Os heróis esquecidos da nossa história

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TOMKAT

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Os heróis esquecidos da nossa história
« em: Setembro 11, 2005, 08:02:19 pm »
Este tópico é dedicado aos muitos heróis esquecidos da nossa história.


Pêro Covilhã

Pedro da Covilhã ou Pêro Covilhã (1450? - 1530?) um nome pouco referenciado mas intimamente ligado à epopeia dos descobrimentos, talvez o primeiro espião português, pelo menos dos poucos a ficar na história.

Disfarçado de mercador, 10 anos antes de Vasco da Gama descobrir o caminho marítimo para a Índia, Pêro Covilhã a mando de D. João II, percorreu a Índia recolhendo informações sobre as rotas e o comércio de especiarias que depois passou a 2 judeus espiões enviados ao Cairo por D. João II que por sua vez levaram essa informação preciosa ao monarca Portugês que se mostrou vital na epopeia de Vasco da Gama.

Concluida essa missão, Pêro Covilhã partiu para a actual Etiópia em busca do mítico reino de Preste João, que encontrou.
Por lá ficou até ao fim dos seus dias.
Quando os portugueses chegaram ao que é hoje a Etiópia, 30 anos depois, bem instalado, feito senhor feudal pelo Imperador Alexandre (descendente de Preste João ) já com uma grande prole (era português pois então  :lol: ) já estava velho demais para regressar.

Muito resumidamente alguns aspectos da vida fascinante deste PORTUGUÊS notável.

Recomendo visitarem http://pt.wikipedia.org/wiki/categoria:exploradores_de_portugal
Pesquisem Pêro Covilhã.
Aí encontraram informação detalhada sobre a vida deste grande PORTUGUÊS.

Este é o meu herói.
Qual o herói que se segue?
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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dremanu

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« Responder #1 em: Setembro 13, 2005, 10:08:13 pm »
Eu tenho um, Geraldo Sem Pavor (até o nome é fantástico  :D )

Geraldo Geraldes, que mais tarde viria a ser conhecido como o Geraldo Sem Pavor, é uma figura central na iconografia da cidade de Évora e do período da formação de Portugal. Pensa-se que fosse um nobre de trato difícil pelo que muito cedo abandonou o norte de Portugal para se estabelecer no sul do país (ainda ocupado pelos Mouros) e chefiar como caudilho um bando de salteadores e aventureiros. Aquando da conquista do Alentejo por D. Afonso Henriques, Geraldo Sem Pavor oferece-se para tomar a cidade de Évora, bem como outras localidades vizinhas. Tendo como base o castro que hoje é conhecido como Castelo do Geraldo em Valverde e do qual existem algumas ruínas, introduziu-se nos muros da cidade, executando o governador mouro e entregando a mesma a D. Afonso Henriques. Geraldo era um homem imprevisível e foi um dos principais entusiastas da tomada de Badajoz que se viria a revelar um desastre para o Rei e também para Geraldo que perdeu todas as suas terras excepto a Juromenha. Diz-se que o espírito aventureiro o levou a Ceuta em missão de espionagem ao serviço secreto de D. Afonso Henriques, recomendando-lhe que tomasse a cidade norte-africana. Quando a conspiração foi descoberta Geraldo morreu à mãos dos almóadas. Ainda hoje o escudo da cidade de Évora ostenta a imagem do Geraldo Sem Pavor montando o seu cavalo e empunhando a espada.

"Esta é a ditosa pátria minha amada."
 

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Benny

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« Responder #2 em: Outubro 11, 2005, 06:50:05 pm »
Capitão Jerónimo Pereira de Vasconcelos, de Caçadores 12, que em 22 de Julho de 1812, em Salamanca, capturou uma Águia Imperial ao 22º Regimento de Linha dos Franciús.

Para ele, e para todos os que ao lado dele combateram, sejam Portugueses ou aliados Britânicos, vai a minha homenagem e o meu respeito.
 

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Normando

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« Responder #3 em: Outubro 12, 2005, 03:15:51 am »
Já devem ter ouvido falar de Aníbal Augusto Milhais e dos seus feitos heróicos na Flandres nos últimos meses da Grande Guerra 1914-18. Eu sempre guardei na memória o seu nome (e a sua alcunha "Soldado Milhões") e os seus feitos em La Lys (e não só). Mas vejam só o que diz no site da Câmara Municipal de Murça:

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Valeu-lhe a sua bravura e coragem para que de metrilhadora ao ombro conseguisse dizimar em pleno vale, milhares de inimigos, protegendo simultaneamente a retirada de muitos e desfalecidos companheiros.
 

Ah! Leão! Milhares de alemães varridos pelo fogo do Aníbal... Com gajos assim não percebo como a guerra não acabou mais cedo.
"If you don't have losses, you're not doing enough" - Rear Admiral Richard K. Turner
 

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Benny

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« Responder #4 em: Outubro 12, 2005, 10:18:52 am »
O título de "soldado milhões" não tem a ver com o facto de ter abatido "milhões" de alemães?

