Tensão em Timor Leste

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PereiraMarques

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« Responder #60 em: Maio 25, 2006, 06:16:53 pm »
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Timor-Leste
Equipa do GOE em Díli deverá ser reforçada "a muito curto prazo"
25.05.2006 - 13h48   Lusa
 
A equipa do Grupo de Operações Especiais da PSP (GOE) em Díli deverá ser reforçada a "muito curto prazo" devido aos incidentes registados nas últimas horas na capital timorense.

"Está a ser avaliada a situação da equipa dos GOE em Díli e a qualquer momento pode vir a ser reforçada com mais elementos", disse à Lusa uma fonte da Direcção Nacional da Polícia de Segurança Pública.

"As equipas dos GOE têm um grau de prontidão imediato", ou seja, podem partir logo após a tomada de decisão por parte do poder político.

A equipa de oito elementos actualmente na capital timorense "está no terreno há cerca de 15 dias" e tem como missão "proteger as instalações diplomáticas portuguesas e seus ocupantes, podendo também participar na evacuação de cidadãos".

A mesma fonte da direcção da PSP declarou que estes elementos "estão treinados para actuar em cenários de instabilidade grave".

O Grupo de Operações Especiais da PSP que está em Díli patrulhou ao final da manhã de hoje um bairro onde residem professores portugueses, depois de algumas casas vizinhas terem sido incendiadas, disse hoje de manhã o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

A mesma fonte adiantou que a patrulha do Grupo de Operações Especiais durou apenas algum tempo, na altura do "pico dos incidentes" registados hoje em Díli.

Portugal está a aguardar uma resolução das Nações Unidas que deverá ser tomada hoje à tarde e que deverá determinar o envio de uma força para Timor-Leste.

Portugal anunciou ontem o envio de um contingente da GNR no âmbito de uma missão internacional e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Diogo Freitas do Amaral, pediu à ONU uma decisão rápida que confira plena autoridade internacional à força de segurança que está a ser preparada pelos quatro países.

Os confrontos ocorridos hoje entre as Forças Armadas e a polícia timorense, em Díli, provocaram pelo menos dez mortos, segundo fonte da polícia timorense.

Fonte: http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1258375
 

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PereiraMarques

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« Responder #61 em: Maio 25, 2006, 10:35:37 pm »
Alguns pormenores sobre a força da GNR a enviar...

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Actualidade  
 
2006-05-25 - 00:00:00

Crise - Revoltosos atacam quartel-general em Díli
120 ninjas da GNR vão para Timor
 
O Governo português espera apenas uma resolução da ONU, que deverá ser conhecida hoje, para enquadrar a missão internacional. Em Timor, a escalada de violência entre militares revoltosos e as Forças Armadas, que já provocou um número indeterminado de mortes, poderá ter atingido o ponto de não retorno, com o ataque ao quartel-general em Díli.

“Temos meios e experiência, só precisamos que nos digam para avançar”, disse ontem o porta-voz da GNR. O ritmo nos gabinetes é frenético. Ao que o CM apurou, a força a enviar para Timor-Leste terá cerca de 120 militares do Batalhão Operacional, aptos a desempenhar missões “exclusivamente policiais”: como patrulhamentos e manutenção da ordem pública.

De resto, segundo adiantou fonte militar, a força da GNR, que pode chegar a Timor em dois dias com recurso a aeronaves requisitadas, deverá contemplar, além de ordem pública, operações especiais e inactivação de explosivos. Ao contrário do Iraque, tudo indica que as viaturas a usar não serão blindadas – apenas protegidas. “A força terá uma missão policial, nunca militar, e actuará ao primeiro sinal de problemas”, disse a mesma fonte.

Após o pedido de ajuda das autoridades timorenses, feito também à Austrália, Nova Zelândia e Malásia, que deverão destacar forças militares, José Sócrates confirmou ontem o envio da GNR para Timor. Apesar da disponibilidade demonstrada pelas Forças Armadas, em especial pela Marinha, que propôs uma força de Fuzileiros, esta opção necessitava de autorização do Presidente da República. O envio da GNR depende apenas do Governo.

Hoje, o Conselho de Segurança da ONU deve decidir o envio de uma força internacional para Timor-Leste. Esta resolução, disse fonte militar,“permitiria suportar os custos deste tipo de força e respectiva componente logística”, disse. A GNR já tem dois observadores em Díli que, em contacto permanente com Lisboa, informam sobre o que se passa em Timor .

