Notícia do Diário Digital
Eurico Guterres, um dos rostos da violência que assolou Timor-Leste em 1999, viu reposta pelo Supremo Tribunal indonésio a pena de cadeia de 10 anos que lhe foi aplicada em 2002.
Segundo o tribunal, não mostrou empenho em controlar a sua milícia que matou 12 pessoas e atacou dezenas que estavam em 17 de Abril de 1999 refugiadas na casa de Manuel Carrascalão, dirigente timorense pró Indonésia.
Numa sequência de recursos ao longo dos últimos quatro anos, Eurico Guterres viu a sua pena ser reduzida a metade. Não satisfeito recorreu para o Supremo que, por sua vez, determinou que cumpra a pena que lhe foi inicialmente aplicada: 10 anos de cadeia.
Eurico Guterres, que passou de líder das milícias Aitarak, a líder regional de um dos maiores partidos indonésio, está pronto a cumprir a decisão judicial, segundo o seu advogado.
Coincidências estranhas.
Começa a fazer-se alguma (pouca) justiça pelos massacres levados a cabo pelas milícias pró-indonésias, numa altura em que alguns timorenses parecem apostados em dar razão a alguns dos argumentos indonésios para a ocupação - a inviabilidade de Timor como país.
Será que é o petróleo a fazer efeito na cabeça de algumas mentes ambiciosas.
Coincidência ou não, S. Tomé e Príncipe, que viveu pobre e em paz durante muitos anos, desde que se descobriu petróleo para aquelas bandas, começaram a aparecer focos de perturbação que não existiam antes de "haver" petróleo.
Será a "febre do Ouro Negro" ?