Aeronaves Remotamente Pilotadas (UAV / UCAV) da FAB

  • 5 Respostas
  • 2600 Visualizações
*

Vitor Santos

  • Moderador Global
  • *****
  • 6811
  • Recebeu: 958 vez(es)
  • Enviou: 478 vez(es)
  • +8956/-10218
Aeronaves Remotamente Pilotadas (UAV / UCAV) da FAB
« em: Junho 22, 2019, 06:37:07 pm »
Conheça a diferença entre RPA, VANT ou Drone


Citar
Você já deve ter percebido o quanto os “drones” estão famosos por aí, né? Além disso, eles têm tido inúmeras utilizações… Drone que entrega pizza, drones na agricultura e na pecuária, drone nos casamentos, drone no combate ao Aedes Aegypti, no carnaval, monitorando queimadas, até drone abatido recentemente…

Na Força Aérea Brasileira (FAB) os drones, são conhecidos como RPA (Aeronave Remotamente Pilotada).

Imagine que você é o Comandante das Forças Armadas do seu país. Tipo no jogo WAR, só que de verdade. Como adentrar o território inimigo e mapear as características geográficas, instalações, tropas, aeronaves e carros de combate? Tudo isso é informação que você precisa saber para não colocar em risco soldados e recursos, além de aplicá-los estratégica e corretamente.

Então, atualmente, essa missão vem sendo cada vez mais desenvolvida pelas RPA (Remotely-Piloted Aircraft), pois, além de eliminar o risco da perda de vidas humanas, permite um mapeamento muito mais completo, com tecnologias e sistemas de última geração. Mas primeiro vamos entender essas “terminologias”!

Qual a diferença entre uma RPA, um VANT ou drone?

Drone é apenas um apelido em inglês, um termo genérico, sem amparo técnico. Em português, drone significa zangão, zumbido. A terminologia oficial no Brasil é Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT), tradução do acrônimo consagrado pelas organizações reguladoras do transporte aéreo internacional, o UAV (Unmanned Aerial Vehicle).

Segundo a legislação atual, caracteriza-se como VANT toda aeronave projetada para operar sem piloto a bordo, possuindo carga útil embarcada, como uma câmera de filmagem, por exemplo. Alguns drones utilizados como hobby, sem qualquer tipo de carga útil, enquadram-se na legislação referente aos aeromodelos e não a de um VANT.

Já entre os VANT, há dois tipos diferentes. O primeiro, mais conhecido, é a RPA. Nesse tipo, o piloto não está a bordo, mas controla a aeronave remotamente de uma interface qualquer (computador, celular, controle remoto, etc).

Já a outra subcategoria de VANT é a chamada “Aeronave Autônoma”, cujo voo é programado por computadores, sem participação de um piloto remoto. No Brasil, e em muitos outros países, Aeronaves Autônomas ainda são proibidas.

A RPA, enfim, é a terminologia correta quando nos referimos a aeronaves remotamente pilotadas de caráter não recreativo. Em outras palavras, RPA é o que queremos dizer, na maioria das vezes, quando nos referimos a drones. A designação de uma RPA independe de sua forma, tamanho ou peso.

Legislação é coisa séria!

O documento que regulamenta os voos das RPAs e os procedimentos e responsabilidades necessários para o acesso seguro ao Espaço Aéreo Brasileiro é a ICA 100-40 – SISTEMAS DE AERONAVES REMOTAMENTE PILOTADAS E O ACESSO AO ESPAÇO AÉREO BRASILEIRO do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

Para conseguir autorização para voar, é necessário enviar uma solicitação ao órgão responsável pela área de jurisdição a ser voada.

“À espreita, Hórus!”

As Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA) foram incorporadas na FAB a partir de 2010, com o recebimento do primeiro Hermes 450, da empresa israelense Elbit. Atualmente, são quatro RQ-450 (Hermes 450) e um RQ-900 (Hermes 900), todos baseados no Esquadrão Hórus, em Santa Maria (RS).

Essas aeronaves incorporam: câmeras diurnas e de infravermelho, sistemas de comunicações aperfeiçoados e um radar que permite fazer imagens mesmo através das nuvens.

Na FAB, essas aeronaves são comandadas do solo por aviadores com experiência em aviões e helicópteros de combate, além de conhecimentos gerais em missões militares e regras de controle do espaço aéreo.

