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Economia => Portugal => Tópico iniciado por: Jorge Pereira em Outubro 15, 2010, 03:50:17 pm

Título: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: Jorge Pereira em Outubro 15, 2010, 03:50:17 pm
Abro este tópico para discutirmos o próximo orçamento de Estado para 2011. A versão final só deverá ser entregue no início da noite. Por isso pedia para este só ser discutido quando forem conhecidos todos os pormenores.

Também adiciono uma votação a este respeito.
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: cromwell em Outubro 15, 2010, 06:47:23 pm
O Orçamento vai ser aprovado. Isso é inevitável.
Se qualquer partido votar contra, esse partido vai ficar mal visto.
Mas uma moção de censura da direita a seguir ao Orçamento era algo necessário para acabar com o governo, pois se fosse da extrema-esquerda, nunca passaria, pois os PSD e o CDS iriam se abster.
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: P44 em Outubro 16, 2010, 11:23:23 am
Eu já nem voto, estamos condenados ao abismo. Siga!
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: FoxTroop em Outubro 16, 2010, 12:55:24 pm
Vou esperar para ver. Ao que se conhece são apenas linhas gerais, por isso.....
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: Jorge Pereira em Outubro 16, 2010, 01:27:47 pm
:arrow: http://jn.sapo.pt/infos/pdf/oe2011.pdf (http://jn.sapo.pt/infos/pdf/oe2011.pdf)
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: AC em Outubro 16, 2010, 03:22:16 pm
O OE deve ser aprovado. Ou arriscamo-nos a chegar ao fim do ano e o Estado não conseguir empréstimos para pagar as contas.

Estou indeciso sobre se deve fazer cair o Governo ou não.. nem no Sócrates nem o PPC me convencem como futuros PMs.
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: Camuflage em Outubro 16, 2010, 04:06:20 pm
Na minha opinião o Governo deveria antes de mais ser humilde, auscultar as propostas de todos os partidos e lançar um site onde as pessoas possam deixar as suas sugestões (que podem ser votadas pelo público), as 100 mais votadas deveriam ser alvo de análise por especialistas e aproveitadas se possível.
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: jopeg em Outubro 16, 2010, 05:29:18 pm
Caros,

Não sou militar, mas tenho algumas duvidas em relação a este OE (Orçamento de Estado) e às suas implicações sobre as FA portuguesas.

1) Os militares também vão ser abrangidos pelos cortes dos vencimentos até 10% ? A tal redução de 5% da massa salarial da função pública ...
Os militares são considerados funcionários públicos para este efeito ?

2) Ouvi falar em menos 3000 contratados para as FA. Eu que já vejo tão poucos efectivos nos quarteis que frequento (CMEFD e até EPI), pergunto: Como ficarão as nossas FA sem estes militares ? Fechar unidades ? Reformular alguns quarteis ?

In Jornal de Negócios:
Citar
O orçamento consolidado do Ministério da Defesa Nacional para 2011, de 2.145,1 milhões de euros, representa uma diminuição de 11,1%, "devido às medidas de contenção da despesa em resultado da redução dos encargos com os salários e outros abonos".

Um abraço,

Jopeg
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: FoxTroop em Outubro 17, 2010, 03:44:25 pm
Bem, pelo que me parece, este orçamento não deve ser aprovado. Não passam de medidas conjunturais para resolver uma situação estrutural. Daqui a uns meses, sem medidas estrururais, estaremos de novo a apresentar mais um PEC.
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: Luso em Outubro 17, 2010, 08:34:46 pm
Citação de: "FoxTroop"
Bem, pelo que me parece, este orçamento não deve ser aprovado. Não passam de medidas conjunturais para resolver uma situação estrutural. Daqui a uns meses, sem medidas estrururais, estaremos de novo a apresentar mais um PEC.

Precisamente.
Dou comigo a questionar-me sobre até que ponto estamos dispostos a assumir compromissos a bem de pragamatismos que se revelam nefastos a prazo.
Este orçamento é uma mentira elaborada por mentirosos crónicos, vigaristas de delito comum.
Porque é que a deveremos aceitar?
O que é que nos vai levar a dizer: "Chega!"?

Estamos sempre reféns do compromisso, da habilidade.  E não será por isso que aqui chegámos?
Eu tenho a certeza que sim.
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: P44 em Outubro 18, 2010, 09:38:15 am
Citação de: "FoxTroop"
Bem, pelo que me parece, este orçamento não deve ser aprovado. Não passam de medidas conjunturais para resolver uma situação estrutural. Daqui a uns meses, sem medidas estrururais, estaremos de novo a apresentar mais um PEC.


correcção...o OE vai ser aprovado E daqui a uns meses teremos um novo PEC.

Citação de: "Luso"
O que é que nos vai levar a dizer: "Chega!"?

Luso,

isso NUNCA vai acontecer...não viste agora com as SCUT? Até á pancada andavam na loja da Via Verde, para adquirirem o dispositivo.
Se toda a gente se unisse e NINGUÉM pagasse, queria ver com os tribunais entupidos como é que iam dar vazão ás "multas".
Temos outro exemplo escandaloso que é o da A8 de Loures, há DOIS anos em obras, em que mais de 200 pessoas reclamaram porque queriam ser reacercidas de parte do pagamento das portagens por a AutoEstrada não estar em condições, e nada, ninguém recebeu um cêntimo. As "leis" feitas pelos trafulhas garantem que são intocáveis.

E cá são ainda mais intocáveis porque ninguém luta por nada, toda a gente amocha , mete o rabo entre as pernas...

Apresentando o povinho português em todo o seu "explendor" :
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg829.imageshack.us%2Fimg829%2F2523%2Fcarneirada2.jpg&hash=3fcfa4b49c0dcd7ffa982930ebf39dfa)
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: P44 em Outubro 18, 2010, 11:49:41 am
OE2011
Não há vida para além do Orçamento

António Freitas de Sousa  
18/10/10 11:05


Passos Coelho está quase a decidir que viabiliza ou não o Orçamento de Estado para 2011. Ou então não: talvez a sua margem de manobra para decidir enquanto líder da oposição se tenha esvaziado. Os banqueiros são os culpados mais recentes.

Em poucas semanas, o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, volta a ser destacado nesta página como figura da semana. Com uma diferença - que, mais no futuro que no presente, se revelará possivelmente fundamental: desta vez surge não na sua qualidade de líder do maior partido da oposição, mas como uma espécie de ‘caixa do correio' ou de ‘antena receptora' de sucessivas vagas de ‘recados', ‘trocas de impressões', ‘trocas de pressões', ‘conversas mais ou menos informais' ou simples ‘amenas cavaqueiras' oriundas das vais diversas derivações - a última das quais teve como protagonistas uma ‘poll' de banqueiros (Fernando Ulrich, BPI, Faria de Oliveira, CGD, Santos Ferreira, BCP, e Ricardo Salgado, BES), no limite os homens que mandam em parte muito substancial disto tudo (do país).

O motivo de mais esta ‘troca de impressões', como os banqueiros fizeram o favor de catalogar a visita a Passos Coelho, deixou de ser surpreendente para passar a ser recorrente: o Orçamento do Estado para 2011. Ou, mais propriamente, a necessidade de o PSD deixar passar o Orçamento do Estado para 2011, que o PS deu ontem a conhecer ao mundo (pelo menos na pequena parte em que ainda não era conhecido). Trocada por miúdos, a ‘troca de impressões' serviu para os quatro banqueiros explicarem a Passos Coelho aquilo que ele já vinha desconfiando: que não há vida para além do Orçamento - e que, nessa medida, agradecem muito que o PSD se abstenha de chumbar o documento, não lhes passando pela cabeça que o grupo parlamentar decida noutro sentido.

Os motivos invocados são vários, mas prendem-se todos com a credibilidade do país, com a defesa dos cidadãos e da sua qualidade de vida, com a preocupação pelas gerações futuras e com a vontade de fazer parte do pelotão da frente da União Europeia. E também com o facto de ninguém excepto o Banco Central Europeu ainda manter aberta a porta do financiamento ao sistema bancário nacional - facto que, a continuar, e no limite, resultaria na simples falência do referido sistema.

A (im)pressão que os banqueiros quiseram transmitir a Pedro Passos Coelho não é, vinda de quem vem, para não levar em consideração. E coloca desde logo duas perguntas: até que ponto é legítima esta espécie de intromissão da sociedade civil (digamos assim) numa matéria da exclusiva responsabilidade do principal partido da oposição?; e qual é a margem de liberdade que Passos Coelho tem para votar o Orçamento de 2011 (seja em que sentido for) dentro de uma lógica meramente política? A legitimidade da sociedade civil (digamos assim) se intrometer nesta matéria é total: estamos sempre a esquecermo-nos - salvo nos dias de eleições - que os partidos existem para dar voz à sociedade civil (sendo os próprios partidos políticos os que mais se esquecem, salvo nas campanhas eleitorais que antecedem os dias de eleições, desse pequeno e aparentemente desprezível pormenor). Já a margem de manobra (ou liberdade) de Passos Coelho para esgrimir a posição do PSD face ao Orçamento de Estado numa lógica de política pura está completamente colocada em causa.

