Portugal Ultramarino

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André

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« Responder #45 em: Março 06, 2009, 06:42:13 pm »
Pois é Legionário, um dos paises que mais imigrantes portugueses acolheu nos ultimos anos é precisamente Angola, assim aquela frase do Salazar "Para Angola rapidamente e em força" têm todo o sentido, não com soldados e militares claro, mas sim com empresários e trabalhadores especializados ...  :lol:  :lol:  :lol:

 

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TOMSK

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« Responder #46 em: Março 07, 2009, 06:41:33 pm »
Declarações de Salazar a Franco Nogueira



Lisboa, 29 de Agosto de 1963.

«Não há dúvida: os americanos evoluíram alguma coisa, mesmo muito», principia Salazar.

«Há ano e meio, há dois anos, julgaram que uma pressão, uma ameaça, um ultimato nos fariam cair, ou pelo menos modificar a nossa política. Bem: já viram que não dava resultado, desistiram. E eles próprios vêem os seus interesses afectados, têm muitos problemas, não sabem como resolvê-los, e estão perplexos. E por isso nos mandam um emissário especial de alta categoria, sem que o tivéssemos solicitado. Muito bem. Mas que nos vem propor? Na conversa consigo e na que teve comigo, reparei que Ball usou repetidamente estas palavras: assegurar a presença, a influência e os interesses de Portugal em África.

Ora que significa isto? Que está por detrás disto? Que conteúdo têm estas palavras?

A verdade é que se Angola ou Moçambique são Portugal, este não está nem deixa de estar presente: é, está. Presença, para os americanos, quer dizer outra coisa: a língua, a cultura, alguns costumes que ficassem durante algum tempo até sermos completamente escorraçados. Isto e nada, é o mesmo. E o mesmo se quer dizer com a influência e os interesses. Com isto pretendem os americanos dizer que seriam garantidos os interesses económicos da metrópole, isto é, de algumas empresas ou grandes companhias.
Mas tudo isto não vale nada.
Que a economia comande a política é particularmente verdadeiro quanto a África. Bem vê: quem tem o dinheiro é que empresta, quem produz é que exporta; e quem tem dinheiro e empresta, e depois não lhe pagam, é levado a emprestar mais e mais; e para garantir esses novos empréstimos é depois levado a intervir, a controlar, a dominar as posições chave.
E quem produz é que exporta; mas quando lhe não pagam as exportações, reembolsa-se com a exploração do trabalho e das matérias-primas locais. E ao fazer tudo isto é evidente que expulsa a influência e os interesses económicos de outros mais fracos, que nem podem emprestar tanto, nem exportar tanto. É o neo-colonialismo.

Ora, meu caro senhor, nós não poderemos comparar a força económica e financeira da metrópole com a dos Estados Unidos. E o senhor está a ver, não está? Os americanos a oferecerem empréstimos baratos e a longo prazo; os americanos a oferecerem bolsas de estudo para formar médicos, engenheiros, técnicos nos Estados Unidos; os americanos a percorrer os territórios com a propaganda dos seus produtos.

Em menos de um ano, de português não havia nada. Não, meu caro senhor, uma vez quebrados os laços políticos, ficam quebrados todos os outros. Mas então, sendo Angola parte de Portugal, não podem os americanos investir e exportar? Podem, decerto, mas têm de negociar com uma soberania responsável e com um governo que sabe exigir, ao passo que se o fizerem com um governo africano, inexperiente e fraco, sai-lhes mais barato.
De resto, tudo isto está demonstrado: veja a Argélia, veja o Congo.

Mas, para nós, o Ultramar não é economia, e mercado, e matérias-primas, e isso os americanos não o podem entender.
Bem: este é um aspecto. Mas que quer dizer Ball com os prazos?

