Chama-se Kristalina Georgieva, vem da Bulgária e é nossa conhecida desde que Antonio Guterres foi eleito secretário-geral das Nações Unidas. Foi a segunda escolha de Putin, depois de a também búlgara, Irina Bokova, ter sido bloqueada pelos americanos.
Discutia-se na altura quem substituiria o sul coreano Ban Ki-Moon, os americanos e os ingleses apoiavam a candidata da Nova Zelândia, Helen Clark. Ninguém se entendia e todos optaram pelo menor dos males, que foi António Guterres.
Agora, em 2023, Kristalina que foi para o
Banco Mundial e está agora no
FMI, poderá estar na origem de uma das maiores manipulações de dados dos últimos anos, que ficou clara quando o Fundo Monetário Internacional divulgou
estatísticas sobre a economia russa, prevendo que o país de Putin, conseguiria aguentar-se muito melhor que o previsto no ocidente.
Sabemos que no tempo de Estaline, Krutchev e Brejnev,
as estatísticas russas eram completamente fraudulentas e que eram fornecidas a organismos internacionais, como forma de propaganda, tentando demonstrar as vantagens do sistema comunista.
De uma forma completamente infantil e “inocente” os organismos ocidentais aceitaram as estatísticas soviéticas sobre a economia, aceitando assim que de alguma forma o sistema económico centralizado tinha vantagens inerentes...
Depois da queda da URSS, o gigantesco balão de mentiras sobre a economia rebentou, e os dados reais acabaram por vir ao de cima. A economia soviética, era muito mais pequena e muito menos eficiente, que o que poderia ter sido sequer imaginado no ocidente.
A História repete-se
Com o reavivar da invasão da Ucrânia pela Russia em 2022, no entanto, um grande número de sanções foi levantada à Russia. Como os próprios russos disseram, as sanções eram como um ataque com armas atómicas.
Porém, contra todas as espectativas, a economia da Russia parece aguentar-se, mas em grande medida essa capacidade para resistir às sanções, não reside na capacidade dos russos para manter a economia a flutuar, ela reside acima de tudo na
volta à tradição de manipular as estatísticas entregues aos organismos internacionais.
No inicio de 2023, a Russia já não divulga dados estatísticos fiáveis, e os que existem são estimativas baseadas nos anos anteriores, num organismo comandado por uma senhora que era conhecida por não querer antagonizar a Russia.
A dormir ao volanteO FMI, comandado por Georgieva, é acusado de estar a dormir ao volante, quando deveria estar a em cima dos acontecimentos. Os dados estatísticos do FMI, fornecidos pelo instituto russo de estatística o
ROSSTAT, não tiveram nos últimos meses qualquer confirmação por uma fonte independente.
Ninguém verificou os dados, ninguém verificou as fontes, ninguém os cruzou com nada, absolutamente nada.https://fortune.com/2023/03/06/imf-naively-parroted-putin-fake-statisticsand-botched-economic-forecast-russia-ukraine/Segundo vários analistas, o FMI deveria reconhecer pelo menos, que não sabe o que se passa na economia russa. Em vez disso, o Fundo Monetário Internacional, limita-se a afirmar que existe um elevado grau de incerteza.
Enquanto o FMI afirma que a economia russa deverá ter um ligeiro crescimento, os poucos dados por setores que é possível conhecer e confirmar mostram que as companhias internacionais que abandonaram a Russia, representavam 40% do PIB do país, antes de Fevereiro de 2022.
A Russia perdeu praticamente o mercado de combustíveis da Europa, de onde vinha 60% a 75% dos seus lucros (
atenção que lucros, não são vendas). Parte desses combustíveis foram vendidos à China e à India, mas chineses e indianos, aproveitaram-se para meter as mãos no pescoço de Putin, e apertar com força, para que o ditador finalmente aceitasse dar descontos gigantescos, que em alguns casos chegam a 50%
Com amigos como a China e a India, realmente Putin não precisa de inimigos.
Em todas as economias, a industria automóvel é um dos motores. Com as sanções os russos lançaram no mercado viaturas com modificações de emergência para manter a produção mesmo sob sanções.
Carros sem air-bag, eletronica modificada, carros com carburador tradicional e sem ignição eletrónica... etc.
Esperava-se que a industria continuasse, mas o que se sabe é que a industria automóvel russa, sofreu uma queda abrupta.
A queda das vendas de viaturas ocidentais chega a 99% e as vendas de automóveis no total mostram uma queda de 58% a 63% dependendo das fontes, e isto depois de marcas chinesas como a Haval e a Geely terem visto as suas vendas aumentar.
O que se sabe, é que os dados divulgados pelos russos, quando contrastados trimestre a trimestre, apresentam falhas e contradições, que confirmam que, como no tempo da União Soviética - que Putin pretende reconstruir - os velhos hábitos voltaram, também na manipulação das estatísticas ...
https://foreignpolicy.com/2023/03/13/russia-economy-sanctions-gdp-war-ukraine-disinformation-statistics/