Aquilo que a sociedade civil tem dito a Passos Coelho é que, desta vez, a política não é para aqui chamada. Refira-se à margem que, como ‘sociedade civil' compreende-se aqui um conjunto alargado de cidadãos de que, neste caso, não fazem parte os analistas políticos, os comentadores avulsos e os ex-ministros que, uma vez libertos dos gabinetes, passam a ter a solução para todos os problemas, mesmo para aqueles que criaram ou ajudaram a criar. Passos Coelho não tem margem de manobra para votar o Orçamento de Estado tendo em vista os interesses do PSD (em chegar ou em não chegar ao poder a breve prazo), os seus próprios interesses (na eventualidade de estar convencido que chegará a primeiro-ministro, só não sabendo em que data é que isso acontecerá), ou os interesses da máquina partidária por detrás do PSD (que ninguém sabe quais são).

O líder do PSD está entre a espada e a parede: se deixar passar o Orçamento do Estado para 2011, o país respira de alívio (sem que verdadeiramente consiga explicar porquê) e não se fala mais nisso. Passos Coelho passará a ter em mãos uma espécie de cheque em branco que poderá gastar no escrutínio das derivas do Governo de José Sócrates até ao dia em que a podridão do executivo deixar de lhe permitir manter-se em funções; mas perderá autonomia e dimensão enquanto líder partidário. Se não deixar passar o Orçamento, Passos Coelho arranja um ‘quid pro quo' com os portugueses, de proporções insondáveis e de consequências imprevisíveis - e desta vez nenhum pedido de desculpas o vai absolver.

http://economico.sapo.pt/noticias/nao-h ... 01897.html (http://economico.sapo.pt/noticias/nao-ha-vida-para-alem-do-orcamento_101897.html)
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: cromwell em Outubro 18, 2010, 01:14:16 pm
Citação de: "P44"
Citação de: "FoxTroop"
Bem, pelo que me parece, este orçamento não deve ser aprovado. Não passam de medidas conjunturais para resolver uma situação estrutural. Daqui a uns meses, sem medidas estrururais, estaremos de novo a apresentar mais um PEC.


correcção...o OE vai ser aprovado E daqui a uns meses teremos um novo PEC.

Citação de: "Luso"
O que é que nos vai levar a dizer: "Chega!"?

Luso,

isso NUNCA vai acontecer...não viste agora com as SCUT? Até á pancada andavam na loja da Via Verde, para adquirirem o dispositivo.
Se toda a gente se unisse e NINGUÉM pagasse, queria ver com os tribunais entupidos como é que iam dar vazão ás "multas".
Temos outro exemplo escandaloso que é o da A8 de Loures, há DOIS anos em obras, em que mais de 200 pessoas reclamaram porque queriam ser reacercidas de parte do pagamento das portagens por a AutoEstrada não estar em condições, e nada, ninguém recebeu um cêntimo. As "leis" feitas pelos trafulhas garantem que são intocáveis.

E cá são ainda mais intocáveis porque ninguém luta por nada, toda a gente amocha , mete o rabo entre as pernas...

Apresentando o povinho português em todo o seu "explendor" :
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg829.imageshack.us%2Fimg829%2F2523%2Fcarneirada2.jpg&hash=3fcfa4b49c0dcd7ffa982930ebf39dfa)

Eu sei que o que eu vou dizer nada tem a haver sobre este tópico, mas o senhor P44 comporta-se de uma forma vergonhosa ao insultar os portugueses desta maneira. Não admito que goze do povo portugues desta forma! Devia ser repreendido pela moderação do forum.

Cumprimentos
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: P44 em Outubro 18, 2010, 06:23:55 pm
OE 2011
As seis condições do PSD para viabilizar o Orçamento

Francisco Teixeira  
19/10/10 20:22

O PSD quer reduzir para metade o aumento do IVA que a proposta do Governo prevê para 2011.


Passos Coelho apresentou esta noite ao partido os seis pressupostos que impõe para dar a mão ao Governo.

São seis "os pressupostos" que o maior partido da oposição impõe para que os 81 deputados do partido viabilizem a 29 de Outubro o próximo Orçamento do Estado.

1. Aumento do IVA de apenas um ponto percentual
O PSD quer reduzir para metade o aumento do IVA que a proposta do Governo prevê para 2011. Em vez de serem dois pontos percentuais, os social-democratas exigem apenas um ponto percentual. Mas mesmo o ponto percentual que o Governo quer aumentar em 2011, o PSD exige que seja transitório e que ao longo do próximo ano o Governo assegure um novo corte na despesa prevista equivalente ao 1% de aumento de IVA.

2. Suspensão das parcerias público-privadas e das grandes obras
É um velho cavalo de batalha de Passos Coelho. O líder do PSD exige que o Governo suspenda as parcerias público-privadas (que equivalem à compra de "100 submarinos" nos próximos anos) e de grandes obras como o TGV.

3. Cabaz alimentar com IVA a 6%
O PSD quer manter o IVA dos produtos do cabaz alimentar nos 6%. O produto paradigma desta medida é o leite com chocolate que os social-democratas pretendem que não venha a ter um IVA de 23%.

4. Deduções fiscais pagas em títulos do tesouro
Passos Coelho tinha exigido que o Governo não aumentasse a carga fiscal por via da redução das deduções fiscais. Acaba por recuar mas mantém esta bandeira: pretende que, em 2011, os portugueses possam trocar a redução nas deduções fiscais que a proposta do Governo prevê por títulos do tesouro. Esta medida aplica-se apenas a despesas de saúde, educação e habitação.

5. Agência independente para as contas públicas
O PSD vai seguir o conselho do governador do Banco de Portugal e exigir a criação de uma agência independente que monitorize a evolução das contas públicas, alargando ao seu radar de análise todo o sector empresarial do Estado. No entanto, o PSD pretende que esta agência funcione no Parlamento e efectue controlos mensais das contas públicas.

6. Verdade das contas orçamentais
O PSD não baixa a guarda sobre o que se passou nas contas públicas deste ano. Pretende saber qual é o défice implícito a partir do qual o Governo pretende alcançar o défice de 4,6% em 2011. Isto é, Passos Coelho exige que o Governo esclareça, sem medidas adicionais, qual seria o défice do Estado em 2010. Assim como, o valor discriminado das medidas extraordinárias que terão reflexo nas contas públicas deste ano.

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  Economista
Condições impostas pelo PSD "não desvirtuam" Orçamento

Económico com Lusa  
20/10/10 10:01

Passos impôs seis condições para aprovar o Orçamento para 2011.



João Duque considera que as condições impostas pelo PSD para viabilizar o Orçamento "não desvirtuam" o documento do Governo.

"Estas propostas não desvirtuam o carácter essencial deste orçamento", declarou João Duque, referindo-se às condições apresentadas ontem pelo líder do PSD, Pedro Passos Coelho, para ponderar a possibilidade dos social-democratas se absterem na discussão orçamental, agendada para 29 de Outubro.

Entre as propostas lançadas por Passos Coelho aos conselheiros nacionais estão a subida do IVA de 21% para 22% (ao invés dos 23% defendidos pelo Governo), a suspensão das parcerias público-privadas e o reembolso das deduções com Saúde, Educação e Habitação em títulos de dívida pública.

"É possível acomodar estas propostas sem desvirtuar o Orçamento do Estado", repetiu o economista, considerando que existem "propostas óbvias" que representam cortes na despesa, como é o caso da suspensão das grandes obras públicas que, segundo João Duque, "serão mesmo suspensas" dada a dificuldade em se arranjar, no actual contexto económico, fontes de financiamento.

"Não estamos em condições de avançar com grandes obras. Nem agora, nem daqui a dois ou quatro anos", sublinhou.

Sobre a subida do IVA dos 21% para os 22%, João Duque declarou que a medida permitirá reduzir a receita em cerca de 450 milhões de euros, menos do que o que o Governo estima arrecadar se o imposto crescer até aos 23%, embora a perda possa ser compensada "noutros lados".

Em declarações à Lusa, João Duque considerou ainda que o aumento da receita é "a solução inevitável" para a crise actual, até porque uma alternativa, como a redução da despesa, teria "efeitos muito retardados".

Admitindo que o líder do PSD deu um passo atrás ao apresentar estas propostas, sobretudo depois de vários meses a recusar viabilizar um orçamento que configurasse um aumento de impostos, João Duque desvaloriza, contudo, a situação.

