E, quanto a novas LFC para a Marinha ??

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Re: E, quanto a novas LFC para a Marinha ??
« Responder #31 em: Novembro 16, 2020, 10:01:46 pm »
A GNR que fique com as lanchas fiscalização todas, e a Marinha com os navios de guerra. Nada mais simples.
 
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Re: E, quanto a novas LFC para a Marinha ??
« Responder #32 em: Novembro 17, 2020, 01:03:15 am »
Continuo a achar que uma GC faria mais sentido, fundindo tudo o que é Autoridade Marítima (PM, faróis, capitanias, ISN) com a UCC. Ficava uma espécie de GNR marítima, o que até teria a vantagem acrescida de diminuir o “poder excessivo” que a Guarda dispõe actualmente.

Como já tinha sugerido anteriormente, o estatuto do novo corpo militar seria semelhante ao da GNR e os oficiais da GC seriam formados na Academia Naval, à semelhança do que acontece com os oficiais da GNR na AM.

O novo corpo militar assumiria controlo e coordenação sobre toda a SRR portuguesa, contando com os seus próprios meios, bem como os meios necessários dos Ramos. No futuro, os helis SAR deveriam passar para a GC, relegando a FAP para a sua missão primária que é, obviamente, de carácter puramente militar.

Nada disto impede que os Ramos prestem o devido apoio às FS quando necessário. Aliás, já é tempo de esquecer o passado revolucionário e voltar a ter o EP nas ruas a prestar apoio armado às FS — devidamente enquadrado por estas, como é óbvio.
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Re: E, quanto a novas LFC para a Marinha ??
« Responder #33 em: Novembro 17, 2020, 08:43:49 am »
Completamente de acordo, NVF ! ;)

Para mim o mais moroso, seria a aquisição dos meios navais, que uma organização deste genero envolve, mais pelo numero do que por outro motivo.

Numa primeira fase os meios de patrulha costeira, e até os poucos NPO que a Marinha possui teriam que ser transferidos para a GC.
Além destes meios, para termos um patrulhamento adequado, o numero de Navios teria que crescer substancialmente.
A frota teria que ser composta por nada menos que uma dezena de NPO, aqui sim estou de acordo que a classe VdG, ou como lhe quissessem chamar, fosse composta por esse numero de navios, mas navios já com a capacidade de ter um heli orgânico.

Além dos NPO, teriam de estar no activo pelo menos duas classes de patrulhas costeiros.
Uma dessas classes teria de possuir deslocamento e autonomia suficientes para operar nos arquipélagos, semelhantes ao modelo agora adquirido pela GNR, pois as suas 170 Tons de deslocamento e autonomia, já lhe permitem tal tipo de missão, ou melhor ainda apostar na construção Naval Nacional e no modelo L490 do AA, para essa missão.





http://www.arsenal-alfeite.pt/index.php?id=171

Uma outra classe de LFC's, semelhantes em deslocamento e autonomia, ás actuais da marinha, seria suficiente para as zonas mais costeiras do Continente.

A brincar, só em meios Navais estamos a falar de mais ou menos uns trinta navios, se abordássemos os meios aéreos fácilmente chegavamos a um numero nunca inferior a uma dúzia de helis, entre médios e pesados, para mais e não para menos.

Quanto aos pilotos, claro que seriam formados na AFA.

Abraços
« Última modificação: Novembro 17, 2020, 08:56:56 am por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
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Re: E, quanto a novas LFC para a Marinha ??
« Responder #34 em: Novembro 17, 2020, 09:06:30 am »
https://www.facebook.com/250287988402261/posts/3497030023728025/
::)

o futuro a espreitar.....a GNR ainda vai ter uma bela de uma frota de patrulhas, oceânicos, com helis orgãnicos e por ai fora.... ;)

Abraços
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Re: E, quanto a novas LFC para a Marinha ??
« Responder #35 em: Novembro 17, 2020, 10:39:40 am »
https://www.facebook.com/250287988402261/posts/3497030023728025/
::)

o futuro a espreitar.....a GNR ainda vai ter uma bela de uma frota de patrulhas, oceânicos, com helis orgãnicos e por ai fora.... ;)

