Noticias de Angola

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Get_It

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Re: Noticias de Angola
« Responder #165 em: Agosto 16, 2024, 03:23:58 am »
Angola's crackdown on protesters could fuel separatist violence
(15 de Agosto de 2024)
Citação de: Borges Nhamirre / ISS Africa / defenceWeb
On 30 July, an Angolan court sentenced 198 people – men, women and the elderly – to four to eight years in jail for various crimes including criminal association, rioting, rebellion and damage to public property.

They had been part of a peaceful protest last year in support of the autonomy of the Lunda people in the diamond-rich Lunda Sul Province in eastern Angola. The protesters supported Jota Filipe Malakito's pro-autonomy group – Manifesto Jurídico Sociológico do Povo Lunda-Tchokwe – a faction of the long-standing Lunda Tchokwe Protectorate Movement.

The movement, created in Lunda Sul and Lunda Norte and now also including Moxico Province, is fighting for independence for a region that holds Angola's main diamond reserves, but is considered one of the country's poorest.

Hundreds of people have already been arrested and jailed for supporting the separatist group. But government responses could become harsher and be replicated nationwide, with Parliament's passing of the Law on Crimes of Vandalism of Public Goods and Services bill last month. The bill provides prison sentences of up to 25 years for people participating in public protests that result in goods being vandalised and services being disrupted.

Angola's government has never recognised the separatists and doesn’t accept dialogue with its leaders. Local rights organisations have accused the state of carrying out political arrests and torturing group members.

The government has banned Angola's press from reporting on the topic, so developments cannot be read about in state-controlled media such as Jornal de Angola, the country's largest publication. Only international media such as Voice of America, Radio France Internationale and Deutsche Welle cover it, so awareness is low in Southern Africa.

[continua]
Fonte: https://www.defenceweb.co.za/security/civil-security/angolas-crackdown-on-protesters-could-fuel-separatist-violence/
https://issafrica.org/iss-today/angola-s-crackdown-on-protesters-could-fuel-separatist-violence

Cumprimentos,
« Última modificação: Agosto 16, 2024, 03:24:35 am por Get_It »
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Re: Noticias de Angola
« Responder #166 em: Agosto 20, 2024, 11:55:18 pm »
Uau. O governo chinês teve de dizer aos empresários chineses para não fazerem como fazem na China.

Embaixada da China em Angola emite alerta após três assassínios de chineses
(20 de Agosto de 2024)
Citação de:
A Embaixada da China em Luanda emitiu um alerta devido ao assassínio este ano, em incidentes separados, de três chineses a viver em Angola, alegadamente por «criminosos conhecidos das vítimas». Num comunicado divulgado na rede social chinesa WeChat (semelhante ao WhatsApp, bloqueado na China), a embaixada lamentou as mortes e disse que pediu à polícia para «deter os culpados o mais rapidamente possível [e] levá-los à Justiça».

De acordo com a imprensa de língua chinesa em Angola, o último caso aconteceu em 2 de Agosto, quando Huang Shunlong foi morto em Kikuxi, nos arredores de Luanda. A polícia deteve um suspeito sete dias depois na cidade de Lubango, no sudoeste do país. Em 21 de Fevereiro, a mesma imprensa avançou que um grupo terá assassinado um chinês encarregado da gestão do armazém de um distribuidor de roupa em segunda mão, situado também em Kikuxi, antes de arrombar um cofre e fugir com «uma enorme quantia».

Dois dias depois, a polícia deteve na Cidade da China três suspeitos, incluindo dois trabalhadores do distribuidor de roupa em segunda mão. Numa nota publicada na semana passada, a embaixada chinesa disse que «embora estes casos sejam ocasionais», todos foram cometidos por «criminosos [que] conheciam o local e o dia-a-dia da vítima».

A representação diplomática aconselhou as empresas e cidadãos chineses em Angola a «estarem atentos ao risco de crimes criminosos violentos cometidos por pessoas que os rodeiam». O comunicado deu como exemplo «resolver os litígios comerciais em tempo útil e de acordo com a lei, evitar atrasos prolongados que levem à acumulação de problemas e evitar recorrer a meios ilegais».

