Guiné-Bissau

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JQT

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« Responder #135 em: Março 10, 2009, 08:09:59 pm »
O problema do envolvimento da CEDEAO é pode levar a uma internacionalização do conflito, por razões (e ambições) étnicas, de ambos os lados das fronteiras.

Não é por acaso que a CPLP é chamada a agir nestas altura pelas autoridades dos próprios países.

JQT
 

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legionario

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« Responder #136 em: Março 10, 2009, 08:28:30 pm »
A Guiné-Conacri sobretudo, se pudesse anexava  a Guiné-Bissau, e ao Senegal tbem nao repugnava nada a mesma coisa (apesar dos problemas que ja tem em Casamance). A verdade é que as fronteiras coloniais sao confrontadas com a realidade étnica ...Os Fula ou os Mandinga "moram" nos dois lados da fronteira .
 

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Daniel

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« Responder #137 em: Março 11, 2009, 08:24:51 am »
Filha de Nino pede fim das mortes

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Desmaios, aplausos e uma queda aparatosa de centenas de pessoas que tinham subido a um muro contíguo ao cemitério municipal marcaram ontem em Bissau as exéquias fúnebres de Nino Vieira. Apesar de alguns terem ficado feridos, o funeral, ao qual assistiriam milhares de guineenses, decorreu sem incidentes.


Marcado para as 11h00, o funeral só teve início três horas depois devido ao atraso de 12 dos 20 filhos de Nino Vieira, que residem em diferentes países e se reuniram em Dakar, capital do Senegal, antes de rumarem a Bissau. Ainda no Parlamento, o presidente interino, Raimundo Pereira, considerou os assassínios de Nino e de Tagmé Na Waie "uma afronta às instituições da República", mas foi o discurso da filha mais velha do ex-presidente, Elisa, que mais emocionou os presentes: "Tendo ele morrido, vamos parar de nos matar de uma vez por todas."

Rajadas de metralhadoras assinalaram o momento em que todas a multidão se despediu de um dos homens mais importantes da História daquele país.

MAIS DADOS

SOLUÇÃO MILITAR

A CPLP tem instrumentos militares para ajudar a Guiné--Bissau embora a decisão seja "puramente política", afirmou o Chefe do Estado-MaiorGeneral das Forças Armadas português, Valença Pinto, em Maputo, onde se encontra de visita.

VIÚVA PARTE PARA DAKAR

Isabel Vieira, viúva do presidente guineense, partiu ontem para Dakar num avião senegalês que transportou os 12 filhos de Nino Vieira que estiveram presentes no funeral do pai. Isabel Vieira deverá seguir depois para a Bélgica.

PRESIDENTES AUSENTES

Nenhum presidente da República esteve presente nas cerimónias fúnebres do ex-chefe de Estado gineense.


 :roll:
 

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Cabecinhas

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« Responder #138 em: Março 11, 2009, 09:36:44 am »
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Nenhum presidente da República esteve presente nas cerimónias fúnebres do ex-chefe de Estado gineense.


Para um terrorista deveriam querer qualquer coisa...  :evil:
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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P44

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« Responder #139 em: Março 11, 2009, 04:28:05 pm »
Citação de: "legionario"
A Guiné-Conacri sobretudo, se pudesse anexava  a Guiné-Bissau, e ao Senegal tbem nao repugnava nada a mesma coisa (apesar dos problemas que ja tem em Casamance). A verdade é que as fronteiras coloniais sao confrontadas com a realidade étnica ...Os Fula ou os Mandinga "moram" nos dois lados da fronteira .


ou seja, na prática a Guiné-bissau é um estado inviável
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Duarte

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« Responder #140 em: Março 11, 2009, 04:35:25 pm »
Citação de: "P44"

ou seja, na prática a Guiné-bissau é um estado inviável


Todas as ex-colónias são inviaveis  :roll:
слава Україна!

“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"

The Only Good Fascist Is a Dead Fascist
 

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nelson38899

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« Responder #141 em: Março 11, 2009, 04:44:10 pm »
Citação de: "P44"
Citação de: "legionario"
A Guiné-Conacri sobretudo, se pudesse anexava  a Guiné-Bissau, e ao Senegal tbem nao repugnava nada a mesma coisa (apesar dos problemas que ja tem em Casamance). A verdade é que as fronteiras coloniais sao confrontadas com a realidade étnica ...Os Fula ou os Mandinga "moram" nos dois lados da fronteira .

ou seja, na prática a Guiné-bissau é um estado inviável


lembro-me de à uns tempos atrás, eles pedirem a Portugal para instalar uma base militar lá, mas penso que não fomos nisso.
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #142 em: Março 11, 2009, 05:54:38 pm »
Salvo erro era Cabo-Verde, mas posso estar errado.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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legionario

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« Responder #143 em: Março 11, 2009, 06:45:26 pm »
Citação de: "P44"
Citação de: "legionario"
A Guiné-Conacri sobretudo, se pudesse anexava  a Guiné-Bissau, e ao Senegal tbem nao repugnava nada a mesma coisa (apesar dos problemas que ja tem em Casamance). A verdade é que as fronteiras coloniais sao confrontadas com a realidade étnica ...Os Fula ou os Mandinga "moram" nos dois lados da fronteira .

