MEA CULPA, mea maxima culpa.
ualiso, tenho que pedir desculpas, pois eu não vi a parte de Agosto, e por isso não vi mais nada que não fossem aeronaves de asa fixa.
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Quanto à questão do exército, e da questão das aeronaves, ou seja a aviação do exército, eu acho que os helicópteros fazem sentido, mas acima de tudo como meios para transporte de tropas e nõa como meios de combate.
O problema tem a ver com a filosofia de utilização dos meios.
O Brasil é um país muito grande, e por isso, como não tem possibilidade de ter tropas em todos os pontos da fronteira, deve ter forças com um nível elevado de mobilidade, que possibilitem o transporte de tropas para um lugar onde seja necessária a intervenção.
Mas o que o Brasil precisa, para garantir essa capacidade de transporte é de uma força aérea com capacidade para controlar o ar.
Isso, evidentemente não é uma função do exército, mas sim da Força Aérea.
Os helicopteros de ataque, do meu ponto de vista não fazem muito sentido, porque no cenário da amazónia, a possibilidade de os utilizar de forma eficiente é mínima e além disso os avanços dos carros seriam sempre muito complicados.
Embora haja algumas regiões de mato rasteiro, a maior parte dos terrenos é inóspita e com vegetação que complica muito a utilização de meios pesados.
Mas mesmo que eles se utilizassem, a utilidade dos helicópteros antitanque (por exemplo) é mínima na mesma.
Em 1945 (muitas vezes dou exemplos da II guerra mundial) nos últimos dias da Alemanha ocorreu uma batalha a sul de Berlim, quando o 9º exército alemão se retirava, quase sem forças para tentar escapar do cerco dos russos.
O 9º exército (ou o que restava dele) passou por florestas a sul de Berlim e os tanques russos tinham (e tiveram) extrema dificuldade em atacar os alemães por causa da densidade de vegetação.
Muitas vezes era inutil disparar porque havia sempre uma arvore no meio.
Os russos chegaram à conclusão de que a melhor forma de matar alemães não era disparar contra os alemães mas sim contra as árvores.
O resultado, é que disparando contra as árvores, as lascas e bocados desprendidos, voavam como projécteis e matavam soldados alemães.
Na Amazónia, você teria este mesmo problema multiplicado por 100.
Por isso, uma acção no território amazónico precisa de:
- Mais aeronaves de transporte C-130 ou A-400
- Um numero de pistas semi-preparadas que possam servir de base, colocadas ao longo das fronteiras, e em profundidade variável, de forma a que se uma for ocupada, outra a possa substituir.
- Um numero de veículos URUTU ou PIRANHA ou outro, que seja transportável por C-130, constituindo uma familia de veículos com versão de combate de infantaria, apoio de fogo com morteiros, comunicações e análise de campo de batalha
- Capacidade de interligação intima com a Força aérea para permitir chamar apoio de fogo em caso de necessidade.
-Helicópteros de transporte com capacidade de transporte para inserir grupos de combate atrás de eventuais linhas inimigas.
-Alguns helicópteros armados com meios ligeiros de ataque ao solo (foguetes de artilharia e uma metralhadora 12.7 ou canhão de 20mm chega) - aliás já existe o Esquilo.
- Não havendo capacidade absoluta para dominar o ar, deve existir uma forte componente anti-aérea (que praticamente não existe) para proteger cada uma das bases principais.
De resto, tanques pesados na Amazónia eu não vejo grandes vantagens em utilizar, porque seriam precisos milhares de tanque em dezenas de unidades para que a sua utilização fosse eficiente.
Cumprimentos