Abraços

E metade encostado...aprenderam com a Marinha.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: E, quanto a novas LFC para a Marinha ??
« Responder #36 em: Novembro 17, 2020, 10:39:54 am »
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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Re: E, quanto a novas LFC para a Marinha ??
« Responder #37 em: Novembro 17, 2020, 11:06:10 am »
Continuo a achar que uma GC faria mais sentido, fundindo tudo o que é Autoridade Marítima (PM, faróis, capitanias, ISN) com a UCC. Ficava uma espécie de GNR marítima, o que até teria a vantagem acrescida de diminuir o “poder excessivo” que a Guarda dispõe actualmente.

Como já tinha sugerido anteriormente, o estatuto do novo corpo militar seria semelhante ao da GNR e os oficiais da GC seriam formados na Academia Naval, à semelhança do que acontece com os oficiais da GNR na AM.

O novo corpo militar assumiria controlo e coordenação sobre toda a SRR portuguesa, contando com os seus próprios meios, bem como os meios necessários dos Ramos. No futuro, os helis SAR deveriam passar para a GC, relegando a FAP para a sua missão primária que é, obviamente, de carácter puramente militar.

Nada disto impede que os Ramos prestem o devido apoio às FS quando necessário. Aliás, já é tempo de esquecer o passado revolucionário e voltar a ter o EP nas ruas a prestar apoio armado às FS — devidamente enquadrado por estas, como é óbvio.

Concordo com essa ideia, quase de certeza que já se tinha comentado isso no Forum.

Uma outra ideia minha mais "radical" é a seguinte, para não se criar mais entidades, passar tudo para a UCC.
Mas para a GNR não ficar demasiado poderosa em relação às FA e à PSP, propunha dominuir a GNR noutra capacidade, passava todo o policiamento de proximidade para a PSP, cortava-se os 20 comandos distritais e regionais da GNR que existem em duplicado com a PSP, a GNR podia continuar com as auto-estradas, unidades de reserva, etc.
« Última modificação: Novembro 17, 2020, 11:10:26 am por Lightning »
 

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Viajante

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Re: E, quanto a novas LFC para a Marinha ??
« Responder #38 em: Novembro 17, 2020, 11:19:11 am »
Mas para a GNR não ficar demasiado poderosa em relação às FA e à PSP, propunha dominuir a GNR noutra capacidade, passava todo o policiamento de proximidade para a PSP, cortava-se os 20 comandos distritais e regionais da GNR que existem em duplicado com a PSP, a GNR podia continuar com as auto-estradas, unidades de reserva, etc.

Não existe PSP na grande maioria do país!!!!! Já é desde sempre a GNR quem está em todo o país (concelhos): ,[40.122716183782295,-8.536850171434038],null,[40.569111121973606,-7.506881909715288],10]]https://www.google.com/search?client=firefox-b-d&tbs=lf:1,lf_ui:4&tbm=lcl&q=onde+est%C3%A1+a+psp&rflfq=1&num=10&ved=2ahUKEwiYl6-MuYntAhVEMt8KHc_PBpYQtgN6BAgLEAc#rlfi=hd:;si:;mv:[[41.01254814399846,-6.476913647996538],[40.122716183782295,-8.536850171434038],null,[40.569111121973606,-7.506881909715288],10]

Dou-lhe vários exemplos:
- Distrito de Viseu, dos 24 concelhos, a PSP só está presente em Viseu e Lamego e só faz o policiamento na cidade, fora das freguesias que compôem a cidade é a GNR quem patrulha;
- Vila Real, dos 14 concelhos, a PSP só está presente nas sedes de 2 cidades, Vila Real e Chaves;
.......

Excepto as capitais de distrito e as áreas metropolitanas, a PSP não existe e parece que não mas está ausente na maioria do país!!!!!
« Última modificação: Novembro 17, 2020, 11:21:41 am por Viajante »
 

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Pescador

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Re: E, quanto a novas LFC para a Marinha ??
« Responder #39 em: Novembro 17, 2020, 12:03:16 pm »
Mas para a GNR não ficar demasiado poderosa em relação às FA e à PSP, propunha dominuir a GNR noutra capacidade, passava todo o policiamento de proximidade para a PSP, cortava-se os 20 comandos distritais e regionais da GNR que existem em duplicado com a PSP, a GNR podia continuar com as auto-estradas, unidades de reserva, etc.