"Pedro Passos Coelho teve de ouvir os agentes dos mercados e reconhecer que teria de mudar", começou por afirmar o economista, acrescentando que este "não é o momento" para se invocar perdas ou ganhos dos partidos, sobretudo porque "está em causa Portugal, a estabilidade e a economia como a conhecemos".

"Portugal está sob o espectro da bancarrota e as pessoas não fazem ideia do que é um cenário desses. Quem anda a pensar que o partido x está a ganhar e o y a perder, deve pensar que a gravidade da situação deve privilegiar os ganhos", concluiu o economista.

http://economico.sapo.pt/noticias/condi ... 02111.html (http://economico.sapo.pt/noticias/condicoes-impostas-pelo-psd-nao-desvirtuam-oe-socialista_102111.html)
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: P44 em Outubro 23, 2010, 10:54:01 am
Citar
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.economist.com%2Fsites%2Fdefault%2Ffiles%2Fimages%2Fimages-magazine%2F2010%2F10%2F23%2Feu%2F20101023_euc494.gif&hash=94640c252c0f3a82da962184a9df52dc)

Portugal's public finances
The apology of Sócrates
Austerity belatedly comes to Portugal

Oct 21st 2010 | Lisbon

SPANISH matadors kill bulls in the ring; the Portuguese put them down after the fight. When the Greek debt crisis threatened to engulf Iberia in May, Spain went in for the kill, slashing spending and freezing pensions. The more measured approach of José Sócrates, Portugal’s prime minister, involved limiting wage cuts to politicians and senior civil servants, increasing value-added tax and postponing big infrastructure projects. Spain’s quick moves helped it escape the storm. But Portugal’s borrowing costs soared to a euro-era record in September. Now Mr Sócrates has been forced to accept his mistake with a new austerity package at least as tough as Spain’s.

Mr Sócrates’s measures, now before parliament as part of his minority government’s 2011 budget proposals, have reassured investors that Portugal can meet its target of cutting the budget deficit from 9.4% of GDP in 2009 to 4.6% next year (see chart). Described as “brutal” by the unions, which have called a one-day national strike for November, the bill will cut public-sector wages by 5%, increase VAT again, freeze state pensions and chop welfare payments.

The opposition Social Democrats, who have enough seats to defeat the government, want fewer tax rises and more spending cuts. A messy compromise is likely in the next few weeks. But Mr Sócrates’s main challenge is how to return the economy to growth. That a recession will follow the fiscal tightening seems obvious to all except the government, which projects 0.2% growth in 2011, after about 1% this year. Barclays Capital expects the economy to contract by 1.1% next year.

Yet it was in the name of growth that Mr Sócrates doggedly resisted more drastic measures until the bond markets forced his hand. He argues that, unlike some other troubled euro-zone countries, Portugal suffered neither a housing nor a banking crisis. Greece, Ireland and Spain all have bigger deficits and lower growth. To keep government borrowing costs manageable, however, he has been forced to take an axe to the deficit.

Painful austerity is an essential condition for lasting growth, but it is not enough on its own. According to the OECD, the only way for Portugal to improve competitiveness, reduce its debt burden and fulfil its growth potential is through structural reforms: tackling the inflexible labour market, improving the schools and boosting the efficiency of the legal system. Portugal may at last have bowed to the markets but there are plenty more battles to come.

http://www.economist.com/node/17312093? ... d=17312093 (http://www.economist.com/node/17312093?story_id=17312093)
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: Dr Oliveira Salazar em Outubro 25, 2010, 12:00:55 am
Portugal, "uma pescadinha de rabo na boca"

Citar
Portugal, aceita imposições externas idênticas às dos países mais ricos.Portugal não tem condições para uma redução tão drástica do défice, num ano só. Mas pontifica a doutrina do Dr Salazar: " o regime não se discute".

http://2.bp.blogspot.com/_fzE-fjIYhIs/TL7cwZnxE2I/AAAAAAAAFWU/91YE-YrWETc/s1600/joao+jardim.jpg


Citar
“Cleptomania fiscal” chamou Bagão Félix ao Orçamento de Sócrates.

Economista e antigo ministro das Finanças, fundamenta o qualificativo em termos claros: “As famílias levam a pancada dos dois lados, nos impostos e nas prestações sociais. Este Orçamento é pago pelas famílias e pelas empresas. É um ataque brutal”.

Eduardo Catroga, também ex-ministro das Finanças, traça um cenário idêntico: o Orçamento “vai provocar dramas terríveis nas famílias, sobretudo nas de rendimentos mais baixos, que são a maioria”. Exemplo: um casal com um rendimento anual de 28 mil euros (mil mensais por cabeça) pagará ao Estado, em 2011, um imposto três vezes superior àquele que pagava até agora.

E Catroga conclui: “O País vai sofrer nos seus níveis de bem-estar, de consumo; as empresas também vão sofrer. É um ajustamento feito à pressa, sob pressão, e o Governo andou a enganar os portugueses”.

A questão está posta com franqueza por estes dois competentes especialistas: o povo vai pagar uma crise para a qual foi arrastado pela incompetência, pela má gestão criminosa, pela indiferença e pela ganância pessoal dos políticos da esquerda (mais “liberal” ou menos “liberal”) que há muitos anos nos governa.

Paga o povo, sim – mas os responsáveis preparam-se para, mais uma vez, escaparem impunes. Rasgam os compromissos assumidos, vão-nos ao bolso por decreto, tiram da nossa carteira o que nos pertence, à frente dos nossos olhos, sem que sequer possamos protestar.

A isto chamar-se-ia, em linguagem simples, um roubo descarado e à mão armada. Numa das suas sátiras de tão flagrante actualidade, escritas há mais de um século, Eça de Queiroz já sugeria que, para não haver confusões, os homens do Fisco deviam andar fardados – por forma a que não os tomássemos por simples ladrões de estrada. Assim, não chamaríamos a polícia para prender o cobrador dos impostos que nos intimasse a entregar-lhe a bolsa e o relógio de ouro, tal como não pediríamos, delicadamente, ao salteador que nos passasse recibo da taxa!

Jornal O Diabo: QUINTA COLUNA: por Fra Diavolo (http://http)
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: João Vaz em Outubro 26, 2010, 10:38:57 am
I love the smell of Deficit in the morning!


Sob as brumas da madrugada, o veterano Teixeira dos Santos atascado na praia da Recessão...

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F1.bp.blogspot.com%2F_2_CFXI1SH7E%2FSnMgWDX7JwI%2FAAAAAAAACao%2FpZkKC4af-2o%2Fs400%2Fs%25C3%25B3crates%2Be%2BTeixeira%2Bdos%2BSantos.jpg&hash=2d931d3d132f559260413063ed99a780)

...evoca a sequência memorável do Tenente-Coronel Kilgore (Robert Duvall)


Wagner em São Bento :snipersmile:

Qualquer semelhança com a coincidência é pura realidade .
 
Cool, man!*

* Porreiro, pá!
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: P44 em Outubro 27, 2010, 05:03:54 pm
Ruptura no Orçamento
Negociação entre Governo e PSD acabou sem acordo


“Pura mentira” e “posição inflexível” são apenas duas das expressões que caracterizaram, esta quarta-feira, a ruptura das negociações entre Governo e PSD sobre o Orçamento do Estado para 2011. Eduardo Catroga, que encabeçou a delegação social-democrata, alega que não houve “vontade política” do Executivo para mexer no documento. O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, acusa os interlocutores de terem negociado “a contragosto”.

http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Negociaca ... t=10&tm=82 (http://tv1.rtp.pt/noticias/?t=Negociacao-entre-Governo-e-PSD-acabou-sem-acordo.rtp&article=386937&visual=3&layout=10&tm=82)
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: Camuflage em Outubro 27, 2010, 10:04:22 pm
Que venha mas é o FMI que o assunto resolve-se logo.
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: HSMW em Outubro 27, 2010, 11:02:52 pm
Isso é que ainda não percebi como funciona.

O FMI vem cá e depois faz o quê?
Cancela o TGV? Vende os submarinos?
Faz um campo de concentração para toda a canalha de políticos e corruptos do PS, PSD, CDU, BE e FCP?
Liberta o Mário Machado e nomeia-o para Presidente da Republica?

 :conf:
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: FoxTroop em Outubro 27, 2010, 11:08:48 pm
Citação de: "Camuflage"
Que venha mas é o FMI que o assunto resolve-se logo.

Atenção, que se o FMI vier, vai dar pau com fartura. Isto de se esperar por algum "milagreiro" que venha resolver isto, distribuindo dinheiro pela malta de forma bondosa só pode ser uma anedota. Esses gajos não vêm dar nada a ninguém. Eles vêm por ordem e é ao pau, visto que com a cenoura não fomos lá.

