Unir os Pontos

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Re: Unir os Pontos
« Responder #1185 em: Agosto 08, 2024, 03:52:03 pm »
Não, antes pelo menos tentavam lidar com os bots e neste momento parece que vale tudo, excepto dizer mal do senhor Elon.

Por exemplo, eu denunciei um individuo que estava a fazer a apologia à pedofilia e nada lhe aconteceu. Talvez porque ele é do pessoal daquele partido politico que muito bom forista daqui começou a votar. Sabes, aquele partido que diz-se de direita e depois apoia medidas claramente socialistas e de Esquerda. Aquele em que quer combater o crime, quando uma boa parte dos seus deputados tem ou teve problemas com a justiça. Aquele que é tudo da mais fina e flora da sociedade mas depois são apanhados a ameaçar com catanas outras pessoas de uma bomba de combustível. Aqueles que são pela familia, mas depois são julgados e condenados em tribunal por violência doméstica.

Chega?! Quer dizer, já chega?
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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papatango

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Re: Unir os Pontos
« Responder #1186 em: Agosto 08, 2024, 04:49:36 pm »


O problema não é o Twitter ou Ex ou lá o que é...

O problema são os patrioteiros de pacotilha, que seguidamente, quase sem interrupções, e sem o minimo de vergonha na cara, publicam mentiras e seguir a mentiras e depois rematam com ainda mais mentiras.

O objetivo é mentir tanto, mas tanto, que alguma das mentiras acabará por passar.

Não se conseguem unir pontos com mentiras e pior, com mentiras que a cada semana que passa são mais e mais deslavadas.

Parece que há setores da sociedade que não entendem que andam a vida a gritar "Olh´ó Lobo "  e conforme o tempo passa, acontece-lhes a mesma coisa que na fábula.

Viram anedota ...



Querem à força toda provar que três mais três são cinco.
As contas que conhecemos são uma ilusão, o pitagoras, os matemáticos gregos são todos falsos e fazem parte da conspiração judeo-gay-maçonico-esquerdista que controla o mundo...

E tudo vale...
A cada mentira, lá vem o discurso do costume... nós bem avisámos mas ninguém quis saber, e afinal, agora prova-se que 3+3=5...
Até que a mentira é descoberta e voltamos ao principio ...


A unica coisa que temos a certeza neste tipo de tópicos, é que a seguir a uma mentira, virá outra e outra e outra ...


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É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 
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papatango

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Re: Unir os Pontos
« Responder #1188 em: Agosto 13, 2024, 05:54:14 pm »
https://www.reddit.com/r/Asmongold/comments/1eorm5n/richard_dawkins_banned_from_facebook_for_a_tweet/

Menos de 24 horas depois do incidente, que todo o mundo ficou a saber que a atleta da Argelia era genéticamente uma mulher. Mas os gloriosos defensores da moral e dos bons costumes, continuaram a mentir e a afirmar que era um homem...
O que nos poderiamos perguntar, é porque é que tantas atletas utilizam tratamentos hormonais que lhes dão mais musculos...
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Re: Unir os Pontos
« Responder #1189 em: Agosto 24, 2024, 04:09:03 pm »
Mercado de trabalho rejeita cada vez mais jovens recém-licenciados: Portugal tem um dos piores registos da UE

Por Revista de Imprensa 10:37, 23 Ago 2024

O mercado de trabalho em Portugal tem rejeitado cada vez mais jovens recém-licenciados ou diplomados, indicou esta sexta-feira o 'Diário de Notícias': 18% desses jovens recentemente formados – cerca de 240 mil com qualificações mais elevadas – estavam excluídos do mercado de emprego no ano passado.

Alás, a taxa de emprego destes jovens – com entre 20 e 24 anos, que terminaram o ensino superior há menos de três anos – tem recuado nas últimas duas décadas, tendo-se fixado em 82% da respetiva população em idade ativa, segundo dados do Eurostat, divulgados esta semana. A esmagadora maioria deste grupo encontra-se desempregada: segundo o inquérito trimestral do INE, há 150 mil jovens sem trabalho. Os restantes 90 mil devem estar numa situação de inatividade, podendo uma parte ter voltado aos estudos superiores, como pós-graduações, doutoramentos, entre outros.

De acordo com a agência europeia de estatísticas, em 2003, Portugal era o 11º melhor neste ranking europeu, com um taxa de emprego de 82,7%: até 2023, o declínio foi substancial, surgindo agora como o 9º pior ao nível de empregabilidade dos recém-diplomados mais jovens. Portugal surge abaixo da média europeia, que em 2023 se cifrou em 83,5% (Portugal regista 82,4% de empregados no total da população ativa com idades entre 20 e 34 anos e um diploma superior obtido há menos de três anos.

https://executivedigest.sapo.pt/noticias/mercado-de-trabalho-rejeita-cada-vez-mais-jovens-recem-licenciados-portugal-tem-um-dos-piores-registos-da-ue/

Precisamos é de "salvadores da segurança social", não de pessoas qualificadas. O que seria de nós sem alguém que viesse entregar comida a casa, morria tudo à fome, ou sem "campistas" espalhados pelas cidades, essas perdiam o seu encanto!
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ricardonunes

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Re: Unir os Pontos
« Responder #1190 em: Agosto 30, 2024, 06:39:07 pm »
Potius mori quam foedari
 

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Re: Unir os Pontos
« Responder #1191 em: Setembro 01, 2024, 03:52:32 pm »

O controle das redes sociais e o caso brasileiro.  Das Net's:

"Por decisão de um juiz brasileiro do Supremo Tribunal Federal o X (twitter) está desde a meia-noite banido no Brasil. A recusa de Musk em permitir que o regime brasileiro determinasse quem poderia usar a plataforma e o que ali poderia ser escrito levou a este desfecho.

