Actividade Operacional/Exercícios

  • 67 Respostas
  • 18296 Visualizações
*

Falcão

  • Administrador
  • *****
  • 399
  • Recebeu: 10 vez(es)
  • Enviou: 8 vez(es)
  • +12/-10
    • http://forumdefesa.com
Actividade Operacional/Exercícios
« em: Junho 15, 2019, 10:52:04 am »
Serve este tópico para tratar das actividades operacionais e dos exercícios da Força Aérea Brasileira.
« Última modificação: Junho 15, 2019, 10:53:41 am por Falcão »
Cumprimentos
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Vitor Santos


*

Vitor Santos

  • Moderador Global
  • *****
  • 6811
  • Recebeu: 958 vez(es)
  • Enviou: 478 vez(es)
  • +8956/-10218
Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #2 em: Junho 18, 2019, 03:16:27 pm »
FAB encerra participação no Exercício Internacional Green Flag West

Militares brasileiros treinaram cenários de guerra regular e irregular


Citar
A Força Aérea Brasileira (FAB) concluiu, nesta sexta-feira (14/06), a participação no Exercício Internacional Green Flag West, que teve início em 31 de maio, na Base Aérea de Nellis, em Nevada, nos Estados Unidos. Foram voadas mais de 300 horas, com envolvimento dos Esquadrões do 3º Grupo de Aviação - Escorpião (1º/3º GAV), Grifo (2º/3º GAV) e Flecha (3º/3º GAV), que operam aeronaves A-29 Super Tucano. Além deles, também participaram do treinamento o Esquadrão Joker (2º/5º GAV). O Green Flag West ocorreu na sede do 549th Combat Training Squadron, unidade responsável pela organização do evento, que envolveu aproximadamente 7 mil militares das forças norte-americanas.

Nesse Exercício, houve uma dinâmica rotina de treinamentos envolvendo operações ar-solo em um cenário tático, simulando conflitos regulares e irregulares em ambiente de deserto. Além dos Esquadrões Aéreos, também participou do treinamento o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS), conhecido como PARA-SAR, que executa missões de Guiamento Aéreo Avançado (GAA). O treinamento foi dedicado ao apoio às tropas distribuídas no terreno, simulando um combate regular entre Forças Armadas, envolvendo carros de combate, artilharias antiaéreas e tropas em confronto direto.

Desafios

Um cenário de treinamento para combate irregular, contra ameaças não-governamentais, também foi utilizado para adestramento dos pilotos, sendo realizado sobre ambiente urbano, em apoio às tropas de operações especiais. O ambiente de treinamento se diferencia do já conhecido pelos brasileiros, sendo majoritariamente composto por áreas de deserto e montanhas, o que eleva a dificuldade e os desafios do exercício.


Foram dias de ganho de experiência para os militares brasileiros, com oportunidades de aprender mais sobre a Força Aérea Americana e seu modo de operar nesse tipo de cenário. Em complemento, foram ministradas aulas e palestras sobre Apoio Aéreo Aproximado.

A participação da FAB foi destacada pelo responsável pelo Exercício, o Comandante do 549th Combat Training Squadron, Tenente-Coronel Adam Skid Markel. Ele lembrou que, desde os combates nos céus da Itália durante a Segunda Guerra Mundial, os dois países não realizavam uma operação ar-solo em conjunto, citando a Green Flag West como um novo marco positivo na história.


Fotos: Tenente Vellasquez/ 1º/3º GAV; Tenente Iha / 3º/3º GAV; Richard VanderMeulen
FONTE: FAB
 

*

Vitor Santos

  • Moderador Global
  • *****
  • 6811
  • Recebeu: 958 vez(es)
  • Enviou: 478 vez(es)
  • +8956/-10218
Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #3 em: Junho 20, 2019, 02:01:44 am »
Capacidades da Aviação de Reconhecimento são treinadas em exercício


A aviação celebra 72 anos no dia 24 de junho

Citar
Do uso de balões ao emprego de Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP), passando também de câmeras fotográficas a sensores de última geração. O reconhecimento aéreo tem muito a celebrar neste dia 24 de junho, data que marca os 72 anos da Aviação de Reconhecimento na FAB, com novas tecnologias empregadas.