Agora olhando para o geral deste orçamento, só posso pensar que foi feito de maneira a ser chumbado. Não passa de um monte de medidas avulsas, um chorrilho de tretas para o pessoal engolir (nós cá), sem fio condutor. Pura e simplesmente não é exequível e o PSD ao aceitar discutir uma serie de medidas paliativas sobre este orçamento, perdeu o resto da pouca confiança que eu ainda lhe dava. Isto que assistimos foi apenas a porra de um circo onde os palhaços somos nós.

Por culpa exclusivamente nossa, porque este bando de pulhas foi lá colocado pelo nosso voto, hipotecámos seriamente a nossa independencia como nação, o futuro dos nossos filhos e não me admira que os vindouros não venham urinar nas nossas campas pelo mal que lhes causámos. E se alguém pensa que com atitudes extremas vamos mudar isso, não se esqueça que isso é a desculpa de que uma corja de pedófilos e ratazanas está à espera para, no meio do barulho fugir, deixando isto para que alguém venha cá impor a "ordem constitucional", deixando a nação um protectorado nas mão de uma qualquer "instituição internacional".
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: Cabeça de Martelo em Outubro 28, 2010, 10:23:44 am
Mais uma vez tenho que concordar com o FoxTroop. Ninguém com algum senso pode achar que este orçamento é sério e credivel (tal como o actual governo e a dita oposição).
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: Cabecinhas em Outubro 28, 2010, 12:50:37 pm
Ainda ontem tive o prazer de fazer esta pergunta ao Sr. Dr. Medina Carreiras ao vivo em Odivelas:

"Tudo bem, vem cá o FMI como veio anteriormente, e depois, ficam cá os mesmos no aparelho político?"

Reposta:

"Sim fica tudo na mesma, senão se alterar o quadro político em Portugal."
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: Jorge Pereira em Outubro 28, 2010, 01:00:03 pm
Citação de: "HSMW"
Isso é que ainda não percebi como funciona.

O FMI vem cá e depois faz o quê?
Cancela o TGV? Vende os submarinos?
Faz um campo de concentração para toda a canalha de políticos e corruptos do PS, PSD, CDU, BE e FCP?
Liberta o Mário Machado e nomeia-o para Presidente da Republica?

 :conf:

De uma forma simplista, basicamente é assim:

Os Estados que precisam de financiamento externo podem deixar de o receber por dois motivos:

Os juros são incomportáveis e não é viável pedir mais dinheiro a essas taxas de juro.

Os mercados e ou as instituições financeiras internacionais, por diversos motivos, podem considerar que não é seguro emprestar dinheiro a um determinado Estado, e pura e simplesmente deixam de emprestar.

O que acontece a seguir é que, sem financiamento, as economias nacionais entram em colapso.

É aqui que entram instituições ou mecanismos como o FMI e o fundo de estabilização europeu, recentemente criado.

A grosso modo, o que eles fazem quando entram num país é criar condições que permitam a essas economias pagar os empréstimos que essas mesmas instituições (e os mercados) irão emprestar até que a situação económico financeira desse Estado estabilize.

Há no entanto duas questões que merecem a pena ser esclarecidas:

As medidas propostas pelo FMI têm de ser aprovadas pelos governos dos respectivos Estados. Estas podem até ser negociadas, mas passam sempre pelo crivo dos respectivos governos, se bem que a margem de manobra para estes é sempre muito pequena.

As medidas dessas instituições têm também quase sempre uma preocupação evidente em criar condições para que as economias cresçam. Não praticam só o corte puro e duro.
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: João Vaz em Outubro 28, 2010, 01:38:36 pm
A Vertigem da Mediocridade

O facto é que a "mama" acabou. O cenário mais provável é a vinda do FMI. Mesmo com Orçamento aprovado. Mesmo que aprovado, pois as suspeitas estão todas voltadas (correctamente) contra quem nos (ainda) governa. São um insulto para o resto da população deste pequeno país.

O diminuto saldo de credibilidade esgotou-se. Graças essencialmente aos governantes que temos tido nestas últimas duas décadas. Os "mercados" voláteis e insaciáveis que o pobre Sócrates tentou distrair com mais um PEC medíocre não dão tréguas. Não há confiança, pois não se vislumbra liderança.

Este OE é o trabalho de casa de um aluno preguiçoso e malandro. E com medo do que já deixou fazer em anos anteriores. É um Orçamento cobarde pois teme o excesso de cortes necessários, sabendo que isso lhe custará eleições. Como se isso fosse importante para o futuro do país. É recessivo, abusivo, fruto da mais apurada incompetência e irresponsabilidade governativa. Todo um negrume previsível apelando à capacidade de sofrimento...nosso, não dos seus autores.

Basicamente, somos fiadores compulsivos de um Estado falido e desgovernado por um bando de abutres.
Só não merecem o epíteto de Génios do Mal porque não têm aptidão para tal. São apenas uma mescla intragável de caloteiros com vendedores de enciclopédias.

Condenaram um país inteiro a depender do dinheiro sacado da massa salarial, do furto tributário e de... dinheiro emprestado! E agora vêem-se a braços com um trabalhozeco de Orçamento limitado a tapar o fosso crescente da dívida crónica. O endividamento actual de 110% do PIB tornou  expedientes extraordinários e violentos para manter os cobradores à distância. Por agora. Porque isto não tem fim, nem há perspectiva de quebrar este ciclo vicioso e viciado.

De arrastão em arrastão, mentindo com todos os dentes, entalados até à medula. Ninguém lhes cobiça sequer o lugar, tal o amontoado de falsidade, dívida e desvios. O fedor sente-se a milhares de quilómetros, apesar das manobras ridículas de diversão.

A essas criaturas fantasmagóricas dos "mercados internacionais", baixam as calças num instante. Em relação às reais necessidades dos país e direitos dos seus habitantes/contribuintes, a sensibilidade congela. A reforma estrutural do Estado continua tão distante e etérea como os "mercados", que nunca se irão satisfazer completamente. Ou seja, mais uma espiral descendente. A cada ponto retirado na avaliação e a cada subida das taxa de juro, aumenta a penhora sobre os portugueses. Isto não tem fundo, e os culpados vão preparando a sua saída de cena.

Ainda assim, poderíamos pensar que temos os melhores políticos do planeta pois nenhum serve tempo na cadeia, onde muitos já estariam fruto dos sucessivos processos de que foram alvo e são convenientemente abafados e arquivados. Face a esta calamidade nacional, os porta-vozes de gravação automática afirmam com soberbo descaramento que este OE protege o país dos "mercados internacionais". Debates sérios, espírito de serviço? nem vê-los... Anedotas lamentáveis, tristes espectáculos que não enganam ninguém. Mais parece que tentam convencer-se a si mesmos, nas suas mentes pequenas e mal formatadas.

Retrato miserável este, de uma reles minoria com ar napoleónico, inepta e pateta, orgulhosa da porcaria que evacuou, desafiando o mais elementar sentido de honestidade e bom senso.

O país está todo mobilizado para correr com esta corja mafiosa para o alto-mar. Tal como se fez com alguns navios da Marinha no final do século XIX, promova-se uma subscrição pública para financiar uma jangada aos batanetes politiqueiros.  

Temos até uma tipologia de embarcação adequada:

"Jangada de Cristo" de Baião até ao Porto pelo Douro

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fsic.sapo.pt%2FNR%2Frdonlyres%2FA5794DBD-C218-4697-B767-60D7C67D256B%2F883470%2F492107d0e8bd4036ae6c49db95b83d5b.jpg&hash=ce94fd58087d38d02f9bc8b2cdd13759)

Uma cadeira, 69 bolas de voleibol forradas por uma rede de aço, um motor de dois cavalos e uma boa dose de imaginação, foi quanto bastou para o padre Almiro Mendes se lançar ao Rio Douro, a fim de percorrer a extensão da Diocese do Porto".

SIC (http://http).

Com uma espécie de epitáfio:

PORTUGAL
FUNDADO EM 1139
REMENDADO EM 1640, 1835, 1910, 1974
AFUNDADO EM 2010
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: Vicente de Lisboa em Outubro 28, 2010, 02:03:48 pm
Eu até gramava o FMI se fosse seguido de http://en.wikipedia.org/wiki/N%C3%A9stor_Kirchner (http://en.wikipedia.org/wiki/N%C3%A9stor_Kirchner), mas não estou a ver quem seja o nosso equivalente...
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: HSMW em Outubro 28, 2010, 07:01:44 pm
Obrigado pela explicação Jorge Pereira.   :G-Ok:
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: P44 em Outubro 30, 2010, 10:45:15 am
Acordo entre PS e PSD sobre o OE assinado este sábado, às 11h00, no Parlamento

O acordo final para o Orçamento do Estado 2011 vai ser assinado este sábado, às 11h00, na Assembleia da República. Governo e PSD chegaram a um consenso nas últimas horas.
SIC

Ao que a SIC conseguiu apurar, o acordo foi firmado esta noite na residência de Eduardo Catroga.

PSD e Governo acordaram a reavaliação de todas as parcerias público-privadas, incluindo os projectos como o TGV.