Ontem, os militares revoltosos comandados pelo major Alfredo Reinado, armados com espingardas M16 e pistolas de 9 mm, atacaram o quartel-general das Forças Armadas, em Taci Tolu, a sete quilómetros do centro de Díli, e as casas dos dois máximos responsáveis militares. Os revoltosos já admitiram negociar com as tropas internacionais.

A Austrália e os Estados Unidos estão a retirar o pessoal não oficial e a embaixada de Portugal aconselhou os portugueses a ficarem em casa. Um padre jesuíta afirmou que os confrontos em Timor já provocaram 24 mortos. O governo timorense admite cinco mortes.

GOE NO TERRENO PREPARA SAÍDA DE PORTUGUESES

Oito homens do Grupo de Operações Especiais (GOE)da PSP estão, desde há duas semanas, em Timor-Leste a preparar a possível evacuação dos cerca de 450 portugueses que vivem e trabalham no país. “É um trabalho que está a ser feito pelo GOE em colaboração com os australianos, para garantir meios de transporte”, disse ao CM fonte da PSP.

O clima de instabilidade que se vive em Timor é, segundo fontes militares contactadas pelo CM, pouco “adequado” ao envio de uma força policial, como a GNR. “Trata-se de um conflito entre Forças Armadas e militares revoltosos, que exige outro tipo de abordagem”, referiu uma fonte militar.

LANCHA LUSA SALVA QUARTEL

A ‘Oecussi’, uma das duas lanchas da Marinha de Timor (que apenas tem esses dois navios, o 2.º é o gémeo ‘Ataúro’), que ontem repeliu a tiro o ataque ao quartel-general, já foi da Marinha de Guerra portuguesa.

As duas lanchas foram construídas em 1974 no Alfeite (baptizadas ‘Albatroz’ e ‘Açor’) e oferecidas a 12 de Janeiro de 2002, em Díli, pelo então ministro da Defesa, Rui Pena. Valiam dois milhões de euros. São lanchas de fiscalização pequenas (22 m de comprimento) e têm uma arma Oerlikon, de 20 mm, à proa, e uma metralhadora Browning, de 12,7 mm, à popa. As guarnições foram treinadas por Portugal.

RETIRADA

Por razões de segurança, o presidente Xanana Gusmão, a mulher, Kirsty, e os dois filhos do casal foram retirados da sua residência particular em Balibar e transferidos para o Palácio das Cinzas. Também os filhos do comandante das Forças de Defesa de Timor, Taur Matan Ruak, cuja casa foi atacada, foram transferidos para outra residência.

'FAZER A PAZ'

O major Alfredo Reinado, que comanda as forças rebeldes, mostrou-se disposto a “apertar as mãos” às forças internacionais que chegarem a Timor e “fazer a paz” nas condições pretendidas pelo presidente Xanana Gusmão.

FORÇA PORTUGUESA

PATRULHAMENTO DE ÁREAS DE RISCO

- Capacete anti-balístico
- Óculos de protecção
- Espingarda automática G3 (HK G36)
- Colete anti-bala
- Pistola com coldre HK USP 9mm
- Joalheiras de protecção

ORDEM PÚBLICA

- Capacete de ordem pública com viseira
- Escudo individual circular
- Bastão (70 cm)
- Equipamento anti-traumático de pernas (que pode ser usado no tronco)
- Cão de ordem pública

VIATURAS POLICIAIS

Ao contrário do que sucedeu no Iraque, onde foram usados veículos blindadas, a GNR deve enviar para Timor as viaturas Mercedes Sprinter: com protecção nos vidros e capazes de transportar equipas de nove militares


INTERESSES PORTUGUESES EM TIMOR

São cerca de 450 os portugueses que vivem e trabalham em Timor-Leste. Além disso, Portugal tem representação diplomática em Dili e a Caixa Geral de Depósitos é a entidade que emite a moeda timorense.

