Mandar uma fragata para Timor, de pouco servia, porque os rebeldes não têm marinha.
A presença da Fragata em Timor, no periodo da independência, tinha razão de ser, porque havia uma situação de indefinição com a Indonesia e não se sabia qual a posição que a nova presidente na altura (Megawati) tomaria durante o periodo de transição.
Tería justificação mandar uma fragata, se Portugal tivesse um Navio de Apoio Logistico, de forma a que o navio pudesse funcionar como base de comando de operações, mas não temos tal navio.
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A afirmação produzida ontem sobre a existência de uma Brigada de Reação Rápida, é - do meu ponto de vista - apenas decorrente da imaginação delirante de alguns oficiais das forças armadas, que infelizmente não têm a mais pequena noção dos custos e da dificuldade em suportar uma força a esta distância, e de transporta-la.
Temos que ter a noção de que em qualquer circunstância, a Australia chegará sempre antes, e a Australia não só tem muito mais armas, melhores e mais modernas, como está ali a um saltinho.
Nós, mesmo que tivessemos uma brigada de reação rápida equipada com armamento adequado, não a conseguiriamos colocar em Timor. Não temo aviões para isso.
A necessidade de obter um OK das Nações Unidas, tem a ver também com a facilidade na obtenção de todo o tipo de autorizações de sobrevoo que são necessárias. Os nossos C-130 não são aviões de transporte estratégico, e por isso precisam de ir aos saltinhos de canguru de aqui até Díli.
A única forma de ter evitado a situação, era ter mantido uma força militar portuguesa em Timor, que poderia ser do nível batalhão, mesmo que com um efectivo reduzido. Um efectivo de 300 a 400 militares, ou mesmo menos, equipados com dois ou três M-113 (que os Austrlianos utilizam) seriam o suficiente para meter medo a qualquer tentativamais ou menos rebelde.
Talvêz a pergunta seja:
O que estão as nossas tropas a fazer no Afeganistão e na Bósnia?
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Cumprimentos