Na Força Aérea, a Aviação de Reconhecimento teve início em 1947, com a criação do Esquadrão Poker (1º/10º GAV). De acordo com o Comandante do Esquadrão, Tenente-Coronel Aviador Murilo Grassi Salvatti, inicialmente o 1º/10º GAV era a única unidade da FAB que fazia reconhecimento e é, ainda hoje, a unidade dedicada ao reconhecimento tático empregando as aeronaves RA-1AM.

“Nós voamos dentro do território inimigo para buscar informações, dadas as características dos equipamentos e da capacidade de autodefesa. É uma aeronave que coleta informação de forma aprofundada no território inimigo”, afirma.


Tápio

Durante o Exercício Operacional Tápio, esse foi o cenário treinado, inclusive no período noturno. “Quando colocamos uma aeronave para fazer reconhecimento de uma determinada área, treinamos nossas capacidades de identificação de pessoal, militares e ameaças. Atualizamos o nosso campo de batalha e provemos uma segurança maior para quem vai, depois, realizar ataques ou uma missão de busca e salvamento em combate, por exemplo”, destaca o Tenente-Coronel Salvatti.

De acordo com o Comandante do Esquadrão Guardião (2º/6º GAV), Tenente-Coronel Aviador Felipe Francisco Espinha, outra capacidade explorada durante o EXOP Tápio foi a comunicação.

“Um radar de solo e uma aeronave de voo baixo não conseguem se comunicar; então, as aeronaves R-99 e E-99 realizam o papel de ponte, provemos um posto avançado de comunicação durante a operação, estendendo o alcance durante todo o exercício”, explica.

O Capitão Especialista em Fotografia William Salvador de Oliveira, também do Esquadrão Guardião, ressalta que, durante o EXOP Tápio, foi introduzido o cenário de reconhecimento de área para resgate de evasor.

“Supomos que um avião foi abatido e o piloto ejetou; a aeronave de reconhecimento participa das buscas, dando suporte na área para se certificar que seria seguro realizar o resgate, informando a posição do evasor e a aproximação inimiga a partir de sensores ópticos”, exemplifica.

A FAB conta com quatro Esquadrões de Reconhecimento. Além do Poker e do Guardião, há, ainda, o Carcará (1º/6º GAV) e o Hórus (1º/12º GAV).


Fotos: Sargento Johnson Barros, Sargento Wellington Simo e Cabo André Feitosa/CECOMSAER
FONTE: FAB
 

*

Vitor Santos

  • Moderador Global
  • *****
  • 6811
  • Recebeu: 958 vez(es)
  • Enviou: 478 vez(es)
  • +8956/-10218
Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #4 em: Junho 22, 2019, 06:44:50 pm »
Força Aérea Brasileira realiza fase ostensiva da Operação Ostium III


Citar
Até o dia 28 de junho, a Força Aérea Brasileira (FAB) realiza a fase ostensiva da Ostium III, Operação de combate a voos irregulares na fronteira. Essa etapa teve início no dia 14 de junho e ocorre em Cascavel, no Paraná.

O objetivo é reforçar a vigilância no espaço aéreo sobre a região de fronteira do Brasil, a fim de dissuadir, principalmente, as ações ligadas aos ilícitos transnacionais.

As ações são coordenadas a partir do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), em Brasília (DF). De acordo com o Chefe do Centro Conjunto de Operações Aéreas do COMAE, Brigadeiro do Ar João Campos Ferreira Filho, a Operação Ostium ocorre para fortalecer a presença da Força Aérea na fronteira seca.

“Durante o ano inteiro nós realizamos a Ostium, mas é na fase ostensiva que demonstramos para a sociedade o nosso trabalho. Durante esta etapa da operação, o tráfego aéreo chega a cair de 50% a 80%”, afirma o Oficial-General.

Esta fase conta com envolvimento de aeronaves de caça A-29 Super Tucano, aviões de controle e alarme em voo R-99 e de transporte C-98, além do uso de equipamentos como óculos de visão noturna (NVG) e câmera com sistema eletro-óptico infravermelho (FLIR), que permite a obtenção de imagens mesmo em ambientes de baixa luminosidade.

Segundo o Comandante da Operação em Cascavel, Major de Infantaria Bruno Martins dos Santos, a região é considerada estratégica por causa da localização próxima à tríplice fronteira. Além disso, ele destaca a importância da estrutura que foi montada.

“Estamos engajados em mais uma fase da Operação Ostium e um dos pontos altos é a integração entre os representantes das distintas áreas de atuação da FAB, como Intendência Operacional, Segurança e Defesa, e Comunicações e Controle do Espaço Aéreo, corroborada pelas tripulações e aeronaves que estão operando aqui”, disse.

Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo

Durante a operação, os pilotos da FAB decolam para averiguar (reconhecimento à distância, acompanhamento e interrogação) aeronaves suspeitas. A frequência de rádio “121.5” é utilizada para diálogo entre pilotos da FAB e aviões interceptados.

Em algumas situações, são aplicadas medidas de intervenção (exigir a modificação de rota e pouso obrigatório). No caso de o piloto da aeronave suspeita ignorar essa segunda ordem, será necessário executar a medida de persuasão (tiro de aviso).

Se, ainda assim, o piloto da aeronave interceptada insistir em desobedecer, esta será considerada hostil e poderá ocorrer o tiro de detenção. O intuito, nesse caso, é forçar o pouso da aeronave supostamente irregular.

Para executar estas medidas de engajamento, é necessário estar voando sobre uma área que não seja densamente povoada. Além disso, as comunicações e as imagens precisam ser gravadas, a aeronave tem de ser considerada hostil e deve haver autorização expressa do Comandante da Aeronáutica.

Em decorrência de pouso obrigatório, é realizada a Medida de Controle no Solo (MCS) para verificação da aeronave. A averiguação é realizada por uma equipe composta por até 11 militares, sendo pelo menos um do segmento feminino para possível abordagem em mulheres e crianças.

O Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA) estabelece, em seu artigo 303, a possibilidade de aplicação da medida de destruição em aeronaves classificadas como hostis, que estão voando no espaço aéreo brasileiro, após esgotadas as medidas coercitivas para obrigá-la a efetuar o pouso no aeródromo que lhe for indicado.

FONTE: https://www.defesa.tv.br/forca-aerea-brasileira-realiza-fase-ostensiva-da-operacao-ostium-iii/




 

*

Vitor Santos

  • Moderador Global
  • *****
  • 6811
  • Recebeu: 958 vez(es)
  • Enviou: 478 vez(es)
  • +8956/-10218
Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #5 em: Junho 22, 2019, 06:47:31 pm »
 

*

Vitor Santos

  • Moderador Global
  • *****
  • 6811
  • Recebeu: 958 vez(es)
  • Enviou: 478 vez(es)
  • +8956/-10218
Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #6 em: Junho 23, 2019, 09:06:42 pm »

Pilotos da USAF e da FAB falam da troca de experiência no Exercício Green Flag

Citar
O exercício Green Flag foi uma grande oportunidade para a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) trabalhar com seus parceiros da Força Aérea Brasileira (FAB). O fortalecimento de parcerias é uma das principais prioridades da 12ª Força Aérea e ficamos felizes por termos tido a oportunidade de mostrar a relação entre a USAF e a FAB.

 :arrow: https://www.defesa.tv.br/pilotos-da-usaf-e-da-fab-falam-da-troca-de-experiencia-no-exercicio-green-flag/
 

*

Vitor Santos

  • Moderador Global
  • *****
  • 6811
  • Recebeu: 958 vez(es)
  • Enviou: 478 vez(es)
  • +8956/-10218
Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #7 em: Dezembro 05, 2019, 01:34:05 pm »
Com mais de 800 horas de voo, FAB conclui Exercício Operacional Tinia


Citar
Alas 3 e 4 receberam Esquadrões Aéreos e Unidades de Infantaria durante 16 dias de atividades

Após mais de 800 horas voadas em treinamento desde o último dia 18, encerrou-se, nesta terça-feira (03/12), o Exercício Operacional (EXOP) Tinia. Nele, reuniram-se em torno de 600 militares da Força Aérea Brasileira (FAB) de todo o país e mais de 50 aeronaves das Aviações de Caça, Transporte, Asas Rotativas e Reconhecimento para treinar em um cenário simulado de guerra convencional - ou seja, quando há um conflito entre Forças Armadas de dois países ou alianças de nações. O treinamento aconteceu simultaneamente nas Alas 3, em Canoas (RS), e 4, em Santa Maria (RS).


Segundo o Comandante da Ala 3 e Diretor do Exercício, Brigadeiro do Ar Raimundo Nogueira Lopes Neto, a avaliação da atividade foi positiva pelo aumento da complexidade do treinamento aliado às boas estatísticas de segurança de voo. “É uma satisfação chegar ao fim desse Exercício, o de maior envergadura realizado nesse ano pelo Comando de Preparo [COMPREP], e sabermos com precisão os objetivos atingidos com o treinamento. O melhor resultado, sem dúvidas, foi o de nenhum acidente. Sabíamos que seria um desafio percorrer 16 dias de atividades intensas sem acidentes, e chegamos lá, conseguimos”, afirma o Oficial-General.


