CPLP acordo ortográfico da língua portuguesa

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André

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« Responder #30 em: Novembro 27, 2007, 07:40:32 pm »
Brasil diz que CPLP está a falhar na promoção da língua portuguesa

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O embaixador brasileiro junto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) afirmou hoje que a promoção da língua portuguesa está a ser o aspecto mais débil do trabalho da organização lusófona.

Lauro Moreira falava em Lisboa na abertura da II Conferência da Lusofonia, organizada pelo Círculo de Reflexão Lusófono.

Acabado de chegar de Cabo Verde, Moreira afirmou que o Instituto da Língua Portuguesa (ILP), cujo trabalho acompanhou, tem de apresentar-se menos como "guardião da língua", em que esta é "um fim", e vê-la mais como "um instrumento de trabalho".

O ILP, adiantou, "ainda está a procurar a sua vocação" e a promoção da língua portuguesa "não vai tão bem", "tem muito que melhorar", afirmou Moreira.

Já a concertação política e diplomática entre os oito países membros "está a ir muito bem", defendeu, enquanto na cooperação há sinais de melhoria, com aumento de projectos.

Para Moreira, "é preciso sensibilizar os Estados-membros para terem [para com a CPLP] a atenção que exige e merece, mas nem sempre recebe".

Além disso, afirmou, deve ser reforçado o papel da sociedade civil dos países lusófonos no processo.

"É fundamental que haja uma crescente participação das sociedades, com uma rede de contactos e intercâmbios em todas as áreas", afirmou.

Moreira lembrou o trajecto da economia brasileira, desde as difíceis décadas de 80 e 90 até à estabilidade actual, pós-Plano Real, e a vontade de "actuar entusiasticamente" no espaço da Lusofonia, de que é exemplo a nomeação de um primeiro embaixador brasileiro junto da organização, por iniciativa pessoal do Presidente Lula da Silva.

Ernâni Lopes, o anfitrião da Conferência, lembrou que o Brasil está a posicionar-se para ser uma das principais potências internacionais - tal como Rússia, China e Índia.

Destas, salientou, é o único que, através da lusofonia, "pode contar com a inserção numa plataforma multi-continental e multi-oceânica com potencial de projecção global de poder", disse o presidente do Círculo de Reflexão Lusófona.

Lusa

 

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Migas

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« Responder #31 em: Novembro 27, 2007, 08:08:48 pm »
Acordo Ortográfico aprovado até final do ano só vigorará em 2017

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Agora é que é. Dezassete anos depois, o Estado português já não tem como fugir do compromisso. Adiou até onde pôde, mas as pressões, sobretudo por parte do Brasil (o principal interessado num acordo que vai alterar 1,6% do vocabulário luso e apenas 0,45% do ‘brasileiro’), levaram o ministro dos Negócios Estrangeiros a comprometer-se: o protocolo que modifica as regras da língua portuguesa será assinado até ao final do ano. Ainda assim, é só para valer daqui a 10 anos, graças a uma ‘reserva de aplicação’ a que cada parceiro do acordo (os oito Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) pode recorrer e que Portugal decidiu invocar.

O anúncio de Luís Amado ressuscitou a controvérsia em torno de um acordo que nunca foi consensual. O PCP fez um requerimento para que o assunto seja levado à Assembleia da República. Luís Marques Guedes, presidente da Comissão parlamentar de Cultura, disse ao “Expresso” que o assunto deverá ser abordado já na próxima reunião da Comissão, na 4.ª feira. «O parlamento não pode ficar à margem de uma questão tão relevante», argumenta o deputado social-democrata, considerando «estranha» a súbita pressa do Governo em resolver uma questão que já se arrasta há quase duas décadas e admitindo solicitar a presença de Isabel Pires de Lima («e, se necessário, do ministro dos Negócios Estrangeiros») no hemiciclo.

Também a Sociedade Portuguesa de Autores e a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros emitiram comunicados, esta semana, onde dão conta da sua preocupação com o que consideram ser um acto «precipitado e estranho» e apelam ao Governo «para que desencadeie um debate público» antes de proceder a qualquer ratificação.

