conseguiremos gerir os desafios e as oportunidades desta região sem resvalar para conflitos e rivalidades negativas", afirmou Stoere em declarações aos jornalistas.  

Segundo os geólogos norte-americanos da USGS, o Árctico poderia ter 13 por cento do petróleo e 30 por cento do gás natural não descobertos em todo o mundo, uma fonte de riqueza cada vez mais acessível graças ao recuo das placas de gelo e que atrai os Estados costeiros.

Esta corrida aos recursos naturais, ainda tecnicamente dificilmente exploráveis, é acompanhada de sinais de uma militarização crescente da região.

A NATO mostrou a intenção de assumir um papel acrescido na região, para onde a Rússia também tenciona destacar unidades militares.

As reivindicações territoriais surgiram no Verão de 2007, quando a Rússia pôs a bandeira a cerca de 4.000 metros de profundidade no Pólo Norte.

"Temos a oportunidade de fazer com que mintam os que dizem que vamos directamente para um conflito regional de interesses concorrentes. Isso não tem de ser o caso, pode-se proceder de forma diferente", adiantou Stoere.

Segundo Stoere, o Conselho do Árctico, que agrupa oito países (Estados Unidos, Rússia, Canadá, Suécia, Dinamarca, Finlândia, Islândia e Noruega), é a arena mais apropriada para uma cooperação regional.

O encontro de Tromsoe reúne o ex-vice-presidente norte-americano Al Gore, arauto da luta contra as mudanças climáticas, e os ministros dos Negócios Estrangeiros de vários países, incluindo o russo Serguei Lavrov.

DN

 

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Re: Rússia com ambições sobre o Polo Norte
« Responder #40 em: Setembro 23, 2010, 12:35:16 am »
Rússia quer provar que 1 milhão de quilómetros quadrados do Ártico lhe pertencem


Um representante do governo russo declarou que o país pretende comprovar que uma área de mais de um milhão de quilómetros quadrados no Ártico faz parte de seu território, avança a edição online da BBC News.

A declaração do conselheiro para as mudanças climáticas, Alexander Bedritsky, foi feita numa conferência internacional em Moscovo onde estão a ser discutidas a divisão do território do Ártico e a cooperação entre Rússia, Noruega, Canadá, Dinamarca e Estados Unidos.

Estima-se que a região do Pólo Norte guarde cerca de 25% das reservas mundiais de petróleo e gás natural. O que despertou o interesse de países que têm territórios nas proximidades dessa região ainda pouco explorada.

Bedritsky disse que a Rússia pretende apresentar à ONU dados adicionais entre 2012 e 2013 para comprovar que o país tem direito ao território que reivindica. «Defenderemos nossos interesses no Ártico com todos os instrumentos fornecidos pelos acordos internacionais, e não acredito que veremos um confronto, apesar de alguns países afirmarem que existe a necessidade de reafirmar os seus potenciais», disse Bedritsky.

Um dos pontos polémicos é uma montanha submersa conhecida como Cordilheira de Lomonosov, que pode ter mais de 75 biliões de barris em petróleo. A Rússia reivindicou o território junto das Nações Unidas em 2001, mas o pedido foi negado por falta de evidências de que o pico faça parte da plataforma continental russa.

De acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, o país precisa comprovar que a região submersa é uma extensão do território russo para obter o direito de exploração.

Apesar da disputa pelo território, Moscovo diz que não tem planos imediatos para o desenvolvimento da exploração e enfatizou a necessidade de cooperação internacional.

Os russos acreditam que podem precisar de até dez anos para comprovar os direitos sobre o território reivindicado. Enquanto isso, o país procura estabelecer-se como principal força na região.

SOL
 

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Re: Rússia com ambições sobre o Polo Norte
« Responder #41 em: Setembro 23, 2010, 10:57:28 pm »
Putin descarta lutas devido a disputa do Ártico


As previsões que auguram uma batalha entre os países ribeirinhos pelo controlo do Árctico são infundadas, declarou hoje o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, no fórum "Árctico - território de diálogo".

«Nós ouvimos frequentemente prognósticos futuristas sobre uma batalha futura pelo Árctico. Nós seguimos de perto o desenvolvimento da situação na região, fazemos os nossos próprios prognósticos e constatamos que nada permite fundamentar a maior parte dos cenários catastróficos em relação ao Árctico», sublinhou Putin.

Todos os problemas da região, incluindo o da partilha da plataforma continental, podem ser resolvidos num espírito de parceria, acrescentou.

O primeiro-ministro russo anunciou também que o seu país tenciona fazer uma «limpeza geral» dos seus territórios do Árctico, evacuando, nomeadamente, as descargas acumuladas há décadas.

«Temos a intenção de fazer uma verdadeira limpeza geral dos nossos territórios árcticos. Trata-se de limpar as descargas que foram acumuladas durante décadas em redor das nossas cidades e vilas polares, em torno dos jazigos e bases militares, bem como na tundra e nas ilhas do Oceano Glaciar Árctico», precisou.

Putin revelou que a Rússia criará novos parques nacionais e reservas naturais.

«Actualmente, examinamos conjuntamente com os nossos colegas americanos um projecto de criação do Parque Bering, que se estenderá da Tchukotka até ao Alasca», concluiu.

O príncipe Albert II do Mónaco, que também participa na conferência internacional, lançou um apelo à comunidade internacional para ajudar o mais rapidamente possível os povos autóctones do Árctico a salvar a sua herança cultural que pertence a toda a humanidade.

Depois de constatar que as alterações climatéricas são particularmente desastrosas no Árctico, Albert II defendeu a união de «todos os homens de boa vontade para fazer face à degradação da situação".