É evidente que se os americanos estivessem dispostos a aceitar que Angola seja Portugal, não falavam de prazos. Poderiam querer discutir ou negociar connosco uma qualquer construção política ou jurídica que coubesse nos seus princípios teóricos, e depois apoiar-nos-iam sem reservas.
Mas não: querem um prazo. Um prazo, para quê?
E que se passa findo esse prazo?
E enquanto decorre esse prazo, não acontece nada?
Deixamos de existir no mundo, não se fala mais de nós?
E os terroristas cessam os seus ataques?
Ah!, mas se os americanos podem garantir que os terroristas depõem as armas, então é porque têm autoridade sobre os terroristas, orientam-nos, estão em contacto com eles.
E os terroristas depõem as armas sem mais nada? Não exigem condições, não apresentam preço, e os americanos não assumem compromissos? Quais, como, para quando?
E que promessas fazem ou fariam à Organização da Unidade Africana?
E como justificaria esta o seu silêncio sobre nós e a ausência de ataques contra Portugal?
Não, meu caro senhor, os americanos continuam a pensar que com jeito, docemente, conseguem anestesiar-nos e impelir-nos para um plano inclinado. (…)
Está claro que se aceitássemos o caminho dos americanos, em troca do Ultramar choveriam aqui os dólares, receberíamos umas tantas centenas de milhões.
Ficaríamos para aí todos inundados de dólares e de graça. E sabe?
Os que vierem depois de nós ainda haveriam de dizer: afinal era tudo tão fácil, não se percebe mesmo por que é que aqueles tipos não fizeram isto.
Mas os dólares iam-se num instante, deixavam umas fábricas e umas pontes, e depois começava a miséria. Duraria o ouro dois ou três anos. Depois era a pobreza, a miséria, a dependência do estrangeiro.
E em qualquer caso é-nos defeso vender o país.»


In Franco Nogueira, «Um político confessa-se (Diário 1960-1968)»

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legionario

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« Responder #47 em: Março 07, 2009, 08:37:08 pm »
Se queremos um lugar no futuro vamos ter que o conquistar ... porque as nossas joias de familia ja se foram :)  Nalgumas coisas o Velho acertou ...
 

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Edu

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« Responder #48 em: Março 07, 2009, 09:07:50 pm »
Bem caro TOMSK fiquei de veras impressionado com esse texto de Salazar, o homem sabia bem o que dizia, sabia mesmo muito bem. Olhe que eu inicialmente tinha uma opinião má do Salazar, fruto de tudo aquilo que nos é ensinado no sistema de ensino Português. Mas ao ter contacto com outros documentos que retratam Salazar cada vez a minha opinião muda mais e à medida que cada vez tenho mais conhecimento sobre ele cada vez mais tenho de admitir que ele tinha razão em muita coisa e fez muita coisa bem. Se não fosse a falta de humanismo dele talvez (não sei se é melhor forma de classificar isso) e a falta de visão para alguns aspectos ele era de facto o homem perfeito para governar portugal.

Talvez se alguns exemplos que ele nos deu da sua governação fossem aplicados hoje em dia o país avançasse muito melhor.
 

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Duarte

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« Responder #49 em: Março 07, 2009, 11:23:43 pm »
Citação de: "Edu"
Bem caro TOMSK fiquei de veras impressionado com esse texto de Salazar, o homem sabia bem o que dizia, sabia mesmo muito bem. Olhe que eu inicialmente tinha uma opinião má do Salazar, fruto de tudo aquilo que nos é ensinado no sistema de ensino Português. Mas ao ter contacto com outros documentos que retratam Salazar cada vez a minha opinião muda mais e à medida que cada vez tenho mais conhecimento sobre ele cada vez mais tenho de admitir que ele tinha razão em muita coisa e fez muita coisa bem. Se não fosse a falta de humanismo dele talvez (não sei se é melhor forma de classificar isso) e a falta de visão para alguns aspectos ele era de facto o homem perfeito para governar portugal.

Talvez se alguns exemplos que ele nos deu da sua governação fossem aplicados hoje em dia o país avançasse muito melhor.


Não foi por nada que foi votado o Maior Português de Sempre, para grande azia de alguns.


 :D

Salazar foi o estadista mais inteligente, mais honesto que Portugal já teve,  entregou-se totalmente ao seu pais, que amava acima de tudo.
слава Україна!
“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"
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Xô Valente

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« Responder #50 em: Março 07, 2009, 11:33:06 pm »
Citação de: "Duarte"
Citação de: "Edu"
Bem caro TOMSK fiquei de veras impressionado com esse texto de Salazar, o homem sabia bem o que dizia, sabia mesmo muito bem. Olhe que eu inicialmente tinha uma opinião má do Salazar, fruto de tudo aquilo que nos é ensinado no sistema de ensino Português. Mas ao ter contacto com outros documentos que retratam Salazar cada vez a minha opinião muda mais e à medida que cada vez tenho mais conhecimento sobre ele cada vez mais tenho de admitir que ele tinha razão em muita coisa e fez muita coisa bem. Se não fosse a falta de humanismo dele talvez (não sei se é melhor forma de classificar isso) e a falta de visão para alguns aspectos ele era de facto o homem perfeito para governar portugal.

