Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Segunda Guerra Mundial

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Vitor Santos

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Força Expedicionária Brasileira (FEB)



Distintivo da FEB, 1944. Nome dado à força militar brasileira constituída em 9 de agosto de 1943 para lutar na Europa ao lado dos países Aliados, contra os países do Eixo, na Segunda Guerra Mundial. Integrada inicialmente por uma divisão de infantaria, a FEB acabou por abranger todas as tropas brasileiras envolvidas no conflito. Adotou como lema "A cobra está fumando", em resposta àqueles que consideravam ser mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na guerra.

Por que se duvidava tanto da entrada do Brasil na guerra?



Durante todo o período em que se manteve neutro diante da guerra que começou na Europa em 1939, o governo brasileiro sofreu fortes pressões dos Estados Unidos para permitir às tropas norte-americanas o uso de portos e aeroportos do Norte-Nordeste, considerados fundamentais para a defesa do continente. O presidente Getúlio Vargas aproveitou a ocasião para obter dos Estados Unidos a promessa de reaparelhamento das Forças Armadas brasileiras e de construção de uma grande usina siderúrgica.

Com o ataque japonês à base norte-americana de Pearl Harbor (7/12/1941), o governo Roosevelt condicionou a cooperação técnica e econômica ao envolvimento direto do Brasil no conflito. O fator decisivo entrou em cena entre fevereiro e agosto de 1942, quando navios mercantes brasileiros foram torpedeados por submarinos alemães, provocando no Brasil indignação generalizada: manifestações de rua, em campanha desenvolvida pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e pela Liga de Defesa Nacional, passaram a exigir a declaração de guerra. Em agosto, caiu por terra a neutralidade do Brasil, primeiro com a declaração de rompimento das relações diplomáticas, no dia 22, e em seguida, com a declaração do estado de guerra contra a Alemanha e a Itália, através do Decreto nº 10.358, do dia 31.

A criação da FEB


Getúlio Vargas e Franklin Delano Roosevelt em Natal, Rio Grande do Norte, 1943

A idéia de se criar uma força militar para participar do conflito surgiu em fevereiro de 1943, no encontro dos presidentes dos Estados Unidos e do Brasil, Franklin Roosevelt e Getúlio Vargas, na cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte. Na ocasião, Getúlio argumentou que o envio de tropas dependeria exclusivamente do reaparelhamento bélico das Forças Armadas Brasileiras.

No início de março, Vargas aprovou proposta do ministro da Guerra, general Eurico Dutra, sugerindo a criação da força expedicionária, mas condicionando-a ao recebimento do material bélico necessário inclusive para as tropas que garantiriam a defesa do território brasileiro. A proposta concretizou-se em 9 de agosto, através da Portaria Ministerial nº 4744, que criou a Força Expedicionária Brasileira, formada pela 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária (1ª DIE) e órgãos não-divisionários. Sua chefia foi entregue ao general João Batista Mascarenhas de Morais.

A estruturação da FEB propriamente dita teve início com o envio de oficiais brasileiros aos Estados Unidos, para treinamento. Tratava-se de familiarizá-los com os métodos e táticas militares empregadas pelas tropas norte-americanas, substituindo os franceses, já ultrapassados, que ainda predominavam. Esses oficiais permaneceram por três meses na Escola de Comando e Estado-Maior de Fort Leavenworth.

No final de 1943 decidiu-se o destino da FEB: o teatro de operações do Mediterrâneo. Os poucos meses decorridos até o início do embarque das tropas foram gastos com planejamento das Acampamento de soldados do 2° Escalão da FEB, 1944/1945. Itália. ações e treinamento. Finalmente na noite de 30 de junho, embarcou o 1º Escalão da FEB, composto por cerca de cinco mil homens e chefiado pelo general Zenóbio da Costa. Junto com eles, o general Mascarenhas de Morais e alguns oficiais de seu estado-maior. Em setembro, foi a vez do 2º e 3º Escalões, comandados respectivamente pelos generais Osvaldo Cordeiro de Farias e Olímpio Falconière da Cunha. Até fevereiro de 1945, dois outros escalões chegariam à Itália, juntamente com um contingente de cerca de 400 homens da Força Aérea Brasileira (FAB), estes comandados pelo major-aviador Nero Moura. Ao todo, a FEB contou com um efetivo de um pouco mais de 25 mil homens.