Assim, o Brasil junta-se agora à lista de países onde o X, pelas mesmas razões mas justificadas com argumentações diversas, está proscrito, onde se conta a Rússia, a China, o Irão, a Venezuela e mais uns quantos desses que fazem parte do que alguns consideram a “alternativa multipolar” ao Ocidente.

Mas o regime brasileiro foi até mais longe do que muitos outros desses Estados, já que decretou uma multa diária de 50.000 reais a todos os que tentassem usar o X servindo-se de uma VPN. É uma descarada e vergonhosa exibição de poderio totalitário sobre os seus cidadãos.

O que se passa no Brasil é extremamente grave, não só pela sorte do país em si, mas porque o que ali está a ser tentado funciona como um tubo de ensaio para a Europa e os EUA, onde os cidadãos se arriscam a serem alvo do mesmo tratamento a muito breve trecho.

Na Europa, através do Digital Services Act, de que já falámos, a pressão e as ameaças ao X de Musk sobem de tom e vão se tornando cada vez mais recorrentes. E já tivemos recentemente na Europa o precedente, de duvidoso fundamento, da proibição de difusão da RT e de outros Media do Estado russo, aos quais os cidadãos europeus ficaram impedidos de aceder sem a utilização de VPN’s. Para que medidas destas se repitam e alastrem a outros alvos, basta apenas que se criem as condições e as narrativas apropriadas.

Já nos EUA, a vitória dos democratas nas próximas eleições trará consigo um risco sério e inédito contra a liberdade de expressão dos seus cidadãos. O respiro que a constituição norte-americana garante contra as narrativas do sistema global é algo com que os poderes vigentes lidam muito mal e que desde há muito tentam subverter e contornar, devidamente amparados por campanhas de justificação que crescem nos meios de comunicação social e que repetem, dia apás dia após dia, que a liberdade tem de ser moderada.

Kamala Harris já explicou que não se pode permitir que milhões de pessoas usem as redes sociais para falarem sem a devida “supervisão” e o seu candidato a vice-presidente, Tim Waltz já disse que não pode haver liberdade de expressão para a “desinformação, o ódio e a crítica à nossa democracia”.(1)

Por isso o Brasil e o que agora ali se passará, funcionará como tubo de ensaio para medidas a aplicar a outras geografias.

É importante perceber que muitos Think Tanks e ONG’s brasileiras que foram nos últimos anos criando o clima de pressão sobre a liberdade de expressão que redundou nesta decisão, foram financiadas por fundos governamentais norte-americanos. (2)

OS EUA e os lacaios europeus funcionam desse modo, queixam-se de restrições à liberdade quando estão em causa regimes que não estão alinhados com os seus interesses geopolíticos mas depois, quando têm no poder os seus proxies de serviço começam a defender a necessidade de supervisionar a liberdade de expressão, rapidamente transformada em ameaça à democracia e disseminação de desinformação, porque aí já não é do seu interesse que a oposição possa exprimir-se livremente.

É por isso que no Ocidente as condenações institucionais e mediáticas ao que aconteceu no Brasil, são inexistentes ou tímidas.

Tudo é avaliado não em função de valores éticos mas de interesses particulares: este governo desafia a moral do sistema global (por ex. a Hungria)? Se sim, dissemina-se uma narrativa que fala de restrições à liberdade de expressão e riscos para a democracia …este governo alinha-se com os valores do regime global? Se sim, então vamos defender a necessidade de moderar a liberdade de expressão para defender a democracia e proteger a verdade.

E os Media? Na maioria mantêm-se como ratos coniventes perante tudo isto. Imaginem as nossas televisões, imaginem apenas, se algo deste tipo fosse decidido por um governo “populista” ou de “extrema-direita”, como eles classificam os partidos de Bolsonaro, Ventura, Trump, Le Pen ou Orban (com as devidas e muitas distâncias que na verdade separam essas pessoas e organizações).Imaginem apenas o escarcéu infindável nesses “Órgãos jornalísticos”, as aberturas de telejornais, os especialistas, os debates infindáveis, o mantra do risco para democracia…assim, como foi a determinação de um governo dos “bons”, tudo está bem, tudo isto é feito pelo melhor e para proteger os cidadãos.

(1) https://twitter.com/CollinRugg/status/1829662850677424326
(2) https://twitter.com/MikeBenzCyber/status/1829630737911595453"



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Re: Unir os Pontos
« Responder #1192 em: Setembro 01, 2024, 05:23:44 pm »
https://observador.pt/opiniao/acordar-para-os-perigos-do-wokismo/

  Acordar para os perigos do wokismo

O wokismo vigia a linguagem, controla os gestos e os comportamentos, aponta o dedo, tem uma natureza inquisitorial. O woke típico é um radical intransigente e implacável. O woke típico é um tirano.

01 set. 2024, 00:44

“Woke”, cultura “woke”, “smo”… o que é?