Não existe PSP na grande maioria do país!!!!! Já é desde sempre a GNR quem está em todo o país (concelhos): ,[40.122716183782295,-8.536850171434038],null,[40.569111121973606,-7.506881909715288],10]]https://www.google.com/search?client=firefox-b-d&tbs=lf:1,lf_ui:4&tbm=lcl&q=onde+est%C3%A1+a+psp&rflfq=1&num=10&ved=2ahUKEwiYl6-MuYntAhVEMt8KHc_PBpYQtgN6BAgLEAc#rlfi=hd:;si:;mv:[[41.01254814399846,-6.476913647996538],[40.122716183782295,-8.536850171434038],null,[40.569111121973606,-7.506881909715288],10]

Dou-lhe vários exemplos:
- Distrito de Viseu, dos 24 concelhos, a PSP só está presente em Viseu e Lamego e só faz o policiamento na cidade, fora das freguesias que compôem a cidade é a GNR quem patrulha;
- Vila Real, dos 14 concelhos, a PSP só está presente nas sedes de 2 cidades, Vila Real e Chaves;
.......

Excepto as capitais de distrito e as áreas metropolitanas, a PSP não existe e parece que não mas está ausente na maioria do país!!!!!

É natural, ainda agora foi questionado a razão da falta de candidatos a PSP. Porque será?
A GNR tem quase tanto efectivo em Lisboa como a PSP, mas está onde?
Que está na rua é a PSP, nos Bairros e resto 24 horas dia.
É a PSP que está a maior parte das vezes metida ao barulho e a quem é atiçado tudo para devaneio politico e mediático.
Quanto a dizer que a GNR está em maior parte do território nacional é verdade, mas está presente fisicamente ou administrativamente?
Ou seja, território mas em quilómetros quadrados mais nada, com Postos de efectivos diminutos e escassos meios. Os meios bonitos são os badalados como faz a PSP em relação a Lisboa.
Como é possível haver tanta queixa de efectivos e meios e depois tem marinha, bombeiros e daqui a nada alguma força aérea?
Fecham Postos de noite porque não tem efectivos que estão onde e a fazer o quê? Aquartelados em Lisboa

O que se passa chama-se Quintinhas e todos as querem para protagonismo.
Querem operações especiais, querem barcos, querem inactivação de explosivos. Se lhes deixassem todos as policias teria os seus. Um País rico já se vê.

A GNR está em locais dentro de zonas urbanas onde chega a estar rodeada de PSP e a PSP está em locais rodeada de GNR.
Faz um sentido do caraças. Até porque a comunicação é zero, um assalto na área da GNR na Sobreda de Caparica, o assaltante leva 3 minutos ou menos a entrar na área da PSP em Almada  ou Seixal, que não sabe de nada porque não lhe foi comunicado, ou sabe duas horas depois.
Depois os procedimentos desiguais, mas essa é outra temática ainda mais sensível.

Mais valia remodelar tudo isso e dar a GNR o efectivo controle de fronteiras seja terra ou mar mas costeiro e sair das urbes e redondezas.
Mas uma GNR oceânica faz tanto sentido como lhes dar F16. Só nas vaidades de alguns oficiais.

Voltando a Marinha, o oceano é da Marinha e menos que isso não devia ser admitido doa a quem doer na vaidade.  Só dor , logo passa.

Claro que isto agora de andar pelo Mediterrânico traz muita coisa a sabor da boca, mas ...o País não tem de estar para isso.
Afinal deixemo-nos de coisas é tudo é querer meter para dentro.

Patrulhas Costeiros deviam ser entendidos como meios de maior dissuasão e não aqueles paquetes mal armados sem radar de jeito a passear nos palop e a ver se os piratas andam por ai a ser traquinas.(essa seria o principal conceito a interiorizar até pelo visto dentro da Marinha)
Veja-se outros exemplos nos EUA e na Europa.
Então sobraria em caso disso a fiscalização costeira para a GNR com meios adequados à fiscalização costeira.


