Economia de Angola

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Re: Economia de Angola
« Responder #45 em: Junho 11, 2014, 08:27:20 pm »
Angola vendeu 600 mil quilates de diamantes no mês de maio


O setor diamantífero angolano comercializou durante o mês de maio 600 mil quilates de diamantes, numa faturação de 72 milhões de euros, indicam dados revelados num boletim do Ministério da Geologia e Minas consultado hoje pela Lusa.

De acordo com a publicação, o setor diamantífero angolano encaixou no mês passado 97,6 milhões de dólares (72 milhões de euros), correspondendo ao preço médio de 156 dólares (115 euros) por quilate.

«Estes valores representam uma diminuição comparativamente ao mês de abril, altura em que foram comercializados 785 mil quilates no valor de 128,8 milhões de dólares [95 milhões de euros], à razão de 164 dólares [121 euros] por quilate», lê-se no boletim.

Esta quebra é justificada no documento com a diminuição de 17,24 por cento verificada na produção da Sociedade Mineira de Catoca, na província angolana de Lunda Sul, que é também a grande produtora diamantífera nacional.

Esta primeira edição do boletim quinzenal «Geominas» acrescenta que em maio registou-se produção industrial de diamantes por parte de 10 empresas instaladas no país.

O ministério da Geologia e Minas, liderado por Francisco Queiróz, fixou a meta de aumentar a produção de diamantes, até 2015, em termos médios, em 5% ao ano.

A produção diamantífera angolana cifrou-se em maio de 2013 em 730 mil quilates e rendeu nesse mês 103,6 milhões de dólares (cerca de 76,5 milhões de euros), o que representa uma quebra em comparação com os dados do mesmo mês de 2014.

A produção de diamantes em Angola está avaliada em cerca de 8,3 milhões de quilates por ano, correspondendo a uma receita bruta na ordem de 1,1 mil milhões de dólares (cerca de 800 milhões de euros).

Lusa
 

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Re: Economia de Angola
« Responder #46 em: Junho 13, 2014, 03:24:48 pm »
Angola arrisca os mesmo problemas do Brasil se mantiver poder da Sonangol


A companhia petrolífera estatal de Angola (Sonangol) não devia ter tanto poder na definição e gestão dos direitos de exploração, sob pena de Angola sofrer os mesmos problemas e atrasos que o Brasil, avisa Virendra Chauhan, da Energy Aspects.

Em entrevista à Lusa, este consultor de uma das principais empresas de consultoria na área energética explica que foi a excessiva preponderância dada à Petrobras na gestão dos projetos brasileiros no petróleo que originou os vários atrasos com que o Brasil se tem confrontado na produção, e acrescenta esperar que a Sonangol não siga o mesmo caminho, porque senão os investidores vão, pura e simplesmente, investir noutro sítio.

"Se realmente encontrar grandes reservas no pré-sal [uma camada do solo, imediatamente após o sal petrificado que compõe o fundo dos oceanos], Angola devia olhar para o Brasil e ver como se desenvolveu a exploração, para poder comercializar de forma mais eficiente e garantir que os erros do Brasil não acontecem também em Angola", argumentou o analista, lembrando que "o ambiente em que as empresas operam é cada vez mais desafiante, complexo e técnico".

Por isso, sublinha, "se [as autoridades] tornarem as coisas mais e mais complicadas para as grandes companhias petrolíferas internacionais, elas vão concluir que é muito caro e difícil operar no país, e que não faz sentido economicamente" investir em Angola.

Virenda Chauhan, que segue de perto a evolução do setor da energia em países como Angola, Brasil e Moçambique, explica, em entrevista à Lusa, que "as maiores companhias petrolíferas internacionais, como a Shell, Total ou Eni, ou seja, as que têm direitos de exploração de uma perspetiva do investidor, estão a olhar para os números e se a Sonangol operar como a Petrobras, dizendo 'quem manda somos nós', então Angola torna-se cada vez menos atrativo para os investidores", explica.

Isto porque "a perfuração em águas profundas precisa de injeções enormes de capital, e exige um horizonte de investimento de pelo menos uma década, por isso se a Sonangol ou a Petrobras tornarem o processo menos atrativo, as empresas vão ter dúvidas sobre o risco a que expõem os investidores" e podem optar por investir noutra área geográfica.