Talvez se alguns exemplos que ele nos deu da sua governação fossem aplicados hoje em dia o país avançasse muito melhor.

Não foi por nada que foi votado o Maior Português de Sempre, para grande azia de alguns.


 :wink:  :D
http://valente-city.myminicity.com/  -  Cria a tua minicidade também.
 

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TOMSK

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« Responder #51 em: Março 08, 2009, 01:03:34 am »
Eu penso que essencialmente, se queremos conhecer a verdade, devemos procurar mais, ler mais, estudar mais, e ir ao fundo das coisas.
Porque como sabem, a história é escrita pelos vencedores, e desde o 25 de Abril que só uma versão é aceitável:
-A do constante ataque e perseguição a toda a obra do Estado Novo e de Salazar.
Teve Salazar defeitos? Muitos!
Teve Salazar virtudes? Ainda mais!
Foi um patriota? Sem dúvida!

E porque comecei com uma declaração de Salazar termino igualmente com outra, que muito possivelmente define a sua passagem pelo mais alto cargo da Nação:

"Fui humano.
Não posso envaidecer-me, pois que não realizei tudo o que desejava; mas realizei o suficiente para não se poder dizer que falhei na minha missão."
 

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Duarte

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« Responder #52 em: Março 08, 2009, 01:54:06 am »
Para um conhecimento mais profundo, recomendo o livro de António Ferro, "Salazar, o Homem e a Obra".

Salazar. Governou e não roubou. Humilde, honesto, patriota, justo. Uma vida ao serviço da nação.  :Soldado2:
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legionario

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« Responder #53 em: Março 08, 2009, 06:37:36 pm »
O meu pai, que chegou a ser interrogado pela PIDE e que votava pela oposiçao democratica, agora diz que nem meia-duzia de Salazares endireitavam o pais. Tenho a certeza que ha muitos portugueses honestos e competentes que poderiam fazer alguma coisa, tao bem ou melhor que Salazar :(
 

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Daniel

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« Responder #54 em: Março 08, 2009, 08:14:30 pm »
Grande Português, sem sombra de dúvidas, um homem que amava Portugal, e acima de tudo, não se deixou vender, ao contrário de alguns hoje.

Seria excelente, mandar as declarações de Salazar a Franco Nogueira, para os actuais políticos lerem, talvez aprendessem algo, pelo menos o que é ser português, e amar Portugal. :roll:
 

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FoxTroop

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« Responder #55 em: Março 08, 2009, 11:22:35 pm »
Amou Portugal, ninguém duvida. Fez obra, sem dúvida. Não soube adaptar-se ao novo rumo do mundo, indubitavelmente.

Amou a nação mas o seu apego foi o que a "matou". Acreditava que sem o império não existia Portugal e recusou-se a negociar uma saída que minimizasse a perdas para a nação. Dizer que a guerra estava ganha militarmente é mentir. Estava controlada em Angola, praticamente insustentável na Guiné e em Moçambique estava a alastrar a um nível de intensidade que colocava as nossas forças numa imensa camisa de 7 varas.

A reserva humana da nação estava nos limites (em lugar dos 24 meses, havia pessoal a ser rendido com 30 e 36 meses de zona 100%) assim como o nosso capital de manobra politico.

Não tenho a mínima dúvida que, se a situação fosse negociada antes do ponto de ruptura a nossa nação estaria actualmente muito melhor e não teríamos quase 9000 mortos, dezenas de milhar de feridos e toda uma geração a sofrer até ao dia da morte com o que se passou.

Por tudo isso não lhe consigo achar respeito porque tudo o que de bom possa ter feito morre na destruição e atraso onde mergulhou a nação.
 

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Duarte

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« Responder #56 em: Março 09, 2009, 12:41:51 am »
Citação de: "FoxTroop"
Amou Portugal, ninguém duvida. Fez obra, sem dúvida. Não soube adaptar-se ao novo rumo do mundo, indubitavelmente.