Contactado pelo "Expresso", o Ministério da Cultura remeteu para os Negócios Estrangeiros. O gabinete do ministro Luís Amado assegurou que a ratificação do protocolo modificativo vai a Conselho de Ministros (e, consequentemente, à Assembleia da República) até ao final de 2007

Notícia do semanário “Expresso” de 24 de Novembro de 2007 — 26/11/2007.


http://ciberduvidas.sapo.pt/noticias.php?rid=1508
 

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André

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« Responder #32 em: Fevereiro 10, 2008, 06:22:32 pm »
José Eduardo Agualusa defende ortografia brasileira se Acordo Ortográfico não avançar em Portugal

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O escritor angolano, José Eduardo Agualusa, defende, em crónica hoje divulgada pelo semanário A Capital, de Luanda, que Angola "deve optar pela ortografia brasileira", caso o Acordo Ortográfico não venha a ser aplicado por "resistência" de Portugal.

Para esta tomada de posição de um dos mais respeitados escritores angolanos e lusófonos, José Eduardo Agualusa avança como justificação o facto de Angola ser um pais independente, nada dever a Portugal e o Brasil ter 180 milhões de habitantes e produzir muito mais títulos e a preços mais baratos do que Portugal.

Agualusa diz ainda, na crónica que publica regularmente n´A Capital, que Angola "tem mais a ganhar com a existência de uma ortografia única do que Portugal ou o Brasil", porque o país não produz livros mas precisa "desesperadamente deles".

O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi alcançado em 1991 e assinado por todos os países da CPLP, sendo imediatamente ratificado pelo Brasil, Cabo Verde e Portugal.

Em 2004, em S. Tomé e Príncipe, foi acordado um Protocolo Modificativo, segundo o qual bastava este ser ratificado por três Estados para entrar imediatamente em vigor.

Este Protocolo Modificativo foi assinado por todos os países lusófonos, mas apenas ratificado inicialmente pelo Brasil e Cabo Verde.

Em Agosto do ano passado foi ratificado também por S. Tomé, "passando juridicamente a entrar em vigor".

Sobre a situação em Angola, a análise do documento para ratificação está entregue aos ministérios das Relações Exteriores e da Educação e, segundo fonte próxima do processo contactada pela Lusa em finais de 2007, o governo angolano está a "desencadear mecanismos internos" para a sua conclusão.

O último passo será dado quando o processo passar pela aprovação do Conselho de Ministros e da Assembleia Nacional.

"Os Estados foram notificados para se pronunciarem sobre o assunto e nós estamos a desencadear mecanismos internos para saber como estão as coisas", acrescentou a fonte.

De acordo com a fonte contactada pela Lusa, existe uma "preocupação" de todos os estados lusófonos para resolver a questão, na medida em que há actualmente "uma fala e duas escritas".

Para o governo angolano, o Acordo Ortográfico ainda não foi assinado porque "caiu no esquecimento", considerando a fonte que "agora é importante voltar a analisá-lo para lhe dar seguimento".

Entretanto, em Portugal está em preparação a ratificação do Protocolo Modificativo ao acordo, embora sujeito a uma reserva de 10 anos, conforme anunciou recentemente a ex-ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima.

A posição do governo português, anunciada pela então ministra, é que "juridicamente o Acordo Ortográfico, assinado e ratificado por Portugal em 1991, está em vigor".

Todavia, invocou razões de ordem científica e empresarial para pedir 10 anos de reserva para "avaliar com a sociedade civil" a sua implementação.

Ainda no referido texto do escritor José Eduardo Agualusa, este defende que a educação das populações angolanas e o desenvolvimento do país depende da importação, nos próximos anos, de milhões de livros.

E defende que as autoridades angolanas devem criar "rapidamente legislação" que permita e facilite a entrada de produtos culturais e, "em particular", de livros, no país.

Agualusa aponta ainda como razões para a demora na activação do acordo a "confusão" entre ortografia, as regras de escrita e linguagem, resumindo que o acordo tem por objectivo a existência de "uma única ortografia" no espaço de língua portuguesa, sendo "absurdo" pensar-se em unificar as diferentes variantes da "nossa" língua.

O autor aponta ainda o dedo a um "enraizado sentimento imperial" de Portugal em relação à língua para o protelamento de uma decisão.

E, contrariando esta possibilidade, diz que a História nega este sentimento porque "a língua portuguesa formou-se fora do espaço geográfico onde se situa Portugal - na Galiza".

"Por outro lado, a língua portuguesa tem sido sempre, ao longo dos séculos, uma criação colectiva de portugueses, africanos, brasileiros e povos asiáticos", aponta.