OUTRAS FORÇAS

O pedido internacional feito pelo Governo timorense foi dirigido, além de Portugal, à Nova Zelândia e à Malásia e à Austrália, cujas primeiras tropas devem chegar hoje a Timor-Leste


Fonte: http://www.correiomanha.pt/noticia.asp? ... &id=202866
 

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ricardonunes

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« Responder #62 em: Maio 25, 2006, 11:30:05 pm »
Discurso do PM.

http://xl.sapo.pt/?play=/MTE0ODU4OTcxMy ... I3ZjYxNmM=

Que tipo de posição vão as nossas Forças tomar perante o caos que se vive em Timor?
Vão simplesmente proteger os Portugueses em Timor?
Vão tomar partido pelo Governo de Timor, e enfretar os revoltosos?
Potius mori quam foedari
 

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ricardonunes

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« Responder #63 em: Maio 26, 2006, 10:44:47 am »
Freitas do Amaral desbloqueia oposição russa à intervenção em Timor
http://www.rtp.pt/index.php?article=241447&visual=16
Potius mori quam foedari
 

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ricardonunes

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« Responder #64 em: Maio 26, 2006, 07:13:42 pm »
A resposta ás minhas dúvidas.
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Freitas: GNR será responsável pelo policiamento de Díli
O contingente da GNR destacado para Timor-Leste vai ser responsável pelo policiamento de Díli e dos subúrbios, ficando para a Austrália a segurança do aeroporto, edifícios públicos e hospitais, informou sexta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros português.

«A Austrália vai ser responsável pela segurança do aeroporto, edifícios públicos e hospitais, a Nova Zelândia pela zona de Aileu, a Malásia pela zona de fronteira e a GNR pela manutenção da ordem pública em Díli e nos subúrbios», disse Diogo Freitas do Amaral no Parlamento.

Freitas do Amaral e o ministro da Administração Interna, António Costa, foram hoje ouvidos sobre o envio de forças portuguesas para Timor-Leste nas comissões parlamentares de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias e de Negócios Estrangeiros.

O chefe da diplomacia portuguesa frisou que a missão da GNR «não é de restabelecimento da ordem, mas de manutenção da ordem», explicando que foi definida com a preocupação de tornar claro que Portugal não intervém em Timor-Leste em defesa de qualquer das partes em conflito.

«Não queremos que a missão possa ser interpretada como de defesa de um dos lados em conflito», disse.

Esta preocupação foi também sublinhada pelo ministro António Costa.

«É essencial assegurar que Portugal mantém a sua relação de amizade com o conjunto dos timorenses, não se imiscuindo na vida interna e, portanto, desempenha uma missão adequada a este relacionamento», explicou António Costa.

Portugal vai enviar para Timor-Leste um contingente de 120 efectivos da Guarda Nacional Republicana (GNR). Três oficiais partiram já hoje, seguindo na quarta-feira mais 40 elementos (25 do Regimento de Infantaria e 15 do Grupo de Operações Especiais e Logística).

A Austrália, que já está no terreno com 450 soldados, tenciona aumentar a sua força para 1.300 homens até sábado à noite.

O primeiro grupo de 42 militares da Nova Zelândia partiu hoje para Díli, e os restantes, num total de 120, são esperados nos próximos dias.

Também a Malásia já enviou o primeiro conjunto de militares e polícias, devendo vir a ter no terreno 475 efectivos.

Diário Digital / Lusa

26-05-2006 18:07:00
Potius mori quam foedari
 

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Luso

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« Responder #65 em: Maio 27, 2006, 10:32:14 am »
Nuno Bento, acabo de ver imagens de garotada a destruir casas e a fazer outras... "tropelias". Que diabo se passa aí?
O que quer essa gente?
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Nuno Bento

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« Responder #66 em: Maio 27, 2006, 11:12:43 am »
Luso eu sai ontem de Timor (tenho um filho com um mes de idade e tive de pensar nele) mas o que se passa e a anarquia e a vinganca fomentadas por potencias internacionais (Australia e USA) num quadro de luta pelo poder .
Estou a caminho de Macau quando la chegar ponho as fotos do desembarque australiano e de algumas atrocidades que presenciei. Eu proprio fui alvejado pelas FDTL translocados na sua sanguinaria caminhada para atacar e fuzilar os policias desarmados.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #67 em: Maio 27, 2006, 11:39:09 am »
Fo"#$!
Bem, pelo menos já estás em segurança e isso é que importa.  :G-Ok:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Luso

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« Responder #68 em: Maio 27, 2006, 12:25:26 pm »
Obrigado, Nuno!
Ainda bem que estão a salvo.
Gostava era de saber os pormenores que levaram os insurrectos a revoltarem-se...
E o que diz, Nuno, já dá para perceber umas coisas...

entretanto...

http://www.jornaldamadeira.pt/not2005.p ... 5&id=40804

Howard detecta problema na governação de Timor  
«Não vale a pena andarmos a enganar-nos. O país não tem sido bem governado e espero que a experiência, para os que estão em cargos eleitos, de terem a necessidade de pedir ajuda do exterior, induza ao comportamento apropriado no país». A opinião é do primeiro-ministro australiano, John Howard, que considera existir «um problema significativo de governação» em Timor-Leste.  

