Caro Nelson 38899,
Em relação à sua primeira questão, depois de uma investigação aprofundada concluí que, apesar de haver laços de estreita amizade entre D. Afonso I e a Ordem do Templo, nunca o nosso primeiro rei chegou a ser cavaleiro templário. Há versões de que teria pedido a admissão, mas que não teria sido aceite. O certo é que, tendo ambições à nova coroa portuguesa, nunca poderia entrar na Ordem - pois esta não aceitava monarcas nem príncipes herdeiros. A ligação entre a Dinastia de Borgonha e os templários é, aliás, anterior a Afonso Henriques, já que a sua mãe, D. Teresa, fez diversos donativos à Ordem - antes mesmo de Portugal ser independente.
Quanto à relação entre templários e maçonaria, ela existe pelo menos em termos filosóficos. Parece-me abusivo, porém, admitir a Maçonaria como sucessora da Ordem do Templo, tanto mais que a Maçonaria moderna, como hoje a conhecemos, não surgiu senão no século XVIII. A acreditar nas raízes mais profundas da Maçonaria, que a ligam aos obreiros do Templo de Salomão, então seria muito anterior aos templários...