Lusa

 

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André

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« Responder #33 em: Fevereiro 11, 2008, 07:30:39 pm »
Acordo Ortográfico não é necessário diz Mia Couto

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O escritor moçambicano Mia Couto afirmou hoje à Agência Lusa não haver necessidade de Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

Na opinião do autor de "O outro pé da sereia", "o acordo ortográfico tem tanta excepção, omissão e casos especiais que não traz qualquer mudança efectiva".

O escritor moçambicano rebateu deste modo o angolano José Eduardo Agualusa que, na sua crónica habitual no semanário de Luanda a Capital, defendeu a escolha, por Angola, da ortografia brasileira, caso não venha a ser aplicado o Acordo Ortográfico por "resistência" de Portugal.

"Sou grande amigo do Agualusa, mas nesse ponto tenho uma grande divergência", afirmou o escritor, em Lisboa, numa sessão de autógrafos.

O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa estabelecido em 1991 foi assinado por todos os países da CPLP.

Em Angola aguarda-se a ratificação do documento, que o governo de Luanda considerou ter "caído no esquecimento".

Lusa

 

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André

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« Responder #34 em: Fevereiro 13, 2008, 07:13:50 pm »
Parlamento vai ouvir especialistas

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A Assembleia da República vai ouvir vários especialistas acerca do Acordo Ortográfico da Língua portuguesa, decidiu hoje a Comissão Parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura.

A decisão, destinada a «esclarecer» os deputados sobre aquele polémico tratado internacional, foi tomada por unanimidade e «apadrinhada» pelo próprio presidente da Assembleia, Jaime Gama, adiantou à agência Lusa o deputado socialista João Serrano.

Segundo a mesma fonte, a realização da referida audição parlamentar ainda não tem data fixada, mas deverá ocorrer na Primavera.

O Protocolo Modificativo do Acordo Ortográfico deveria ter sido aprovado pela Assembleia da República até ao final de 2007 mas a decisão foi adiada para 2008.

Em 27 de Novembro último, a então ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, anunciou que Portugal iria pedir uma moratória de dez anos para a entrada em vigor do novo Acordo Ortográfico, que unifica a escrita da Língua Portuguesa.

O Acordo foi rubricado em 1991 e deveria ter entrado em vigor em 1994, mas apenas três dos Estados membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe - aprovaram quer o acordo quer os dois protocolos modificativos entretanto estabelecidos ao mais alto nível entre os oito países.

O segundo desses protocolos, de 2004, prevê que é suficiente a ratificação do texto por três países para que o mesmo entre imediatamente em vigor.

O Protocolo Modificativo foi assinado por todos os países lusófonos, mas apenas ratificado inicialmente pelo Brasil e Cabo Verde, tendo em Agosto de 2006 sido ratificado igualmente por São Tomé e Príncipe, passando juridicamente a estar em vigor.

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #35 em: Fevereiro 16, 2008, 02:18:41 pm »
Catedrática brasileira Maria Lúcia Lepecki considera acordo desperdício de recursos

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A ensaísta e professora universitária de literatura portuguesa Maria Lúcia Lepecki defendeu hoje que o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, cuja ratificação está pendente há 14 anos, é desnecessário e um desperdício de recursos.

"Eu sempre achei que o acordo ortográfico não é preciso: um brasileiro lê perfeitamente a ortografia portuguesa e um português lê perfeitamente a ortografia brasileira. Olha a ortografia, sabe que palavra é que é, pronuncia correctamente", disse à Lusa a brasileira de nascimento e portuguesa por casamento, que vive e lecciona em Portugal desde 1970.

Portanto, "acho que é um desperdício de energias, um desperdício de dinheiro, e penso que se devia gastar o pensamento e as forças em outra coisa qualquer", sustentou Maria Lúcia Lepecki, falando à margem da 9ª edição do encontro de escritores de expressão ibérica Correntes d'Escritas, que hoje termina na Póvoa de Varzim.

"Quando houve aqui uma grande polémica sobre esse assunto, há cerca de 20 anos, eu nunca me pronunciei. Na altura, era presidente da Associação de Professores de Português e havia quem se pronunciasse por mim, veiculando a posição da associação", explicou.

Além disso, "achei que essa questão do acordo levantou uns pruridos patrióticos inexplicáveis de um lado e do outro do Atlântico", prosseguiu.