O termo “woke” surgiu na comunidade afro-americana, no seio do movimento por ela criado que se propunha lutar contra a segregação racial nos Estados Unidos. A origem da palavra “woke” (tempo passado do verbo wake, despertar) surge de uma expressão utilizada pelos negros norte americanos quando estes perceberam que a luta pelos direitos civis e pela igualdade racial não estava, sob o ponto de vista legislativo, a tornar-se tão efectiva quanto o desejável. Era preciso estar alerta, e despertar para esse facto. Começaram, então, os negros a dizer entre eles “stay woke, stay woke”, mantém-te desperto, mantém-te alerta. Esta temática, em toda a sua complexidade, gera actualmente uma verdadeira batalha cultural e política nos EUA.

Este movimento partiu de uma necessidade legítima e justificada que se podia descrever como o estar acordado, desperto perante as injustiças que então havia e que, lamentavelmente,  ainda estão presentes na sociedade norte americana. Em 2017, o dicionário inglês Oxford acrescentou este novo significado, “woke”, definido como: “estar consciente sobre temas sociais e políticos, especialmente o racismo”.
Esta corrente de ideias, impulsionada pelo movimento Black Lives Matter, e também pelo impacto global da morte de George Floyd (vítima de brutalidade policial e, de acordo com muitos, vítima do racismo sistémico da polícia americana), disseminaram-se e tiveram uma grande repercussão, particularmente na última década. Contudo, o tempo foi mostrando que os valores fundadores que lhe deram origem foram-se perdendo, subvertendo, foram cavando trincheiras e, finalmente, transformaram-se numa espécie de caricatura dessas boas intenções iniciais. As sensibilidades dividem-se; temos o habitual grupo, por ventura maioritário, algo alheado, desinteressado, que pouco ou nada sabe do assunto; um segundo grupo, para os quais, ser woke é ter consciência social e racial, ser woke é pôr em causa padrões e normas injustas e discriminatórias, historicamente impostos pela sociedade. Finalmente, temos o grupo que considera que o termo woke descreve um grupo de indivíduos autoritários, intolerantes e hipócritas que se auto classificam como moralmente superiores mas que querem impingir, à força, as suas ideias progressistas sobre os demais.

“Wokismo”, numa prespectiva político-histórica

Alguns autores defendem que a ascenção do wokismo, para muitos, um típico produto americano fast food, surge da necessidade que o movimento comunista, e uma certa esquerda – entretanto aburguesada, chique, caviar… perante o colapso da União Soviética e da queda do Muro de Berlim – teve de se regenerar e reinventar. E para que tal fosse viável, seria necessário criar novos actores políticos, novas causas, novas bandeiras… tais como o racismo, os movimentos LGBT+, o feminismo radical, o clima, os direitos dos animais. Claro que todas estas causas são importantes e legítimas na sua justa medida; claro que muitas pessoas lutam e acreditam verdadeiramente que estão a defender princípios e valores, mas, lamentavelmente, muitos dos seus ativistas (aqueles que vandalizam obras de arte, cortam estradas ou agridem pessoas públicas, por exemplo) ao radicalizar e hiper ideologizar as suas posições, acabam por trair as causas iniciais, revelando, deste modo, que estão mais preocupados com agendas político-partidárias e interesses particulares do que propriamente com a genuinidade e autenticidade das causas e valores que os deviam, supostamente, mover.

Numa perspectiva social

Já numa perspectiva sociológica, os wokes seriam, de acordo com o filósofo Pondé, uma espécie de “fetiche do capitalismo”. Quando o wokismo percebe que nada de concreto pode fazer para enfrentar o incontornável capitalismo, ele cria, ainda segundo este autor,  “um discurso engomadinho, arrumadinho de filho de papá, frequenta as melhores universidades (caras e famosas, se fôr nos EUA)” … e então, para poder continuar a agitar bandeiras de esquerda ele migra dos temas sócio-económicos para os temas culturais, comportamentais, raciais, de género, da família, de sexualidade. O woke é, então, segundo Pondé “o nicho de mercado comportamental e de produtos culturais dentro do capitalismo”.

O wokismo é um fenómeno maioritariamente estudantil, universitário (também pode haver pais e mães wokes). São gente de classe média, média-alta, e “rasgam as vestes” contra o racismo, o machismo, a lgbtfobia. Já no manifesto comunista de 1843, contudo, Marx e Engels tinham percebido que havia um risco do discurso socialista se transformar num fetiche de rico. E foi isso, de acordo com alguns autores, que aconteceu.
Uma das características mais típicas deste movimento é a sua visão antipluralista e antidemocrática, muito contraditória à diversidade de ideias e opiniões, que tanto apregoam. O wokismo, de facto, vigia a linguagem, controla os gestos e os comportamentos, aponta o dedo. E decorrente disto, torna-se quase uma obrigação e uma necessidade permanente estar a provar continuamente que se não é racista, machista, homofóbico, ou qualquer outra fobia equivalente. Ou seja, o ambiente woke tem então esta natureza algo inquisitorial. O woke típico é, então, um radical intransigente e implacável (claro que ele acha que não) mas, paradoxalmente, moderno, cool, tecnológico, com roupa solta, relativista, eficaz e desenrascado. O woke típico também anda de bike, separa o lixo e, para ajudar a salvar o planeta, não desperdiça a primeira água fria do duche, recolhendo-a orgulhosamente para um balde. O woke típico é um autoritário… mas de marca!