 




 

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Re: E, quanto a novas LFC para a Marinha ??
« Responder #40 em: Novembro 17, 2020, 12:28:17 pm »
Caro Pescador.
Provavelmente mora em Lisboa, mas quem vive fora das grandes cidades, como é o meu caso e desloco-me com muita frequência entre concelhos, você só vê GNR por todo o lado.
Roubaram 1 maço de tabaco ao Manuel, lá vem a GNR tomar conta da ocorrência;
No início e fim do dia nas entradas das Escolas, lá vêem os carros patrulha da GNR;
Numa operação Stop, lá está a GNR;
ASAE só sai no interior acompanhada da GNR;
Um crime ambiental, lá vem a GNR;
Um incêndio florestal qualquer, lá vem os GIPS num heli de Viseu (chegam primeiro que os bombeiros locais, em alguns casos!!!!!)
Você tem um acidente viário, lá vem a GNR tomar conta da ocorrência!!!!
Em quase todos os concelhos do interior você só tem a GNR disponível!

Se é melhor a GNR ou a PSP a fazer a segurança não sei dizer-lhe, mas a realidade é que a GNR está em todos os concelhos deste país e a PSP está em meia-dúzia!!!!! Essa é a realidade que tem!!!!

Depois tem outra que eu acho importante. Um caso relatado por um Chefe da PSP (enquanto fazia o curso cívico para manter a licença de arma de defesa).
Em 2003 um ataque de 3 terroristas da Córcega em Viseu (https://www.publico.pt/2003/07/31/jornal/terroristas-detidos-em-viseu-sao-procurados-por-atentado-a-bomba-204051), armados com metralhadoras e coletes à prova de bala superiores aos das autoridades. A sorte dos agentes da PSP não terem sido gravemente atingidos foi a única G3 que estava do lado das autoridades. Sabe quem empunhava a G3?

Agora se me dissesse que fazia mais sentido fundir as 2 forças numa só. Aí concordo consigo, mas sendo a GNR muito maior que a PSP........ e sendo a primeira militar, comandada até por oficiais das FA!!!!!
« Última modificação: Novembro 17, 2020, 12:49:32 pm por Viajante »
 
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Re: E, quanto a novas LFC para a Marinha ??
« Responder #41 em: Novembro 17, 2020, 12:54:34 pm »
Antigamente era muito pior, porque tinhas a PSP e a GNR a operar nas mesmas localidades. Qual era a racionalidade disso?

Agora o país foi dividido em dois, a GNR nas localidades mais "rurais" e a PSP nas localidades mais "urbanas. Nas Regiões Autónomas é salvo erro a PSP que está presente.

Muito sinceramente eu por cá tenho GNR e quando estive nos Bombeiros não houve uma única vez que eles tivessem chegado a um acidente primeiro que nós. Na verdade muitas vezes já nós tínhamos feito o nosso serviço quando eles apareciam e outras vezes nem isso. Eu lembro-me de uma vez que chamaram-nos porque havia óleo na estrada (pareceu-me que tinha havido algum acidente que ninguém chamou os Bombeiros), e como era numa  estrada circular à vila o meu Chefe pediu apoio à GNR para eles desviarem o trânsito. Chegamos ao local e não havia sinal deles, por isso tivemos que esperar. Passado uma hora fomos contactados pela Central que eramos precisos e como eles ainda não tinham chegado fizemos o trabalho e fomos embora. Quando chegamos desse acidente (com desencarceramento à mistura) tínhamos dois Guardas à nossas espera. Os tipos deram-nos uma "serenata" que tínhamos feito perder o tempo preciso da Guarda...

Eu tinha como colega de equipa nos Bombeiros um Agente da PSP e ele passava-se com eles, dizia que não percebia como um Guarda não sabia os procedimentos em situações em que eram chapa 5. Isso também aconteceu umas vezes e ele dizia que era da formação (básica) que havia na GNR...

