Política em Portugal

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CruzSilva

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Re: Política em Portugal
« Responder #2160 em: Abril 09, 2024, 10:40:11 pm »
 "A culpa é do Passos!" ;)

« Última modificação: Abril 09, 2024, 10:42:29 pm por CruzSilva »
"Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis criam homens fracos - homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis criam homens fortes."
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Política em Portugal
« Responder #2161 em: Abril 10, 2024, 11:35:58 am »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Lusitano89

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Re: Política em Portugal
« Responder #2162 em: Abril 10, 2024, 03:38:54 pm »
É OU NÃO É? - 09/04/2024


 

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Cabeça de Martelo

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Re: Política em Portugal
« Responder #2163 em: Abril 10, 2024, 03:39:33 pm »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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papatango

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Re: Política em Portugal
« Responder #2164 em: Abril 10, 2024, 04:16:38 pm »

Não compreendo porque razão não se deveria homenagear a título póstumo o Spínola, só porque um ou outro grupelho da esquerda raivosa não gosta dele...

Spinola foi o homem que garantiu na tarde de 25 de Abril de 1974, que o golpe não se transformava num massacre.

Às 14:00 de 25 de Abril de 74, parte dos carros de combate que se encontravam no largo Camões ainda estavam lá para proteger o Marcelo Caetano (as pessoas estavam com cravos na lapela em cima dos tanques, mas não sabiam que os tanques estavam do lado do governo).

Estas forças, e os seus comandos, ao saber que o poder seria entregue a Antonio de Spinola, aceitaram o desfecho que todos conhecemos, sem maiores resistências, para lá do que aconteceu na Antonio Maria Cardoso na sede da PIDE.

No mínimo dos mínimos, o país deve a Spinola essa ação.
Deve a Spinola o livro "Portugal e o Futuro" que apareceu como a maior critica ao regime, vinda de dentro do próprio regime.

É impressionante o sentimento de vingança de parte da esquerda fanática, quando Spinola se recusa a ficar ao lado do Partido Comunista e dos russos, depois do contra-golpe comunista de 11 de Março de 1975, que tem na origem, o mito da Matança da Páscoa, um plano guizado pela KGB e pelo PCP para forçar as forças à direita a fazerem qualquer coisa para evitar serem massacradas.

Pior que isso, é o que dizer de Otelo Saraiva de Carvalho ou da terrorista comunista Isabel do Carmo, sendo que esta última ainda anda à solta ...

Não há realmente vergonha.
Depois queixam-se de serem humilhados nas urnas pelos eleitores.
« Última modificação: Abril 10, 2024, 04:21:26 pm por papatango »
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 
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Re: Política em Portugal
« Responder #2165 em: Abril 10, 2024, 06:59:22 pm »
"Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis criam homens fracos - homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis criam homens fortes."
 

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CruzSilva

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Re: Política em Portugal
« Responder #2166 em: Abril 10, 2024, 07:57:13 pm »

Não compreendo porque razão não se deveria homenagear a título póstumo o Spínola, só porque um ou outro grupelho da esquerda raivosa não gosta dele...

(...)
Coragem meu caro! Ou melhor, falta dela!
« Última modificação: Abril 10, 2024, 07:57:30 pm por CruzSilva »
"Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis criam homens fracos - homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis criam homens fortes."
 

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Kalil

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Re: Política em Portugal
« Responder #2167 em: Abril 11, 2024, 01:04:02 am »

Não compreendo porque razão não se deveria homenagear a título póstumo o Spínola, só porque um ou outro grupelho da esquerda raivosa não gosta dele...

Spinola foi o homem que garantiu na tarde de 25 de Abril de 1974, que o golpe não se transformava num massacre.

Às 14:00 de 25 de Abril de 74, parte dos carros de combate que se encontravam no largo Camões ainda estavam lá para proteger o Marcelo Caetano (as pessoas estavam com cravos na lapela em cima dos tanques, mas não sabiam que os tanques estavam do lado do governo).

Estas forças, e os seus comandos, ao saber que o poder seria entregue a Antonio de Spinola, aceitaram o desfecho que todos conhecemos, sem maiores resistências, para lá do que aconteceu na Antonio Maria Cardoso na sede da PIDE.

No mínimo dos mínimos, o país deve a Spinola essa ação.
Deve a Spinola o livro "Portugal e o Futuro" que apareceu como a maior critica ao regime, vinda de dentro do próprio regime.

É impressionante o sentimento de vingança de parte da esquerda fanática, quando Spinola se recusa a ficar ao lado do Partido Comunista e dos russos, depois do contra-golpe comunista de 11 de Março de 1975, que tem na origem, o mito da Matança da Páscoa, um plano guizado pela KGB e pelo PCP para forçar as forças à direita a fazerem qualquer coisa para evitar serem massacradas.

Pior que isso, é o que dizer de Otelo Saraiva de Carvalho ou da terrorista comunista Isabel do Carmo, sendo que esta última ainda anda à solta ...

Não há realmente vergonha.
Depois queixam-se de serem humilhados nas urnas pelos eleitores.



https://journals.openedition.org/lerhistoria/2487

O marechal Spínola foi uma das maiores figuras portuguesas do séc XX, e teve um papel central no período de transição para a democracia. É contudo importante, admitir que, as boas acções e decisões em alguns momentos, não apagam as más em outros.