O Movimento woke surgiu com o foco na luta pela igualdade e pela justiça social mas, ao tentar definir-se e formular-se filosoficamente, foi-se desviando das suas motivações iniciais. Foi capturado pela filosofia pós moderna, da qual, Michel Foucault é um dos seus expoentes. Michel Foucault foi um filósofo francês, que defendia não ser possível a existência de uma verdade, já que “a verdade é aquilo que o Poder diz que é verdade”. A partir do momento em que o poder se sobrepõe à verdade, o movimento woke começa a separar-se, a construir trincheiras, a acentuar tensões e divisões. Matin Luther King defendia que brancos e negros deviam ter os mesmos direitos, e o errado estava precisamente na segregação existente. Já o movimento woke, contrariamente, passou a considerar a segregação como algo a preservar e defender, pois quando o Homem branco fala em igualdade o que verdadeiramente o motiva é que os negros se resignem e percam a sua identidade. Falar em igualdade seria, então, de acordo com este movimento, um ataque à cultura e identidade negra.

Em 1935, antes da Segunda Guerra Mundial, vários ideólogos marxistas (da famosa Escola de Frankfurt…) emigraram para os EUA e instalaram-se em várias universidades americanas, difundindo as suas correntes de pensamento e gerando vários discípulos e seguidores. Estes ideólogos, contudo, deram-se conta de que o conceito da “luta de classes”, tema central do pensamento marxista, não tinha qualquer viabilidade nos EUA, pelo que optaram por mudar de estratégia. Primeiro, começaram pelas questões da discriminação racial, depois de género, evoluindo, na actualidade, para o denominado movimento woke, ou ideologia woke.

Já num outro campo, constatou-se uma mudança de paradigma na relação do indivíduo com os dramas da existência. Desde sempre, de acordo com o escritor Manuel de Prada, na tradição cristã, a pessoa aceitava e resignava-se com as normais dificuldades pessoais, com as desgraças e sofrimentos inerentes aos desafios que a vida sempre traz; em contrapartida, era sensível aos infortúnios do seu semelhante, do seu irmão, do seu próximo, do seu vizinho. Determinadas ideologias, como a ideologia woke, conseguiram alterar e desviar o “foco”. Ou seja, a pessoa passou a revoltar-se contra os seus desastres e frustrações pessoais, isto é: “Não aguento os meus pais, coloco-os num lar; não aguento a minha mulher, divorcio-me; não aguento estar grávida, faço um aborto; não aguento ter seios, corto-os e converto-me num homem; não aguento ter pénis, corto-o e converto-me em mulher;  não aguento mais a minha vida, faço então a eutanásia, o suicídio”. Ou seja, as ideologias colocaram o Homem contra si mesmo e, em contrapartida, tornaram-no insensível perante as desgraças dos seus semelhantes. A necessidade de o ser humano se transcender, de ir ao encontro de algo que está para além dele, a tendência natural para a entreajuda e solidariedade é algo natural e estrutural da natureza humana. A ideologia woke (e outras…) criou e potenciou um conjunto de causas absurdas (pelo menos na sua formulação hiper politizada e ideologizada), impossíveis de “dar resposta”, algumas delas contra a própria natureza humana. Frequentemente, têm mais a ver, não propriamente com o amor ao próximo (repito, nas suas formulações mais radicais), mas com o amor, mais ou menos abstrato, à Humanidade. Um personagem dos “Irmãos Karamazov” de Dostoievski, citado pelo mesmo autor, bem nos relembra: “Dei-me conta de que quanto mais amo a humanidade menos tenho amor aos homens em concreto”.


Numa perspectica teológico-cristã


A cultura woke tem também, de acordo com o historiador JP Coutinho, uma dimensão religiosa: “É uma espécie de religião para pessoas que deixaram de ter religião”. Vários aspectos da cultura woke, ainda de acordo com o mesmo autor, têm como referência, curiosamente, as estruturas tradicionais da religião, particularmente do Cristianismo.
E tal como no cristianismo, na cultura woke existem os sacerdores e santos que apontam o caminho a seguir. Temos figuras como Kimberlé Crenshaw (o autor do conceito de “interseccionalidade”); Nikole Hannah-Jones (escravatura africana nos EUA); Robin DiAngelo (conceito de “fragilidade branca”), Kendi (conceito de “anti-racismo”), e ainda nomes mais mediáticos  como os de Ópera Winfrey ou Greta Thunberg. O movimento woke faz uma crítica revisionista do passado, reinterpretando e, frequentemente, distorcendo na medida dos seus interesses, determinados factos e acontecimentos da História. Esta prática estende-se também à Igreja, à sua doutrina, à sua teologia, através de uma nova interpretação, isto é, de uma nova hermenêutica dos textos religiosos ou filosóficos. Esta “nova Teologia Woke” é uma espécie de “parasita espiritual”, pois precisa de uma teologia oficial para a poder penetrar, reinterpretar e, finalmente, subverter o seu conteúdo milenar. Não será, em muitos casos, uma mera questão semântica pois ela pretende, efectivamente, alterar aspectos centrais da doutrina, mudando comportamentos
e práticas. Vejamos, de acordo algumas reflexões sobre esta temática, alguns exemplos desta nova hermenêutica. O Pecado original, já não é o pecado de Adão e Eva; de acordo com a nova abordagem, o pecado original é agora o “privilégio branco”, é o próprio racismo e o patriarcado; o pecado original será o não fazer parte de qualquer minoria. Ou seja, se o indivíduo nasceu branco ele já é culpado pela escravidão. O Arrependimento, deixa de ser o sentimento de culpa por algum pecado cometido, por alguma injustiça ou mentira perpetrada; o arrependimento é agora o sentimento de culpa pelos privilégios de homem branco e hetero. Resta ao pobre indivíduo passar o resto da vida a pedir desculpas, e a alinhar-se com mensagens e rótulos anti-racistas e anti-machistas. A Fé é agora acreditar cegamente no progressismo, numa certa visão sentimentalista e emocional da História, e do próprio Homem. O Amor, sim, mas direccionado para as pessoas que são oprimidas. A Ressurreição tem agora a ver com fazer renascer os que são vítimas das injustiças, da desigualdade, da opressão. A Santificação:  o santo é agora aquele que luta pelas causas, é o activista identitário. A heresia é agora negar que existe opressão, que existe discriminação sistémica; heresia é proferir qualquer crítica a grupos LGBTQ+, ou a condutas de qualquer minoria. A Disciplina da igreja: a disciplina implacável desta nova teologia é agora o Cancelamento!