Na Itália, a FEB uniu-se às tropas do V Exército norte americano - integrante do X Grupo de Exércitos Aliados. Nesse momento, o objetivo das tropas aliadas ali sediadas era impedir o deslocamento alemão para a França, onde se preparava a ofensiva final aliada. Era necessário, assim, manter o exército alemão sob constante pressão. As primeiras vitórias brasileiras ocorreram em setembro de 1944, com a tomada das localidades de Massarosa, Camaiore e Monte Prano. No início do ano seguinte, os pracinhas participaram da conquista de Monte Castelo, Castelnuovo e Montese. O conflito, no entanto, não se estendeu por muito mais. A 2 de maio, o último corpo do exército alemão na Itália assinou sua capitulação, e a 8, a guerra na Europa chegava ao fim, com a rendição definitiva da Alemanha.

A FEB perdeu 454 soldados que durante muitos anos permaneceram no cemitério de Pistóia (Itália). Em outubro de 1960, suas cinzas foram transferidas para o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, erguido no Rio de Janeiro, no recém-criado aterro do Flamengo. Sua participação no conflito foi importante pois tornou evidente a contradição vivida pelo Estado Novo, que enviava tropas para lutar pela democracia no exterior, mas internamente mantinha um regime ditatorial. O retorno dos contingentes da FEB precipitou, assim, a queda de Vargas em 1945.

Regina da Luz Moreira

FONTE: http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/FatosImagens/FEB
 

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Re: Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Segunda Guerra Mundial
« Responder #1 em: Novembro 02, 2016, 05:38:50 pm »

Desembarque dos pracinhas brasileiros na Itália  (Arquivo Diana Oliveira Maciel)


Soldados da FEB sendo saudados por moradores de Massarosa, Itália, 1944.


Soldados alpinos fascistas italianos capturados pelos brasileiros aguardam para serem interrogados em Viareggio, Itália, 1944 (Gli eroi Venuti dal Brasile).


Acampamento de soldados do 2° Escalão da FEB (Arquivo Diana Oliveira Maciel).


O Comando das Forças Aliadas na Itália examina as operações conduzidas pela FEB (Arquivo do Exército Brasileiro).


Enfermeiras Brasileiras com soldados da Força Expedicionária Brasileira em uma avião da FAB


Movimentação da Força Expedicionária Brasileira na Itália


Tropas brasileiras em Monte Castelo


O General Otto Freter, comandante da 148ª divisão alemã, apresentando a rendição de sua tropa ao General brasileiro Zenóbio da Costa (Arquivo do Exército Brasileiro).


Prisioneiros da 148º Divisão de Infantaria alemã, sob controle da FEB (Gli eroi Venuti dal Brasile)


Soldados brasileiros nos Apeninos, em pleno inverno, posicionados contra as linhas de defesa alemãs (Horácio Coelho). Os soldados brasileiros chegaram a enfrentar temperaturas próximas aos -20ºC.


Ponto conquistado nos Alpeninos defendido pela Força Expedicionária Brasileira com metralhadoras (Arquivo da Associação dos Ex-Combatentes do Brasil Secção de São Paulo).


Um blindado M-8 do Esquadrão de Reconhecimento da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária entra em Montese, na Itália (Arquivo da Associação dos Ex-Combatentes do Brasil Secção de São Paulo).


Banda oficial da companhia do Quartel General em Alessandria, no norte da Itália (Arquivo General Tácito Theóphilo Gaspar de Oliveira).

FONTE: http://www.historiailustrada.com.br/2014/04/fotos-raras-brasil-na-segunda-guerra.html
 

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Re: Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Segunda Guerra Mundial
« Responder #2 em: Novembro 02, 2016, 05:43:57 pm »

A Conquista de Monte Castello - 21 de Fevereiro de 1945
 

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Re: Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Segunda Guerra Mundial
« Responder #3 em: Novembro 02, 2016, 05:51:45 pm »
Fardamentos usados pela F.E.B

















 

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Re: Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Segunda Guerra Mundial
« Responder #4 em: Novembro 02, 2016, 06:18:38 pm »
Curiosidades da FEB



– Entre as principais conquistas dos militares brasileiros estão a Batalha de Monte Castelo e a tomada de Montese. Nesta primeira, o coronel Nestor da Silva explicou que foram três ataques mal sucedidos e a vitória só veio na quarta investida em 21 de fevereiro de 1945. Já Montese aconteceu em 15 de abril do mesmo ano.

– Ao longo da campanha da FEB, mais de 20 mil soldados do Eixo foram aprisionados pelos “febianos”.

– Na época, muitos críticos duvidaram da capacidade brasileira em enviar homens para o fronte da batalha. Por conta disso, alguns diziam que era mais fácil uma cobra fumar do que isso acontecer. Até hoje o símbolo da Força Expedicionária é uma cobra fumando cachimbo.