O Brasil descobriu há vários anos um conjunto vasto de reservas no pré-sal, uma espécie de camada por baixo do fundo do mar, a 7 quilómetros de profundidade, ou mais, e as autoridades angolanas estão esperançadas, alicerçadas numa tese geológica que diz, em resumo, que há semelhanças entre as costas do Brasil e de Angola neste âmbito, que o 'off-shore' angolano seja igualmente rico nestes recursos naturais.

Lusa
 

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Re: Economia de Angola
« Responder #47 em: Junho 22, 2014, 12:33:38 am »
Novo Aeroporto internacional de Luanda vai custar 2.800 Milhões de €€€


O novo aeroporto internacional de Luanda, considerada a maior obra pública em Angola, vai custar mais de 2,8 mil milhões de euros, segundo o contrato entre Governo angolano e um fundo chinês já publicado em Diário da República.

De acordo com o sumário do Despacho Presidencial n.º 46/14, de 02 de maio, o Contrato Comercial para a construção do novo aeroporto celebrado entre o Ministério dos Transportes e a Empresa China International Fund Limited - CIF, foi aprovado no valor de 3.828.609.665 de dólares (2,8 mil milhões de euros).

Além disso, de acordo com o mesmo texto, consultado hoje pela agência Lusa, o despacho assinado pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, "autoriza" o "Ministro das Finanças a desmobilizar" mais de 1,56 mil milhões de dólares (1,1 mil milhões de euros) da Reserva Financeira Estratégica Petrolífera para Infra-Estruturas de Base, "para execução financeira do contrato em 2014".

A construção do novo aeroporto de Luanda arrancou em 2004 mas continua a ser desconhecida a data de conclusão, sucessivamente prorrogada e com paragens nas obras.
O projeto deveria ser financiado por fundos chineses englobados na linha de crédito aberta por Pequim para permitir a reconstrução de Angola, depois de terminado um período de três décadas de guerra civil.

O China International Fund Limited, entidade que financia o projeto, mantém no seu sítio oficial na internet esse desígnio, afirmando que tem em mãos a construção do "maior aeroporto em África", referindo-se ao que estava previsto para a comuna do Bom Jesus, a cerca de 40 quilómetros de Luanda, já na província do Bengo. Adianta o China International Fund Limited, com sede em Hong Kong, que o projeto contempla um terminal com 160 mil metros quadrados, com capacidade para movimentar 13 milhões de passageiros/ano e ainda um terminal de mercadorias de 6,2 mil metros quadrados que permitirá escoar 35 mil toneladas por ano. O novo aeroporto internacional está implantado numa área de 1.324 hectares e terá duas pistas duplas com capacidade de aterragem do maior avião comercial do mundo, o Airbus A380.

A pista norte do aeroporto terá 4200 metros de comprimento, enquanto a sul, 3800 metros de comprimento, cada uma delas com 60 metros de largura cada.

Lusa
 

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Re: Economia de Angola
« Responder #48 em: Julho 30, 2014, 01:47:18 pm »
Angola planeia impor quotas à importação de alguns produtos agroalimentares


O Executivo angolano está a estudar a imposição de quotas, a partir de 2015, à importação de alguns produtos, como ovos, hortofrutícolas, bebidas ou sal, de acordo com a ministra do Comércio, Rosa Pacavira.

A medida visa fomentar a produção nacional, travando a importação de alguns produtos do mercado exterior, acompanhada de iniciativas públicas e investimentos ao nível dos setores da Agricultura, da Economia e da Indústria, explicou a governante.

«A partir de 2015 nós vamos tomar algumas decisões relativamente às quotas de importação. Possivelmente o sal, porque temos já alguma produção e uma indústria nacional, e os ovos, que já temos estado a acompanhar a entrada. Pensamos que estes produtos serão os que estarão, numa primeira fase, sujeitos a quotas de importação», disse Rosa Pacavira.

A ministra falava à margem de uma reunião, na segunda-feira, com parceiros do Ministério do Comércio e acrescentou que o volume das importações de alguns produtos por Angola, em 2013 e 2014, está a ser analisado antes de uma decisão sobre a imposição destes limites.

Bebidas e produtos hortofrutícolas estão igualmente na linha para integrar estas quotas de importação por Angola, com o Executivo a garantir que o assunto está a ser estudado em conjunto com os produtores e os grandes importadores.