O Governo aceita limites às deduções fiscais apenas para os últimos dois escalões que são os mais elevados, o 7º e o 8º.

O Governo aceitou ainda outra reivindicação do PSD, alguns produtos do cabaz alimentar não vão aumentar de IVA para os 23% e mantêm a taxa de 6% agora em vigor.


http://sic.sapo.pt/online/noticias/dinh ... amento.htm (http://sic.sapo.pt/online/noticias/dinheiro/Acordo+entre+PS+e+PSD+sobre+o+OE+assinado+este+sabado+as+11h00+no+Parlamento.htm)
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: P44 em Novembro 02, 2010, 09:57:14 am
Dedicado aos liricos que diziam que um acordo relativo ao OE ia baixar os juros...



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Juros da dívida acentuam subida em dia de discussão do OE no Parlamento
02 Novembro 2010 | 09:22
Paulo  Moutinho  

Taxa a 10 anos sobe pela quarta sessão consecutiva e está já está acima dos 6,1%.
Os juros da dívida de Portugal continuam a subir. Avançam pela quarta sessão consecutiva, e estão já no nível mais elevado e duas semanas, acima da fasquia dos 6,1%, isto no dia em que tem início a discussão da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2011 no Parlamento.

Os partidos vão discutir as medidas propostas pelo Governo no OE, estando já garantida a viabilização do documento na sessão de amanhã, já que o PSD vai abster-se. Esta posição foi conseguida depois de negociações entre o principal partido da oposição e o Executivo de José Sócrates.

O acordo alcançado não teve, no entanto, o impacto esperado no mercado. Ontem, o primeiro dia de negociação da semana após conhecido o entendimento entre Governo e PSD, os juros chegaram a cair, no arranque da sessão, mas acabaram por inverter a tendência e superar os 6%.

Hoje, a tendência positiva mantém-se, com a taxa das obrigações do Tesouro a 10 anos a negociar nos 6,149%. Apresentam uma subida de 4,7 pontos, com receios de que as medidas não permitam ao Governo atingir a meta de redução do défice com que se comprometeu com Bruxelas.

“Apesar do acordo, há receios de que o impacto das medidas de austeridade na economia [podendo levar o País a uma nova recessão] signifiquem que Portugal não conseguirá cumprir a meta de redução do défice”, disse ao Negócios Nick Stamenkovic, especialista do mercado de dívida da RIA Capital.

A subida dos juros da dívida não é, no entanto, um exclusivo de Portugal. Também os juros exigidos pelos investidores à Irlanda voltam a subir (10 pontos base), já os da Grécia estão praticamente inalterados, assim como os das “bunds” da Alemanha, que servem de referência para a região.

O aumento dos juros dos países da periferia da Zona Euro é explicada pelos receios dos investidores de que possam vir a ser chamados a fazer parte da solução na eventualidade de algum destes entrar numa situação de incumprimento. É essa a proposta da Alemanha, isto se os restantes Estados quiserem que o fundo de estabilização seja permanente.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=451551 (http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=451551)
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: Vicente de Lisboa em Novembro 02, 2010, 10:05:41 am
Vamos todos juntos cantar amiguinhos:


(na verdade é FEE - Fundo de Estabilização Europeu - mas FMI soa melhor).
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: P44 em Novembro 03, 2010, 11:46:50 am
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Orçamento de Estado
Teixeira diz que 'errata' não altera mapas votados

por Paula Sá e Eva CabralHoje
Teixeira diz que 'errata' não altera mapas votados

O ministro das Finanças começou o segundo dia do debate do Orçamento do Estado na posição fragilizada de explicar a 'errata' enviada à Comissão de Orçamento e Finanças, no valor aproximado de 800 milhões. Teixeira dos Santos assegurou que as alterações não implicam mudanças nos mapas obrigatórios a ser votados pelo Parlamento.

Os deputados mostram estranheza pelo facto de se corrigir em igual montante receitas e despesas, mantendo-se a previsão de défice nos 4,6 %. Teixeira dos Santos frisou que a imparidade de cerca de 800 milhões se explica pela passagem da óptica de contabilidade nacional para contabilidade pública das verbas da Caixa Geral de Aposentações.

Segundo o ministro trata-se de adaptar as instruções dadas pelo INE -- que confessa terem já dois a três meses -- ao Orçamento para 2011. A questão foi ontem levantada no início dos trabalhos depois dos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças term recebido no fim de tarde de terça-feira esta errada.

Dado o seu elevado montante o deputado comunista Honório  Novo defendeu que estas mudanças devem ser acomodadas não por 'errata' mas sim através de propostas de alteração a serem apresentadas  pelo PS ou pelo PSD, partido que acordou com o Governo a viablizaçao do OE. Jaime Gama explicou ao plenário que a matéria deve em primeira linha ser resolvida pela Comissão de Orçamento e Finanças


http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/inter ... id=1701780 (http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1701780)
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: cromwell em Novembro 03, 2010, 06:10:17 pm
Entretanto, o OE foi aprovado.

Podiamos ter a oportunidade de nos livrar-mos do Socas, mas os patetas do PSD foram estupidos que nem uma porta!

Só demonstra que o país está no total controlo do dualismo partidário do PS e do PSD.
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: P44 em Novembro 04, 2010, 08:38:26 am
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Ffotos.sapo.pt%2FgdbPUzAEeaaN1r1GV7Pf%2F&hash=e2f81e0c9d0ac38a73776ee3604cd406)
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: P44 em Novembro 04, 2010, 09:44:17 am
Com que entao os juros iam descer...

04-11-2010 09:40 -
Juros da dívida aceleram e superam fasquia dos 6,4%

Os juros da dívida de Portugal continuam a agravar-se. Sobem pela oitava sessão consecutiva, acima dos 6,4%, acompanhando a escalada da taxa das obrigações de dívida pública da Irlanda num dia em que também as “bunds” estão em alta, perante o maior apetite dos investidores pelo risco.

A taxa exigida pelos investidores para financiarem a dívida nacional está já nos 6,423%, a subir 12,6 pontos base. Está mesmo no nível mais elevado desde 29 de Setembro, aproximando-se do nível mais elevado de sempre que foi fixado em 28 de Setembro, acima dos 6,6%.

Este recorde forçou o Governo a apresentar novas medidas de austeridade no dia seguinte, propondo uma nova subida do IVA para 23%, e cortes médios nos salários da Função Pública de 5%. Estas medidas foram integradas na proposta de Orçamento do Estado para 2011, ontem aprovado na generalidade pela Assembleia da República com a abstenção do PSD.

“Ainda que tenha havido acordo para a aprovação do Orçamento, os mercados sabem que o consenso político não vai durar para sempre, o que obriga a alguma cautela”, disse Michael Leister, especialista do mercado de dívida do West LB, ao Negócios. Acrescentou que Portugal “está refém dos problemas na Irlanda”.

Os juros da dívida nacional sobem, mas menos do que os da Irlanda, que hoje viu a taxa das obrigações a 10 anos a superar os 7,6%. Regista-se uma subida de 15,7 pontos base, que acentua o diferencial entre os juros do País face à Alemanha. Também o “spread” de Portugal sobe, para 397 pontos base.

Hoje, num dia de fortes ganhos nas bolsas depois da Fed ter anunciado novas medidas de estímulo à economia dos EUA, os investidores mostram maior apetite pelo risco, o que leva a que também as “bunds” alemãs estejam a subir. A taxa exigida à maior economia da Europa está agora nos 2,452%.

A Alemanha é responsável, em grande parte, pelo agravamento dos juros da dívida dos países da chamada "periferia" da Zona Euro, já que o país pretende que os investidores assumam perdas na dívida de países que recorram ao fundo de estabilização da UE, caso este assuma carácter permanente a partir de 2013.

 

 
Jornal de Negócios - Paulo Moutinho
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: João Vaz em Novembro 04, 2010, 11:23:34 am
Bem sacado, P44  c34x

Isso recorda-me... a Escola Socrática

Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: P44 em Novembro 05, 2010, 12:37:08 pm
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Relatório Fiscal Monitor
FMI diz que mercados estão a sobrestimar hipótese de falência de Portugal

05.11.2010 - 11:07 Por Ana Rita Faria

Para o FMI, alguns analistas de mercado encaram como “quase certo” que Portugal entre em incumprimento, mas a instituição diz que risco de o país não pagar a sua dívida está a ser sobrestimado.


No relatório Fiscal Monitor, ontem divulgado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) destaca que, “apesar de as perspectivas orçamentais terem melhorado a um ritmo mais rápido do que o esperado na Grécia e em Portugal, alguns analistas do mercado vêem como quase certo a ocorrência de um evento de crédito”. Por este evento subentende-se o incumprimento, total ou parcial, do pagamento das dívidas do país, tal como aconteceu com a Grécia, que teve de recorrer à ajuda do fundo de estabilização do euro e ao FMI.