"E não existe esse problema de compreensão em cima da escrita. A escrita é uma convenção. Cada um convenciona como quer e o outro, simplesmente, aprende aquela convenção e a sua", comentou.

Mas se o acordo for ratificado e entrar em vigor, a ensaísta diz que vai cumprir.

"Se for uma lei, é evidente: eu tenho de cumprir. Todo o cidadão tem de cumprir", acrescentou.

Em 1990, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe assinaram um acordo para unificar a língua portuguesa e estabeleceram um prazo de quatro anos para a sua ratificação, que seria em 1994.

Uma década depois, em 2004, foi aprovado um protocolo de alteração prevendo que bastaria que três países o ratificassem para que o acordo entrasse em vigor.

O Brasil ratificou-o logo a seguir e dois anos depois foi a vez de Cabo Verde, São Tomé e Portugal que, contudo, não procedeu ao depósito dos instrumentos de ratificação que a lei exige.

Lusa

 

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« Responder #36 em: Fevereiro 16, 2008, 02:20:21 pm »
Podia-se dispensar este acordo diz Eduardo Lourenço

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O ensaísta, professor universitário e filósofo Eduardo Lourenço considera dispensável o Acordo Ortográfico da língua portuguesa cuja ratificação está pendente desde 1994 e vai continuar a escrever como aprendeu, mesmo que este entre em vigor.

"Eu acho que se podia dispensar este acordo. Escrevo em português e penso que os portugueses vão continuar a escrever - sobretudo os da minha geração - no código em que foram ensinados. Na minha idade (84 anos), não vou agora mudar para uma ortografia - digamos - comum", disse Eduardo Lourenço à Lusa, à margem da 9ª edição do encontro de escritores de expressão ibérica Correntes d'Escritas, que hoje termina na Póvoa de Varzim.

Do ponto de vista literário, "propriamente dito, é-me absolutamente indiferente que seja a versão brasileira ou a versão portuguesa", frisou

No entanto - concluiu - "a regra para nós, portugueses, é um pouco estranha, porque é a norma brasileira. Ficarei na norma portuguesa".

Foi em 1990 que Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe assinaram um acordo para unificar a língua portuguesa e estabeleceram um prazo de quatro anos para a sua ratificação, que seria em 1994.

Uma década depois, em 2004, foi aprovado um protocolo de alteração prevendo que bastaria que três países o ratificassem para que o acordo entrasse em vigor.

O Brasil ratificou-o logo a seguir e dois anos depois foi a vez de Cabo Verde, São Tomé e Portugal que, contudo, não procedeu ao depósito dos instrumentos de ratificação que a lei exige.

Lusa

 

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comanche

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« Responder #37 em: Fevereiro 29, 2008, 05:37:41 pm »
Acordo Ortográfico: Falta vontade política para ratificação - Malaca Casteleiro

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Lisboa, 29 Fev (Lusa) - O professor João Malaca Casteleiro, linguista que participou no processo de elaboração do Acordo Ortográfico, lamentou hoje a falta de vontade política que está a entravar a sua ratificação.

"Eu tenho muita pena de que não haja vontade política para ratificar o acordo nos oito países do espaço da Lusofonia", declarou o linguista numa mesa-redonda sobre o tema, realizada no âmbito da Expolíngua, que hoje termina no Centro de Congressos de Lisboa.

"É que isto não é uma questão linguística, é uma questão política, uma questão muito importante do ponto de vista da política de Língua no âmbito da Lusofonia", sublinhou Malaca Casteleiro, membro da classe de Letras da Academia de Ciências de Lisboa.

"Esquece-se muitas vezes que, para haver Lusofonia, tem de haver medidas concretas e alcance prático e esta é uma delas", frisou.

O professor jubilado da Faculdade de Letras de Lisboa defendeu que se assiste "desde 1911 - data do primeiro acordo ortográfico - a uma espécie de guerra ortográfica dos cem anos".

Na sua opinião, apesar de o novo acordo "remontar a 1990, ele continua totalmente actual e pertinente", espelhando "as razões que desde sempre nortearam a procura de uma unificação da ortografia da Língua Portuguesa".

"Sendo a Língua Portuguesa um instrumento de comunicação de oito países de língua oficial com 200 milhões de falantes, convém que haja uma só ortografia e não duas", sustentou.

O professor explicou que este acordo ortográfico "privilegia o critério fonético a desfavor do critério etimológico", o que implica "a supressão das consoantes mudas, há muito decidida no Brasil".