Amou a nação mas o seu apego foi o que a "matou". Acreditava que sem o império não existia Portugal e recusou-se a negociar uma saída que minimizasse a perdas para a nação. Dizer que a guerra estava ganha militarmente é mentir. Estava controlada em Angola, praticamente insustentável na Guiné e em Moçambique estava a alastrar a um nível de intensidade que colocava as nossas forças numa imensa camisa de 7 varas.

A reserva humana da nação estava nos limites (em lugar dos 24 meses, havia pessoal a ser rendido com 30 e 36 meses de zona 100%) assim como o nosso capital de manobra politico.

Não tenho a mínima dúvida que, se a situação fosse negociada antes do ponto de ruptura a nossa nação estaria actualmente muito melhor e não teríamos quase 9000 mortos, dezenas de milhar de feridos e toda uma geração a sofrer até ao dia da morte com o que se passou.

Por tudo isso não lhe consigo achar respeito porque tudo o que de bom possa ter feito morre na destruição e atraso onde mergulhou a nação.


Infelizmente os políticos nem sempre têm o bom senso de aproveitar as vitórias militares e os sacrifícios das forças armadas para resolução dos problemas. A Guiné teria sido a primeira das províncias a ser auscultada quanto à auto-determinação ou a continuação como parte de Portugal. Foi uma oportunidade perdida.

Mas, com duas super-potências adversárias, e sedentas pelos recursos do ultramar, havia pouco espaço para manobra.

Dito isto, nada do que Salazar fez ou deixou de fazer justifica a debandada cobarde, o irresponsável abandono do ultramar. Isto sim, foi um crime contra a humanidade. Abandonar territórios que nos pertenciam há séculos e povos, tanto africanos e europeus, a regimes totalitários; subsitituir a administração Portuguesa pelo neo-colonialismo Soviético-Cubano; deixar cidadãos portugueses à sua sorte, para serem mortos, violentados, fuzilados, despojados dos seus bens; entregar territórios ao comunismo, foi um crime pelo qual ainda hão de responder os "democratas" de Abril.



 :twisted:
« Última modificação: Março 09, 2009, 02:01:01 am por Duarte »
слава Україна!
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TOMSK

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« Responder #57 em: Março 09, 2009, 01:23:50 am »
Salazar entendeu manter e guardar Portugal como o tinha recebido.
E esse Portugal, pluricontinental e pluriracial, disperso nos seus territórios mas com a firme certeza na unidade nacional, devia ser entendido como parte integrante e indivisível do Portugal Continental.
O que nos separava era apenas o Mar.
Mar esse, que por nossa obra e galhardia foi descoberto, cruzado, e até porque não, ocupado pelos nossos navegadores. Assim, só mentes menos versadas na história da Pátria Portuguesa ou levadas ao sabor de corrente alheias, poderiam entender algo díspar do conceito de irem defender a terra portuguesa. O que inclusive, juraram, e ainda hoje o juram.

"Juro defender a minha Pátria e estar sempre pronto a lutar pela sua liberdade e independência, mesmo com o sacrifício da própria vida.”
Serão então estas palavras um verdadeiro juramento, ou uma simples cerimónia de momento?

Por conseguinte, a injusta guerra que nos foi movida, e que rapidamente mereceu uma resposta à altura, naturalmente que comportava sacrificíos.
Aliás, como todas as outras batalhas pelas quais os Portugueses tiveram que passar. Porque todos deverão concordar que a Nação Portuguesa não se construíu nem se manteu com apertos de mão.
Houve que lutar, houve que morrer, houve que vencer. Com sacrificíos, não há dúvida.

Ora, isto é preciso que fique claro na mente de todos os portugueses, que os nossos soldados partiram para defender a terra portuguesa, essa que dispersa pelo mundo, mantia no entanto, no fundo dos seus corações, o sentimento de Portugalidade, que era preciso defender a todos os custos.
 

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nelson38899

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« Responder #58 em: Março 09, 2009, 09:30:55 am »
Citação de: "TOMSK"
Salazar entendeu manter e guardar Portugal como o tinha recebido.