Contudo, segundo o FMI, os mercados estão a sobrestimar o risco de default em várias economias avançadas, como é o caso de Portugal. “Apesar de a necessidade de ajustamento orçamental que alguns países avançados enfrentam seja realmente grande, não é algo sem precedentes”, destaca a instituição, salientando que “no passado, vários países enfrentaram tensões sérias nos mercados e a escalada dos juros da dívida mas conseguiram estabilizar a situação”. Por isso, “os actuais sinais dados pelos mercados não devem ser interpretados como conduzindo a um resultado negativo inevitável”, conclui.

O FMI alerta ainda para o facto de a necessidade de financiamento de algumas economias, já elevada, ir aumentar ainda mais no próximo ano. Devido ao nível de dívida que vence em 2011, as economias avançadas irão aumentar a sua necessidade de financiamento para 27 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), em média. As maiores subidas são no Japão, na Grécia, mas também em Portugal e nos EUA, onde a dívida que o Estado terá de pagar ultrapassa largamente a redução do défice prevista.

Em Portugal, a dívida que vence em 2011 equivale a 15,5 por cento do PIB, enquanto este ano era de 11,6 por cento. Será, em grande parte, para cumprir com os seus compromissos financeiros, mas também para cobrir o défice do próximo ano, que o Estado terá de se endividar num valor equivalente a 20,7 por cento do PIB, mais 1,8 pontos percentuais do que este ano.

Estas contas do FMI têm por base uma previsão de défice de 5,2 por cento em 2011, já que as últimas projecções oficiais do fundo ainda não contabilizam o impacto das medidas de austeridade do Orçamento do Estado (OE) do próximo ano. As necessidades de financiamento estimadas pelo FMI podem, por isso, ser menores. Mas esta perspectiva também não é certa.

É que, na proposta do OE de 2011 aprovada no Parlamento, o Governo reviu o limite máximo de endividamento, estipulando que este pode aumentar em 11.573 milhões de euros, o que equivale a 6,8 por cento do PIB.

http://economia.publico.pt/Noticia/fmi- ... al_1464526 (http://economia.publico.pt/Noticia/fmi-mercados-estao-a-sobrestimar-hipotese-de-falencia-de-portugal_1464526)
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: Luso em Novembro 05, 2010, 02:10:27 pm
Dizia, Ribeiro?...
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: P44 em Novembro 06, 2010, 12:10:23 pm
Citação de: "Luso"
Dizia, Ribeiro?...


Decorre tudo como planeado.... c34x
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: P44 em Novembro 08, 2010, 05:24:26 pm
segunda-feira, 8 de Novembro de 2010 | 15:52    

Dívida: Juros passam os 6,8% e renovam máximo histórico

Os juros da dívida portuguesa a 10 anos voltam hoje a negociar em máximos históricos ao ultrapassar os 6,8% no mercado secundário, num movimento de subida partilhado com a Irlanda.

Pelas 15:04, os juros das Obrigações do Tesouro a 10 anos atingiam os 6,806%, acima do anterior máximo de 6,607% atingido na quinta feira passada.

Este novo recorde histórico dos juros dos títulos com maturidade a dez anos acontece nas vésperas da emissão de dívida pública de longo prazo pelo Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, a 10 de novembro, em que o Tesouro quer conseguir um mínimo de 600 milhões de euros.

Na Irlanda os juros para comprar Obrigações do Tesouro com a mesma maturidade também estão no recorde histórico de 7,877%, no dia em que o comissário dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, aterra em Dublin para debater o plano de austeridade do Governo irlandês.

Já os juros exigidos pelos investidores para os títulos portugueses a cinco anos negoceiam nos 5,726%, ainda assim abaixo do máximo de 6,076 de 7 de Maio de 2010.

http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_d ... ews=146752 (http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?section_id=1&id_news=146752)
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: Cabecinhas em Novembro 08, 2010, 10:16:47 pm
Então mas não era a viabilização do PSD que ia meter isto tudo na ordem?
Será que é assim tão bom o governo provar deste "veneno"... pergunto isto, porque nós é que vamos sentir na pele?
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: AC em Novembro 08, 2010, 10:49:32 pm
Nah. A viabilização do OE é só um penso rápido que permita ao paciente chegar ao hospital.

IMHO, o FMI vai ter de intervir cá. Mas é preciso aguentar o forte até Maio/Junho, que é quando podemos ter novas legislativas.

A intervenção do FMI não se vai traduzir em o FMI chegar cá e começar a mandar; o FMI, obviamente, não tem autoridade para isso.
A intervenção do FMI vai-se tranduzir em emprestar-nos dinheiro, a troco das medidas que o FMI achar que é preciso para pôr isto em ordem. Mas tem que haver um Governo e um Parlamento com legitimidade para fazer aprovar essas medidas.
Na situação política actual, será dificil. E se o Governo se demitisse mesmo e ficasse em gestão, seria impossível.
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: chaimites em Novembro 10, 2010, 11:09:19 am
Eu so tenho uma dúvida:

Quem é que o Sócrates ira culpar desta vez?
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: Cabeça de Martelo em Novembro 10, 2010, 11:40:18 am
O FMI, a banca, a UE, o PSD, os ET, todos os anteriores.
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: João Vaz em Novembro 10, 2010, 03:11:45 pm
O Sócrates não culpa o "papão" FMI...

Agarrou-se à desculpa dos "mercados internacionais", por força da "crise internacional" e aponta o dedo aos "especuladores".

 :new_argue:

Seja como for, vamos ter animação no rectângulo:

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.caoazul.com%2Floja%2Fimages%2Ffmi_pt.gif&hash=12091ff084c9575712bd68f11eac2eba)

Devido à afluência nas bilheteiras, o espectáculo irá manter-se por muito tempo.

Sob o alto patrocínio da taxa de juro da dívida da República Portuguesa, em negligente execução orçamental e o baixo nível dos 147 mil milhões em dívida, claro.
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: oultimoespiao em Novembro 11, 2010, 10:18:09 pm
7.5%
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: João Vaz em Novembro 15, 2010, 06:02:00 pm
Citar
"- Ora pois! Não se vêem mendigos nos Estados oligárquicos?
- Quase todos, excepto os governantes"


"- ...um Estado desses não é um só, mas dois: o dos pobres e o dos ricos, que habitam no mesmo lugar, e estão sempre a conspirar uns contra os outros"

"- Queres então que proclamemos que, tal como o zangão nasce num favo para desgraça da colmeia, assim o homem dessa espécie [Oligarca] é o zangão que aparece numa casa, para desgraça do Estado?
- Precisamente, Sócrates."

in Platão, A República (séc. IV a.C.), Livro VIII


(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fdissidentex.files.wordpress.com%2F2010%2F11%2Fdivida-externa-portuguesa-credit-default-swaps-2-novembro-2010.jpg%3Fw%3D599%26amp%3Bh%3D457&hash=86ed2f106ca4ffa4432168b1b1179b5a)

Diferença no spread da taxa de juro dos “CDS” – Credit Default Swaps (sempre a aumentar)


O Apocalipse segundo Sócrates

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fweblog.timoregan.com%2Fuploaded_images%2Fdurer-horsemen-706838.jpg&hash=a56cad2a2800c2e6493b3a0a31c60774)

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F3.bp.blogspot.com%2F_mYzhrSIiEWc%2FSruefT_sF9I%2FAAAAAAAADxU%2FQH8i0m-PbAQ%2Fs400%2FJos%25C3%25A9%2BS%25C3%25B3crates%2Bsem%2Ba%2Bmascara.jpg&hash=e2567b5b6b722429f70891bb6b3b8db5)(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fdn.sapo.pt%2Fstorage%2FDN%2F2010%2Fbig%2Fng1372065.jpg%3Ftype%3Dbig%26amp%3Bpos%3D0&hash=8183f957cf830f5aa25017848f5c8a72)
 

2010: Ponto de Não-Retorno

No estrangeiro já "evoluímos" de categoria: de PIIGS para "zombie nation", com risco de contágio elevado naquelas nações periféricas que tentam a todo o custo alimentar-se de mais capital.

35 anos de democracia, 24 de União Europeia pelo cano abaixo. Conseguimos destacar-nos entre os paises de rendimento per capita mais baixo e em que existe um maior número de pessoas subsistindo em níveis considerados "de pobreza" pela comunidade internacional.
 

Os Números da Vergonha (de Norte a Sul)

Cáritas: Pedidos de apoio duplicaram em Braga
- "...é previsível que, em Janeiro de 2011, com as medidas governamentais de cortes salariais e do aumento do IVA, a situação seja ainda mais difícil: “A necessidade está a aumentar e as pessoas vão ter de cortar no consumo e, eventualmente, a alimentação sairá prejudicada".
http://www.publico.pt/Local/pedidos-a-caritas-diocesana-de-braga-duplicaram-nos-ultimos-dois-meses_1464959 (09.11.2010)
 
Escolas lutam contra a fome
"Há cada vez mais crianças com carências alimentares. Algumas cantinas escolares vão abrir ao fim de semana e nas férias. professores asseguram alimentos, livros e roupa".
 