Lusa
 

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Re: Economia de Angola
« Responder #49 em: Agosto 13, 2014, 08:15:33 pm »
Receitas do petróleo rendem a Angola 13.400 mil milhões de €€€ até Julho


As receitas fiscais com a exportação de petróleo de Angola desceram para cerca de 13,4 mil milhões de euros entre janeiro e julho, segundo dados do Ministério das Finanças consultados hoje pela Lusa.

De acordo com a mesma informação, nos primeiros sete meses do ano Angola exportou 338,7 milhões de barris de petróleo - menos cerca de 30 milhões de barris face ao mesmo período de 2013 -, a um preço médio (por barril) de 107,51 dólares (80,4 euros). Estes dados projetam uma produção diária de 1,59 milhões barris, partindo do pressuposto que a quase totalidade do petróleo angolano se destina à exportação. Trata-se, ainda assim, de uma ligeira subida face aos primeiros cinco meses do ano, o último registo anterior disponível, período em que a produção se fixou em 1,57 milhões de barris de petróleo por dia.

Ainda segundo os dados consultados hoje pela Lusa, nos primeiros sete meses de 2013 estas mesmas receitas totalizaram mais de 16,7 mil milhões de euros, mais que os 13,4 mil milhões de euros do mesmo período deste ano. Depois do mínimo mensal de 2014 atingido em maio, com 198 mil milhões de kwanzas (perto de 1,5 mil milhões de euros) arrecadados em receita fiscal - oriunda de companhias operadoras e da concessionária nacional -, esses valores subiram fortemente nos meses seguintes.

As receitas ordinárias do petróleo, nas contas do Ministério das Finanças, atingiram em junho os 242,2 mil milhões de kwanzas (1,8 mil milhões de euros) e em julho fixaram-se nos 270,8 mil milhões de kwanzas (dois mil milhões de euros). De acordo com aquele ministério, estes dados resultam das declarações fiscais submetidas à Direção Nacional de Impostos pelas companhias petrolíferas, incluindo a concessionária nacional angolana, a empresa pública Sonangol.

Estas receitas são provenientes de 13 áreas de produção, com destaque para o denominado bloco 17 - em águas profundas a norte da costa de Luanda -, que assegurou à volta de um terço (113,6 milhões de barris) do petróleo exportado por Angola desde janeiro. O ministro dos Petróleos, José Maria Botelho de Vasconcelos, reafirmou, em julho passado, o objetivo do Governo em atingir a marca dos dois milhões de barris de petróleo produzidos por dia no país, embora admitindo "ajustamentos".

Os dois milhões de barris de petróleo é uma marca traçada para o próximo ano, mas nos últimos meses - segundo os analistas devido a dificuldades técnicas e à redução de reservas em alguns poços -, a produção até tem vindo a diminuir. O ministro dos Petróleos recordou, na altura, a "habitual tolerância de 10 por cento" nesta atividade e que os ajustamentos dependem também da relação entre a produção e a procura, mas sem adiantar prazos concretos para as metas.

O petróleo é responsável pela quase totalidade das exportações de Angola e vale cerca de dois terços da receita fiscal.

Lusa
 

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Re: Economia de Angola
« Responder #50 em: Agosto 22, 2014, 05:37:09 pm »
Diamantes angolanos rendem 490 milhões de €€€


A produção angolana de diamantes atingiu no primeiro semestre de 2014 mais de 651 milhões de dólares (490 milhões de euros) em receitas brutas, indicam dados compilados pelo Ministério da Geologia e Minas, consultados hoje pela Lusa.

Os resultados referem-se à produção industrial e artesanal, esta última através da emissão de senhas mineiras a cidadãos particulares, e envolvem dados contabilizados entre Janeiro e Junho de 2014.

Em termos da actividade industrial, concessionada, os números oficiais apontam para uma produção de 3,759 milhões de quilates no primeiro semestre. Trata-se de uma taxa de execução de 39,9 por cento face aos objectivos estabelecidos pelo Executivo angolano para todo o ano.

A produção industrial do primeiro semestre representou receitas brutas superiores a 468,4 milhões de dólares (352,6 milhões de euros), de acordo com os mesmos dados.

A actividade artesanal atingiu no mesmo período os 466,6 mil quilates produzidos e receitas brutas totais de 183.290 milhões de dólares (138 milhões de euros).