ou seja, na prática a Guiné-bissau é um estado inviável


Nao sei se sera inviavel, isso dependera da boa vontade de todos os guineenses, mas ha tantas etnias na Guiné-Bissau e num espaço tao pequeno (1/3 da superficie de Portugal), existem tantas rivalidades entre essas etnias, que realmente nao é facil coabitar. Para mais, a Guiné -Bissau é uma ilha lusofona num mar francofono...a França neste momento tem mais em que pensar, mas ja houve uma altura em que fazia uma real concorrencia a Portugal. Os franceses tinham um centro cultural em Bissau bastante activo, e mantinham diversos projectos de cooperaçao, vindo dos franceses traz sempre agua no bico :)
 

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André

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« Responder #144 em: Março 12, 2009, 09:39:38 pm »
Assassínios na Guiné-Bissau revelam importância do combate ao narcotráfico


A comissária europeia responsável pelas Relações Externas, Benita Ferrero-Waldner, disse hoje em Estrasburgo que os assassínios de «Nino» Vieira e de Tagmé Na Waié demonstraram a «máxima importância» de combater o tráfico de droga na Guiné-Bissau.

A comissária europeia falava num debate no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, sobre a situação na Guiné-Bissau, na sequência dos assassínios do Presidente João Bernardo «Nino» Vieira e do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Tagmé Na Waié, que condenou «da forma mais veemente».

Apontando que a «presença de narcotraficantes e toda a criminalidade são factores mais preocupantes nos dias de hoje» no país, Ferrero-Waldner lembrou os apoios que a União Europeia já presta à Guiné-Bissau para o combate ao tráfico de droga.

«É necessário um plano muito ambicioso no combate ao narcotráfico, porque é da máxima importância para nós, como constatamos com o sucedido», disse.

A importância de combater o tráfico de droga foi de resto a tónica das intervenções dos eurodeputados que intervieram no hemiciclo, caso do deputado democrata-cristão José Ribeiro e Castro, que lamentou a presença «cada vez mais evidente» e «chocante» do narcotráfico, apontando-a como um dos principais factores para a vulnerabilidade do país.

Já a outra eurodeputada portuguesa a intervir no debate, Ilda Figueiredo, do PCP, sustentou que os acontecimentos de Bissau são ainda resultado do «passado colonial» e apelou a uma maior cooperação da UE, mas sem «ingerências».

A seguir ao período de debates consagrados aos direitos humanos, a assembleia vai adoptar uma resolução sobre a Guiné-Bissau, na qual sublinha a necessidade de se combater o tráfico de droga, considerando que a «presença crescente de interesses ligados ao narcotráfico» contribui em muito para a instabilidade que se vive no país.

Lusa

 

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André

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« Responder #145 em: Março 14, 2009, 05:01:35 pm »
Interferência de militares guineenses na actuação da PJ local dificulta combate ao narcotráfico


A eventual ingerência dos militares da Guiné-Bissau na esfera de acção da Polícia Judiciária local é um dos "problemas" no combate ao narcotráfico que utiliza aquele país da África Ocidental como rota de passagem da cocaína para Europa.

"Esse problema põe-se", admitiu à Agência Lusa João Figueira, inspector-chefe e porta-voz da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE) da Polícia Judiciária (PJ) portuguesa, que, citando um relatório internacional, indicou o caso em que 500 quilogramas de cocaína apreendida pela PJ guineense foram posteriormente "confiscados" pelas Forças Armadas.

O pretexto dos militares foi de que a droga ficaria bem protegida nas instalações da PJ guineense, mas a verdade é que a "cocaína desapareceu".

"A PJ da Guiné-Bissau, com quem trabalhamos bem e na qual confiamos, tem apenas 60 elementos. Os outros são muitos", disse João Figueira, manifestando a "maior admiração" pelo trabalho da directora da PJ local, num país em que a "fragilidade do Estado", a corrupção, a ausência de "administração pública" e falta de unidade nacional, associada ao tribalismo, dificultam a acção policial.

A inexistência de um sistema prisional e uma "Justiça que não funciona" num país "muito pobre" completam, na sua perspectiva, um cenário em que "é fácil comprar pessoas" e instalar empresas de fachada, designadamente colombianas, que se dedicam ao narcotráfico.

Questionado sobre se a Guiné-Bissau já se transformou num "Narco-Estado", conforme indicam relatórios internacionais, o responsável da UNCTE disse à Lusa: "Tenho de dizer que é exagerado". Admitiu, porém, que essa ameaça existe.

Quando à possibilidade de as recentes mortes violentas do Presidente "Nino Vieira" e do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau, Tagmé Na Waié, poderem estar relacionadas de alguma forma com o tráfico internacional de cocaína, João Figueira contrapôs que "não há indícios concretos".

Para enfrentar o narcotráfico na Guiné-Bisseu, o responsável da PJ portuguesa sublinhou que "tem-se apostado na cooperação em diferentes níveis" com a Judiciária guineense, cujos elementos recebem "formação" em Portugal.