Nas cantinas das escolas do Concelho de Sintra apareciam famílias inteiras.
 
"Mais de cem alunos vinham almoçar ao fim de semana. Muitos traziam pela mão os irmãos mais pequenos que ainda nem sequer estavam em idade escolar. E os mais velhos, que já tinham deixado de estudar, também apareciam. Não negávamos almoço a ninguém", recorda Ivone Calado, diretora do Agrupamento de Escolas da Serra das Minas, em Rio de Mouro.
"Agora a pobreza agravou-se ainda mais. O número de cantinas abertas todos os dias vai aumentar. E já não chega dar refeições em tempo de aulas. "Não podemos arranjar uma solução para que as crianças almocem ao fim de semana, esquecendo que durante os 15 dias das férias do Natal, por exemplo, muitas ficam quase sem comer. Teremos de abrir aí também", diz o vice-presidente da Câmara (de Sintra), Marco Almeida.

Em Setúbal, a autarquia pondera igualmente manter algumas cantinas escolares a funcionar fora dos dias de aulas, antecipa a presidente de Câmara, Maria das Dores Meira. "Muitos meninos chegam ávidos à segunda-feira e querem repetir o prato duas ou três vezes. A contar com isso, algumas cantinas já aumentam a quantidade de comida feita nesse dia", conta.

Também na Trofa, onde quase 50% dos alunos são carenciados, ou em Faro, onde o número de refeições gratuitas servidas nas escolas aumentou 15% este ano letivo, por exemplo, as Câmaras estão a estudar medidas.

Mas a pobreza não se manifesta apenas na alimentação. Dois meses após o começo das aulas, há turmas do 3.º ciclo onde metade dos alunos ainda não tem os manuais. O problema é que muitas famílias de classe média deixaram de conseguir assegurar esta despesa, mas não beneficiam da Ação Social Escolar. O subsídio do Estado é dado com base na declaração de rendimentos do ano anterior, o que faz com que acabem por não estar abrangidos casos de pais que em 2009 tinham uma situação económica mais equilibrada, mas que recentemente perderam o emprego."


http://aeiou.expresso.pt/escolas-lutam-contra-a-fome=f613964 (08.11.2010)


Nos refeitórios sociais a procura quase triplicou: a classe média está a chegar à sopa dos pobres

"...280 mil portugueses que dependem dos cabazes do Banco Alimentar contra a Fome (...)
Misericórdias Portuguesas (UMP), em cujos refeitórios comunitários (que substituíram as velhíssimas sopas dos pobres) "a procura aumentou entre 200 a 250 por cento".
"Desde o ano passado que nos chegam pedidos de professores, advogados, engenheiros: profissões que nada fazia prever que precisariam de ajuda institucional", diz Daniela Guimarães, educadora social na Cáritas do Porto.
Nos centros Porta Amiga, da AMI, 7026 pessoas pediram apoio social no primeiro semestre de 2010. Cerca de 75 por cento do total de 2009. A maioria entre os 21 e os 59 anos, ou seja, com idade para estar a trabalhar"
.

http://www.publico.pt/Sociedade/a-classe-media-esta-a-chegar-a-sopa-dos-pobres_1464718
(07.11.2010)
 
http://aeiou.expresso.pt/familias-de-classe-media-pagam-mais-93-de-irs=f609302(14.10.2010)
 

Enquanto que:...

O PS não vai aceitar a redução do IVA para as obras das instituições de solidariedade sem uma compensação do lado da receita. Decisão final está nas mãos do governo
http://www.ionline.pt/conteudo/87539-ps-poe-entraves--isencao-iva-das-instituicoes-sociais

Perda de fundos comunitários no montante de 46 milhões de euros destinados à agricultura
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?t=Ministro-da-Agricultura-admite-que-houve-perda-de-fundos-comunitarios.rtp&headline=46&visual=9&article=376529&tm=9


Resumo das despesas orçamentadas da Assembleia da República (2010)

1 - Vencimento de Deputados ............................ 12 milhões e 349 mil Euros
2 - Ajudas de Custo de Deputados........................  2 milhões e 724 mil Euros
3 - Transportes de Deputados ............................  3 milhões 869 mil Euros
4 - Deslocações e Estadas .................................  2 milhões e 363 mil Euros
5 - Assistência Técnica ....................................  2 milhões e 948 mil Euros
6 - Outros Trabalhos Especializados .....................  3 milhões e 593 mil Euros
7 - SERVIÇO RESTAURANTE,REFEITÓRIO,CAFETARIA... 961 mil Euros
8 - Subvenções aos Grupos Parlamentares............... 970 mil Euros
9 - Equipamento de Informática .......................... 2 milhões e 110 mil Euros
10 - Outros Investimentos ................................. 2 milhões e 420 mil Euros
11 - Edifícios ................................................ 2 milhões e 686 mil Euros
12 - Transferências Diversas .............................. 13 milhões e 506 mil Euros
13 - SUBVENÇÃO aos PARTIDOS representados na AR... 16 milhões e 977 mil Euros
14 - SUBVENÇÕES PARA CAMPANHAS ELEITORAIS ......  73 milhões e 798 mil Euros

(miscelânea das rubricas do orçamento da Aseembleia da República)

Resumindo e totalizando, a despesa orçamentada para 2010 atinge € 191.405.356,61 (191 Milhões 405 mil 356 Euros e 61 cêntimos)
Vide Folha 372 do Diário da República nº 28 - 1ª Série , de 10 de Fevereiro de 2010
http://dre.pt/pdf1sdip/2010/02/02800/0036700376.pdf
 
No total, a dívida das empresas públicas atinge 25 mil milhões de euros ou 15% do PIB. A dívida pública total, incluindo a das empresas públicas, já terá ultrapassado os 110%.

Ainda que...

Segundo as Considerações Finais dos Princípios de Bom Governo (Relatório 2010 da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças (http://http)):

Citar
"Em termos globais, verifica-se que foi alcançada uma melhoria muito significativa ao nível do cumprimento dos PBG, tendo sido assegurada a melhoria do governo societário, a adopção generalizada de boas práticas e a garantia de maior rigor e transparência na actuação do Estado e das empresas.

Assim, tendo em vista garantir a continuidade da adopção pelas empresas do SEE das práticas de sustentabilidade nos domínios económico, social e ambiental, mediante a consolidação dos PBG na ordem jurídica, justifica-se que seja atribuída força legal às normas de bom governo societário das empresas do SEE".

Entre as quais se destacam, "pela obtenção de uma taxa global de 100%" no "cumprimento" dos Princípios de Bom Governo, as seguintes empresas com "elevado grau de cumprimento":

- RTP - Radio e Televisão de Portugal SA
- NAER - Novo Aeroporto SA
- CTT - Correios de Portugal SA
- CP - Comboios de Portugal SA
- REFER - Rede Ferroviária Nacional
- Docapesca - Portos e Lotas SA
- APSS - Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA


Tudo isto em:

2010, Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social (http://http)  
 

A caminho dos 8%
http://3.bp.blogspot.com/_THj1NLvxH14/T ... PT10YR.jpg (http://3.bp.blogspot.com/_THj1NLvxH14/TNLnPdCtyTI/AAAAAAAACNo/6-2Ee-lyRd4/s1600/GSPT10YR.jpg)
Bloomberg (http://http)
Marcha a República para a Servidão
http://www.rr.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=1128&did=128225

Segundo a OCDE, com 10,2%, Portugal tem o maior défice do comércio externo entre os 30 membros cujo défice no conjunto é de 0,8%, com um excedente médio de 0,3% na Zona Euro – cortesia da Alemanha.

Com o investimento directo estrangeiro praticamente seco, esse défice estrutural aumenta todos os anos o endividamento externo em 10% do PIB.
 
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F4.bp.blogspot.com%2F_-FBoi39bGyI%2FTLb4Ek5x7ZI%2FAAAAAAAACKo%2FO8qke12CbOw%2Fs320%2Fportugal%2Bafundado.jpg&hash=9b727eadde0d0231ce0007096aa8a23c)
 

Citar
"- Cá está a célebre e costumada ironia de Sócrates! Eu bem o sabia, e tinha prevenido os que aqui estão de que havias de te esquivar a responder, que te fingirias ignorante, e que farias tudo quanto há para não responder, se alguém te interrogasse".