O Fórum "Árctico - território do diálogo", que termina hoje, conta com a participação de cerca de 200 cientistas e políticos de mais de 15 Estados.

Lusa
 

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Re: Rússia com ambições sobre o Polo Norte
« Responder #42 em: Maio 17, 2011, 06:50:06 pm »
Dinamarca vai reivindicar o Pólo Norte


A Dinamarca tenciona reivindicar o Pólo Norte, revelou hoje no seu 'site' o jornal dinamarquês Information, citando um documento estratégico do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

"O país tem a intenção de reivindicar a plataforma continental em cinco zonas em redor das ilhas Faroe e da Gronelândia, incluindo o Pólo Norte", refere o documento diplomático que deve ser publicado em Junho, mas ao qual o jornal teve acesso.

A adopção pela Dinamarca deste plano, intitulado "Estratégia para o Árctico 2011-2020" pode provocar tensão nas relações com a Rússia, Estados Unidos, Canadá e Noruega, outros países da região.

Segundo o Instituto de Geofísica Norte-americano, o círculo polar pode conter um quinto das reservas de hidrocarbonetos (petróleo, gás natural) que ainda estão por explorar em todo o mundo.

Os países da região do Árctico dispõem actualmente de uma zona económica de 200 milhas ao largo das suas costas, e as reivindicações quanto ao resto do território devem ser estudadas sob a égide da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.

Diário Económico
 

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Re: Rússia com ambições sobre o Polo Norte
« Responder #43 em: Julho 30, 2012, 04:18:44 pm »
Putin aprova a rota do Árctico, que pode substituir o Suez


O presidente russo, Vladimir Putin, promulgou hoje uma lei que regula, pela primeira vez, a navegação marítima no Árctico, uma rota considerada alternativa ao Canal do Suez e que pode resolver problemas no transporte de mercadorias. A lei estabelece um estatuto jurídico à rota de transporte e prevê a criação de um organismo administrativo de gestão da navegação na zona, de acordo com um comunicado do Kremlin.

A nova legislação incluiu também as regras de navegação e os custos de utilização dos navios quebra-gelo necessários para a região que se encontra gelada praticamente durante todo o ano.

Um outro objectivo da lei é proporcionar a construção de infra-estruturas modernas que garantam a segurança dos navios ao longo da rota.

Putin deu o apoio definitivo à rota marítima árctica em Setembro de 2011, argumentando que «o Árctico é uma via que fica um terço mais curta do que a rota tradicional».

A redução dos níveis de gelo que cobre o Árctico, devido ao aquecimento global, permitiu em 2010 abrir, com a ajuda de um petroleiro russo e quebra-gelo, o novo itinerário.

«As mudanças climáticas que aumentam gradualmente o período de navegação e o progresso tecnológico abrem à Humanidade novos territórios por descobrir no Árctico e é evidente que a actividade económica vai crescer», disse Putin.

«A Rússia vai construir novos portos na zona», onde os navios podem abastecer-se e atracar em caso de acidente e podem «vir a contar com centros de coordenação para operações de salvamento», disse ainda o presidente russo.

Um navio tem de navegar 10.600 quilómetros para chegar pelo Norte desde a cidade russa de Murmansk (mar de Barents, perto da fronteira com a Noruega e Finlândia), ao porto chinês de Xangai, enquanto se utilizar o canal do Suez tem de fazer 17.700 quilómetros para chegar ao mesmo destino.

«É preciso investir na frota de quebra-gelo e no desenvolvimento de portos. Devem olhar para nós como uma potência árctica», disse o primeiro-ministro russo, Dimitri Medvedev, durante uma visita ao Extremo Oriente russo.

A Rússia é o único país do mundo com uma frota de quebra-gelo atómica.

Lusa
 

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Re: Rússia com ambições sobre o Polo Norte
« Responder #44 em: Dezembro 10, 2013, 06:19:14 pm »
Canadá prepara-se para reclamar o polo norte como parte do seu território

O Canadá está a preparar-se para reclamar o polo norte como parte do seu território, revelou o seu Ministro dos Negócios Estrangeiros. Na semana passada o governo submeteu um pedido à ONU para estender a sua área territorial no Atlântico.


O Oceano Ártico encerra 30% das reservas de gás natural 15% das reservas de petróleo por descobrir, estima o Serviço Geológico dos EUA (US Geological Service), e o governo canadiano quer obter o direito de as explorar.

“Estamos determinados a garantir que todos os Canadianos beneficiam dos recursos que estão por descobrir no norte longínquo do Canadá”, afirmou John Baird ao The Guardian.

Neste momento, refere o diário britânico, cada um dos cinco países cujo território abrange o Círculo Polar Ártico é “dono” da envolvente da sua zona costeira até 200 milhas náuticas. O Canadá alega que a sua plataforma continental se estende para além deste limite, tendo solicitado já o reconhecimento como sua de uma área de 1,2 milhões de quilómetros quadrados adicionais no Atlântico.

No entanto, o objetivo final é “apoderar-se” do polo norte e da área de 200 milhas náuticas para além deste, incluindo a cordilheira submarina de Lomonosov, que se localiza entre o norte do território terrestre do Canadá e a costa da Este da Sibéria.

Para tal, é preciso provar que essa região faz parte da sua plataforma continental, estando, atualmente, os cientistas canadianos a preparar um mapa detalhado da zona.

Embora o pedido de extensão da plataforma seja submetido à ONU, o reconhecimento da “titularidade” do Ártico é acordado entre os governos dos diferentes países interessados, num processo negocial que pode durar vários anos.

Fonte: http://www.guardian.co.uk

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7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.