Moçambique tenta abrir portas para a exploração de gás natural com Angola
O objetivo passa por estabelecer parcerias para a partilha de experiências e serviços neste setor, apoiando o desenvolvimento do segmento de gás natural nos dois países, nomeadamente envolvendo a petrolífera estatal angolana Sonangol.
"Angola está a fazer também os seus esforços. Certamente vamos encontrar no futuro sinergias, a nossa empresa tem áreas em que pode trazer mais-valias e as duas partes vão continuar a dialogar", disse aos jornalistas Joaquim Chissano, após reunir-se em Luanda, na terça-feira, com o ministro dos Petróleos de Angola, Botelho de Vasconcelos.
Fundada em 2004, a Matola Gas Company dedica-se ao transporte, distribuição e comercialização de gás natural produzido em Moçambique, sendo participada pelo Estado moçambicano através da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos e por investidores privados daquele país e internacionais.
A empresa opera um gasoduto de transporte e distribuição de gás natural com cerca de 100 quilómetros e abastece a província de Maputo, nomeadamente em termos industriais.
"Se tivermos lugar [na parceria com Angola], ótimo. Se Angola pode fazer tudo o que se pode fazer [no setor do gás] por si só, melhor ainda. Mas gostaríamos, se realmente houvesse lugar, de ser um parceiro bem visto, por causa das relações que temos com Angola", enfatizou Joaquim Chissano, que lidera esta comitiva, em Luanda até quinta-feira.
No final do encontro, Botelho de Vasconcelos disse que será dada "continuidade" às negociações, seguindo-se contactos entre os executivos da Matola Gas Company e da Sonangol.
Lusa