 
O primeiro-ministro australiano disse, ontem, em declarações à rádio australiana ABC, existir «um problema significativo de governação» em Timor-Leste, frisando que os recentes confrontos são «uma lição» para os responsáveis eleitos.
«Não vale a pena andarmos a enganar-nos. O país não tem sido bem governado e espero que a experiência, para os que estão em cargos eleitos, de terem a necessidade de pedir ajuda do exterior, induza ao comportamento apropriado no país», sublinhou John Howard.
O primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, garantiu à Lusa, ontem, a unidade do Governo e voltou a insistir nas suas competências em matéria de segurança, repetindo a tese de que há uma «coordenação» entre o Governo e a Presidência da República na gestão da crise.
A tese de Alkatiri contradiz claramente fontes próximas de Xanana Gusmão contactadas pela Lusa.
Mais explícita foi a mulher de Xanana Gusmão, numa altura em que o presidente continuava incontactável na sua residência familiar.
A australiana Kirsty Sword garantiu que Xanana sente que o Governo de Mari Alkatiri é «claramente incapaz de controlar a situação». Por isso assumiu o controlo da segurança e a coordenação com as forças internacionais em Timor-Leste, frisou a mulher do presidente timorense em entrevista à ABC.

Xanana considera o Governo
incapaz de controlar a situação

«Penso que Xanana sente que, claramente, o Governo é incapaz de controlar a situação. Não é claro quem é que está a comandar as forças armadas, que parecem estar agora a alvejar as famílias de agentes da polícia», disse Kirsty Sword.
«Depois do grave surto de violência de ontem (…), Xanana deixou bem claro que assumiu o comando das forças internacionais que chegaram ontem [quinta-feira]. E pudemos reunir-nos com o general Ken Gillespie e com representantes do Governo australiano e do Governo neozelandês», acrescentou a mulher do presidente timorense.
Disse Kirsty Sword, no entanto, que Xanana «fez-lhes um ponto da situação, falou de que como ficou chocado com o fracasso do Governo em resolver as causas subjacentes à agitação das últimas semanas e deixou bem claro que assumiu o controlo das forças de defesa».
Sobre a posição do primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, que se recusa a reconhecer a autoridade exclusiva de Xanana Gusmão sobre as forças de segurança, Kirsty Sword levantou mesmo a hipótese de alterações a nível da governação: «Penso que vamos assistir a mudanças significativas. Acho que o governo perdeu a confiança da população».
Nas suas declarações à Lusa, Alkatiri contradisse ainda a alegada autonomia e autoridade das tropas australianas no terreno, declarando que a segurança de Timor-Leste é da responsabilidade do Governo e que as forças timorenses actuam em «coordenação» com as internacionais, no âmbito das «regras de actuação» definidas nos acordos assinados, disse o primeiro-ministro.

Mari Alkatiri insiste no papel
de coordenação do Executivo

«A segurança interna é da responsabilidade do Governo. Neste momento temos forças internacionais a ajudarem na segurança», referiu.
«O comando das forças internacionais não está nas mãos nem do Governo nem de nenhuma instituição timorense, mas há coordenação entre o comando das forças institucionais e das F-FDTL e coordenação política feita pelo Governo», sublinhou Alkatiri.
A posição de Mari Alkatiri sobre o papel das F-FDTL contradiz ainda a do ministro dos Negócios Estrangeiros, José Ramos-Horta, que, ontem, disse a uma rádio neozelandesa que as forças australianas tomariam posição nos principais locais da cidade, confinando os militares rebeldes e os soldados das forças governamentais aos quartéis.
Entretanto, o responsável da Força Aérea australiana disse, ontem, que o Governo timorense ordenou aos soldados da F-FDTL que regressassem aos quartéis, entregando a responsabilidade da segurança aos australianos e ordenando aos rebeldes a entrega das armas.
Os últimos dados indicam que já estão no terreno mais de 650 soldados australianos. Os restantes elementos da força de 1.300 são esperados até ao final do dia de hoje.
Estas posições contraditórias sugerem que, no primeiro dia de operações das tropas australianas em Timor-Leste, se mantinha alguma confusão quanto ao seu mandato, sobre as responsabilidades de comando da operação e sobre o eventual papel que as F-FDTL e as restantes estruturas de segurança timorenses terão no terreno.