– Os restos mortais dos brasileiros foram inicialmente enterrados na cidade italiana de Pistoia. Somente em 1960 é que foram transladados ao Brasil, onde permanecem no Monumento Nacional dos Pracinhas, no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.

– A FEB foi a única tropa a pisar na Europa com militares de todas as raças: negros, índios, pardos e brancos.

– A Força Aérea Brasileira (FAB) esteve presente na II Guerra Mundial pelo 1º Grupo de Aviação de Caça comandado pelo tenente-coronel aviador Nero Moura. O grupo foi criado em 1943 e organizado e preparado nas bases americanas, no Canal do Panamá e nos Estados Unidos. Desembarcou em Nápoles no dia 6 de outubro de 1944. Na Itália, incorporou-se ao 350º Grupo de Caça americano pertencente a 62ª Brigada de Caça do XXII Comando Aerotático da Força Aérea do Mediterrâneo.

FONTE: http://www.defesaaereanaval.com.br/tag/ii-guerra-mundial?print=print-page
 

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Re: Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Segunda Guerra Mundial
« Responder #5 em: Março 08, 2017, 09:35:10 pm »

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O Caminho dos Heróis – A Verdadeira história da FEB na Segunda Guerra Mundial

Documentário filmado na Itália por João Barone exibido no The History Channel com riqueza de detalhes, sobre a participação da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Segunda Guerra Mundial. Vale a pena assistir e compartilhar.

Em 2009, Barone liderou uma jornada do Grupo Histórico FEB na Itália. A bordo de dois jipes da época da guerra restaurados, eles percorreram o norte do país, visitando 15 cidades e revivendo histórias de bravura protagonizadas pelos pracinhas. Foram mais de 40 horas de filmagens, com depoimentos de ex-combatentes como Toninho Ingrahm.

FONTE: http://www.forte.jor.br/2017/02/24/o-caminho-dos-herois-verdadeira-historia-da-feb-na-segunda-guerra-mundial/
 

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Re: Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Segunda Guerra Mundial
« Responder #6 em: Novembro 06, 2017, 03:45:09 pm »

Documentário relativo FEB
 

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Re: Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Segunda Guerra Mundial
« Responder #7 em: Fevereiro 03, 2018, 07:32:12 pm »
Liberatori - Cap 1 - Ações no Vale do Rio Serchio


Liberatori - Cap 2 - Ações no Vale do Rio Reno

 

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Re: Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Segunda Guerra Mundial
« Responder #8 em: Fevereiro 03, 2018, 07:33:22 pm »
Liberatori - Cap 3 - Mais ações no Vale do Rio Reno


Liberatori - Cap 4 - A conquista de Montese, a rendição alemã e o fim da guerra

 

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Re: Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Segunda Guerra Mundial
« Responder #9 em: Fevereiro 03, 2018, 07:43:31 pm »
Liberatori - Cap 5 - Mais que guerreiros, amigos solidários


Liberatori - Cap 6 - Monumentos e Homenagens


Liberatori - Cap 7 - Agradecimentos e Saudades

 

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Re: Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Segunda Guerra Mundial
« Responder #10 em: Abril 20, 2018, 03:40:48 pm »
Brasil foi chamado a ocupar a Áustria


EUA queriam que Brasil assumisse controle sobre a terra natal de Hitler depois do fim da 2.ª Guerra Mundial

Citar
Wilson Tosta, O Estadao de S.Paulo

06 Junho 2009 |


Um dos mais prestigiados pesquisadores das relações militares entre americanos e brasileiros, o historiador Frank McCann, da Universidade de New Hampshire, revela que o Brasil recusou gestões dos EUA para participar da ocupação aliada da Áustria após a 2ª Guerra (1939-1945).

A sugestão, rejeitada por motivos ainda hoje não esclarecidos, poderia, se aceita, ter modificado substancialmente o papel brasileiro nas relações internacionais no pós-guerra e facilitado o caminho para o País obter a almejada cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU, acredita o professor. Ele vai comentar suas pesquisas sobre o assunto no I Seminário de Estudos sobre a Força Expedicionária Brasileira (FEB), dia 15, no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IFCS-UFRJ). “O general (Mark) Clark (comandante aliado na Itália) foi mandado para a Áustria como chefe de ocupação e, conhecendo os brasileiros, pensou que seria interessante tê-los”, revela o historiador, autor de Soldados da Pátria – História do Exército Brasileiro 1889-1937 (Companhia das Letras).