"São estas consoantes - apontou - que têm atrapalhado todo o processo. E não se percebe porquê", porque, garantiu, tudo foi estudado e analisado com muito prudência.

"Este acordo prevê a unificação possível que, mesmo assim, abrangerá 98 por cento do léxico", precisou.

Em 1990, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe assinaram um acordo para unificar a Língua Portuguesa e estabeleceram um prazo de quatro anos para a sua ratificação, que seria em 1994.

Uma década depois, em 2004, foi aprovado um protocolo de alteração prevendo que bastaria que três países o ratificassem para que o acordo entrasse em vigor.

O Brasil ratificou-o logo a seguir e dois anos depois foi a vez de Cabo Verde, São Tomé e Portugal, que, contudo, não procedeu ao depósito dos instrumentos de ratificação que a lei exige.

 

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André

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« Responder #38 em: Março 06, 2008, 04:31:28 pm »
Governo ratifica acordo ortográfico da língua portuguesa

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O Governo aprovou hoje a proposta do segundo protocolo modificativo ao Acordo ortográfico da língua portuguesa, de 1991, comprometendo-se a adoptar as medidas adequadas para «garantir o necessário processo de transição, no prazo de seis anos».

A decisão, que ainda terá de ser sujeita à apreciação do Parlamento e do Presidente da República, Cavaco Silva, foi anunciada pelo ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, no final do Conselho de Ministros.

«O Estado Português adoptará as medidas adequadas para garantir o necessário processo de transição, no prazo de seis anos, nomeadamente ao nível da validação da ortografia constante dos actos, normas, orientações ou documentos provenientes de entidades públicas, bem como de bens culturais, incluindo manuais escolares, com valor oficial ou legalmente sujeitos a reconhecimento, validação ou certificação», lê-se no comunicado do Conselho de Ministros.

Diário Digital / Lusa

 

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André

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« Responder #39 em: Março 06, 2008, 10:41:48 pm »
6 anos para nova grafia entrar em vigor

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O governo comprometeu-se hoje a adoptar as medidas adequadas a garantir o necessário processo de transição, no prazo de seis anos, para a aplicação plena das alterações contempladas no Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

A decisão consta da proposta de resolução que aprovou, em conselho de ministros, o Acordo do Aegundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico.

No final do ano passado, a então ministra da Cultura Isabel Pires de Lima sugerira um prazo mais amplo para a transição: 10 anos.

Em declarações à Lusa, Malaca Casteleiro rejeitara então como excessivo o prazo proposto, asseverando ser suficiente, para as necessárias alterações, metade do que pedira a ministra.

Hoje, também à Lusa, o professor e académico considerou «razoável» o prazo avançado pelo governo e congratulou-se por, finalmente, uma decisão ter sido tomada pelo governo.

A proposta de resolução foi tornada pública pouco tempo depois de escritores de nomeada, portugueses e africanos - Mia Couto, Pepetela, Eduardo Lourenço, entre outros -, terem minimizado a importância de aprovação do Acordo e de instituições como a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) e a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) apelarem à realização de um debate público prévio.

Na Assembleia da República, órgão a que competirá aprovar a resolução do governo, prepara-se entretanto uma conferência internacional e uma audição pública organizadas pela Comissão Parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura.

Segundo o presidente daquela Comissão, Luís Marques Guedes, trata-se de «uma iniciativa concertada» com o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, e «em princípio» decorrerá a 7 de Abril, «durante todo o dia».

Além de representantes da Academia de Ciências de Lisboa e da Academia Brasileira de Letras, as instituições que negociaram as bases científicas do acordo, serão ouvidos responsáveis da SPA e da APEL, entre outras entidades.

O programa inclui também um frente-a-frente entre o escritor e eurodeputado social-democrata Vasco Graça Moura, um dos mais conhecidos adversários do acordo, e o professor Carlos Reis, antigo director da Biblioteca Nacional, que tem a posição contrária.

O Acordo Ortográfico foi rubricado em 1991 e deveria ter entrado em vigor em 1994, mas apenas três dos Estados membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe - aprovaram quer o acordo quer os dois protocolos modificativos entretanto estabelecidos ao mais alto nível entre os oito países.

O segundo desses protocolos, de 2004, prevê que é suficiente a ratificação do texto por três países para que o mesmo entre imediatamente em vigor nesses países.