E, se ele abateu uns meros milhares de alemães, não deveria ter ficado conhecido apenas como "soldado milhares"? :D

Seja como for, sejam "Milhões", "milhares", "centenas" ou "dezenas", tomara que todos houvessem sido como ele.

Benny
 

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Yosy

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« Responder #5 em: Outubro 12, 2005, 01:29:12 pm »
Citação de: "Benny"


Seja como for, sejam "Milhões", "milhares", "centenas" ou "dezenas", tomara que todos houvessem sido como ele.

Benny


Provavelmente a maioria foi e os seus feitos estão esquecidos.
 

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dremanu

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« Responder #6 em: Outubro 12, 2005, 04:38:00 pm »
E de soldados que participaram na guerra do ultramar, alguém têm estórias da bravura desses desconhecidos?
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emarques

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« Responder #7 em: Outubro 12, 2005, 04:53:08 pm »
Citação de: "Benny"
O título de "soldado milhões" não tem a ver com o facto de ter abatido "milhões" de alemães?

E, se ele abateu uns meros milhares de alemães, não deveria ter ficado conhecido apenas como "soldado milhares"? :D

Seja como for, sejam "Milhões", "milhares", "centenas" ou "dezenas", tomara que todos houvessem sido como ele.

Benny

Não, a alcunha acho que era porque o comandante lhe disse depois que "podes-te chamar milhais, mas vales milhões", ou coisa pelo mesmo estilo.
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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« Responder #8 em: Outubro 15, 2005, 11:13:32 pm »
Obrigado pelo esclarecimento, prezado emarques.

Quantos veteranos Portugueses da Grande Guerra ainda haverá vivos?

Gostava de conhecer as recordações destes veteranos. Recordo-me de, ainda não há muito tempo ter visto uma entrevista a um deles, num canal de televisão qualquer. Infelizmente, foi uma reportagem muito superficial.

Será que há algum livro ou publicação recente sobre este assunto?

Benny
 

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« Responder #9 em: Outubro 15, 2005, 11:18:44 pm »
Sim há bastantes veteranos da 1ª guerra mundial vivos entre eles um avô do Historiador e ex-ministro Jose Hermano Saraiva.
 

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Yosy

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« Responder #10 em: Outubro 16, 2005, 01:12:40 am »
Fernão Mendes Pinto: não está assim tão esquecido (e ainda bem)

http://en.wikipedia.org/wiki/Fernao_Mendes_Pinto
 

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    • http://www.falcoes.net/9gs
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« Responder #11 em: Outubro 16, 2005, 04:51:25 pm »
Citar
Sim há bastantes veteranos da 1ª guerra mundial vivos entre eles um avô do Historiador e ex-ministro Jose Hermano Saraiva.


Notepad, se o José Hermano Saraiva já tá na casa dos 80, como é possivel ter um avô ainda vivo? :?  Talvez pai, não?


Cumptos
A realidade não alimenta fóruns....
 

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« Responder #12 em: Outubro 16, 2005, 06:40:11 pm »
Peço desculpa tive a verificar não era pai nem avo é tio!
 

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« Responder #13 em: Outubro 20, 2005, 02:08:19 am »
Já deve ser bastante complicado encontrar pessoas que lutaram na Guerra 1914-18.  Vejam bem: imaginando que um homem tinha 20 anos em 1918, terá agora 107 anos... Os veteranos dessa terrível guerra terão entre 105 e 115 anos... É bué, não? Ainda me lembro de um doc na RTP2 sobre a aviação nessa guerra, em que estavam 3 ou 4 velhotes, pilotos de caça, a relembrar, em amena cavaqueira, os dias de combates nos céus de França. Lembro-me que achei notável a lucidez e a clarividência com que relatavam as suas experiências de guerra, e a emoção com que lembravam camaradas mortos no conflito ou entretanto falecidos.
"If you don't have losses, you're not doing enough" - Rear Admiral Richard K. Turner
 

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António da Silveira
« Responder #14 em: Outubro 20, 2005, 10:44:54 pm »
Em 1537 António da Silveira escreveu assim ao turco Suleimão Paxá, em resposta a uma proposta de rendição da fortaleza de Diu, onde um exército de 25.000 homens defrontava 600 Portugueses (note-se que Suleimão Páxá era um eunuco):

"Muito honrado capitão Paxá, bem vi as palavras da tua carta. Se em Rodes tivessem estado os cavaleiros que aqui estão neste curral podes crer que não a terias tomado. Fica a saber que aqui estão Porugueses acostumados a matar muitos mouros e têm por capitão António da Silveira, que tem um par de tomates mais fortes que as balas dos teus canhões e que todos os Portugueses aqui têm tomates e não temem quem os não tenha".

Diu permaneceu em mãos Portuguesas até 1961...


Fonte: Rainer Daehnhardt "Homens, espadas e tomates"