O Renascer dos nacionalismos

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papatango

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O Renascer dos nacionalismos
« em: Janeiro 21, 2004, 10:13:53 pm »
Para além do caso vizinho, de Espanha, há outros países europeus que também têm as costas quentes e que podem eventualmente ter problemas internos.

A França tem o problema da Corsega e não deixa de ter o problema Basco e o problema Catalão. A Italia tem regionalismos fortes no norte.

O Reino Unido, não sei se é assim tão unido, quando um filme como "Braveheart" obriga um país a realizar um referendo para decidir sobre o seu grau de autonomia.

Aém disso continuam a existir possíveis focos de tensão na Europa.

A Jugoeslávia continua um problema, dado a Bosnia não estar pacificada. A Bulgaria continua a reclamar a fronteira Sérvia. A hungria continua a ver-se como a grande nação imperial do tempo dos Austro-Hungaros (e a nação mais populosa desse ex-império). Continuam a existir minorias etnicas espalhadas pela europa toda.

Não sei se as coisas estão assim tão pacíficas.
Serão os nacionalismos fonte de problemas futuros na Europa?

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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komet

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(sem assunto)
« Responder #1 em: Janeiro 22, 2004, 12:45:34 am »
A multicultura, multi-etnia, chamem-lhe o que quizerem, sempre foi problema na europa, são estes factores a origem da maior parte das guerras ou conflitos entre nações vizinhas e sempre o irão ser, porque é a meu ver, natural e inato que algumas pessoas se vejam ameaçadas por novas gentes, mudanças culturais e sociais, e muitas vezes, senão na maior parte delas, se vêm prejudicadas por elas em muitos sentidos...Agora fugindo um pouco à Europa em si, para dar como exemplo, experimentem transitar na rua a pé em certos locais à volta de Lisboa sozinhos e digam-me se não sentiram alguma vez ameaçados, nem q não vos tenha acontecido nada (sortudos), ou então perguntem a qualquer pessoa que viva nesse ambiente, ora, acham ilegítimo alguem se manifestar por se sentir ameaçada no lugar a que chama "casa" por alguém q não é originário do nosso país sequer? E saber que a polícia nada pode fazer ou porque são menores de idade ou porque eles fogem sempre para aqueles labirintos de ruas que seria suícido para um policial por lá entrar?

Já fui muito off-topic, mas se olharem bem para isto, aplica-se nalguns casos à vida na europa, nem que seja por causa do desemprego já em si elevado ou outros factores.

Eu SOU nacionalista, um patriótico, como quiserem chamar, mas acima de tudo gosto que as pessoas percebam que não desejo mal a ninguém, português ou nao-português. Apenas agrada-me a ideia de dar prioridade aos "nossos", à nossa cultura, ao nosso passado, provavelmente esquecido ou manchado por episódios menos gloriosos, e a experiência de mais de um século de história já mostrou o suficiente que a política não muda o homem, só resta ao homem tentar ajustar a política ao que é natural...

Desculpem o testamento e se feri a susceptibilidade de alguém, não era a minha intenção  :wink:
"History is always written by who wins the war..."
 

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dremanu

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Português
« Responder #2 em: Janeiro 22, 2004, 04:18:04 pm »
Caro Komet:

Estou completamente de acordo com a sua prespectiva, e acho que você não deve se preocupar se as suas convicções afligem as sensibilidades de outros ou não. Desde que não se queira forçar as nossa convicções em outros através da violência física, temos o direito de as ter.

Gostaria também de adicionar um pouco mais ao seu comentário dizendo que na minha opinião pessoal, o patriotismo e o nacionalismo são essenciais ao bem estar do indivíduo. Nós Portuguêses temos uma cultura rica, bem definida, antiga, comprovada no tempo, e que influência todo o ambiente social em que nós nos desenvolvemos como indivíduos.

O indivíduo Português (no meu parecer), tem grande parte da sua essência individual, daquilo que o define como pessoa, esculpido pelo seu Portuguesísmo. Então quando o indivíduo nega a sua cultura, nega parte da sua essência, daquilo que o faz quem é, levando a perca de grande parte da identidade pessoal. Isto no meu ponto de vista é negativo, nunca positivo.