Trasímaco de Calcedónia, in Platão, A República (séc. IV a.C.), Livro I
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: chaimites em Setembro 11, 2011, 12:41:27 am
Projectos de aquisição de material para as forças Armadas que viram os fundos ficarem cativos devido ao PEC:

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Projectos afectados

Aviões C-130
Projecto que tinha como objectivo modernizar seis aviões de transporte da Força Aérea, C-130. Estava previsto para 2010 a criação de uma equipa técnica para arrancar com os trabalhos. Como o Estado não conseguiu vender os helicópteros PUMA – para o que se previa um encaixe de 45 milhões de euros - “não foi viável prosseguir com os trabalhos” por “falta de financiamento”.

Alouette III
Desde 2006 que se previa substituir os helicópteros ligeiros Alouette III. Mas “não foi possível prosseguir com o subprojecto devido à forte desorçamentação”. Para este projecto estva pensado um investimento de 102 milhões de euros “correspondente a 12 helicópteros”.

Torpedos
A aquisição de 24 torpedos para os novos submarinos da Marinha atrasou-se três meses “uma vez que teve de aguardar autorização ministerial para pagamento, obtida em Novembro”.

Mísseis
A duração das negociações levou a um atraso de sete meses na aquisição de mísseis “Sub-Harpoon” para os novos submarinos.

DAE
Os SEAL portugueses – Destacamento de Acções Especiais do Corpo de Fuzileiros – não viram chegar o armamento previsto para “defesa próxima, combate próximo e acções especiais” – com um custo de 5 mil euros - uma vez que a verba estimada “foi totalmente afectada pela cativação”. A compra de material de mergulho – na ordem dos 85 mil euros - foi também “totalmente afectada pela cativação”.

Tendas
A aquisição de tendas e outro material de campanha (investimento de 133 mil euros) para utilização dos Fuzileiros “foi totalmente afectadas pela cativação”

Poluição
A cativação dos 353 mil euros destinados ao projecto Equipamento Plano Mar Limpo cancelou a aquisição de material de combate de incidentes de poluição no mar.

Auto-Metralhadoras
A intenção era substituir o armamento em 33 veículos blindados do Brigada de Intervenção do Exército. Foram cativados os seis milhões de euros dotados, encontrando-se por isso o projecto “suspenso”.

Artilharia Anti-áerea
O Exército previa investir 26 milhões de euros num conjunto de equipamentos para bateria de artilharia anti-aérea. “O projecto encontra-se suspenso por força das medidas previstas no PEC”

Munições
O Exército previa gastar em 2010 um milhão de euros em munições e explosivos para as unidades operacionais. “Todas as actividades/aquisições” foram “suspensas” para que a verba fosse transferida para o projecto de veículos blindados sobre rodas.

Binóculos
O Exército pretendia dotar as unidades destinadas ao Battle Group da União Europeia com material e equipamento de vigilância no campo de batalha. 200 mil euros para 20 binóculos laser e infra-vermelhos e 12 distanciómetros – equipamento electrónico para definição de distâncias – que foram transferidos para outro projecto.

TACOMS
Servia para criar condições para o participação da indústria nacional no desenvolvimento de sistemas de comunicações tácticas. Portugal está envolvido desde 1998. Foi decidido o abandono de Portugal deste projecto em 2011.


http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/ris ... 502618?p=2 (http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/risco-de-defice-de-49-milhoes-de-euros-na-lei-de-programacao-militar_1502618?p=2)
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: Digo em Setembro 11, 2011, 02:05:18 am
Tive a ler os comentários e eu noto que há cada vez mais pessoas ignorantes no que toca a segurança do pais e há funçao das forças armadas

Está aqui um exemplo:
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Mas porque é que os portugueses têm o divino costume de ver tudo de maneira a que não tenham que alterar o que realmente está mal, é muito mais simples culpar os ministros anteriores do denunciar o esbanjamento de dinheiros públicos por parte dos militares. Para que servem os F16, porque é que esses sujeitos andam por aí nos ares a provocar surdez nas pessoas e a queimar milhares de euros sem qualquer utilidade ? Não seria mais sensato denunciar este desperdício do que continuar com a malfadada culpabilização do Sócrates, mesmo que ele e todos os governos anteriores fossem processados isso não reduziria um cêntimo no défice, mas emagrecer a máquina militar sim, isso seria sensato.
 :evil:  :roll:  :roll:

Aposto que se houvesse algum um tipo de 11 de Setembro aqui em Portugal e fosse preciso seguir um avião que já se soubesse que estava sequestrado e não houvesse nada para impedir que ele fosse contra edifícios(estádios,casas,escolas...) esta pessoa que escreveu este comentário vinha criticar a força aérea por esta não ter meios para interceptar a aeronave.
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: chaimites em Setembro 12, 2011, 02:14:44 am
Quem escreve coisas destas:

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Mas porque é que os portugueses têm o divino costume de ver tudo de maneira a que não tenham que alterar o que realmente está mal, é muito mais simples culpar os ministros anteriores do denunciar o esbanjamento de dinheiros públicos por parte dos militares. Para que servem os F16, porque é que esses sujeitos andam por aí nos ares a provocar surdez nas pessoas e a queimar milhares de euros sem qualquer utilidade ? Não seria mais sensato denunciar este desperdício do que continuar com a malfadada culpabilização do Sócrates, mesmo que ele e todos os governos anteriores fossem processados isso não reduziria um cêntimo no défice, mas emagrecer a máquina militar sim, isso seria sensato.

Esta zangado por causa do NRP tridente, do NRP Viana do castelo e do P3 Orion..... apreenderam-lhe a dose da coca!

So lhe dou razao num aspecto: reduzir a maquina militar, mas apenas  no que diz respeito a Generais e Coroneis, nisso dava-lhe  razão!
Título: Re: Orçamento de Estado para 2011
Enviado por: Malagueta em Outubro 21, 2011, 09:21:24 am
O exemplo, devia haver mais como ele.

"Presidente da Câmara das Caldas da Rainha
Parece que ainda existem presidentes de câmara com sentido de gestão e com sentido da realidade. É o caso do presidente da câmara das Caldas da Rainha (Fernando Costa). De acordo com notícias de hoje, a câmara das Caldas da Rainha terá um orçamento em que a receita vai baixar porque os impostos municipais (por exemplo, o IMI e a derrama) vão baixar em 2012.
Provavelmente, esta câmara é caso único. Ou seja, na generalidade das autarquias, a má gestão dos recursos do passado levou ao endividamento e, consequentemente, à necessidade de "sacar" progressivamente mais impostos aos cidadãos do concelho. Nas Caldas da Rainha a situação é inversa.

Esta atitude de Fernando Costa demonstra clarividência na gestão dos recursos disponíveis e bom senso na relação com os cidadãos. Um presidente de câmara deve, essencialmente, estar focalizado no desenvolvimento do concelho e bem estar dos munícipes e não, unicamente, na gestão económico-financeira da câmara municipal."

Excertos de entrevista a Fernando Costa no Jornal das Caldas on-line:

“Espero ter dinheiro para as obras. Aliás, não me lanço em obras sem ter dinheiro para as fazer. Em 2009 tivemos um percalço porque caíram as receitas municipais, no IMT. Em 2010 reduzimos o endividamento em um terço e no final deste ano devemos chegar praticamente sem dívidas aos fornecedores e com uma divida à banca a longo prazo muito pequena”


"Não basta não ter dívidas. É preciso não ter e não as fazer. Posso ter muitos defeitos, mas sei administrar a Câmara. O que se passa na Madeira é grave, mas passaram-se coisas muito parecidas em muitas Câmaras do país, porque a maioria tem mais dívidas do que receitas”


"Há menos venda de imóveis, logo o IMT é menor devido à estagnação do sector da construção civil. A compra está praticamente paralisada. No próximo ano vamos ter menos receita em impostos e o Estado também já informou que haverá uma redução dos fundos de coesão e transferência do Orçamento de Estado. Mas mesmo com menos receitas e com cortes na despesa corrente em muitas coisas e uma gestão rigorosa poderá haver dinheiro para fazer obra. É isso que estou a tentar fazer"


Notas:
As reduções nos impostos nesta câmara vao desde 2.5% no IRs a 50% no IMI e 33% na derrama.
Nesta câmara municipal não existem, empresas municipais ( sobre o isso o mesmo referiu em 2010 que a câmara é competente para fazer o trabalho dela, e não precisa delas que só servem para boys... e etc. )
Na câmara não existem carros ou motoristas para funcionários e etc.
Na câmara só existem 3 técnicos superiores.
No seu conselho, os munícipes não pagam já taxas de recolha de lixo, agua custa 50% menos que a media do pais, e em igual valor em taxas, e serviços camarários ou nos esgotos.

A câmara tem um orçamento no valor de 50 milhões de euros anuais, e com estas medidas vai perder 2.5 milhoes de receitas, e com essa medida cada munícipe vai ter no final do ano mais 500 euros.

E por fim a divida é quase insignificante dado que esta a 80% do limite.

PS: acho que me vou mudar para lá, em Portugal finalmente apareceu uma "ilha" de alguém responsável.