Cultura Woke e a “Jornada do Herói”

Séries, actores, filmes e heróis, estão a ser desconstruídos, manipulados ou mesmo cancelados (veja-se o actor Jim Cazievel, que protagonizou A Paixão de Cristo, de Mel Gibson). Por esta via, estão a ser transmitidos às crianças, valores, juízos, padrões, concepções e visões de mundo… como se a algo ou a alguém tivesse sido atribuído qualquer tipo de incumbência para tal. Valores civilizacionais como o passado, a herança dos sábios, o sentido do legado, o papel da religião, o bem e o mal, o certo e o errado, o que é o homem, o que é a mulher, etc, etc… estão a ser transmitidos às novas gerações de forma parcial e incompleta, enviezada, hiper ideologizada e perversa, nalguns casos. São múltiplos os exemplos de cancelamento: Bob o Construtor, Ghostbuster, Toy Story, Scooby-doo, He-men, Matrix-ressurecion, 007 (quem precisa de um 007?). Star Wars é um dos grandes exemplos de desconstrução, assim como o Indiana Jones. Há um ódio incompreensível contra tudo o que é masculino, contra a figura dos homens, e também contra tudo o que é feminino. De acordo com esta nova “religião”, é necessário limpar dos filmes tudo o que é masculino e feminino. A cultura woke é absolutamente contra o conceito do Herói, da denominada “Jornada do Herói”; ela quer fazer desaparecer  a dinâmica desta jornada: todo o conceito de transformação e crescimento pessoal, de provação e mudança, desafios e aventura, e da incontornável figura do Mentor. Lamentavelmente, já não existe o velho professor Miagi, professor da “velha guarda”; também Rocky Balboa e Indiana Jones são velhos falhados (veja-se os últimos episódios das sagas); não pode haver o Tio Ben, do Homem Aranha, e porquê? Porque ele era um velho mentor, reaccionário a dizer coisas reacionárias, tais como “mais poder obriga a maiores responsabilidades” (que coisa terrível). Ou seja, os protagonistas, são agora todas mulheres, autodidatas (não precisam de mentor), e todas mais fortes e mais inteligentes que os homens. É muito triste que os nossos jovens já não procurem o testemunho de pessoas sábias do passado; curiosamente, a inexistência do mentor gera a falta de respeito pela figura do mestre, dos pais, do idoso, do padre, do professor, do irmão mais velho.

Outro aspecto importante deste arquétipo feminino da cultura woke é que a mulher não pode ser mãe! E também não pode ser esposa, não se pode apaixonar; não pode ser frágil; também não é filha, pois teria de existir um pai, uma mãe, uma família… e tal não é desejável, tal é opressor, anacrónico, medieval. Também não pode ser aluna, pois isso implicaria, como referido anteriormente, ter um mentor; e um mentor é alguém mais velho, mais experiente, com uma história e um legado a transmitir (olha que coisa tão retrógrada, tão reacionária). Finalmente, que pessoa sã, que pessoa comum, razoável, sensata…  se consegue relacionar e identificar com “esta mulher”?



Considerações finais


A ideia de inclusividade total é uma aspecto estruturante e central na cultura woke. Mas ela é de tal maneira forçada, ilógica e tão falha de racionalidade, que se torna extremamente irreal e artificial. Um movimento em que as diferenças raciais, sociais, de capacidades, de estatura, de peso corporal, de estatura, de cabelo, de etnia, etc… são elevadas ao patamar do “elemento mais importante” (e por isso mesmo, todas elas têm obrigatoriamente de estar incluídas, integradas, representadas, sob pena dos seus titulares se sentirem excluídos, discriminados, oprimidos), é uma ideia totalmente absurda, ela própria, sim, de teor racista e discriminatório. E esta é uma posição de fundo que caracteriza lamentavelmente uma boa parte do wokismo. Os activistas wokistas pretendem alertar e despertar grupos, supostamente discriminados e oprimidos, para que os mesmos se possam unir e lutar contra os seus opressores. Promovem a utilização da chamada linguagem inclusiva e neutra; apoiam o aborto, a eutanásia e a ideologia de género, com todo o inabarcável universo de desconstruções e respectivas consequências.
A inclusão, igualdade e justiça social são, então, conceitos centrais no wokismo mas, numa atitude totalmente contrária a estes valores, cancelam pessoas que discordam das suas ideias e posições. Com o sentimentalismo e a hipersensibilidade social que caracterizam a sociedade contemporânea, os wokistas sentem-se discriminados e ofendidos com “qualquer coisa”, com a mínima pergunta, gesto, comentário ou publicação. De imediato, para além de construirem uma narrativa onde expressam a repulsa pela ofensas recebidas (sejam estas reais ou percebidas) procuram, ainda, apontar, identificar e mesmo castigar aqueles que consideram responsáveis pelas mesmas. Recorrem, quando se sentem ofendidos, a um mecanismo que se denomina de Cancelamento, e às pessoas canceladas, são fechadas as portas nos media, na universidade, nas artes, nas redes sociais, na vida profissional e pasme-se, nalguns grupos dentro da própria igreja. O facto de a cultura woke estar a ficar cada vez mais explícita pode ser uma vantagem; é preciso então despertar, estar alerta, estar acordado; “stay woke, stay woke”!
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Re: Unir os Pontos
« Responder #1193 em: Setembro 17, 2024, 11:37:46 am »
Leaked Files from Putin’s Troll Factory: How Russia Manipulated European Elections