FONTE: https://www.defesa.tv.br/conheca-a-diferenca-entre-rpa-vant-ou-drone/
 

*

Vitor Santos

  • Moderador Global
  • *****
  • 6811
  • Recebeu: 958 vez(es)
  • Enviou: 478 vez(es)
  • +8956/-10218
Re: Aeronaves Remotamente Pilotadas (UAV / UCAV) da FAB
« Responder #1 em: Junho 22, 2019, 06:37:32 pm »







 

*

Vitor Santos

  • Moderador Global
  • *****
  • 6811
  • Recebeu: 958 vez(es)
  • Enviou: 478 vez(es)
  • +8956/-10218
Re: Aeronaves Remotamente Pilotadas (UAV / UCAV) da FAB
« Responder #2 em: Agosto 12, 2021, 04:16:37 pm »
AEL Sistemas garante as operações de ARP na FAB


Citar
A AEL Sistemas, empresa gaúcha de tecnologia em defesa, é responsável pelo fornecimento e suporte logístico das aeronaves Hermes 450 e Hermes 900 no Brasil, que apoiaram diversas operações estratégicas como: Copa do Mundo de 2014, Olimpíadas 2016, desde maio de 2020, à Operação Verde Brasil e atualmente, a operação Samaúma, com o objetivo de combater ilícitos ambientais, mapeados pelo Grupo Gestor do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL) em 26 municípios dos Estados do Amazonas, Mato Grosso, Pará e Rondônia.

O Suporte inclui o reparo de componentes, fornecimento de consumíveis e de peças de reposição, além de dispor em tempo integral, uma equipe técnica e de engenheiros altamente qualificados atuando em conjunto ao Esquadrão Hórus para garantir a disponibilidade desta frota em qualquer demanda do nosso país.

A empresa faz parte do Grupo Israelense Elbit Systems, um dos maiores conglomerados de defesa do Mundo, que desenvolve Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP) e diversos sensores que os equipam. Entre elas, o Hermes 900, que a Força Aérea Brasileira (FAB) opera.

Trata-se de um avançado sistema de ARP de grande porte operado em mais de 12 países, que foi amplamente utilizado nas Operações Verde Brasil 1 e 2, onde alcançou elevado êxito nas missões e está sendo peça chave na Operação Sumaúma.

Na FAB, o sistema aéreo não tripulado é designado RQ-900 e pertence ao Primeiro Esquadrão do Décimo Segundo Grupo de Aviação (1º/12º GAv), o Esquadrão Hórus, que está na Base Aérea de Santa Maria (BASM), no Rio Grande do Sul, sendo constantemente desdobrado para a região amazônica, áreas de fronteira, e em apoio a operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

O Hermes 900 tem autonomia de 30 horas de voo, e pode ser operado via satélite diretamente da estação de controle no Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), em Brasília (DF), e é considerado um dos mais modernos sistemas ARP da atualidade, sendo equipado com o DCoMPASS, que constitui um sistema de câmeras infravermelhas e termais de alta resolução com zoom óptico contínuo com capacidade de detectar e reconhecer alvos em longas distâncias, e ainda, com o SkEye, um conjunto de 10 câmeras de alta resolução que permitem a observação em tempo real de uma ampla região por um longo intervalo de tempo.

A utilização de um software especialista permite processar o conjunto de imagens, com visualizações independentes, possibilitando monitorar diferentes alvos simultaneamente em uma mesma área e fornecer informações valiosas para a atuação de equipes de monitoramento e controle. Com voo totalmente autônomo, o Hermes 900 pode ser equipado com diferentes configurações de cargas úteis e sensores de inteligência de comunicações e de sinais

Fonte: AEL Sistemas
 :arrow:  https://tecnodefesa.com.br/ael-sistemas-garante-as-operacoes-de-arp-na-fab/
« Última modificação: Agosto 12, 2021, 04:20:46 pm por Vitor Santos »
 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20613
  • Recebeu: 2392 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1118/-1481
 

*

Vitor Santos

  • Moderador Global
  • *****
  • 6811
  • Recebeu: 958 vez(es)
  • Enviou: 478 vez(es)
  • +8956/-10218
Re: Aeronaves Remotamente Pilotadas (UAV / UCAV) da FAB
« Responder #4 em: Janeiro 01, 2022, 03:30:55 pm »
Força Aérea Brasileira compra mais duas aeronaves remotamente pilotadas RQ-900


Citar
A Força Aérea Brasileira (FAB) oficializou, nesta quinta-feira (30/12), a parceria com a empresa brasileira AEL Sistemas para a aquisição de duas Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP).