“Mas, sem documentos, não posso dizer por que o Brasil não entrou nisso. Não sei até que nível o governo brasileiro foi consultado.” O historiador ainda procura pelos relatórios anuais de atividades do Exército de 1945 e 1946, nos quais espera achar pistas do motivo da recusa. Os volumes são os únicos que não estavam nem na Biblioteca do Exército, nem em seu Arquivo, nem em seu comando, em Brasília. McCann conta que, no imediato pós-guerra, os americanos desmobilizaram rapidamente suas tropas na Europa. Para a ocupação, seria necessário recrutar mais gente, por meio de convocação de cidadãos dos EUA. Os militares que combateram não foram os mesmos que depois ocuparam o território europeu. Nesse panorama, o comando aliado lembrou que, dos 25 mil pracinhas enviados pelo Brasil à Itália, 10 mil, por falta de tempo para receber o treinamento, não entraram em combate – tinham passado o tempo no ciclo de instrução preparatória. No fim do confronto, foram consideradas tropas “descansadas”, logo, prontas para participar da ocupação.

“Durante a guerra, uma divisão não era grande coisa, mas, como os EUA se desmobilizaram muito rapidamente, uma divisão brasileira na Europa após a guerra teria sido, sim, grande coisa, de fato”, diz ele. A Áustria teve importância central no conflito. Remanescente do Sacro Império Romano Germânico e do Império Austro-Húngaro sob a Dinastia Habsburgo, além de terra natal do ditador nazista Adolf Hitler, o país foi anexado pelos alemães em 1938, como parte da tentativa de construir a “Grande Alemanha” sob o 3.° Reich. Após a 2ª Guerra, foi dividida entre EUA, Grã-Bretanha e URSS, que permitiram que os austríacos formassem um governo provisório. Os aliados estabeleceram que o país seria separado da Alemanha e não poderia aderir a tratados militares, o que a levou à neutralidade na Guerra Fria. Em 1955, sua ocupação foi suspensa.

O pesquisador relata ainda que o diplomata Vasco Leitão da Cunha ouviu, em Roma, que o general britânico Harold Alexander teria dito: “O brasileiro é um belo soldado. Lamento saber que eles querem voltar para casa e não ir para a Áustria.” Leitão da Cunha, relata, telegrafou para o Itamaraty dizendo que “o Brasil tinha de ficar”, ouvindo como resposta: “Isso é cavação deles para ganhar ouro.” O Brasil temeria pagar despesas da ocupação. McCann diz ainda que o comandante do 4º Corpo do 5º Exército dos EUA, do qual a FEB era parte, general Willis Crittenberger, consultou o então coronel Castello Branco (que, em 1964, seria o primeiro presidente do regime militar) sobre a possibilidade de o Brasil participar da ocupação da Itália, em 10 de maio de 1945 – pouco depois do Dia da Vitória, quando a Alemanha se rendeu.

“Castello disse algo sobre o Brasil não participar do conselho aliado para governar a Itália, então não deveria ter tropas envolvidas”, diz. “Acho que, se o Brasil tivesse participado da ocupação, teria ganho o assento no novo Conselho de Segurança e no pós-guerra teria tido um status muito, muito maior.” ENCONTRO O I Seminário de Estudos sobre a FEB será promovido pelos Programas de Pós-Graduação em História Social das universidades federais do Rio de Janeiro e de Londrina e terá dez sessões temáticas. Além de McCann, participarão do encontro os pesquisadores Celso Castro, da Fundação Getúlio Vargas, José Murilo de Carvalho, da UFRJ, e Vagner Camilo, da Universidade Federal Fluminense, entre outros. O evento será no IFCS/UFRJ,no Largo de São Francisco, 1, no Centro do Rio.

FONTE: http://www.planobrazil.com/pais-foi-chamado-a-ocupar-a-austria/
 

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Re: Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Segunda Guerra Mundial
« Responder #11 em: Abril 27, 2018, 02:13:02 pm »
Festival na Itália homenageia soldados da Força Expedicionária Brasileira


Brasília 23/04/2018 - Entre os dias 18 e 25 de abril, o governo brasileiro realiza na Itália, o festival Tra Amici (Entre Amigos). O evento é uma iniciativa conjunta dos Ministérios da Defesa, do Turismo, das Relações Exteriores e do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República para divulgar a cultura brasileira, incentivar o turismo e marcar a data da passagem das tropas brasileiras por terras italianas na Segunda Guerra Mundial, em 1945, quando 25 mil soldados brasileiros libertaram o norte da Itália da ocupação nazista.Durante o festival, o ministro da defesa, Joaquim Silva e Luna, participa de cerimônias cívico-militares nas cidades de Pistoia, Alto Reno e Montese.