O Protocolo Modificativo foi assinado por todos os países lusófonos, mas apenas ratificado inicialmente pelo Brasil e Cabo Verde, tendo em Agosto de 2006 sido ratificado igualmente por São Tomé e Príncipe, passando juridicamente a estar em vigor.

Como qualquer acordo internacional, o referido protocolo tem de ser ratificado pela Assembleia da República, mediante proposta do governo.

Segundo especialistas, as modificações propostas no Acordo devem alterar 1,6 por cento do vocabulário de Portugal.

Os portugueses deixarão, por exemplo, de escrever «húmido» para usar a nova ortografia - «úmido».

Desaparecem também da actual grafia em Portugal o «c» e o «p» nas palavras em que estas letras não são pronunciadas, como em «acção», «acto», «baptismo» e «óptimo».

No Brasil, a mudança será menor, porquanto apenas 0,45 por cento das palavras terão a escrita alterada.

O trema utilizado pelos brasileiros desaparece completamente e ao hífen acontece o mesmo quando o segundo elemento da palavra comece com «s» ou «r», casos em que estas consoantes devem ser dobradas, como em «antirreligioso» e «contrarregra».

Apenas quando os prefixos terminam em «r» se mantém o hífen. Exemplos: hiper-realista, super-resistente.

O acento circunflexo sai também de cena nas paroxítonas (palavras com acento tónico na penúltima sílaba) terminadas em «o» duplo («vôo» e «enjôo»), usado na ortografia do Brasil, mas não na de Portugal, e da terceira pessoa do presente do indicativo ou do conjuntivo de «crer», «ler», «dar», «ver» e os seus derivados. Passará a escrever-se: creem, leem, deem e veem.

No Brasil, o acento agudo deixará de usar-se nos ditongos abertos «ei» e «oi» de palavras paroxítonas como «assembleia» e «ideia».

Com a incorporação do «k», «w» e «y», o alfabeto deixará de ter 23 letras para ter 26.

Diário Digital / Lusa

 

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André

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« Responder #40 em: Março 19, 2008, 04:43:27 pm »
Acordo Ortográfico é necessário para a expansão da língua portuguesa

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O ministro da Cultura defendeu hoje o Acordo Ortográfico como uma «necessidade para a expansão da língua portuguesa», sustentando no Parlamento que as reformas anteriores «não destruíram a criatividade e a liberdade de escrita»
 
José António Pinto Ribeiro respondia a diversas perguntas dos deputados da Comissão de Ética, Sociedade e Cultura sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa alcançado em 1991 e ratificado pelo Brasil, Cabo Verde e São Tomé.

Recentemente, o governo aprovou uma resolução sobre o Segundo Protocolo modificativo do Acordo, comprometendo-se a adoptar «as medidas adequadas a garantir o necessário processo de transição, no prazo de seis anos», para a sua aplicação, «nomeadamente ao nível da validade da ortografia constante dos actos, normas, orientações ou documentos provenientes de entidades públicas, bem como de bens culturais, incluindo manuais escolares, com valor oficial ou legalmente sujeitos a reconhecimento, validação ou certificação».

Pinto Ribeiro recordou que a Academia das Ciências «limitou-se» a fazer a recolha da letra A ao longo de 200 anos, «o que nunca permitiu a fixação da língua portuguesa num dicionário», ao contrário do que aconteceu noutros países, como a Espanha e a França.

«Não tendo Portugal criado um estudo normativo, vemo-nos forçados a criar leis», justificou.

O governante lembrou que as sucessivas reformas realizadas em Portugal, nomeadamente em 1911, 1931 e 1945, nas quais desapareceram, por exemplo, o ph e o y, «não destruíram a criatividade e a liberdade de escrita»

«Há um conjunto de necessidades políticas e económicas com vista à internacionalização do português como identidade e marca económica», disse, sublinhando que, recentemente, quando se deslocou ao Brasil por iniciativa do seu homólogo brasileiro, Gilberto Gil, ficou decidido realizar um estudo para avaliar o valor económico da língua portuguesa.

O ministro observou que o Acordo Ortográfico da língua portuguesa «não avançou mais cedo porque não houve vontade política»

Zita Seabra, deputada social-democrata, que é também editora, disse estar «completamente contra» o Acordo Ortográfico, «tal como a anterior ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, poque a questao não é ortográfica, mas da própria construção da frase e da escrita».