Leaked internal documents from a Kremlin-controlled propaganda center reveal how a well-coordinated Russian campaign supported far-right parties in the European Parliament elections — and planted disinformation across social media platforms to undermine Ukraine.

In a video resembling a movie trailer, the head of Russia’s secret propaganda project, Ilya Gambashidze, removes his sunglasses and sits behind a computer, wearing a camouflage-patterned hoodie with the words “Russian Ideological Troops” spelled out on his sleeve. Text flashes on the screen: “Narrative production, content creation, 300 media outlets, 20 think tanks…” The video, part of a leak from Russia’s IT organization Social Design Agency (SDA), appears to be aimed at partners interested in their information operations services.

“Gambashidze is responsible for numerous projects in various countries,” a source connected to EU intelligence told us. The organization and Gambashidze are already sanctioned both in the EU and the U.S.

Amid the ongoing full-scale war in Ukraine, the Russian presidential administration has emerged as a key client of SDA.  Recently, the U.S Department of Justice and FBI revealed that Russian officials, including Sergei Kiriyenko, the Russian presidential administration’s chief of staff and often referred to as Vladimir Putin’s right-hand man, have attended several project meetings with Gambashidze. (We exposed his role in supervising influence operations in our previous investigative series, #KremlinLeaks). Sofia Zakharova, another staffer in Putin’s administration, is also a frequent participant in these meetings.

“Between April 2022 and April 2023, Gambashidze took notes related to at least 20 Russian Presidential Administration meetings,” the U.S. affidavit claims, citing several documents that are now also available to VSquare.

The leaked documents, comprising thousands of files from SDA servers, were obtained by Delfi Estonia, Süddeutsche Zeitung, NDR and WDR, who shared the data with international partners: De Standaard, NRC, Schemes, Shomrim, DR, Profil, Dossier Center, FRONTSTORY.PL and VSquare. The latest FBI files on Russian influence operations correspond with the data from the leak, and refers to the SDA as “a public relations company, specializing in election campaigns, with deep ties to the Russian government.”

The leak reveals how the SDA operates as a center for psychological warfare. Its “army” consists not of soldiers, but of meme creators and internet trolls. According to internal records, the agency employs “ideologists”, eight “commentators,” and a “bot farm operator.”

The scale of disinformation production is astonishing. A leaked report claims that in the first four months of 2024, the SDA’s bot army, dubbed the “Russian Digital Army,” generated 33.9 million comments. They also claim to have produced 39,899 “content units” on social media, including 4,641 videos and 2,516 memes and graphics.

Clear quotas are set. For example, in one project targeting Germany and France, the quotas were as follows: “Cartoons – 60 units. Memes – 180 units. Article comments – 400.”

There are hundreds of examples of memes in the leaked documents, some of which were created by cartoonists employed by the SDA.

In internal discussions, those involved do not shy away from admitting that they are producing fake news and disinformation. Elections in Europe and the U.S. are the primary targets.

“The European Parliament elections are in the summer of 2024. Critical milestones are approaching in 2024, including the Bundestag elections and the U.S. presidential election. The outcome of these campaigns will largely determine the West’s future sanctions policy towards Russia and support for Ukraine,” reads one document outlining the focus of these information operations.

The Russians remain optimistic about shifting Western public opinion on Ukraine.

“Public opinion in the project’s target countries is gradually moving towards reducing or completely stopping support for Ukraine,” a document reads.

The leaked files include detailed reports on the thousands of fake comments made in various countries, along with instructions on how to craft such comments.

“Write a comment from a 38-year-old German woman, who believes Germany is losing its main source of income: industry and a strong economy – we must stop wasting money on Ukraine and return to cheap Russian energy!.” one document offered as instruction.

Similar instructions were written for “commenters” aiming at a U.S audience: “Write a 400-character comment from a 38-year-old American woman, who believes military aid to Ukraine and Israel should be cut. Zelensky is wasting taxpayers’ money!”

A similar narrative was crafted to target Poland’s online space: “Write a 400-character comment from a 38-year-old Polish woman, who believes the government is to blame for the country’s rise in food prices. Poland is flirting with Ukraine, it has allowed a million Ukrainian migrants to settle in Poland taking jobs and receiving benefits, it can’t even solve the Ukrainian grain issue to protect its farmers! As a result, ordinary citizens who love this country and pay taxes suffer. This is not good for anything!”

The “Ukrainian grain issue” mentioned in the comment was heavily amplified by the Russian propaganda machine before the EU elections, presumably to sow division between Poland and Ukraine and undermine solidarity with Ukraine.

Undermining the European Parliament
One goal of Russia’s influence operations, according to the leaked records, is to bolster far-right parties in Western Europe, in the hope that these parties will oppose aid to Ukraine and sanctions on Russia.

