DZP: 32 ESSM + 32 SM-2 ou 64 ESSM + 24 SM-2
F124: 32 ESSM + 24 SM-2 + 42 RAM ou 64 ESSM + 16 SM-2 + 42 RAM
IH: 48 ESSM + 32 SM-2
F100: 32 ESSM + 40 SM-2 ou 64 ESSM + 32 SM-2
Se o critério é o número de mísseis, então há concorrência de peso. De notar que as DZP têm espaço para um módulo de oito células Mk41 adicionais e que o Goalkeeper vai, muito provavelmente, ser substituído pelo RAM ou SeaRAM.
Não contabilizei com os RAM que alguns navios podem ou não ter. E tive em conta que os T45 conseguem ter 48 Aster 30 a tempo inteiro, além dos 24 CAMM, algo que os restantes navios, para ter um stock equivalente de mísseis de longo alcance, têm de abdicar dos ESSM. Estritamente falando em número, sim, os que podem ser quad-packed têm vantagem, já que tecnicamente, podiam encher todos os VLS com ESSM, para "inflacionar" o número final. Agora é comparar esses números, com os Arleigh Burke, ou com os Ticos (estes últimos, com os seus 122 VLS, poderiam receber 488 ESSM
).
Então o que altera muito, no número global de mísseis, entre os navios da RN (com o CAMM) e os restantes (ESSM) é este último poder ser VLS quad-packed? os 2 sistemas têm aí uma diferença importante, mas há outras...
Por outro lado pode ser o reconhecimento que os navios Europeus, de um modo geral, têm poucos mísseis AA (comparando com China e EUA) e como não é fácil recarregar os silos...
O CAMM também pode ser quad-packed em alguns dos lançadores. O CAMM-ER acaba por estar na mesma "classe" do ESSM Block 2. No nosso caso em concreto, faz sentido continuar com o ESSM, dado estarmos no consórcio deste míssil. Para as futuras fragatas portuguesas, seja lá quando isso acontecer. Penso que a capacidade AA deveria assentar em RAM, ESSM e SM-2 (SM-6 eventualmente, se o custo baixar com a produção em massa, e SM-3 acho que só mesmo sendo financiado pela NATO/EUA).
Não sei se esse reconhecimento será generalizado para o resto da Europa, mas pelo menos a RN já percebeu isso, talvez um pouco por "culpa" da necessidade de defender um PA. Muitos dos outros países continuarão a ir pelo caminho minimalista, é ver o caso Belga.