O movimento que deitou abaixo uma ditadura decrépita foi organizado pelos capitães, entre os quais um com esse tal nome de mouro de Shakespeare. O ex-vice CEMFA da altura (nomeado em Janeiro 74 e destituido meses depois)  foi aceite como representante do
movimento, e futuro lider do País.
Um ano depois, liderou um golpe de direita contra o que resultou desse movimento, ou contra as facções comunistas dentro deste, despoletado por um massacre tão iminente quanto improvável.
No seguimento desse evento, encabeça um movimento terrorista reaccionário de extrema direita, tambem responsável por atentados e mortos, à semelhança de outros da época.

Por isto, percebo o pudor da Presidência em fazer a homenagem publicamente.




https://www.presidencia.pt/presidente-da-republica/a-presidencia/antigos-presidentes/antonio-de-spinola/
 

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papatango

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Re: Política em Portugal
« Responder #2168 em: Abril 11, 2024, 10:53:41 am »
Se foi pudor ou não, não sabemos...

No entanto, seria sempre interessante comparar esse pudor, à falta de pudor do presidente Mário Soares, quando indultou o terrorista criminoso, Otelo Saraiva de Carvalho, que também comandou uma organização terrorista, que foi a que mais pessoas assassinou em Portugal e que mais atentados terroristas organizou.

O problema aqui é a dualidade de critérios, dos que, apoiando o indulto presidencial a Otelo, criticam uma homenagem a Spinola, sendo que as atuações terroristas de Otelo foram muito mais graves.

O problema aqui, é o despudor e a falta de vergonha dos setores da esquerda, que acham que os portugueses não têm memória.

É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 
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Re: Política em Portugal
« Responder #2169 em: Abril 11, 2024, 02:13:11 pm »
Aplaudir a homenagem de um e criticar o indulto de outro, o que é senão,  dualidade de critério?
Não estou a equivaler as personalidades, e há tambem diferença entre um indulto e uma homenagem.

Esquerda e direita é a forma mais básica e generalizada de dividir o mundo político. Eu não usaria essa métrica para justificar ou legitimar todos os problemas e acontecimentos do mundo, sejam guerras, revoluções ou atentados terroristas.
 

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Re: Política em Portugal
« Responder #2170 em: Abril 11, 2024, 02:33:26 pm »
 

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papatango

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Re: Política em Portugal
« Responder #2171 em: Abril 11, 2024, 02:48:10 pm »
A dicotomia esquerda-direita é uma forma de facilitar as discussões e concordo que muitas vezes torna-se redundante.

No entanto, não posso deixar de me referir às pessoas que se levantam contra Spinola e contra o reconhecimento das suas ações em 1974, ao mesmo tempo que se regozijaram com o perdão a Otelo.

O país, optou por perdoar Otelo pelos seus crimes e pelas suas atividades criminosas. A razã desse perdão, foi o reconhecimento das ações de Otelo em Abril de 1974.

Pela mesma ordem de razões, não tendo Spinola sido responsável direto ou indireto por atentados terroristas e crimes de sangue (Os vários grupos de direita nunca se entenderam sequer sobre qualquer oposição aos comunistas) seria apenas justo que se aceitasse que fosse reconhecido pelas suas ações em Abril de 1974.

Aceita-se o reconhecimento de um (pelo indulto) mas não se aceite o reconhecimento do outro, pela homenagem...

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Re: Política em Portugal
« Responder #2172 em: Abril 11, 2024, 02:56:59 pm »
Vê de quem é o canal.

 :arrow: https://www.parlamento.pt/DeputadoGP/Paginas/Biografia.aspx?BID=8256
Mas o vídeo partilhado é desinformação?

A questão não é essa, mas sim do "casamento" com data marcada e já o tinha dito isso antes aqui no fórum.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Cabeça de Martelo

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Re: Política em Portugal
« Responder #2173 em: Abril 11, 2024, 02:57:39 pm »
Sem dúvida que o Chega tem muito que reclamar dos Media nacionais... ::)

7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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CruzSilva

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Re: Política em Portugal
« Responder #2174 em: Abril 11, 2024, 07:28:56 pm »
A dicotomia esquerda-direita é uma forma de facilitar as discussões e concordo que muitas vezes torna-se redundante.

No entanto, não posso deixar de me referir às pessoas que se levantam contra Spinola e contra o reconhecimento das suas ações em 1974, ao mesmo tempo que se regozijaram com o perdão a Otelo.

O país, optou por perdoar Otelo pelos seus crimes e pelas suas atividades criminosas. A razã desse perdão, foi o reconhecimento das ações de Otelo em Abril de 1974.

Pela mesma ordem de razões, não tendo Spinola sido responsável direto ou indireto por atentados terroristas e crimes de sangue (Os vários grupos de direita nunca se entenderam sequer sobre qualquer oposição aos comunistas) seria apenas justo que se aceitasse que fosse reconhecido pelas suas ações em Abril de 1974.

Aceita-se o reconhecimento de um (pelo indulto) mas não se aceite o reconhecimento do outro, pela homenagem...
Meu caro, o argumento usado contra Spínola é o de sempre e que tem sido repetido ad nauseam neste espaço: no final faz-se a acusação de extrema-direita e está resolvido.

Para mim, António de Spínola foi o último grande patriota do/no espectro político-militar de Portugal. Existiram patriotas depois disso, mas nunca com a grandeza, a visão geoestratégica/geopolítica/nacional para o nosso país que o marechal de campo teve.

Depois do afastamento de Spínola, o declínio de Portugal no futuro próximo seguinte (salvo um ou outro período mais positivo que aconteceu) deixou de estar em dúvida.
"Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis criam homens fracos - homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis criam homens fortes."