According to the documents, Russian operatives thought that the far-right Identity and Democracy (ID) parliamentary group’s success in the European Parliament would benefit Russia. (ID was dissolved after the European elections.)

“Proposal: conduct a comprehensive counter-campaign against liberal globalists, their platform and prominent representatives before the elections to the EP in the countries with the largest representation in this electoral body – Germany, France, Spain, Italy, Poland,” states a project document preparing for elections. It also notes that over half of European Parliament seats belong to these countries, making them key targets.

The document outlines four key narratives to promote. For example: “Liberals and globalists spread fear and want us to panic. We must fear war, climate disasters, viruses, a Russian attack. Through fear, they seek our submission. Additionally, they aim to exploit contradictions around family values, LGBT rights, and the economic uncertainty caused by the war in energy and agriculture.”

The toolkit to achieve these goals includes: [working] in comment sections; memes, videos, cartoons; threads on social media; fakes, street art.

Several documents confirm that the SDA was particularly active in Germany, supporting the far-right Alternative for Germany (AfD) party.

“Our opinion leader became the deputy leader of the AfD faction!” reads one Russian meeting memo, though it doesn’t specify who is being referenced.

The Russians also note that AfD’s 2024 election program can be seen as a key Russian strategic narrative: “It is worth noting that AfD’s program for the 2024 elections states that the cause of the Ukraine conflict is ‘the dominance of non-European powers.’ These powers are blamed for ‘dragging European countries into conflict,’” describes a project document.

Another document reveals that the project’s success is gauged by the popularity of the Alternative for Germany (AfD) party. According to a document listing “key performance indicators,” the project could be considered a success if the AfD were to poll at 20 percent. Other public polls are also used to measure successes in target countries. “Growth of the number of Germans unwilling to sacrifice their well-being for the sake of victory – 55 percent,” says one document.

Talking points are proposed to achieve those aims. For example: “The U.S is waging an economic and hybrid war against Russia at the expense of Germany. Anti-Russian decisions by NATO and the EU harm Germans first and foremost.”

Metrics for success are similar in France: The National Rally (previously known as National Front) should be polling at 20 percent and “the number of French people who do not want to sacrifice their well-being for the sake of victory over Russia/for the sake of Ukraine should exceed 44 percent.”

After the European elections, the SDA evaluated its success. In this post-election analysis, it took notice of the increase in right-wing representatives in the European Parliament.

“Thus, we can state a serious success of the campaign in social networks,” they concluded.

However, the same document warns that the success of the far-right in the European Parliament does not necessarily translate into success for Russia. As a cautionary example, it cites Giorgia Meloni’s “hawkish” stance (she has been a vocal supporter of Ukraine) and notes that Marine Le Pen’s support is also not without complications as Le Pen publicly applauded Zelensky during his visit to Paris, which did not go unnoticed by the Russians.

“Overall, though, the general success of the far-right in the European Parliament elections is perceived globally as a success for Russian foreign policy and, moreover, for Russian propaganda,” the document states.

Planting fakes for useful idiots
The SDA isn’t only generating comments for non-existent 38-year-old women in Germany and America. Its employees also fabricate Ukrainian documents and official quotes to be disseminated through the media. For instance, SDA created forged documents and quotes related to the crash of an Il-76 plane in Belgorod in January 2024. Russian propaganda claimed at the time that this plane was carrying 65 Ukrainian prisoners of war and blamed Ukraine for shooting it down. These “fakes,” as the SDA itself calls them, were created to persuade the public that Ukraine was hiding that fact. A document titled “Register of Fakes and Doppelgangers” details 73 instances where the SDA created disinformation for distribution.

“Our new team fabricated a story about child abductions. The Americans seriously published it. That’s a success!” boasted Sofia Zakharova, who is associated with the Russian presidential administration. This comes from an SDA meeting protocol from September 2023.

A few weeks before this meeting, information began circulating on Telegram channels about Ukrainian children whose organs were being sold on the dark web. Some of the reports weaving their way through social media blamed the “Kiev regime” orchestrating child evacuations. This claim was meant to mirror the allegations made by the International Criminal Court against Russian President Vladimir Putin and the head of the Russian child deportation program in Ukraine, Maria Lvova-Belova.

Soon, this disinformation narrative was even spread by some U.S. politicians, such as Republican Representative Marjorie Taylor Greene, a congresswoman from the state of Georgia.

The SDA team also highlights Greene in a U.S.-focused document, explaining how their information operations are picked up by influential figures in the U.S. The document includes a link to an article from Breitbart, a far-right U.S. news outlet, in which Greene indicates that weapons supplied by the United States to Ukraine have reached Hamas.

The same document indicates that reducing U.S. support for Ukraine can be achieved by contrasting it with the American economic situation.

“The question ‘where is our money going?’ should be the most frequent in the comments section,” the document says.

“The Other Ukraine”
One notable project has a code-name “The Other Ukraine” and is aimed at Ukrainians in the Western Europe, Russia and Ukraine itself.

“Another Ukraine” has been associated with exiled Ukrainian oligarch and close friend of Putin, Viktor Medvedchuk, in media reports before. Leaked documentation now suggests that the project is aided and orchestrated also by SDA.

Medvedchuk’s association can also be seen in the documents, according to which the project aims to “position Viktor Medvedchuk as a consistent fighter for a peaceful future for Ukraine.”

“There is an alternative to war. Medvedchuk talks about peaceful dialogue as an alternative to a possible nuclear war,” the document says.

The project proposes to use Ukrainian language for propaganda purposes.