As receitas da produção diamantífera artesanal representam, segundo os mesmos dados, mais de 100% do valor que orçamentado pelo Executivo para a totalidade do ano.

A produção de diamantes em Angola, em termos de actividade industrial e artesanal, é gerida pela empresa pública Endiama, concessionária do sector.

No caso da produção artesanal, a actividade pode ser desenvolvida, segundo informação daquela empresa, com recurso a enxadas, catanas, pás e picaretas, exclusivamente através de "métodos e meios artesanais, não mecanizados e sem tecnologia mineira industrial".

A actividade de exploração artesanal é permitida mediante um título designado por "senha mineira", acessível apenas a cidadãos angolanos.

A produção angolana de diamantes está avaliada em cerca de 8,3 milhões de quilates por ano, correspondendo a uma receita bruta perspectivada na ordem de 1,1 mil milhões de dólares (cerca de 828 milhões de euros) por ano.

O ministério da Geologia e Minas, liderado por Francisco Queiróz, fixou a meta de aumentar a produção total de diamantes, até 2015, em termos médios, em 5% ao ano.

Lusa
 

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Re: Economia de Angola
« Responder #51 em: Setembro 10, 2014, 05:35:41 pm »
Produção petrolífera recupera em Angola após quebras do primeiro semestre


O ministro dos Petróleos de Angola assegurou esta quarta-feira que a produção petrolífera nacional está a “evidenciar uma recuperação”, após quebras no primeiro semestre, reafirmando o objetivo de atingir os dois milhões de barris por dia em 2015.

Para sustentar a posição, José Maria Botelho de Vasconcelos recordou que se iniciou em junho a produção no projeto CLOV (Bloco 17), no qual a operadora francesa Total estima atingir ainda este ano o pico de produção diária de 160 mil barris de petróleo. “Após alguns constrangimentos de caráter operacional registados em alguns blocos durante o primeiro semestre do corrente ano, a produção nacional de petróleo começa a evidenciar uma recuperação, impulsionada em grande medida pelo início de produção do Clov”, assegurou.

O ministro discursava em Luanda, na sessão de abertura da conferência anual da associação de produtores de petróleo e gás OGP (Oil & Gas Producers), que reúne 83 petrolíferas. No caso do CLOV, a 140 quilómetros ao largo de Luanda, deverá estar em operação durante vinte anos e conta com reservas estimadas de mais de 500 milhões de barris.

“Prevemos que esta tendência de retoma e crescimento da produção [nacional de petróleo] se mantenha, rumo ao objetivo traçado para 2015, que é atingir a produção de dois milhões de barris por dia, tendo em conta os projetos em curso”, enfatizou José Maria Botelho de Vasconcelos.

A produção angolana de petróleo desceu para pouco mais de 1,5 milhões de barris por dia no primeiro semestre de 2014, com consequências nas receitas fiscais e no crescimento da economia angolana, cuja previsão tem vindo a ser sucessivamente revista em baixa. Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana, atrás da Nigéria, representando esta atividade mais de 90 por cento das receitais fiscais angolanas.

De acordo com os dados apresentados pelo ministro angolano na abertura do seminário da OGP, “mais de 99%” da produção angolana de petróleo tem origem no ‘offshore’, enquanto cerca de dois terços são “provenientes de campos localizados em águas profundas e ultra-profundas, apresentado, portanto, enormes desafios e riscos”.

“Apesar das tecnologias de ponta empregue nas operações, e dos sofisticados sistemas de prevenção e de segurança utilizados, os incidentes acontecem”, apontou o governante, a propósito das questões de segurança nestas explorações, abordadas durante o seminário. “As perspetivas para a exploração e produção de petróleo e gás em Angola são positivas e animadoras tendo em conta a previsão do aumento dos investimentos em exploração, desenvolvimento e produção em áreas tradicionais, mas sobretudo no pré-sal, uma nova fronteira exploratória para o setor petrolífero angolano”, destacou José Maria Botelho de Vasconcelos.

O desafio do pré-sal – camada localizada abaixo de segmentações rochosas a grandes profundidades marítimas – surge “também por se tratar de um ambiente geológico complexo e que requer inovações tecnológicas a todos os níveis e com desafios ambientais enormes”, disse ainda o ministro dos Petróleos de Angola.