Um país pobre, estúpido e em que as pessoas do campo não viviam mas sobreviviam, nas  províncias ultra marinas era quase a mesma coisa, até que em após 1960 alguém teve a brilhante ideia de as começar a desenvolver, mas claro já era tarde pois já estávamos em guerra e os pretos o que queriam era verem-se livres de nós .
Pessoalmente e após ver os episódios sobre a sua vida a única coisa que me espantou e isso admirei-o foi ele pagar as suas coisas com o seu dinheiro e não usar o dinheiro do estado como usam muitos dos políticos da treta que hoje nos governam.
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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TOMSK

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« Responder #59 em: Março 09, 2009, 12:18:23 pm »
O Fim do Portugal do Minho a Timor
Tenente-Coronel PILAV João Brandão Ferreira
 


"Portugal se quiser sobreviver como um país que tenha lugar próprio no conceito das Nações, terá que repensar matrizes antigas e conceber um novo conceito estratégico “Ultramarino”, pois o futuro passa por aí.

Em primeiro lugar, tem que considerar a Geografia e o Carácter do Povo, elementos fundamentais da Geopolítica portuguesa. A Geografia não muda e quer isso agrade ou não, sempre condicionou, condiciona e condicionará, o futuro dos portugueses. E neste ponto há a destacar a atlanticidade do território, que possui três parcelas espalhadas no Atlântico Norte; a orientação Norte/Sul do Continente, com pouca profundidade no sentido Leste/Oeste e o facto de confinar apenas com um único país, a Espanha, cujo poder relativo é quatro a cinco vezes superior ao português. O carácter do povo, por sua vez, muda muito pouco e muito devagar. E é tendo em conta essa maneira de ser, do povo, e as suas motivações, que deve ser equacionada a sua governação.

Em termos de comportamento interno convém estar atento a algumas características nacionais que se podem classificar como vulnerabilidades:

A falta de consistência das elites nacionais sempre pródigas em dividir-se quanto a defender um ou outro interesse estrangeiro, que surja num dado momento da cena internacional, em vez de reflectirem, equacionarem e procurarem defender, os interesses portugueses nessa mesma conjuntura.
E a História mostra, que as elites em momentos de crise nacional, traem, por vezes, o povo e a Pátria;

A extrema dificuldade que os portugueses têm em estabelecer um desenvolvimento sustentado e transformar as riquezas momentâneas, em mais valias futuras;

O abandono a que se sujeita a Instituição Militar em épocas em que não se sente ameaça ou esta é mais difusa. Ainda em relação às Forças Armadas existe uma tradição de intervenção política das mesmas, na vida nacional, desde 1817, e em todos os momentos fundamentais da História Nacional – para o bem e para o mal – o que demonstra uma fraqueza e instabilidade muito grande, na organização política do Estado;

Por último, como reminiscência do passado, atravessa a sociedade portuguesa, de quando em quando, a questão do Iberismo, isto é, a ideia da junção, com este ou aquele contorno, dos Estados que coabitam a Península Ibérica. Que os políticos espanhóis, sobretudo castelhanos, sejam Iberistas isso deve ser encarado em Portugal como apriorístico. José de Carvajal y Lencastre, ministro de Estado no tempo de Fernando VI, de Espanha, referia-se assim a Portugal. “A perda de Portugal foi de puro sangue, e por isso o ministro espanhol que não pense constantemente na reunião ou não obedece à lei ou não sabe do seu oficio”.

Verdadeiramente a ameaça para Portugal, vem dos Iberistas nacionais, pois são verdadeiros “Cavalos de Tróia” no tecido nacional português.

Uma última reflexão: Portugal enquanto manteve o seu potencial elevado, durante os séculos XV e parte de XVI, não precisou de alianças para a sua defesa nem a sua soberania e integridade correram perigo real. Mas a partir do declínio, que culminou com o sistema de Coroa Dual imposta pelos Filipes, Portugal só sobreviveu devido à sua enorme “profundidade estratégica” e à complementaridade entre as suas partes. De facto, Portugal conseguiu ultrapassar as suas três maiores crises de existência à custa do seu património ultramarino.

Assim, para restaurar a independência, em 1640 e na luta que se seguiu, a factura a pagar foi a perda de quase todo o “império” do Oriente;
Para expulsar os invasores napoleónicos, teve que abrir mão do Brasil e para entrar na CEE, perdeu-se a África.

E no futuro como será?"