“A full-fledged information agency aimed at Ukrainians and operating within the framework of the ideology of the ‘Other Ukraine’ must appear in the information space,” a project document indicates. “This source should ensure the loyalty of the ‘new Russian Ukrainians’ to the President of Russia and active support for his policies.”

A comprehensive table with a detailed media plan follows: it says what  texts, videos, infographics and photos should be produced and released and how often. For example, the instructions call for “comments in support and defense of and the quota is set to 300 comments per day.

According to Ukrainian prosecutors, as well as European security agencies, Medvedchuk is also associated with the Voice Of Europe scandal: MEPs were paid to disseminate Russian propaganda; several participated in activities organized by pro-Russian media outlet Voice of Europe, which was used to funnel the money. After the network’s associates in the Czech Republic and Poland (where authorities seized €48,500 and $36,000) were arrested, the outlet and connected businessmen were sanctioned by the EU. Later, Belgian police raided the EU Parliament office and private home of an assistant to an MEP who worked for the far-right Alternative for Germany (AfD) party and received Russian money through the Voice of Europe network.

An EU intelligence source claims both projects were actually prepared in the Kremlin.

“The Other Ukraine and Voice of Europe were developed in early 2023, in Russia’s Presidential Administration, in the office of Sergey Kiriyenko,” the source says.

Info ops center in Kaliningrad
In a document titled “Information operations project office Baltics,” the SDA considers the creation of a center in Kaliningrad, which would focus on the Baltic states, Poland and Germany.

“Thanks to its geographical location and historical cultural ties with Europe, Kaliningrad Oblast is the most convenient springboard for organizing and conducting information operations in EU countries,” the document states.

The project names the following objectives: spreading Russian narratives; influencing political and economic decisions; influencing electoral processes; forming groups and networks of supporters; promoting the interests of Russian business; and creating a system for the promotion of the Russian agenda in the media and social networks.

The documents outline the new institution’s structure, including units such as an analytical monitoring center and content center; IT and IS division; legal expertise center; and translation bureau.

Several documents mention Poland, one of the main targets for the SDA’s manipulative efforts. Among them is a note on the likely results of the MEP elections. The memo proposes a “counter-campaign” against the “liberal globalists.”

The SDA also monitors the Polish media space and searches for divisive statements. One such report quotes Krzysztof Bosak, deputy speaker of the Sejm and leader of the far-right Confederation, whose statements on Israel triggered a public clash with theIsraeli ambassador to Poland.

Rest of the world in sight
The examples above are still only a fraction of the SDA’s operations. There are numerous campaigns with different aims in different countries. The DOJ affidavit mentions four different projects aimed at the U.S alone.

A campaign separate from “The Other Ukraine” suggests dividing Ukraine into 20 regions and preparing information operations for each region. “50,000 comments in 20 regions of Ukraine per month,” the document says.

Israel is another target.

“Currently, the situation in the State of Israel seems very favorable for starting a serious project to influence public opinion. The goal of such influence should be to tear Israel out of the general Western anti-Russian agenda,” a project document titled “Normal Israel” says. Again, quotas for comments, texts and memes are provided.

“SDA records also revealed its planning of campaigns targeting foreign countries, including Mexico and Israel, with the intent that those efforts would influence associated ethnic or religious groups residing in the United States,” the DOJ affidavit says.

Separate objectives are set for Eastern Europe and Central Asia.

The need to “neutralize external pressure on the political leadership of these countries by mobilizing the public to support initiatives that run counter to the interests of the United States and its allies” is mentioned in a document in regard to Moldova, Georgia, Armenia, Azerbaijan, Kyrgyzstan, Uzbekistan and Turkmenistan. “Such mobilization must be carried out through information impact on national audiences,” the document reads.

Gambashidze, The Russian presidential administration and Medvedchuk didn’t provide answers to our questions.

Marta Vunš (Delfi Estonia) contributed to reporting.

https://vsquare.org/leaked-files-putin-troll-factory-russia-european-elections-factory-of-fakes/
« Última modificação: Setembro 17, 2024, 11:39:16 am por Cabeça de Martelo »
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Re: Unir os Pontos
« Responder #1194 em: Setembro 27, 2024, 07:42:48 am »
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Re: Unir os Pontos
« Responder #1195 em: Setembro 27, 2024, 05:24:33 pm »


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Re: Unir os Pontos
« Responder #1197 em: Setembro 28, 2024, 12:29:37 pm »
O PCP criou o Partido "os Verdes" para usar a desculpa da ecologia conseguir angariar mais votos e ter mais poder de pressão sobre os vários governos.

O BE criou o Climaximo com o mesmo propósito e além disso tem um grupinho totalmente radicalizado para qualquer trabalho sujo.

Onde o PCP falhou eu acho que o BE vai conseguir.

Estas criaturas de ecologistas têm pouco ou nada, querem é protestar, criar tumulto na sociedade.
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Re: Unir os Pontos
« Responder #1198 em: Setembro 28, 2024, 02:01:48 pm »
O PCP criou o Partido "os Verdes" para usar a desculpa da ecologia conseguir angariar mais votos e ter mais poder de pressão sobre os vários governos.

O BE criou o Climaximo com o mesmo propósito e além disso tem um grupinho totalmente radicalizado para qualquer trabalho sujo.

Onde o PCP falhou eu acho que o BE vai conseguir.

Estas criaturas de ecologistas têm pouco ou nada, querem é protestar, criar tumulto na sociedade.

O mais hilariante é tratarem o mentor dos animais como uma figura muito responsável e respeitada
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