Lusa
 

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Re: Economia de Angola
« Responder #52 em: Outubro 13, 2014, 05:48:01 pm »
Ferrangol quer explorar ouro, ferro e manganês em várias províncias angolanas


A empresa pública angolana Ferrangol, concessionária de direitos mineiros, está a preparar projetos de exploração de minerais e metais preciosos em várias províncias do país, nomeadamente de ouro, ferro e manganês.

De acordo com o Presidente do Conselho de Administração da Ferrangol, Diamantino Pedro Azevedo, a prospeção desenvolve-se essencialmente nas províncias da Huíla, Cabinda e Cuanza Norte, mas este tipo de projeto poderá ser alargado a outros pontos do país e minerais.

"Os nossos projetos são todos de prospeção. Não temos ainda nenhum de produção e os projetos de prospeção precisam de tempo, de paciência, de financiamento. São projetos de risco", afirmou hoje o administrador da Ferrangol, após reunir-se com o ministro da Geologia e Minas, Francisco Queiroz. Nesta altura estão em curso prospeções de ouro no Chipindo e Mpopo, com as atenções concentradas na província da Huíla. "Estes dois projetos estão em franco desenvolvimento. Ao nível do ouro estão também a ser preparados alguns projetos em Cabinda", explicou Diamantino Pedro Azevedo. No mesmo sentido, numa entrevista recente à Lusa, o ministro da Geologia e Minas tinha já admitido que será possível avançar com a produção industrial de ouro em Angola até 2017.

Decorrem igualmente prospeções de ferro em Kassinga, Huíla, e Kassala e Kitungo, no Cuanza Norte, com vista à sua extração e transformação. "Pretendemos criar as condições para que a diversificação, tanto do setor mineiro como da economia nacional, seja um facto", admitiu o responsável da Ferrangol, aludindo à dependência angolana das receitas com a exportação de petróleo.

Durante a visita à sede da Ferrangol, o ministro da Geologia e Minas sublinhou tratar-se de uma "empresa estratégica", sendo a concessionária nacional para a exploração de ouro. "A Ferrangol é a Sonangol [concessionária petrolífera e maior empresa de Angola] dos nossos minerais comuns", apontou o ministro Francisco Queiroz.

Lusa
 

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Re: Economia de Angola
« Responder #53 em: Outubro 28, 2014, 12:42:50 pm »
Angola produziu 51 milhões de barris de petróleo em setembro


Angola produziu aproximadamente 51 milhões de barris de petróleo no mês de setembro, de acordo com um relatório do Ministério dos Petróleos a que a agência Lusa teve acesso esta segunda-feira.

Segundo o documento sobre o setor de Petróleo e Gás em Angola, apesar de a produção angolana até estar a recuperar das quebras no primeiro semestre do ano, este resultado apresenta uma “diminuição em torno de 2,5 por cento”, em comparação com o mês anterior.

A produção angolana cifrou-se em agosto (31 dias) em quase 53 milhões de barris de petróleo.

Com estes dados a produção estabilizou entre agosto e setembro em 1,7 milhões de barris de petróleo diários, por contraste com os cerca de 1,5 milhões de barris por dia verificados no primeiro semestre.

Já as exportações de petróleo bruto totalizaram cerca de 49,4 milhões de barris, o que demonstra uma diminuição de 6,9%, face a agosto.

O mesmo relatório indica que Angola produziu, ainda durante o mês de setembro, cerca de 539,2 mil barris de gás de petróleo liquefeito, um aumento de 3,34% por comparação com o mês anterior.

O documento reflete também a atividade da Refinaria de Luanda, que processou aproximadamente 190,4 mil toneladas de petróleo bruto, uma quebra de cerca de 9% face a agosto.

Lusa
 

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Re: Economia de Angola
« Responder #54 em: Novembro 17, 2014, 01:15:20 pm »
Agricultura impulsiona crescimento da economia angolana além do petróleo


A agricultura angolana deverá liderar o crescimento do peso do setor não petrolífero na economia nacional no próximo ano, segundo a proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2015.

De acordo com o documento, que começa hoje a ser discutido na especialidade, na Assembleia Nacional, e cuja aprovação deverá ser concluída até 11 de dezembro, a Agricultura, considerado um setor chave para o desenvolvimento economia nacional, lidera o crescimento entre oito áreas não petrolíferas identificadas.