Governo continua reunido em torno de Mari Alkatiri
O Governo continua a depositar confiança e está reunidos em torno do primeiro-ministro, não havendo quaisquer dissidências, disse, ontem, a ministra Ana Pessoa.
«Houve algumas dissidências a nível do partido [a FRETILIN], mas não a nível do Governo. Os membros do Governo não contestam a figura do primeiro-ministro», afirmou em entrevista à Lusa.
Ana Pessoa disse-se ainda convicta de que Mari Alkatiri continua a depositar confiança no ministro do Interior, Rogério Lobato, apesar do envolvimento de polícias nos confrontos de quinta-feira.
Questionada sobre esses acontecimentos, Ana Pessoa admitiu que, «a certa altura, se gerou alguma confusão», com a acção nas ruas de militares das F-FDTL, de homens fardados, mas que não obedeciam à hierarquia militar, bem como de polícias regulares e militares e civis armados.
A governante referiu-se em particular aos ataques «mais graves», nomeadamente aos quartéis da Polícia Militar e da Polícia Nacional, tendo neste último morrido nove polícias e 27 ficado feridos.
Olhando para o futuro, Ana Pessoa considerou que a situação «só chegou onde chegou» por houve «algumas falhas graves» no que toca à defesa e segurança em Timor-Leste, que será alvo agora de «uma maior reflexão».
Politicamente, Ana Pessoa considerou que a maior tarefa do Governo continua a ser a «gestão das expectativas» da população, um processo «difícil» agravado por «expectativas excessivas» e pelo facto de tudo estar ainda a nascer.
Quanto ao grupo liderado pelo Major Reinado, Ana Pessoa reiterou que o Governo continua aberto ao diálogo «desde que este não se prolongue indefinidamente».
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Paisano

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« Responder #69 em: Maio 28, 2006, 12:48:10 am »
Portugal acusa a Austrália de ingerência em Timor Leste

Fonte: www.folha.com.br

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O ministro português de Assuntos Exteriores, Diogo Freitas do Amaral, acusou neste sábado o governo da Austrália de "ingerência" na política interna do Timor Leste.

Freitas do Amaral fez a afirmação em resposta às palavras do primeiro-ministro australiano, John Howard, que disse na sexta-feira que a má administração é o principal responsável pela violência que afeta o jovem Estado asiático.

"Considero uma ingerência nos assuntos internos do Timor Leste e, por nossa parte, divergimos deste tipo de declarações feitas por um país estrangeiro", assegurou Freitas do Amaral ao chegar à reunião informal de ministros de Exteriores da União Européia (UE) em Klosterneuburg, perto de Viena.

Howard disse à emissora australiana Macquarie Radio que o Timor Leste "não foi bem governado" e que espera "que a experiência para os que se encontram em posições eleitas de ter de pedir ajuda do exterior ajude num comportamento apropriado no interior do país".

O premiê acrescentou que o Timor atravessa o eterno dilema dos pequenos Estados que perdem o controle após adquirir a independência e precisam recorrer à ajuda estrangeira para recuperar a estabilidade.

Cerca de 350 soldados australianos se encontram no Timor Leste, e se espera a chegada de outros 950 à antiga colônia portuguesa.

A força militar australiana tem a missão de restaurar a paz rompida pela rebelião de 591 militares, um terço das Forças Armadas, expulsos há alguns meses por protagonizar uma longa greve que reivindica melhores condições trabalhistas.

Além da Austrália, Timor Leste também solicitou a ajuda de tropas de Malásia, Nova Zelândia e Portugal, seu antigo tutor colonial.

Após 24 anos de ocupação indonésia e de três de administração da ONU (Organização das Nações Unidas), Timor Leste se transformou em Estado soberano em 2002.
As pessoas te pesam? Não as carregue nos ombros. Leva-as no coração. (Dom Hélder Câmara)
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Luso

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« Responder #70 em: Maio 28, 2006, 10:58:04 am »
Pobres dos povos ricos em petróleo...
A coisa realmente é "estranha". Vejam isto:


Timor-Leste: civis armados atacam bairro Delta-Comoro matando pelo menos duas pessoas
28.05.2006 - 08h14   Lusa
 

Civis armados atacaram esta manhã o bairro Delta-Comoro, na parte oriental da capital timorense, provocando pelo menos dois mortos segundo os habitantes do bairro.

Pelo menos três casas estão a arder no bairro, constatou a Lusa no local, onde estão também soldados da Malásia e da Austrália.