Foram praticadas as ações de Escolta, Reconhecimento Aéreo, Controle e Alarme em Voo, Ataque, Varredura, Reabastecimento em Voo, Posto de Comunicação no Ar, Defesa Aérea, Autodefesa Antiaérea, Transporte Aéreo Logístico, Assalto Aeroterrestre e Busca e Salvamento em Combate, dentre outras. Entre as aeronaves empregadas estão os caças F-5M, A-1 e A-29; a aeronave-radar E-99; as aeronaves de reconhecimento R-99, R-35AM e R-35A; as aeronaves de transporte C-130 Hércules e C-105 Amazonas; e o helicóptero H-60L. Além dos Esquadrões Aéreos, o Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC) e os Grupos de Defesa Antiaérea (GDAAE) também participaram do exercício.

Resultados

O Comandante de Preparo (COMPREP), Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Egito do Amaral, esteve nas sedes do EXOP e disse estar satisfeito com os resultados obtidos no EXOP Tinia. “O Poder Aeroespacial é empregado com os meios aéreos contra um determinado oponente, em cenário específico. Todos os meios têm que estar em sinergia. Por isso, o EXOP Tinia traz essa característica, são diversos meios de Força Aérea, não apenas aeronaves, pois temos a Infantaria e a Defesa Antiaérea trabalhando junto, treinando com os pilotos, aprendendo a combater, e todos com o mesmo objetivo: estar preparado para empregar o Poder Aeroespacial para combater e vencer em qualquer cenário”, avalia o Tenente-Brigadeiro Egito.


Ele ainda destacou que o exercício, nos moldes como foi realizado, é resultado do processo de adequação dos Exercícios Operacionais da FAB, em sintonia com o perfil comumente encontrado no cenário internacional. “O EXOP Tinia, na verdade, coroa todo o treinamento do COMPREP, um trabalho que é desenvolvido ao longo do ano. Essa nova forma de fazer EXOP nos deu maior capacidade para desenvolver as competências que todos os combatentes precisam ter. Estamos evoluindo muito por estarmos atualizando documentos e registrando tudo o que é realizado a cada Exercício. Essa base está nos permitindo criar treinamentos cada vez mais complexos”, acrescentou.


Fotos: Sargento Bianca Viol/CECOMSAER

Vídeo: Sargento Keyla dos Santos/CECOMSAER


FONTE:  http://www.fab.mil.br/noticias/mostra
 

*

Vitor Santos

  • Moderador Global
  • *****
  • 6811
  • Recebeu: 958 vez(es)
  • Enviou: 478 vez(es)
  • +8956/-10218
Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #8 em: Dezembro 05, 2019, 01:44:05 pm »

























 

*

Vitor Santos

  • Moderador Global
  • *****
  • 6811
  • Recebeu: 958 vez(es)
  • Enviou: 478 vez(es)
  • +8956/-10218
Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #9 em: Dezembro 05, 2019, 03:20:19 pm »
 

*

Vitor Santos

  • Moderador Global
  • *****
  • 6811
  • Recebeu: 958 vez(es)
  • Enviou: 478 vez(es)
  • +8956/-10218
Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #10 em: Janeiro 13, 2020, 06:04:00 pm »
Saiba como é a formação do aviador da Força Aérea Brasileira


Citar
Para se tornar piloto, é necessário passar pela Academia da Força Aérea, fazer especialização em Natal (RN) e, então, atuar nos esquadrões operacionais

Quem sonha em se tornar piloto da Força Aérea Brasileira (FAB) precisa, inicialmente, passar na seleção para o Curso de Formação de Oficiais Aviadores (CFOAV) da Academia da Força Aérea (AFA), localizada em Pirassununga, a 210 Km da capital paulista. A disputa por uma vaga na AFA é tão concorrida quanto o curso de medicina em uma universidade pública. O candidato tem que enfrentar provas teóricas, além de testes físico, psicológico e de saúde. Ele também realiza o Teste de Aptidão para Pilotagem Militar, conhecido como TAPMIL, em que é avaliado o potencial psicomotor para a pilotagem e, também, habilidades cognitivas, como a atenção e o raciocínio espacial.

