Escalada do petróleo continuará a dominar mercados, diz IMD

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Marauder

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Escalada do petróleo continuará a dominar mercados, diz IMD

O preço elevado do petróleo continuará a definir o panorama da competitividade internacional no próximo futuro, prevê o Instituto Internacional para o Desenvolvimento da Gestão (IMD).


A previsão consta do anuário sobre a competitividade internacional que o IMD publica desde 1989 de forma ininterrupta.

Os autores entendem mesmo que «a economia mundial entrou numa era de matérias-primas, mercadorias e energia caras».

Uma das razões é que o «síndroma da China» pode ser seguido pelo «síndroma da Índia».

O «síndroma da China» designa uma realidade em que a combinação de dimensão, crescimento rápido e baixa eficiência energética deste país provocou o aumento na procura de matérias-primas nos mercados mundiais.

A China está a representar entre 25 e 30% do consumo total de matérias-primas, como alumínio, ferro, cobre e carvão e mais de 40% do consumo de cimento.

A consequência foi o disparar dos preços, para níveis recordes, de aço, estanho, níquel, cobre, alumínio, chumbo, zinco e ouro.

A alusão ao «síndroma da Índia» deve-se a que a economia indiana é ainda maior do que a chinesa.

Os economistas do IMD relativizam porém no caso da energia.

Como dizem, «é importante sublinhar que os impostos representam cerca de dois terços dos preços de retalho na maior parte dos países industrializados».

Assim, «o aumento do preço do petróleo também tem sido benéfico para muitos governos ocidentais».

São ainda apontados vários factores que sustentam a previsão de preços elevados no futuro, o primeiro dos quais o de o consumo chinês de petróleo representar apenas 7,7% do total mundial, o que contrasta com as quotas nas outras matérias-primas.

Os analistas esperam que esta quota aumente, tendência que se verificará também em países como a índia e outras economias emergentes como o Vietname ou a Indonésia, adiantam.

Acresce que as capacidades de extracção e refinação estão no limite, acrescentam.

A capacidade disponível não deve exceder os 2,5 milhões de barris por dia, para um consumo que é de 80 milhões de barris diários.

Desta forma, qualquer potencial instabilidade na maior região produtora, o Golfo Pérsico, criará tensões adicionais sobre os preços.

Outros problemas, como a crise nuclear iraniana, motins na Nigéria ou tempestades no Golfo do México só agravarão o panorama.

Em terceiro lugar, as principais reservas, situadas na Federação Russa, Ásia Central ou Iraque, ainda não estão plenamente desenvolvidas.

Por fim, o IMD aponta ainda os regimes latino-americanos, que classifica de populistas, os quais, diz, poderão continuar a usar a energia como arma política nos mercados internacionais.

Diário Digital / Lusa

11-05-2006 10:03:00


Nada que não seja novidades...
Os "tempos felizes" das petrolíferas aproximam-se, ou até já começaram...

A nova refinaria seria uma mais valia (com projecto reformulado é claro) para Portugal para este século, visto que a substituição do petróleo por outro combustível não-fóssil ainda parece distante.

Numa situação muito optimista, o "ouro negro" deverá durar até ao fim deste século...ou não...afinal...a procura não tem intenções de ficar parada..

Vou mas é comprar uma bicicleta. Nas cidades alemãs, e também outras pela Europa, a bicicleta é na realidade, um meio de transporte com muitas vantagens.  c34x