Na opinião de Pinto Ribeiro, as alterações do Acordo Ortográfico não constituirão obstáculo.

«A grafia facilita», vincou, acrescentando que não será necessário «traduzir» livros de autores brasileiros para português, tal como, por exemplo, António Lobo Antunes não «traduz» os seus livros para «brasileiro».

Lusa/SOL

 

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« Responder #41 em: Março 21, 2008, 04:40:49 pm »
Aquí alguién ha hecho algo por la lengua portuguesa.

La Tugapedia, la enciclopedia online en portugues PT

http://www.tugapedia.com/wiki/P%C3%A1gina_principal
 

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André

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« Responder #42 em: Março 24, 2008, 06:40:45 pm »
Guebuza diz que Moçambique está a analisar Acordo Ortográfico

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O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, afirmou hoje que Moçambique «está a analisar o Acordo Ortográfico» e «um dia vai assiná-lo», mas não se comprometeu com qualquer data.

«Moçambique está a analisar o acordo ortográfico e, como é óbvio, um dia vai assiná-lo», disse Armando Guebuza durante uma conferência de imprensa conjunta com Cavaco Silva, no primeiro dia da visita do presidente português a Moçambique.

O Acordo Ortográfico, que visa unificar a escrita do português, foi alcançado em finais de 1990 e deveria ter entrado em vigor em 1994, mas apenas três dos Estados membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe - aprovaram quer o acordo quer os dois protocolos modificativos entretanto estabelecidos entre os países da CPLP.

O segundo desses protocolos, de 2004, prevê que é suficiente a ratificação do texto por três países para que o mesmo entre em vigor.

Este Protocolo Modificativo foi assinado por todos os países lusófonos, mas apenas ratificado inicialmente pelo Brasil e Cabo Verde, tendo em Agosto de 2006 sido ratificado igualmente por São Tomé e Príncipe.

No início deste mês, o Governo português aprovou uma resolução propondo à Assembleia da República a ratificação deste segundo Protocolo Modificativo, que abre caminho à aplicação do Acordo Ortográfico, mas estabeleceu um período de transição de seis anos.

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #43 em: Março 25, 2008, 06:06:00 pm »
Acordo Ortográfico na agenda da próxima reunião da CPLP

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O ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, assegurou hoje que não existe «nenhum obstáculo nem nenhuma razão política» que impeçam a ratificação do Acordo Ortográfico pelos membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

«Não há nenhum obstáculo nem nenhuma razão política que leve à não ratificação. Há apenas razões administrativas (...). O que haverá que fazer é um processo de ratificação do acordo. É um processo constitucional que demorará o tempo que demorar», disse, em Maputo, à margem do colóquio «Português, língua global», no âmbito da visita oficial a Moçambique do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.

José António Pinto Ribeiro adiantou ainda que a ratificação do Acordo Ortográfico fará parte da agenda da próxima reunião da CPLP, prevista para Junho, em Lisboa.

O Acordo Ortográfico, que visa unificar a escrita do português, foi alcançado em finais de 1990 e deveria ter entrado em vigor em 1994, mas apenas três dos Estados membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe - aprovaram quer o acordo quer os dois protocolos modificativos entretanto estabelecidos entre os países da CPLP.

O segundo desses protocolos, de 2004, prevê que é suficiente a ratificação do texto por três países para que o mesmo entre em vigor.

Este Protocolo Modificativo foi assinado por todos os países lusófonos, mas apenas ratificado inicialmente pelo Brasil e Cabo Verde, tendo em Agosto de 2006 sido ratificado igualmente por São Tomé e Príncipe.

No início deste mês, o Governo português aprovou uma resolução propondo à Assembleia da República a ratificação deste segundo Protocolo Modificativo, que abre caminho à aplicação do Acordo Ortográfico, mas estabeleceu um período de transição de seis anos.

No primeiro dia da visita oficial de Cavaco Silva a Moçambique, o seu homólogo moçambicano, Armando Guebuza, adiantou que o seu país «está a analisar o Acordo Ortográfico» e «um dia vai assiná-lo», mas não se comprometeu com qualquer data.

Diário Digital / Lusa

 

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comanche

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« Responder #44 em: Abril 09, 2008, 07:20:45 pm »
Novos dicionários adaptados ao Acordo Ortográfico de 1990

http://www.youtube.com/watch?v=A7n1DRv4x4o&feature=related