A FAB também possui uma Escola de Ensino Médio, a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), localizada em Barbacena, no interior de Minas Gerais. Quem cursa a EPCAR não precisa fazer um novo exame de admissão para a AFA porque parte das vagas é reservada aos alunos que, ao final do curso, tiveram as maiores notas e foram aprovados no TAPMIL.

Esse é o caso do Cadete Aviador Rodrigo Moreira de Brito Macedo que, em 2011, entrou na EPCAR e, atualmente, está no quarto ano da AFA. “Meu pai é Coronel Aviador da reserva; eu sempre admirei o trabalho dele e quis seguir os mesmos passos. Quando fiquei sabendo da EPCAR, resolvi me preparar para o exame de lá. Ao final do curso, fiz os testes necessários e entrei direto na AFA”, diz ele.

O curso na Academia da Força Aérea é realizado em regime de internato. O aluno tem instruções militares e acadêmicas. Ao final dos quatro anos, é conferida a graduação de Bacharel em Administração, com ênfase em Administração Pública; e de Bacharel em Ciências Aeronáuticas, com habilitação em Aviação Militar.

Para realizar o primeiro voo, os Cadetes se dedicam, inicialmente, a estudar manuais de aeronaves e de procedimentos de voo. Ele tem que saber toda a teoria antes de começar as instruções práticas, que são realizadas no segundo e no quarto ano. O primeiro avião a ser voado é o T-25, no segundo ano, em que os cadetes aprendem as regras elementares do voo, além de fazer manobras e acrobacias. No quarto ano, é utilizado T-27 Tucano, que voa mais rápido e mais alto.



O Programa de Especialização Operacional

Ao se formar na AFA, os Cadetes se tornam Aspirante a Oficial e seguem para a cidade de Natal (RN), onde passam um ano recebendo instruções no Programa de Especialização Operacional (PESOP) na aviação de combate escolhida ao final do quarto ano da academia: Caça; Asas Rotativas; Transporte; Patrulha ou Reconhecimento.

O PESOP é coordenado administrativamente pela Ala 10 e operacionalmente pelo Grupo de Instrução Tática e Especializada (GITE) e pelas três unidades aéreas sediadas em Natal. De janeiro a março, os estagiários passam pelo Curso de Tática Aérea (CTATAE), no GITE, em que aprendem os princípios e orientações teóricas necessárias para atuar em combate. O curso, também, prepara o Aspirante para assumir responsabilidades como Oficial da FAB.

Depois são encaminhados para os esquadrões de acordo com a aviação: Esquadrão Joker (2º/5º GAV) prepara os pilotos da Aviação de Caça; Esquadrão Rumba (1º/5º GAV) capacita os pilotos de Transporte, Patrulha e Reconhecimento; e o Esquadrão Gavião (1º/11º GAV) é responsável pela formação dos pilotos de Asas Rotativas (helicópteros).

Para o Aspirante Matheus Albuquerque Brum dos Santos, que faz o Curso de Especialização Operacional de Asas Rotativas, o que mais marcou foi a transição da vida de Cadete para Oficial. “Como Cadete, você tem atribuições que, apesar de ter grandes responsabilidades, ainda está em processo de formação, então, o nível de orientação é muito maior que o de iniciativa. E, quando você chega ao PESOP, passa a ter uma autonomia muito maior. A gente precisa ter iniciativa, ser proativo, buscar o melhor caminho para cumprir aquela missão”, explica.

Os Cursos de Especialização Operacional nos esquadrões são compostos, basicamente, por duas fases, uma básica e outra avançada. A primeira consiste na adaptação ao tipo de aeronave a ser voada na aviação escolhida e pode ter uma exigência cognitiva maior, por conta da quantidade e complexidade dos sistemas embarcados a serem operados, como é o caso dos bimotores. Na parte avançada do curso, os estagiários aprendem as missões específicas de cada aviação como, por exemplo, missões de combate (dogfight), tiro aéreo, emprego de armamento (ar-solo), reconhecimento e busca.


As aeronaves utilizadas no treinamento são: A-29 Super Tucano, para os aviadores de Caça; C-95 Bandeirante, para os estagiários das aviações de Transporte, Reconhecimento e Patrulha; e o H-50 Esquilo, para as Asas Rotativas. Cada Aspirante realiza, em média, 100 horas de voo durante o ano.