Se era verdadeiro ou apenas "facciosismos"... não sei dizer.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: E, quanto a novas LFC para a Marinha ??
« Responder #42 em: Novembro 17, 2020, 01:02:44 pm »
Antigamente era muito pior, porque tinhas a PSP e a GNR a operar nas mesmas localidades. Qual era a racionalidade disso?

Agora o país foi dividido em dois, a GNR nas localidades mais "rurais" e a PSP nas localidades mais "urbanas. Nas Regiões Autónomas é salvo erro a PSP que está presente.

Muito sinceramente eu por cá tenho GNR e quando estive nos Bombeiros não houve uma única vez que eles tivessem chegado a um acidente primeiro que nós. Na verdade muitas vezes já nós tínhamos feito o nosso serviço quando eles apareciam e outras vezes nem isso. Eu lembro-me de uma vez que chamaram-nos porque havia óleo na estrada (pareceu-me que tinha havido algum acidente que ninguém chamou os Bombeiros), e como era numa  estrada circular à vila o meu Chefe pediu apoio à GNR para eles desviarem o trânsito. Chegamos ao local e não havia sinal deles, por isso tivemos que esperar. Passado uma hora fomos contactados pela Central que eramos precisos e como eles ainda não tinham chegado fizemos o trabalho e fomos embora. Quando chegamos desse acidente (com desencarceramento à mistura) tínhamos dois Guardas à nossas espera. Os tipos deram-nos uma "serenata" que tínhamos feito perder o tempo preciso da Guarda...

Eu tinha como colega de equipa nos Bombeiros um Agente da PSP e ele passava-se com eles, dizia que não percebia como um Guarda não sabia os procedimentos em situações em que eram chapa 5. Isso também aconteceu umas vezes e ele dizia que era da formação (básica) que havia na GNR...

Se era verdadeiro ou apenas "facciosismos"... não sei dizer.

Será mais a falta de meios! Falta no Estado um Sindicato/Associação que lute pelas infraestruturas e equipamentos do Estado, porque pelos salários já há muita gente a lutar  :mrgreen:

Por exemplo quando o habilidoso diz que vai colocar as autoridades a vedar as deslocações entre concelhos, eu que trabalho num concelho de mais de 200km2 e com 12 GNR que têem de fazer 3 turnos diários, pelo menos 1 para guardar o posto e 2 para circularem numa viatura......... nem agente há para controlar a estrada principal, quanto mais as secundárias!!!!!!!!!

Também já me aconteceu ter um acidente, ligar à GNR do concelho e vem uma patrulha do concelho vizinho (aqui sei que juntam no mínimo 3 concelhos para as patrulhas)!!!!!!
 

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Re: E, quanto a novas LFC para a Marinha ??
« Responder #43 em: Novembro 17, 2020, 01:37:29 pm »
Sou defensor da existências das 2 FS (GNR e PSP), mas sem medos de assumir as diferenças - ao contrário das Associações da GNR quero uma FS marcadamente militarizada, para fazer o contraponto à PSP civil; quero a GNR em menos locais (ie, uma PSP maior em numero e área e população não me choca nada), mas que seja a "força de reserva" de segurança da Republica, que  seja esta a ter as valências UEPS, SEPNA, UAF, segurança de locais de Estado, fronteiras, etc; não ficava chocado se os "GOE" fossem responsabilidade da GNR (mas isso é impossível pelo que já aconteceu).

Que a UCC tenha os "navios de deslocamento inferior a 200 toneladas e comprimento inferior a 35 metros" e o ISN (e a PM), com uma "colaboração" da Marinha e comando em caso de conflito; a Marinha fica com tudo o resto, que é muito.

