Não se trata de ser o não ser nulidade.
Perante os supostos factos de gravidade transcendental, não restava ao primeiro ministro outra possibilidade que pedir à Procuradoria Geral da Republica que se pronunciasse.
O golpe de estado, e há cada vez mais gente a utilizar a expressão, porque se aplica, teve sucesso.
Agora os golpistas andam aos papeis e se o PS souber aproveitar o escandalo - e é um escândalo o que aconteceu - pode ainda vir a beneficiar nas eleições.
Os portugueses não gostam de quem derruba governos e normalmente não vota nos partidos que derrubam os governos. É assim há décadas.
Por isso agora arranjaram maneira de derrubar um governo por outra via, porque os portugueses não votam nos juízes.
É uma golpada, e disso não resta qualquer sombra de dúvida.
E se esta gente derruba um governo constitucional com maioria absoluta, nem queiram saber o que pode acontecer se houver um governo do PSD com o apoio do homem do Benfica ou do pessoal dos seguros de saúde.
Este é um dos problemas de acicatar demasiado as pessoas, de entrar em justicialismos estéreis porque alguém foi jhantar com alguém e isso é corrupção.
Os supostos escandalos sobre a energia e as tarifas e mais não sei o quê... NADA, NADA DE NADA.
O jornalista José Gomes Ferreira, da SIC, que apareceu a criticar tudo e todos e por finalmente haver acusações, calou-se que nem um rato, porque afinal o governo caiu por causa de uns jantares indevidamente pagos ...
Os procuradores acusam tudo e todos por coisas absolutamente triviais, enquanto a corrupção a sério, a mais fétida, nem sequer é tocada ...
E isto, sou eu a falar...
Eu, que gosto do PS tanto quanto o Maomé gosta de toucinho ...