A "ligeireza" como "On the occasion of this incident, ten crew members requested their immediate repatriation, after the frigate sailed into the port of Djibouti." faz-me confusão... eu sei que não sou eu que lá estou e talvez esteja influenciado por estoicismo de obras de ficção como o "HMS Ulysses"; talvez a tripulação não tenha tido o treino necessário... talvez estar em treinos NATO não prepare para dias de "alerta / perigo permanente"; mas causa-me espanto.
Fora disso... uma fragata já com ESSM ("In 2007, an upgrade of the STIR fire control system to allow the firing of the RIM-162 ESSM surface-to-air missile was launched.") está assim tão mal preparada? Está visto que o Goalkeeper modernizado é afinal mt útil (e Phalanx Block 1B também - mas para drones será inferior?)...
Interessante perceber o que a Marinha agora, analisando o "ambiente operacional", julga sobre a nossa capacidade de enviar fragatas para lá...
Os ESSM são ainda Block I, e os radares são velhos (exactamente os mesmos das nossas VdG). Os Phalanx não estão actualizados, logo sem FLIR ficam em desvantagem face aos Goalkeeper (que já o têm), o que certamente afectará a eficácia dos sistemas. Os únicos sistemas EO/IR a bordo do navio, penso que são os colocados nos STIR (apenas 2), tornando-se impossível lidar com múltiplas ameaças.
Poderá dar-se o caso também dos gregos preservarem os apenas 32 ESSM para abater mísseis (um risco calculado), e preferirem lidar com drones com o restante armamento (e pode ser aí que falham), ou, as limitações dos sensores dos navios para detectar ameaças de RCS reduzido como os pequenos drones, faz com que o emprego dos ESSM não seja adequado pela proximidade ao navio com que a ameaça seja detectada.
Podemos também colocar a dúvida acerca da eficácia do VLS para estas situações em que a ameaça está extremamente perto. Um míssil lançado de VLS tem que ser lançado verticalmente, e precisa de atingir alguma altitude até conseguir virar em direcção ao alvo, algo que com o RAM, Mk-29, Atlas RC, entre outros sistemas "rotativos" e direccionáveis, não acontece.
Volto a dizer que, os navios precisam de estar melhor equipados em termos de sensores, e também de armamento. Os CIWS (nomeadamente Phalanx e Goalkeeper, por gastarem as munições depressa) deviam limitar-se à função anti-míssil, para função anti-drone, RWS de 30/35/40mm em maior número (4-6 por navio) deverão ser a arma eleita, e tudo isto complementado por um canhão principal com mais valências anti-míssil e anti-drone, como as 76mm modernas. Não descurava a necessidade de um míssil AA de curto alcance (RAM, Mistral, entre outros) que não seja lançado de um VLS, que possa ser rapidamente recarregado sem o navio precisar de voltar à doca, e que consiga enfrentar ameaças a muito curta distância.