Segundo diversos habitantes, o ataque foi feito por cerca de 300 pessoas, usando armas tradicionais, duas espingardas automáticas AK47 e quatro pistolas.

Em declarações à Lusa, vários habitantes do bairro mostraram-se indignados com o que disseram ser a "imobilidade" dos soldados internacionais, a quem acusam de nada fazer, ao mesmo tempo que pedem a presença urgente da GNR portuguesa.

Inácio Moreira, professor universitário, 44 anos, morador no bairro, foi peremptório nesse pedido (presença da GNR), acusando as forças australianas de não estarem a "proteger a população".

"Os australianos têm armas e não fazem nada, não ajudam, só estão a ajudar os criminosos", afirmou.

Outro dos moradores do bairro, um jovem de 24 anos, cuja casa ardeu e que se disse familiar de uma das vítimas mortais, deixou ainda um recado: "digam ao Xanana (Presidente da República), digam ao Ramos-Horta (ministro dos Negócios Estrangeiros), digam ao Alkatiri (primeiro-ministro), para mandar embora as tropas australianas".
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emarques

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« Responder #71 em: Maio 28, 2006, 12:21:31 pm »
Citação de: "Luso"
Pobres dos povos ricos em petróleo...

Realmente, o petróleo deve libertar um gás qualquer através do solo que provoca instabilidade...  :twisted:
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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Rui Elias

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« Responder #72 em: Maio 29, 2006, 02:50:27 pm »
A pedido do Nuno Bento, aqui transcrevo uma mensagem que ele me enviou:

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Caro Rui Elias,

estou lhe a responder de Jakarta porque ontem a noite fui evacuado de Timor juntamente com a minha mulher e o meu filho.

Se quer que lhe diga nas classes liderantes existem duas facoes . Uma a do actual governo de Timor Leste muito ligada a Portugal e com bastante simpatia e agrado pelo nosso pais e outra a influenciada pelo lobby australiano /Americano que esta apostado em fazer cair esses lados para ganhar predominancia e influencia em Timor esta facao e representada pelos militares contestatarios(o tenete salsinha foi formado nos Estados Unidos e o Major Alfredo na Australia) e tambem um pouco pelo presidente xanana talvez um pouco pressionado pela mulher. Quanto aos ramos Horta esse vai como a maioria dos Timorenses para o lado que l=mais lhe convir. A Populacao tambem esta dividida se bem que neste caso a presenca da GNR sera muito bem vida pois foi e uma forca com provas dadas no terreno, que demostrou eficacia sem o exibicionismo e a arrogancia das tropas australianas.
Ontem antes de ser evacuado tive oportunidade de falar com varios soldados australianos e notei que nao faziam a minima ideia para onde vinham (tirei algumas fotos que oportunamente porei no forum) e estavam com atitudes de show off com o seu equipamento para jornalista ver e tirar fotografia na principal rua de Dili agora nos bairros onde existem disturbios so vao de helicoptero.
Nao sei porque mas lembrou-me a entrada dos americanos na Somalia.
Uma coisa e certa a unica forca militar que e respeitada e mete os timorenses em sentido e a GNR. Disso nao tenho duvidas.
Se se pergunta a um timorense das tropas que la estiveram anteriormente eles dizem que os asiaticos estavam de ferias os australianos nao gostavam de se arriscar os soldados portugueses eram muito mal criados e a GNR era dura justa e eficaz (o que a populacao de timor quer e que se acabem os problemas) e nesse aspecto a forca com mais reputacao em Timor e a GNR a milhas de distancia de qualquer outra.


Pesso desculpe a falta dos acentos mas estou num hotel em Jakarta a espera de ligacao para Macau. Por favor transmita o que disse aos colegas do forum .
Ultima Hora: estive agora a falar com Timor e aquilo esta em completa anarquia. As coisas estao mesmo muito mas.
 

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pedro

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« Responder #73 em: Maio 29, 2006, 06:12:32 pm »
obrigado pela informacao Rui Elias e envie os meus cumprimentos ao Nuno Bento e o desejo de que ele e a familia dele tenham uma boa viagem de regresso a Portugal (se e que vem para Portugal?) :lol:
Cumprimentos
 

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Luso

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« Responder #74 em: Maio 29, 2006, 06:17:48 pm »
Para quê comprar jornais ou ver televisão quando o melhor está aqui, no Fórum Defesa

Fórum Defesa: servir bem e bem servir.

Obrigado, Nuno Bento (agente operativo no exterior) e Rui Elias, no Retransmissor.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...