As aeronaves modernas voadas pela FAB chegam a embarcar cerca de 30 sistemas operacionais básicos, considerando apenas os que o piloto deve estar apto a operar (ex.: aviônica, que é a interface piloto-aeronave; sistema de alerta; de iluminação; de combustível; de freio; de oxigênio; de proteção contra gelo; de navegação; de comunicação; etc).

“Quando o Aspirante chega a Natal, a adaptação dele ao avião em si, ele tira de letra. A dificuldade maior é a parte modernizada, a parte da aviônica embarcada, os sistemas eletrônicos do avião que precisam ser operados”, explica o Instrutor da Aviação de Transporte, Capitão Emanuel do Socorro Verderosa Santos. “Se antigamente o piloto não tinha que saber operar tantos sistemas, o voo em si era muito mais suado, muito mais trabalhoso, porque ele precisava checar várias vezes o funcionamento da máquina. Hoje, o avião faz todo esse trabalho, só que a preparação teórica é muito mais complexa, mais exigente, mas, uma vez que o piloto absorve isso, o voo é muito mais tranquilo, mais preciso e mais seguro”, complementa.

Ao concluir o PESOP, o aviador é transferido para os esquadrões da FAB distribuídos em todo o País, de acordo com a sua especialização (veja a arte acima), onde vai colocar em prática o que aprendeu na especialização, já no contexto operacional.

FONTE: Força Aérea Brasileira  /  https://www.aereo.jor.br/2020/01/12/saiba-como-e-a-formacao-do-aviador-da-forca-aerea-brasileira/
 

*

Vitor Santos

  • Moderador Global
  • *****
  • 6811
  • Recebeu: 958 vez(es)
  • Enviou: 478 vez(es)
  • +8956/-10218
Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #11 em: Abril 13, 2020, 02:34:33 pm »
Primeiro Grupo de Defesa Aérea completa 41 anos

Os Dijon Boys e o Mirage III

Citar
Localizado em Anápolis (GO), Esquadrão Jaguar opera as aeronaves F-5EM e se prepara para receber o F-39 Gripen
Neste mês de abril, o Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) – Esquadrão Jaguar, sediado na Ala 2 – Base Aérea de Anápolis (GO), completa 41 anos de atuação na Força Aérea Brasileira (FAB). A sua história surge em 1972, com os oito Dijon Boys – pilotos que realizaram, na cidade de Dijon, no leste da França, o curso de pilotagem do primeiro avião supersônico da Força Aérea Brasileira, o Mirage IIIE/D.

Atualmente o 1º GDA opera as aeronaves F-5EM e se prepara para receber o mais novo vetor de caça da FAB, a aeronave F-39 Gripen. “Nesta data que marca o aniversário de criação do 1º GDA, relembramos com orgulho dos feitos dos ‘Jaguares’ que nos antecederam e projetamos um futuro repleto de desafios com a chegada dos caças F-39 Gripen ao Esquadrão Jaguar”, salienta o atual Comandante do 1º GDA, Tenente-Coronel Aviador Leandro Vinicius Coelho.

História da Defesa Aérea
No dia 6 de abril de 1973, os oito Dijon Boys, pilotos brasileiros escolhidos e enviados à França para realizarem o curso de pilotagem da primeira aeronave supersônica brasileira, o Mirage IIIE/D, sobrevoaram Brasília (DF), a bordo de seis aeronaves Mirage III EBR/DBR. Assim, marcou-se o início de uma era onde o Brasil efetivamente passava a exercer a completa e exclusiva soberania do espaço aéreo sobre o seu território e respectivas águas territoriais, conforme afirmou à época o Ministro da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Joelmir Campos de Araripe Macedo.

O Mirage III não trazia ao Brasil apenas à era supersônica, fazia parte de um projeto muito mais ambicioso, isto é, a implantação do Sistema Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo, composto da cobertura radar do espaço aéreo, das redes Clique aqui para baixar a imagem originalde comunicações seguras e da solidificação das missões de interceptação e de Defesa Aérea.


A criação da 1ª Ala de Defesa Aérea (ALADA), localizada na cidade de Anápolis (GO), deu-se no dia 5 de abril de 1972, com o objetivo de servir como organização modelo para sediar a primeira unidade capaz de realizar, única e exclusivamente, as missões relativas à Defesa Aérea. Pouco tempo depois, a fim de se adequar à estrutura organizacional da Força Aérea Brasileira, a 1ª ALADA deixou de existir, dando origem à Base Aérea de Anápolis e ao 1º Grupo de Defesa Aérea, isso no dia 11 de abril de 1979.