O contrato assinado pelo Comandante de Operações Aeroespaciais e Comandante de Preparo, Tenente-Brigadeiro do Ar Sergio Roberto de Almeida, e pelo Presidente da AEL Sistemas, Gal Lazar, tem por objetivo ampliar a frota de aeronaves RQ-900, aumentando a capacidade operacional da Força Aérea, principalmente na tarefa de inteligência, vigilância e reconhecimento, onde já atua, inclusive, de maneira conjunta com outras Forças e instituições governamentais.

O evento contou com a presença do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior; do Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno; do Comandante-Geral do Pessoal, Tenente-Brigadeiro do Ar Ricardo Reis Tavares; dentre outros Oficiais-Generais da Aeronáutica; de Diretores e integrantes da AEL Sistemas; e da Advogada Flávia do Espírito Santo Batista, representando a Consultoria Jurídica Adjunta do Comando da Aeronáutica (COJAER).

Na ocasião, o Tenente-Brigadeiro Baptista Junior destacou a importância da ampliação da frota das ARP, também conhecidas como Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT). “A assinatura deste contrato de ampliação da nossa frota de aeronaves remotamente pilotadas (ARP) é mais um passo na construção das capacidades necessárias à Força Aérea Brasileira do futuro.


Tais capacidades são construídas pela combinação de meios materiais, pessoais, infraestrutura e doutrina de emprego, dentre vários fatores. No caso dos meios materiais, nosso maior desafio é a priorização daquilo que precisamos adquirir, frente aos recursos que nos são disponibilizados. O contrato assinado no dia de hoje comprova a prioridade que estamos dando para estes sistemas remotamente pilotados, que têm se mostrado muito importantes não só para a defesa do Brasil, mas para as ações de combate a crimes transnacionais, mineração ilegal, controle de queimadas e desmatamentos. São sistemas de grande importância para nosso país”, explicou.

Por sua vez, o Tenente-Brigadeiro Almeida enfatizou que, até o momento, essa aeronave era operada como uma espécie de prova de conceito. “O recebimento dessas novas aeronaves nos coloca no nível de um esquadrão operacional, que passa a ter a capacidade de cumprir ainda mais efetivamente a missão, podendo fazer uma substituição de aeronaves em voo, que é muito comum no emprego de VANT, prolongando o tempo de operação”, pontuou.

Já o Presidente da AEL ressaltou que a nova aquisição promove um salto operacional nunca visto para a área de inteligência do País. “Esse contrato está virando a página dos VANT no País. Ele está transformando um simples conceito em uma capacidade operacional realmente forte. Um esquadrão vai conseguir, agora com três aeronaves, fazer missões mais complexas. Com a coordenação do COMAE e a capacidade de controlar essas aeronaves por satélite em qualquer lugar do País, essa nova aquisição vai trazer uma grande capacidade militar para a Força Aérea Brasileira”, disse Gal Lazar.

ARP RQ-900


O Hermes 900 é uma ARP de grande porte, com avançado sistema, e com alta confiabilidade e segurança nas operações. Com voo totalmente autônomo, ele possui rápida capacidade de manobras e grande autonomia, além da possibilidade de ser equipado com diferentes configurações.

Anteriormente, o voo era feito com a necessidade de uma linha de visada entre a ARP e a estação de solo. Ou seja, havia algumas limitações de distância para a operação da aeronave, pois, à medida que a distância aumentava, a aeronave começava a ficar abaixo do horizonte, interrompendo essa linha de visada. Agora, utilizando-se sensores, a antena não aponta mais diretamente para a aeronave, e sim para o satélite, que faz a ponte com a ARP.

O Sistema Aéreo Remotamente Pilotado (SARP) da FAB tem auxiliado e otimizado, por exemplo, os trabalhos de reconhecimento de áreas de desmatamento na Amazônia Legal na Operação Samaúma, que surgiu da necessidade de intervir em 26 municípios dos estados do Amazonas, Mato Grosso, Pará e Rondônia, nos quais foram detectados indícios de ilícitos ambientais, mapeados pelo Grupo Gestor do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL).