A embaixada sublinhou também a importância de «respeitar as leis laborais, empregar os trabalhadores legalmente e garantir a dignidade e o bem-estar» dos funcionários, nomeadamente respondendo «às exigências razoáveis dos colaboradores em tempo útil». A nota destacou ainda a necessidade de cuidados extra na escolha de funcionários para «cargos de alto risco (como pessoal de segurança)», para pessoal em posições-chave ou na contratação de pessoal com cadastro criminal.

[continua]
Fonte: https://eco.sapo.pt/2024/08/20/embaixada-da-china-em-angola-emite-alerta-apos-tres-assassinios-de-chineses/

Cumprimentos,
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Re: Noticias de Angola
« Responder #167 em: Agosto 29, 2024, 10:53:24 am »
BCG admite que subornou (através do escritório em Lisboa) responsáveis angolanos

A informação tinha sido comunicada pela própria Boston Consulting Group ao Departamento de Justiça norte-americano, que optou não processar a consultora dado que, além de ter denunciado o caso, despediu os envolvidos e cooperou com a investigação.



Entre 2011 e 2017, os escritórios da Boston Consulting Group (BCG) em Lisboa subornaram responsáveis angolanos e membros do MPLA, com o objetivo de que a consultora saísse vencedora dos contratos a que concorria em Angola.

O processo era feito através do envio de dinheiro para contas "offshore" controladas por homens fortes dos responsáveis políticos. Numa das situações a BCG acordou o pagamento a um agente ligado a oficiais angolanos entre 20% e 35% do valor do contrato, com esse dinheiro a rodar entre três entidades "offshore" diferentes.

"Certos funcionários da BCG em Portugal tomaram medidas para ocultar a natureza do trabalho do agente para a BCG quando surgiam questões internas, incluindo através da atualização da data de contratos para um período anterior e da falsificação do alegado propósito do trabalho do agente", pode ler-se na investigação do Departamento de Justiça norte-americano (DoJ) publicado esta quarta-feira.

Estes sete anos coincidiram com o fim do "reinado" de José Eduardo dos Santos, que abandonou a presidência após 38 anos.

Esta prática foi inicialmente reportada pela própria BCG ao Departamento de Justiça norte-americano. Daí que na investigação tornada pública esta quarta-feira - apesar de as práticas incorrerem numa violação do "US Foreign Corrupt Practices Act" - o departamento indica que não vai processar a consultora, uma vez que além de ter denunciado o caso, despediu as pessoas envolvidas e cooperou com a investigação.

Entre 2011 e 2017, a BCG ganhou 11 contratos com o Ministério da Economia e um com o Banco Nacional de Angola (BNA), que geraram uma faturação de 22,5 milhões de dólares e lucros de 14,4 milhões de dólares. Como parte do processo com o DoJ, a consultora não aceitou esse valor.

Neste período, o Ministério da Economia era liderado por Abrahão Gourgel. Já o Banco Nacional de Angola teve três governadores, José Lima Massano (2010-2015), José Pedro de Morais (2015-2016) e Walter Filipe (2016-2017).

José Lima Massano é atualmente ministro para a Coordenação Económica do governo liderado por João Lourenço. Quanto a Walter Filipe foi condenado, em 2020, a oito anos de prisão  pelos crimes de peculato na forma continuada e de burla por defraudação na forma continuada pelo seu envolvimento no caso dos "500 milhões". Neste processo, foi também condenado a cinco anos de prisão, pelos crimes de fraude e tráfico de influências, o filho do antigo presidente José Eduardo dos Santos, José Filomeno dos Santos (Zenú).

Quanto a José Pedro de Morais é referenciado como membro da elite angolana que melhor respondeu ao repto de João Lourenço para a devolução de dinheiro aos cofres do Estado. O antigo ministro das Finanças e ex-governador do BNA terá entregue cerca de 60 milhões de dólares, dinheiro que se encontrava depositado no estrangeiro.

A BCG afirmou ao Departamento de Justiça que "retirou os indivíduos da empresa, encerrou o escritório em Luanda" e "continuou a reforçar significativamente as suas funções de 'compliance', controlos internos e a formação".

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/mundo/africa/angola/detalhe/bcg-admite-que-subornou-atraves-do-escritorio-em-lisboa-responsaveis-angolanos