O Sistema de Defesa Aérea foi colocado à prova também no mês de abril. A noite de 09 de abril de 1982 foi testemunha da primeira interceptação real da Força Aérea Brasileira. Dois Mirage III decolaram de Anápolis com a missão de interceptar a aeronave ILYUSHIN-62, que havia adentrado sem permissão no espaço aéreo brasileiro. Inicialmente, a aeronave incursora não obedecia nem respondia aos chamados dos controladores. Essa postura mudou completamente quando o piloto da aeronave interceptada foi ordenado a observar as suas asas e, então, percebeu um Mirage em cada lado de sua aeronave. A partir desse momento, a aeronave ILYUSHIN-62 acatou as ordens de pousar em Brasília para a realização das medidas de controle de solo.


Os Mirage III (F-103) foram operados pelo 1º GDA desde o ano de 1973 (voo inaugural no Brasil) até o ano de 2005, atingindo a marca de 66.948:10 horas de voo. A partir de 2006, os Mirage 2000 (F-2000) voaram e ostentaram a bolacha do 1º GDA em suas fuselagens.

O F-2000, em conjunto com o F-5 modernizado das demais unidades de primeira linha da Aviação de Caça, foram os meios aéreos que serviram de assimilação e implementação do Combate BVR (do inglês, Beyond Visual Range – além do alcance visual, em português) na Força Aérea Brasileira.

As aeronaves F-2000 foram aposentadas no ano de 2013, mesmo ano em que foi definido o Gripen E como vencedor do Programa FX-2. Desde então, o 1º GDA opera as aeronaves F-5EM e se prepara para o recebimento da aeronave F-39 Gripen em outubro do ano que vem.


FONTE: Força Aérea Brasileira
 

*

Red Baron

  • Investigador
  • *****
  • 2862
  • Recebeu: 576 vez(es)
  • Enviou: 353 vez(es)
  • +153/-469
Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #12 em: Abril 13, 2020, 03:47:26 pm »
Vitor, como é que você vê uma possível participação da FAB em Moçambique. Teria o Brasil orçamento e sobretudo capacidade política para se meter uma missão de guerra ao terrorismo num pais tão distante de África?
 

*

HSMW

  • Moderador Global
  • *****
  • 12750
  • Recebeu: 3088 vez(es)
  • Enviou: 7581 vez(es)
  • +770/-1303
    • http://youtube.com/HSMW
Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #13 em: Abril 13, 2020, 06:12:36 pm »
Capacidade teria com certeza. E vontade politica?

Era neste âmbito que gostaria de ver uma forca da CPLP treinada, a operar sob bandeira da ONU.
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

*

Vitor Santos

  • Moderador Global
  • *****
  • 6811
  • Recebeu: 958 vez(es)
  • Enviou: 478 vez(es)
  • +8956/-10218
Re: Actividade Operacional/Exercícios
« Responder #14 em: Abril 13, 2020, 06:22:39 pm »
Vitor, como é que você vê uma possível participação da FAB em Moçambique. Teria o Brasil orçamento e sobretudo capacidade política para se meter uma missão de guerra ao terrorismo num pais tão distante de África?

Não creio que vá acontecer. Equipamentos (A-29 Super Tucano, UH-60L Black hawks, EC-725 Caracal, Mi-35M, C-295, KC-390, KC-130,  EMB145 R-99) e tropa treinada nós temos. O problema é a questão financeira. Os prognósticos em relação às consequências da quarentena, por conta da pandemia da COVID-19, na área econômica no Brasil, são desanimadores e alarmantes. Isso poderá impactar duramente os cofres das FFAAs.

Além disso, há a questão política. É pouco provável que um governo de direita do presidente Jair Bolsonaro (um nacionalista com ideias isolacionistas) queira se meter em questões africanas, mesmo que haja (ou havia) um interesse geopolítico brasileiro naquela porção do continente Africano.

Bolsonaro e seu gabinete ministerial, repleto de generais e almirantes, estão mais preocupados em questões domésticas. No campo das relações internacionais os esforços são no estreitamento dos laços com os Estados Unidos, resolução do conflito interno na Venezuela e contenção da influência chinesa (política e militar)  na América do Sul.   
« Última modificação: Abril 13, 2020, 06:23:59 pm por Vitor Santos »
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Red Baron