Eu acho que a maioria dos meios aéreos vai ter que operar a partir das bases de Trapani ou de Sigonela na Sicilia.
Uma Zona de Exclusão aérea, para ser mantida implica a presença de várias aeronaves permanentemente no ar, pelo menos até que as pistas de Kadafi sejam destruídas.
De qualquer forma não parece que o Kadafi esteja em condições de fazer o que quer que seja com as aeronaves de que dispõe. A Força Aérea da Líbia é mais um tigre de papel, que existe em grandes números porque os regimes não dão baixa dos equipamentos e eles continuam a aparecer nas estatísticas internacionais de armamento.
A Libia não tem absolutamente nada para fazer frente a caças modernos como o Rafale, o Mirage 2000 ou o F-16AM, ou ainda o F/A-18E.
Interessante é a possibilidade de os franceses utilizarem operacionalmente o Charles-de-Gaulle.
O principal problema são os mísseis anti-aéreos, mas mesmo nesse campo trata-se de sistemas ultrapassados de origem soviética, que são eficientes quando utilizados em grande numero e contra aeronaves sem contra-medidas eficazes.
Em caso de necessidade, os americanos fazem chover uns quantos Tomahawk nas pistas e nos hangares onde ainda há aviões operacionais.
Neste momento os americanos já devem ter contado exactamente quantas aeronaves estão a ser utilizadas e onde está cada uma delas.
Já sabem por isso onde é necessário atacar para tornar a sua operação impossível mesmo que não atinjam os aviões.
Devem ser destruídos os depósitos de combustível e os hangares onde se fazem pequenas reparações, já que os líbios não têm capacidade para fazer grandes manutenções.
Já a participação dos árabes é a esperada.
Falam muito, pedem acção mas depois não fazem nada.
Não deixam de estar numa situação complicada. A maioria dos regimes autocráticos árabes (nomeadamente as monarquias feudais) está a lutar com contestação interna e fica esquisito apoiarem opositores a regimes que embora diferentes dos seus, se mantiveram no poder utilizando métodos de repressão idênticos.