Para mim ser nacionalista e pátriota significa aceitar e celebrar quem eu sou. Aceitar a minha família, os meus amigos, a minha língua, comida, maneirismos, princípios morais, etc. Isto não significa que eu vejá as outras culturas como inferiores ou superiores à minha, simplesmente significa que eu prefiro a minha cultura porque ela faz parte de quem eu sou. Aceito e até incorporo as influências das outras culturas, quando necessário, mas nunca esqueço que os alicerces vêm da cultura Portuguêsa, e que é essa que sempre mais contribuiu.

E no nosso caso específico como Portuguêses, acho que temos mesmo que celebrar o facto de sermos Portuguêses, porque através dos séculos já tivemos incontaveís desafios a nossa existência como país, e continuamos aqui, então com certeza existe mérito na nossa cultura e no nosso país, senão já teriamos desaparecido a muito tempo.

Cumprimentos,
D.C.
"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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komet

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(sem assunto)
« Responder #3 em: Janeiro 22, 2004, 05:18:04 pm »
Citar
Estou completamente de acordo com a sua prespectiva, e acho que você não deve se preocupar se as suas convicções afligem as sensibilidades de outros ou não.


Já deve ter reparado, tal como eu, que certas pessoas relacionam imediatamente o Nacionalismo a partidos de caracter fascista, ou até mesmo nazi... falando nesses termos posso acusar um socialista de ser um potencial criminoso mostrando-lhe um livro sobre a vida na Rússia sob o Estalinismo, mas isto são discussões para muitas páginas de fórum lol.

De qualquer maneira, não tenho receio algum em admitir que sou nacionalista, apenas tenho o cuidado de, primeiro, fazer as pessoas entender o que é o nacionalismo que eu defendo.

Um abraço...
"History is always written by who wins the war..."
 

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Heraklion

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« Responder #4 em: Janeiro 10, 2009, 08:16:14 pm »
Para além do mais a Bulgária tem problemas com todos os seus vizinhos.
Reclama Tessalónica da Grécia, Dobruja do Norte da Roménia, a parte europeia da Turquia, o territorio da Macedónia e por fim, boa parte da Sérvia.
E tendo em conta que a Bulgária é a meu ver a terceira maior potencia militar dos Balcãns (atrás da Grécia e da Turquia) um conflito é possivel (apesar de pouco provavel) no futuro.
O que não falta na Europa é nacionalismos e nostalgias...
Eu incluído.
É sempre um prazer imaginar Portugal com a Galiza, Marrocos e Canárias...
Para os alemães é bom imaginar a antiga Alemanha com a Polónia e Alsácia-Lorena.
Nunca existirá uma Federação Europeia por causa dos odios entre os povos, e pessoalmente falando, ainda bem, pois sou um eterno defensor de um Grande Portugal, e não de uma "Região Autonoma de Portugal" integrada seja em Castela seja na Europa.
Por isso vivam os povos independentes, que podem decidir o seu futuro.
Viva a PortuGaliza!! :twisted:
Gora Euskal Herria askatasuna!! :lol:
Nos liberi sumus;
Rex noster liber est;
Manus nostrae nos liberverunt
 

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zé do bone

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« Responder #5 em: Janeiro 10, 2009, 09:22:07 pm »
...e ainda há a questão pendente (não para a Turquia) sobre a ilha de Chipre.
É fácil ser idealista quando se tem os bolsos cheios. Com eles vazios, a conversa já é outra...
 

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Ataru

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« Responder #6 em: Janeiro 10, 2009, 09:22:47 pm »
Que tal fazermos um sumário de todos os países europeus e respectivos problemas de independentismo interno?

Vou dar alguns casos:

ESPANHA
-Galiza
-Cantábria
-Asturias
-Pais Basco
-Aragão
-Paises Catalães
-Andalusia
-Canárias
-Extremadura
-Leão
-Castela
-Plazas de Soberania, Ceuta e Melilla (Marrocos)
-Olivença (Portugal)



FRANÇA
-Córsega
-Pais Basco
-Paises Catalães
-Bretanha
-Alsácia-Lorena (Alemanha)
-Occitania
-Reunião e Maiote
-Guadalupe e Martinique
-Guiana Francesa
-Polinésia Francesa
-Nova Caledónia


REINO UNIDO
-Irlanda do Norte (Irlanda)
-Escócia
-País de Gales
-Inglaterra
-Ilha de Man
-Bermudas
-Ilhas Virgens
-Montserrat
-Ilhas Turks and Caicos
-Anguila
-Ilhas Caimão
-Ilhas Malvinas (Argentina)
-Gibraltar (Andalusia/Espanha)