O crescimento da agricultura angolana está estimado em 12,3% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Ou seja, acima dos 11,9% previstos para este ano, mas distante da marca de 2013. Nesse ano, o crescimento foi de 42,3% face a 2012, ano marcado pela seca no país, que fez a produção agrícola cair 22,5%. O ministro da Agricultura angolano, Afonso Pedro Canga, admitiu este mês que aquele setor foi o que mais cresceu nos últimos anos, nomeadamente com grande contributo da produção familiar.

"Por isso é justo que deva merecer toda a atenção", referiu o ministro. Além disso, acrescentou, as explorações agrícolas familiares, com um universo de cerca de 2,5 milhões de famílias, são responsáveis por mais de 80% da produção de culturas alimentares básicas - cereais, raízes, leguminosas - e detêm os maiores efetivos de gado do país.

No relatório de fundamentação do OGE de 2015, o Governo angolano reconhece que a "dinâmica recente da economia agrícola tem sido um dos determinantes do desempenho do PIB não petrolífero".

"Não obstante a produção agrícola constituir um dos principais fatores indutores do crescimento do PIB nacional, a dinâmica recente exibida pelo setor agrícola tem marcado abrandamentos ao ritmo de crescimento do PIB não petrolífero por flutuações severas e preocupantes", admite ainda o Executivo, numa referência nomeadamente aos efeitos que ainda se fazem sentir da seca.

Além da agricultura, o setor não petrolífero prevê um aumento de 3,3% na pesca e derivados, de 12% na energia, de 11,2% na indústria transformadora, de 10,5% na construção e de 9% nos serviços mercantis. Os diamantes, o segundo maior produto de exportação de Angola, a seguir ao petróleo, deverá crescer apenas 0,7% em 2015, depois de aumentos de 1% estimado para este ano e de 3,3% em 2013.

Segundo as contas do Governo, o setor não petrolífero angolano, globalmente, deverá crescer 8,2% este ano e 9,2% em 2015. Já o setor petrolífero, com base nas exportações de crude, deverá crescer 10,7% no próximo ano, enquanto para este ano a perspectiva é de quebra de 3,5%. Províncias como o Cuanza Sul, Benguela, Huambo, Huíla e Bié lideram o desenvolvimento do setor não petrolífero, através da agricultura e do desenvolvimento industrial. De acordo com a proposta do OGE para 2015, as contas públicas angolanas deverão apresentar um défice orçamental de 7,6% do PIB, prevendo-se um crescimento da economia nacional de 9,7%.

O Executivo angolano justifica este desempenho com a incerteza na cotação internacional do preço de crude, estabelecendo 81 dólares por barril de petróleo como valor de referência na exportação, contra os 98 dólares inscritos no OGE de 2014. Este valor serve de base ao cálculo das receitas fiscais petrolíferas, que em 2015 deverão render ao Estado 2.551 biliões de kwanzas (20.475 milhões de euros).


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Re: Economia de Angola
« Responder #55 em: Março 30, 2015, 05:35:37 pm »
"Dramática queda nos preços do petróleo" pode fazer subir tensões em Angola


O chefe de departamento de mercadorias do Fundo Monetário Internacional considerou que a descida dos preços do petróleo pode "exacerbar as tensões sociais em Angola".

"A dramática queda nos preços do petróleo está a obrigar alguns países exportadores de petróleo com um limitado espaço orçamental a consolidarem [o Orçamento], o que pode exacerbar as tensões sociais", disse o economista Rabah Arezki em declarações à estação de televisão norte-americana NBC.

De acordo com este órgão de comunicação social, "os tumultos económicos e sociais em países como a Venezuela e a Rússia - principalmente por causa da queda dos preços do petróleo - desviaram as atenções de Angola, um país membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo que é o segundo maior produtor de África".

O artigo da CNBC com o título “Angola junta-se à Venezuela entre os maiores perdedores com a queda do petróleo”, diz que a situação económica angolana "não é tão má como na Venezuela, mas ainda assim é bastante má".

Para sustentar a afirmação, os autores exemplificam com a queda de 12% nas exportações, no ano passado, para 24 mil milhões dólares, levando Rabah Arezki e notar que o país enfrenta os mesmos problemas de outros países fortemente dependentes da exportação de uma matéria-prima para equilibrarem os orçamentos e garantirem o financiamento para os programas sociais e para os investimentos públicos.