Contudo, a PJ guineense passa por dificuldades diversas, que vão desde a falta de dinheiro até à ausência de electricidade, que não lhes permite o uso de computadores.

Segundo indicações policiais, alguma da cocaína que chega à Guiné-Bissau é entregue a guineenses com canais de distribuição próprios, mas que são "estruturas pequenas". Daí, a droga é enviada, por via aérea, através de "correios" que transportam a droga (em média um quilograma) no interior do organismo, em cápsulas ou "bolotas".

Porém, a maior parte da cocaína que chega à Guiné-Bissau proveniente da América do Sul "volta para o mar" para chegar por barco à Europa. Outros caminhos não descurados são o trajecto por via terrestre até ao Norte de África e depois por mar e ainda a possibilidade de a cocaína poder entrar, por via aérea, em pequenas aeronaves que aterrem em aérodromos.

Tanto a Marinha como a Força Aérea Portuguesa têm, segundo João Figueira, desempenhado um papel importante na vigilância e controlo destes casos.

Uma das "armas" mais recentes da Europa contra este flagelo surgiu com a criação do Centro de Análise e Operações contra o Narcotráfico Marítimo (MAOC-N), que integra vários países da União Europeia, incluindo Portugal, onde tem a sua sede.

Lusa

 

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Luso

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« Responder #146 em: Março 14, 2009, 05:53:17 pm »
É um estado falhado.
Ponto.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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André

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« Responder #147 em: Março 14, 2009, 05:55:59 pm »
Citação de: "Luso"
É um estado falhado.
Ponto.


Há uns estados falhados de sucesso como Angola e outros são falhados mesmo como a Guiné Bissau ...  :lol:  :lol:

 

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legionario

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« Responder #148 em: Março 14, 2009, 06:13:54 pm »
E pensar que foram os primeiros a declarar a independencia...
As elites cabo-verdeanas que dominavam o pais e que conduziram a luta armada contra Portugal esqueceram-se das promessas que fizeram àquele povo.
Tenho pena, porque quando la estive de visita fui muito bem recebido em todo o lado ,... menos pelas freiras italianas  :) ... e depois ofereceu-me a palhota dele para passar a noite :):)
Sao um povo muito hospitaleiro e generoso, agora sou eu que "tenho dor " por aquela gente.
 

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ShadIntel

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« Responder #149 em: Março 19, 2009, 02:34:17 pm »
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Guiné: Bomba que matou CEMGFA veio do exterior e há mais

O comandante Zamora Induta, indicado pelo Governo guineense para chefe das Forças Armadas, disse hoje que a bomba que matou o general Tagmé Na Waié veio do exterior e não terá sido apenas uma, havendo o «perigo de explosão» das restantes.

Em entrevista à Agência Lusa, o capitão-de-mar-e-guerra Zamora Induta admitiu que os militares tenham facilitado a colocação da bomba que provocou a morte do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses, a 01 de Março, mas garantiu que a bomba «veio do exterior».

«Os militares, naturalmente, facilitaram a colocação da bomba, mas a bomba veio do exterior», garantiu, acrescentando que não acredita que tenha sido um militar a levá-la para o país.

«Há informações que dizem que entrou mais que uma bomba no país (...) e há todo um perigo de explosão do resto das bombas», acrescentou.

Questionado sobre as investigações da comissão de inquérito militar, criada para investigar a morte de Tagmé Na Waié, Zamora Induta disse que «prosseguem», sublinhando que o país está, contudo, com «limitações».

«Há um orçamento que a comissão apresentou, que não foi atendido. Há dificuldade na mobilidade dos membros da comissão, das pessoas com quem querem falar e contactar», explicou, acrescentando que essas limitações «tornam um bocado difícil cumprir ou respeitar os prazos estabelecidos» e «a investigação torna-se mais lenta».

O comandante justificou assim a prorrogação do prazo inicial de 10 dias para a comissão de inquérito militar apresentar conclusões.

Sobre o número de pessoas detidas no âmbito das investigações, Zamora Induta não precisou, porque há pessoas detidas para serem interrogadas e depois são libertadas.

«À medida que entram informações, vão-se tomando medidas preventivas e nessas medidas preventivas é possível que alguém tenha sido detido. Mas se for depois constatado que o detido não tem nada será posto em liberdade», explicou.

Zamora Induta reiterou que «não há perseguições contra ninguém, que não sejam no quadro das investigações em curso».

«Já estive várias ocasiões aqui com a sociedade civil, que anda muito preocupada com as especulações. Dei-lhes autorização para visitar as pessoas detidas e constatarem que não há nada feito em outro sentido, que não seja o do âmbito das investigações que estão a ser feitas», afirmou Zamora Induta.

«Há quem diga que há perseguições, concretamente ligadas ao falecido Presidente da República (»Nino« Vieira) e isso não é verdade», acrescentou, garantindo que assim que houver resultados serão tornados públicos.

«A opinião pública e nós estamos interessados em saber quem foram os autores destes crimes e os resultados das investigações vão, naturalmente, ser tornados públicos», disse.

Diário Digital / Lusa