FONTE: Força Aérea Brasileira
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: HSMW

*

Vitor Santos

  • Moderador Global
  • *****
  • 6811
  • Recebeu: 958 vez(es)
  • Enviou: 478 vez(es)
  • +8956/-10218
Re: Aeronaves Remotamente Pilotadas (UAV / UCAV) da FAB
« Responder #5 em: Setembro 24, 2022, 03:03:14 pm »
Aeronave Remotamente Pilotada da FAB realiza primeiro voo de traslado


Citar
A missão inédita foi cumprida pelo Esquadrão Hórus (1°/12° GAV) e representa um avanço na operacionalidade da Força Aérea Brasileira

A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou, nesta sexta-feira (23/09), o primeiro voo de traslado de uma Aeronave Remotamente Pilotada (ARP), a RQ-900 Hermes, de Santa Maria (RS) a Campo Grande (MS). A distância entre os aeródromos de decolagem e pouso é de aproximadamente mil quilômetros. Até então, as missões não tripuladas conduzidas pela Força Aérea, ainda que tivessem grande alcance devido ao controle realizado por satélite, restringiam-se a decolagem e pouso sempre no mesmo aeródromo.

A operação, conduzida pelo Primeiro Esquadrão do Décimo Segundo Grupo de Aviação (1°/12° GAV - Esquadrão Hórus) e sob a égide do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), revestiu-se de grande complexidade. Isso em virtude das peculiaridades do sistema não tripulado, da suscetibilidade à meteorologia e da necessidade de múltiplas coordenações entre órgãos de controle do espaço aéreo e tripulantes, que revezaram a missão estando baseados em Santa Maria (RS), Brasília (DF) e Campo Grande (MS).

O voo histórico decolou da Base Aérea de Santa Maria (BASM), no Rio Grande do Sul (RS), às 3h05min da manhã. Uma equipe de mantenedores realizou a preparação da aeronave e os tripulantes realizaram o controle com link em linha de visada, isto é, utilizaram uma antena de solo apontada diretamente para a aeronave o que permitiu o comando remoto durante todas as fases da operação.


Na segunda etapa, uma tripulação assumiu o controle do RQ-900 a partir de Brasília (DF), desta vez por link satelital, executando a pilotagem remota até o aeródromo de Campo Grande (MS), localizado a mais de mil quilômetros de distância de Santa Maria (RS).

Já na última fase da operação, antes do início dos procedimentos de descida para pouso em Campo Grande (MS), uma tripulação local assumiu o comando da aeronave, em linha de visada, realizando um pouso suave e com segurança em Campo Grande, a Cidade Morena.

Clique aqui para baixar a imagem originalO Comandante do COMAE, Tenente-Brigadeiro do Ar Heraldo Luiz Rodrigues, destacou que o voo representou a consolidação da operação de Aeronave Remotamente Pilotada militar no Brasil, iniciada há pouco mais de uma década, pelo Esquadrão Hórus. “O traslado permitiu a redução de custos e ampliação da capacidade de pronta resposta do RQ-900 na tarefa de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR)”, acrescentou o Oficial-General

Neste sentido, o Comandante do Esquadrão Hórus, Tenente-Coronel Aviador Ricardo Starling Cardoso, ressaltou, com muito orgulho, o feito inédito realizado. “Esse voo entrou para a história como um avanço na operacionalidade da FAB com relação ao emprego de sistemas não tripulados. Demonstrou a capacidade de mobilizar e reposicionar a aeronave para operar a partir de uma nova base de desdobramento e em um curto espaço de tempo”, concluiu.

Esquadrão Hórus

O Esquadrão foi criado em 2011, na Base Aérea de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, com o objetivo de operar as Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP), como também são chamados os Veículos Aéreos Não-Tripulados (VANT) na Força Aérea Brasileira, realizando missões de Controle Aéreo Avançado, Posto de Comunicações no Ar, Busca e Salvamento em Combate (C-SAR) e Reconhecimento Aéreo.

A operação de uma ARP necessita de sistemas em solo que permitem o controle, a telemetria e a recepção das imagens por meio de um sistema de enlace de dados, sendo as aeronaves comandadas por aviadores com experiência em aviões e helicópteros de combate, além de conhecimentos em missões militares e regras de controle do espaço aéreo.

Em 2014 o Esquadrão passou a operar as aeronaves RQ-900 Hermes, que possuem capacidade de operação em média altitude e longa duração. Equipada com o sensor eletro-ótico e térmico DCoMPASS, com câmera colorida de alta definição, sensor de visão infravermelha e iluminador e designador de alvos a laser, essa aeronave possui também o sistema eletro-ótico SkEye, um conjunto de 10 câmeras de alta resolução que permite a vigilância de várias áreas simultaneamente, com transmissão de dados em tempo real. O RQ-900 Hermes voa a mais de 9.000 metros de altura e tem autonomia superior a 30 horas.

Fotos: Esquadrão Hórus
FONTE: FAB