Portugal não contribuiu, na altura da independência, com alguns meios militares para as FA de Timor. Entre essas ajudas não estava uma lancha? Alguém me recorda que embarcação era essa?
Obrigado
Num reportagem da RTP passada no "telejornal" de hoje viu-se uma dessas lanchas a navegar próximo da costa, em frente a Dili, presumo.
No mesmo "telejornal" foram acrescentados alguns dados curiosos, que talvez ajudem a entender, em parte, o conflito timorense...
- Os militares revoltosos são oriundos de etnias predominantes da zona ocidental de Timor, a parte mais assimilada durante a ocupação indonésia.
- O major Alfredo Reinado, líder dos militares revoltosos, oriundo dessa mesma zona (ocidental) de Timor, refugiado na Austrália durante a acupação indonésia, regressando apenas após a independência, nunca escondeu a animosidade pelos antigos guerrilheiros, sempre se recusou a aprender o português imposto pelas chefias militares, falando apenas o dialecto local ou o bahasa indonésio, enquanto chefe duma unidada naval, segundo uma cooperante portuguesa em Timor na altura, era pouco rigoroso para aquilo que se entende dever ser uma chefia militar.
- A hierarquia católica timorense, sempre interventiva noutras alturas, agora, em conflito aberto com a liderança timorense, tem-se mantido convenientemente afastada das disputas pelo poder em Timor.
Será que se vai assistir ao renascimento, sob outra forma ou denominação, de facções pró-indonésias adormecidas até agora em Timor-Leste ?