Coordenar a GNR e PSP (e Marinha) não é um "bicho de 7 cabeças".       
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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Re: E, quanto a novas LFC para a Marinha ??
« Responder #44 em: Novembro 17, 2020, 01:47:04 pm »
Racionalizar ou desbaratar?

https://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/convidados/racionalizar-ou-desbaratar-13042195.html?fbclid=IwAR1neo5UC_kQpUsg6G3MS5r84ftErIqoSDjpm2Wa_GTM0u2U4rVOSOJDmZE

AGNR vai ter meios para operar no alto mar, não obstante a lógica da criação, em 2007, da Unidade de Controlo Costeiro (UCC) se basear na ideia bem mais limitada de «garantir a continuidade da observação das leis em terra e no espaço marítimo até ás 12 milhas». Explicava então o ministro da Administração Interna, em entrevista ao jornal Expresso, que não obstante a «divisão clássica entre as missões das Forças Armadas e as Forças de Segurança» havia a «exceção da zona desde a linha de baixa mar até às 12 milhas, onde as funções policiais não estão confiadas às Forças de Segurança, como deviam, mas às Forças Armadas». Assim se justificou a criação da UCC!

Tive várias oportunidades de contestar essa argumentação, em vários artigos na comunicação social e revistas da especialidade, quer em termos operacionais, quer em termos da necessidade de sermos racionais na utilização de recursos escassos. Chamei a atenção para a falta de coerência da razão invocada ao deixar de lado a questão do espaço aéreo que se põe exatamente nos mesmo termos.

A situação pareceu evoluir num caminho de razoabilidade. Apesar de vários sinais de que a GNR não desistiria das ambições de configurar a UCC numa espécie de guarda costeira, não faltaram medidas que mostravam que iria prevalecer o bom senso. Nomeadamente, a decisão de ulteriores administrações consagrar na lei o conceito de "marinha de duplo uso" (DL 233/2009) que «na linha da tradição naval portuguesa, materializa uma atuação militar e uma atuação não militar, privilegiando uma lógica de economia de esforço e de escala, bem como o desenvolvimento de sinergias, por partilha de conhecimentos e recursos». Decisão confirmada pelo reconhecimento de que «Forças Armadas dispõem de recursos e competências únicas que, em articulação com outras estruturas, permitiriam ao Estado ter ganhos de eficiência e eficácia de resposta a crises. Trata-se da participação mais ativa em missões de interesse público».

A esperança gerada por estas medidas foi reforçada pelas interrogações expressas pelo Presidente da Comissão de Defesa da Assembleia da República, em texto publicado pelo Diário de Notícias de 28 de outubro de 2010, sob o título "Deputados têm dúvidas sobre "marinha" da GNR - Presidente da Comissão Parlamentar questiona duplicação de meios com a Armada", texto que reforçava a chamada de atenção, à luz do contexto financeiro então também difícil, para a indispensabilidade de se seguir um critério racional e rigoroso de despesa.

Sempre imaginei que as dificuldades orçamentais e de efetivos da GNR para as suas missões principais de proteção da população, assunto que não só é patente para todos como tem sido objeto de manifesta preocupação pública das respetivas chefias, moderaria o entusiasmo por alargar o campo de ação para exigentes e dispendiosas novas tarefas que, claramente, além de não serem da sua vocação, são assuntos muito sérios que não se improvisam nem podem ser encarados de uma forma amadora, por falta de uma base de experiência de vida no mar.

Afinal, os que acreditavam no bom senso estavam enganados. Calculo que, como eu, estejam preocupados com o desbaratar de meios e falta de coordenação entre os departamentos envolvidos.

Com a decisão de adquirir um meio oceânico, próprio de uma guarda costeira, a GNR fica a ganhar nas suas ambições, mas o Estado Português, que é como quem diz toda população portuguesa, fica a perder com gastos não sustentados de recursos financeiros, precisamente quando eles são mais precisos, e com uma solução que obviamente não está alinhada com a necessidade de se dar prioridade ao que é essencial e para o que não existe alternativa.

Não está neste caso, obviamente, a criação de uma guarda costeira, papel que a Marinha tem desempenhado com grande empenho e a inteiro contento, e deve poder continuar, em nome do interesse nacional.

Vice-Almirante Reis Rodrigues, ex-vice Chefe do Estado-Maior da Armada


Se o Almirantado da marinheca tivessem um par de colhões pretos demitiam-se todos em bloco e os que estavam mais abaixo recusavam vir a ocupar os lugares de topo (escrevi isto em sentido figurado pois como calculam não andei a espreitar para os tomates de suas excelências)