Sobre o repatriamento dos militares portugueses

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Miguel Silva Machado

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Sobre o repatriamento dos militares portugueses
« em: Junho 01, 2009, 02:31:51 pm »
Dia 3 de Junho de 2009 está agendado na Assembleia da República o debate em plenário da Petição lançada pelo Movimento Cívico dos Antigos Combatentes, que pretende resgatar os restos mortais dos militares portugueses que morreram em África antes das independências da Guiné-Bissau, Angola e Moçambique. Neste texto o “Operacional” aborda esta questão olhando para alguns argumentos usados no debate público sobre a questão, o modo como em França se resolveu o caso dos mortos na Indochina e recorda com imagens a missão de 2008 que permitiu repatriar 3 militares pára-quedistas portugueses.


http://www.operacional.pt/o-regresso-dos-herois/

Miguel Silva Machado
http://www.operacional.pt/
 

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Lancero

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« Responder #1 em: Junho 02, 2009, 05:00:41 pm »
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AR: Movimento Antigos Combatentes reúne apoio partidário para recuperação restos mortais de soldados Guerra Colonial  



    Lisboa, 02 Jun (Lusa) - O Movimento Cívico dos Antigos Combatentes (MCAC) reuniu o apoio dos principais partidos para aprovação de uma proposta visando a recuperação das ossadas de soldados portugueses mortos na Guerra Colonial, disse à Lusa o dirigente António Brito.  

 

    A proposta de resolução será levada perante o plenário da Assembleia da República na quarta-feira, e das reuniões entre o movimento e PS, PSD, CDS e PCP desde a apresentação de uma petição (Janeiro) ficou um "apoio declarado" das quatro forças, tendo ficado por concretizar uma reunião com o Bloco de Esquerda.  

 

    O movimento estima em 4.000 o número de corpos a recuperar, sendo 2.500 a 3.000 militares de recrutamento local - nascidos na Guiné, Angola ou Moçambique - e os restantes 1.000 a 1.500 recrutados na antiga metrópole.  

 

    Para os segundos, prevê-se trazer as ossadas para Portugal e proporcionar um "local digno de enterramento", em articulação com as famílias ou, através de um acordo entre o movimento e a Associação Nacional de Freguesias, com as autarquias.  

 

    Nos restantes casos, propõe-se que os restos mortais deverão ser concentrados num cemitério nos três países em causa, encarregando-se o Estado português, através das Embaixadas, da manutenção desses espaços de aí em diante.  

 

    "O Estado tem obrigação de resolver esta situação, de entregar estes restos às suas famílias. É uma logística acessível, de forma organizada, que o Estado pode fazer sem nenhum drama ou complexidade", defende António Brito.  

 

    O dirigente do movimento cívico afirma que "há grande abertura" da parte da Guiné-Bissau e Moçambique para resolver a questão, desconhecendo-se a posição de Angola.  

 

    "Vamos ficar atentos à posição do Governo depois da aprovação da proposta de resolução (...) não vamos aceitar que em nome da falta de meios humanos ou financeiros não se faça nada ou se vá delegar para o futuro a resolução do problema, quando já não houver nada para resolver", afirma António Brito.

 

    O movimento não teve contactos recentes com o Governo, adianta, mas acredita que a proposta vai ter seguimento.  

 

    "Como estamos todos de boa fé, somos pessoas de bem e acreditamos que os membros do Governo também o são e que não deixarão de honrar esta lei da Assembleia para encontrar uma solução", afirma.  

 

    O movimento surgiu em 2006, na sequência de uma reportagem da RTP sobre o estado de abandono em que se encontram os locais onde ficaram sepultados os soldados portugueses nas antigas colónias.  

 

    Entregue a 22 de Janeiro a petição no Parlamento, com mais de 12 mil assinaturas, o agendamento da discussão foi "extremamente rápido para o habitual", o que António Brito considera "sem dúvida um bom sinal".  

 

    A proposta define um prazo máximo de um ano para resolver os casos de soldados cujos locais de enterramento estejam claramente identificados e de dois anos para os restantes, onde não há uma lápide.  

 

    "Se não, tudo vai desaparecer e perder-se sem forma nenhuma de resolver sem a dignidade necessária para homens que combateram pela bandeira de Portugal", diz António Brito.  

 
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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VICTOR4810

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SERÍA UN ACTO DE ESTRICTA JUSTICIA.¡¡¡
« Responder #2 em: Julho 21, 2009, 09:14:50 pm »
Quien murió por su país, debe descansar en su país y a ser posible envueto en la bandera de su país.
     La guerra colonial fue el principio del desastre y no pudo ser evitado por la manifiesta inferioridad en armas y apoyos de los fuzileros portugueses si los comparamos con la guerrilla marxista.
     Hechos heróicos como la defensa de "Medina de Boné", solo contribuyeron a alargar la agonía del hasta entonces Imperio.
     La falta de material, cartuchos, viaturas, etc. hacía inviable la defensa de esos territorios.
     Pero siempre quedará Grándola (vila morena).
1.492, DESCUBRIMOS EL PARAISO.
"SIN MAS ENEMIGOS QUE LOS DE MI PÁTRIA"
 

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legionario

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« Responder #3 em: Julho 22, 2009, 06:04:33 pm »
Pobres dos ex-combatentes portugueses...Nem dos vivos o nosso Estado se ocupa. Em Moçambique existem algumas centenas de ex-militares portugueses, invalidos e extropiados de guerra, que nem para comer têm !
Verdade seja dita, alguns ex-combatentes tugas têm sido objeto de repetidas homenagens e mordomias como um certo ex-instrutor da Legiao Portuguesa, convertido posteriormente ao terrorismo,  e que da pelo nome de Otelo saraiva de carvalho. Mas o desgraçado do compelido que teve que deixar tudo para servir o seu pais, esse tem direito ao esquecimento total.
Tragam os mortos para Portugal sim senhor, mas ocupem-se tambem dos vivos ! e se nao sabem o que fazer para ajudar os nossos militares, tomem exemplos na França ou na GBR, vejam como procedem estes paises e façam igual.

ps. em Portugal as associaçoes de combatentes  têm que fazer peditorios junto aos semaforos nos centros urbanos, para mendigar uma moedinha... Haja vergonha !!
 

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cromwell

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« Responder #4 em: Julho 22, 2009, 06:23:27 pm »
Citação de: "legionario"
Pobres dos ex-combatentes portugueses...Nem dos vivos o nosso Estado se ocupa. Em Moçambique existem algumas centenas de ex-militares portugueses, invalidos e extropiados de guerra, que nem para comer têm !
Verdade seja dita, alguns ex-combatentes tugas têm sido objeto de repetidas homenagens e mordomias como um certo ex-instrutor da Legiao Portuguesa, convertido posteriormente ao terrorismo,  e que da pelo nome de Otelo saraiva de carvalho. Mas o desgraçado do compelido que teve que deixar tudo para servir o seu pais, esse tem direito ao esquecimento total.
Tragam os mortos para Portugal sim senhor, mas ocupem-se tambem dos vivos ! e se nao sabem o que fazer para ajudar os nossos militares, tomem exemplos na França ou na GBR, vejam como procedem estes paises e façam igual.

ps. em Portugal as associaçoes de combatentes  têm que fazer peditorios junto aos semaforos nos centros urbanos, para mendigar uma moedinha... Haja vergonha !!


Caro Legionario, pare de dizer essa expressão, pois não é aceitavel para certa gente deste forum.
"A Patria não caiu, a Pátria não cairá!"- Cromwell, membro do ForumDefesa