ITÁLIA
-Padania
-Sicilia (Reino das duas Sicilias)
-Sardenha



BÉLGICA
-Comunidade Alemã (Alemanha)
-Walloon
-Flandres


Continuem...
« Última modificação: Janeiro 11, 2009, 01:45:43 pm por Ataru »
Greater Portugal = Portugal + Olivença + Galiza and the Eonavian Region + border villages that speak galaico-portuguese dialects + Cape Verde + St. Tomé and Principe + Cabinda + Timor
 

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zé do bone

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« Responder #7 em: Janeiro 10, 2009, 09:24:25 pm »
Chipre - Dividida após a invasão Turca.
É fácil ser idealista quando se tem os bolsos cheios. Com eles vazios, a conversa já é outra...
 

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Ataru

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« Responder #8 em: Janeiro 10, 2009, 09:26:52 pm »
Exacto

CHIPRE
-Chipre
-Chipre turco do norte
-Bases britânicas de Akrotiri e Dhekelia
Greater Portugal = Portugal + Olivença + Galiza and the Eonavian Region + border villages that speak galaico-portuguese dialects + Cape Verde + St. Tomé and Principe + Cabinda + Timor
 

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Lightning

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« Responder #9 em: Janeiro 10, 2009, 10:09:18 pm »
No Reino Unido falta colocar Gibraltar (Espanha) e as Falkland (Argentina).
 

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zé do bone

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« Responder #10 em: Janeiro 10, 2009, 11:57:41 pm »
Citação de: "Lightning"
No Reino Unido falta colocar Gibraltar (Espanha) e as Falkland (Argentina).


...poderá ser considerado também a Ilha de Ascensão ?
É fácil ser idealista quando se tem os bolsos cheios. Com eles vazios, a conversa já é outra...
 

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Ataru

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« Responder #11 em: Janeiro 11, 2009, 12:05:50 am »
Sim incluindo Santa Helena e Tristan da Cunha.

E depois também há Piticarim...

São muitos não me lembrei de todos...
Greater Portugal = Portugal + Olivença + Galiza and the Eonavian Region + border villages that speak galaico-portuguese dialects + Cape Verde + St. Tomé and Principe + Cabinda + Timor
 

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PereiraMarques

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« Responder #12 em: Janeiro 11, 2009, 12:48:34 am »
Citação de: "Ataru"
ITÁLIA
-Padania
-Sicilia (Reino das duas Sicilias)
-Sardinha


Carapau, faneca... :wink:
 

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Daniel

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« Responder #13 em: Janeiro 11, 2009, 06:42:58 am »
Ataru escreveu:
Citar
ITÁLIA
-Padania
-Sicilia (Reino das duas Sicilias)
-Sardinha


Eu vou mais para o carapau. :rir:
 

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Jose M.

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« Responder #14 em: Janeiro 11, 2009, 10:53:06 am »
Citação de: "Ataru"
Que tal fazermos um sumário de todos os países europeus e respectivos problemas de independentismo interno?

Vou dar alguns casos:

ESPANHA
-Galiza
-Cantábria
-Asturias
-Pais Basco
-Aragão
-Paises Catalães
-Andalusia
-Canárias
-Extremadura
-Leão
-Castela
-Plazas de Soberania, Ceuta e Melilla (Marrocos)
-Olivença (Portugal)



FRANÇA
-Córsega
-Pais Basco
-Paises Catalães
-Bretanha
-Alsácia-Lorena (Alemanha)
-Occitania
-Reunião e Maiote
-Guadalupe e Martinique
-Guiana Francesa
-Polinésia Francesa
-Nova Caledónia


REINO UNIDO
-Irlanda do Norte (Irlanda)
-Escócia
-País de Gales
-Inglaterra
-Ilha de Man
-Bermudas
-Ilhas Virgens
-Montserrat
-Ilhas Turks and Caicos
-Anguila
-Ilhas Caimão
-Ilhas Malvinas (Argentina)
-Gibraltar (Andalusia/Espanha)

ITÁLIA
-Padania
-Sicilia (Reino das duas Sicilias)
-Sardinha



BÉLGICA
-Comunidade Alemã (Alemanha)
-Walloon
-Flandres


Continuem...


Portugal:

Miranda, con movimientos independentistas y reclamada por los nacionalistas leoneses.

Algarve.

Barrancos.

Condado Portucalense, que quiere unirse a Galicia (España).

Alentejo.

Madeira.

Azores.