Tal como na Venezuela, a crise do petróleo levou a moeda angolana a sofrer uma forte desvalorização nos últimos meses, perdendo terreno face ao dólar, com implicações significativas ao nível da política orçamental e monetária.

Angola, assim como outros países dependentes do petróleo, vão notar que pagar as dívidas vai ser mais caro, dado que as receitas fiscais do petróleo diminuem e a depreciação das suas moedas tornam a dívida, geralmente em dólares, mais onerosa, lembrava a Brookings Institution num relatório recente.

Angola colocou cerca de 750 milhões de euros em dívida pública durante o mês de Março, no mercado primário, segundo dados do banco central angolano compilados pela agência Lusa.


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« Responder #56 em: Abril 12, 2015, 04:55:20 pm »
Perspetivas já não são tão más, Angola está a recuperar


"A AICEP tem estado em permanente contacto com as empresas", disse Miguel Frasquilho em declarações à Lusa, sublinhando que "os dados das exportações de fevereiro já demonstram alguma estabilização" e acrescentando que janeiro foi o pior mês em termos de trocas comerciais entre os dois países.

Em causa está a degradação do ambiente económico em Angola, particularmente no que diz respeito às finanças públicas do país, afetadas pela descida do preço do petróleo que teve um impacto significativo na receita fiscal deste setor e obrigou à aprovação de um Orçamento retificativo que cortou a fundo na despesa pública, suspendeu investimento e obrigou a uma racionalização acrescida dos recursos públicos.

Para o presidente da AICEP, "hoje já se assiste a uma recuperação" em Angola, "embora ténue" e "as perspetivas já não são tão más".

Na quinta-feira, o Instituto Nacional de Estatística divulgou os números das trocas comerciais entre os dois países, dando conta de uma quebra de cerca de 30% nas exportações de produtos e bens para Angola, e de uma queda de 79% nas compras de Portugal àquele país africano, o que melhrou o saldo favorável a Portugal em 635%, para 245 milhões de euros.

De acordo com os dados do INE recolhidos pela Lusa, Portugal exportou para Angola nos dois primeiros meses deste ano 339,7 milhões de euros em produtos e bens, o que representa uma descida de 29,6% face aos 482,3 milhões exportados em janeiro e fevereiro do ano passado.

As importações de produtos angolanos, principalmente de petróleo, o produto mais comprado por Portugal a Angola, caíram quase 80%, passando de 448,9 milhões de euros nos primeiros dois meses de 2014 para apenas 94,2 milhões, em janeiro e fevereiro deste ano.

O saldo entre os dois países, que no mesmo período do ano passado era favorável a Portugal em 33,4 milhões de euros, teve uma vertiginosa subida de 635,2% para 245,5 milhões de euros.

Estes valores, aliás, explicam boa parte da significativa melhoria do saldo da balança comercial entre Portugal e os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que quase duplicou (99,4%), passando de 179,6 para 358,1 milhões de euros no mesmo período.

As exportações de Portugal para os restantes oito países lusófonos até desceram 16,4%, de 687,2 milhões para 574,3 milhões de euros, mas a queda de 57,4% nas importações, de 507,5 para 216,1 milhões, influenciou decisivamente a balança comercial.

Lusa
 

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Re: Economia de Angola
« Responder #57 em: Maio 26, 2015, 10:29:39 pm »
Citar
As operações em Angola foram o refúgio de lucros para a banca portuguesa nos anos duros do ajustamento e da crise económica. Agora por causa da descida do petróleo, Angola está na lista das ameaças

Em 2014, as operações angolanas do BCP, BPI e Caixa Geral de Depósitos geraram lucros da ordem dos 186 milhões de euros, suavizando a conta dos prejuízos da banca portuguesa.  Mas se, até agora, Angola foi uma bóia de salvação para alguns bancos nacionais, que se habituaram a perder dinheiro no mercado doméstico, o país surge pela primeira vez como um ameaça à estabilidade financeira da banca portuguesa. E tudo por causa da desvalorização do petróleo.

O resto em:
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Re: Economia de Angola
« Responder #58 em: Junho 09, 2015, 11:53:59 am »
A Pilhagem de África – e de Angola – contada por um jornalista do Financial Times





Um jornalista do Financial Times investigou a corrupção instalada nas capitais africanas, com Luanda em grande destaque. Aqui está o capítulo dedicado a Angola.


