Exportações moçambicanas para os EUA sobem 17,5% em 9 anos
As exportações moçambicanas para o mercado norte-americano subiram 17,5% em nove anos, para 28 milhões de euros, na sequência da decisão dos EUA permitirem a países africanos venderem no seu mercado sem pagar taxas.
No arranque desta iniciativa do governo norte-americano, denominada AGOA (African Growth and Opportunity Act), em 2001, Moçambique exportou mercadorias equivalentes a cinco milhões de euros para os EUA, tendo este número aumentado para 28 milhões de euros até 2009.
Um balanço dos primeiros dez anos do AGOA e do seu impacto na economia moçambicana agora divulgada indica que a maior parte dos produtos vendidos para os EUA são minerais e metais (23 milhões de euros), bens agrícolas (3,8 milhões de euros), produtos florestais (105 mil euros) e bens electrónicos (101 mil euros).
O vice-ministro da Indústria e Comércio de Moçambique, Keneth Marizane, assegurou, a propósito da divulgação destes dados, que o governo moçambicano elevará a qualidade dos produtos que exporta.
Segundo o governante, a outra aposta do Executivo de Maputo é diversificar os produtos colocados no mercado internacional, passando a integrar frutas, artesanato, confecções, piripiri e outros, consoante a procura.
Um dos sectores que tem mercado aberto nos EUA é o do vestuário e, segundo o vice-ministro da Indústria e Comércio de Moçambique, tem vindo a atrair investimentos para a revitalização desta indústria.
"Temos algumas indústrias do ramo de vestuário que estão a nascer como, por exemplo, a Moztex que, provavelmente, dentro de alguns anos irá começar a exportar", disse.
Desde a assinatura do AGOA, em 2000, as exportações dos 40 países abrangidos pelo acordo atingiram 60 mil milhões de euros, contra 15 mil milhões antes da sua entrada em vigor, promovendo 300 mil empregos.
Lusa