 :arrow: http://observador.pt/especiais/a-pilhag ... destaque/#
 

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Re: Economia de Angola
« Responder #59 em: Setembro 06, 2015, 06:32:35 pm »
Saíram 17 mil milhões de dólares de Angola nos últimos anos


Os angolanos investem 13 vezes mais no estrangeiro do que os estrangeiros em Angola. Esta informação estatística do Banco Nacional de Angola está a provocar uma onda de indignação na opinião pública local.

Os dados avançados por aquela instituição apontam para um investimento dos angolanos no estrangeiro, designadamente em Portugal, nos últimos cinco anos, na ordem dos 17 mil milhões de dólares. Brasil e África do Sul, em menor escala, são outras das apostas dos investimentos angolanos no estrangeiro. A banca, energia, telecomunicações e mais generalizadamente o imobiliário são os sectores em que o Estado, através da Sonangol e influentes figuras do regime, mais fizeram os seus investimentos.

Em contrapartida, os estrangeiros, desde 2010 até ao ano passado, excluindo o petróleo e os diamantes, não investiram em Angola mais do que 1269 milhões de dólares. “Entre o que é anunciado e a realidade, esses números sugerem que o investimento estrangeiro em Angola não passa de mera intenção”, disse ao Expresso o economista Carlos Rosado.

Decompostos os números mais recentes, fora deste sector e da área dos diamantes, em 2014, contra o anúncio da assinatura de contratos avaliados em mais de mil milhões de dólares, o investimento estrangeiro na prática não passou de 155 milhões de dólares.

O excesso de burocracia, o défice de infraestruturas básicas e as crescentes dificuldades impostas pelo mercado para repatriar dividendos, segundo o consultor Galvão Branco, estão a criar em Angola um ambiente pouco apelativo para atração de capitais externos e internos.

Por outro lado, para alguns analistas, é duvidoso qualificar como investimento a maioria do dinheiro saído de Angola. O antropólogo António Tomás considera que “muito desse dinheiro não é investimento, é simplesmente desvio. É corrupção. Decorre da própria extroversão da nossa economia, virada apenas para o estrangeiro”.

Em Angola, há quem considere este fenómeno como falta de patriotismo. Mas essa crítica encontra poucos adeptos na elite política angolana, tanto a ancorada no poder, como aquela que lhe faz oposição. A primeira acumula e exporta dinheiro, como se Angola fosse acabar em 2017 — ano das próximas eleições. A segunda segue a mesma trajetória.

A verdade é que, segundo um antigo governante angolano ligado à banca desde o tempo colonial, praticamente desde a independência já saíram, de forma fraudulenta de Angola, centenas de milhares de milhões de dólares. O regresso de, pelo menos 10% desse montante, acrescentou, representaria hoje uma boa almofada para a crítica economia do país.

Paul Collier, economista da Universidade de Oxford, explica que há um fluxo ilícito de capitais feito através de importações de contentores “vazios”, evasão fiscal, corrupção e especulação cambial.

Durante os últimos 12 anos, Angola acumulou receitas fiscais petrolíferas na ordem dos 302 mil milhões de dólares. Tendo saído de Angola entre 2013 e 2014 mais de 10 mil milhões de dólares, sem quaisquer retorno de dividendos, a pergunta que o cidadão comum coloca agora é esta: como e onde foi parar este dinheiro?

“Andamos a mostrar na montra aquilo que, afinal, não temos no armazém”, diz o professor universitário Jaime Faria. A preocupação aumenta perante a incerteza que resultará quando terminar o longo reinado de José Eduardo dos Santos, que deverá voltar a ser o “candidato único” do MPLA às próximas eleições de 2017. Para onde irá o país a seguir? É a questão que se impõe.

Por outro lado, sendo Angola vítima de esquemas de branqueamento de capitais, parte substancial do dinheiro canalizado para o exterior é feito através de operações licenciadas no BNA. Outra parte, segundo fonte dos serviços de migração e fronteira, é transportado para o estrangeiro em malas, através de aviões estacionados no aeroporto 4 de Fevereiro contra uma comissão de 5% a 7% para os respetivos “pombos-correios”.


Expresso