Na tarde de sábado (21), em Pistoia, a solenidade teve início com o concerto da Orquestra Sinfônica de Brasília, dedicada aos militares brasileiros da Força Expedicionária (FEB). Em seguida, foi realizado o hasteamento do Pavilhão Nacional e a entrega de Medalhas da Vitória ao presidente da província, Rinaldo Vanni, e ao prefeito de Pistoia, Alessandro Tomasi, e ao guardião do Monumento Votivo Militar Brasileiro, Mário Pereira. Também foram depositadas flores em homenagem aos soldados brasileiros que tombaram em solo italiano.

Em seu discurso, o ministro disse que italianos e brasileiros são povos unidos pelo sacrifício supremo da guerra e destacou a atuação dos militares brasileiros das três Forças: nossos soldados que foram ao combate em terrenos desconhecidos; nossos aviadores que se aventuraram por largas distâncias, tanto na defesa do litoral brasileiro, quanto em missões ofensivas em céus da Itália; e nossos marinheiros que operaram navios de guerra no Atlântico para proteger embarcações civis e viabilizar o transporte das nossas tropas à Itália.

“Aos integrantes e colaboradores da FEB, do 1º Grupo de Caça e da Esquadra brasileira, liberdade e democracia foram estímulos de grande significado, que lhes deram propósito e coragem para arriscar e sacrificar tanto”, concluiu.


Na manhã de domingo (22), foi inaugurado o busto do marechal João Batista Mascarenhas de Moraes, em Alto Reno Terme, onde está localizado o casarão que serviu de quartel general das tropas brasileiras durante a guerra. O prefeito da cidade, Giuseppe Nanni, participou da cerimônia.

Durante a cerimônia, o ministro brasileiro relembrou a gloriosa trajetória do marechal: “Entre outubro de 1943 a maio de 1945, o então General de Divisão Mascarenhas de Morais liderou um contingente militar, sem experiência anterior de guerra, e com ele venceu várias batalhas contra uma força inimiga veterana, altamente adestrada e fortemente articulada nos altos dos Apeninos e nas estruturas urbanas do norte da Itália”, disse Silva e Luna.

Sobre a homenagem ao militar brasileiro, o ministro declarou: “Participar da inauguração de seu busto em Alto Reno Terme emociona e enobrece todos nós, militares brasileiros. No silêncio de nossas almas prestamos lhes uma reverente continência”, agradeceu ele.

Também participaram das solenidades, o ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Sergio Etchegoyen, o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, o embaixador Antônio Patriota, o general Campos, representando o Exército brasileiro, e o diretor de Inteligência Competitiva da Embratur, Gilson Lira.

A FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA

A Força Expedicionária Brasileira (FEB) desembarcou na Itália no dia 16 de julho de 1944 com mais de 25 mil homens e mulheres que lutaram ao lado dos aliados na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial.


Por Adriana Fortes

http://www.defesa.gov.br/noticias/42112-festival-na-it%C3%A1lia-homenageia-soldados-da-for%C3%A7a-expedicion%C3%A1ria-brasileira
Fotos: Divulgação
 

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Lusitano89

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Re: Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Segunda Guerra Mundial
« Responder #14 em: Maio 01, 2019, 03:58:01 pm »
RENDIÇÃO DA 148ª DI À FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA


Há 74 anos, a Força Expedicionária Brasileira forçou a capitulação de milhares de soldados alemães na Itália

Citar
A trajetória da Força Expedicionária Brasileira, durante os combates na Segunda Guerra Mundial, reservou momentos marcantes. Uma dessas ocasiões ocorreu entre os dias 29 e 30 de abril de 1945, quando a FEB forçou a rendição de quase 20 mil soldados inimigos, a maioria deles da 148ª Divisão de Infantaria do Exército da Alemanha. Essa foi a única unidade alemã a render-se integralmente no Teatro de Operações do Norte da Itália antes do armistício de 2 de maio daquele ano. Um feito memorável dos nossos pracinhas, que cruzaram o Atlântico para lutar contra o nazifascismo e pela liberdade.

A rendição da 148ª DI ocorreu no contexto da ofensiva fnal de 1945, que culminou com as Tomadas de Monte Castello (21 de fevereiro) e Montese (14 de abril). Já fragilizado por quase seis anos de guerra, o Exército Alemão estava se desmantelando e em rota de fuga pelo norte da Itália, rumo à fronteira com a Áustria. Com o objetivo de cortar a retirada do inimigo, o comandante da FEB, General Mascarenhas de Moraes, decidiu aproveitar grande parte das viaturas orgânicas da Artilharia Divisionária para o transporte da infantaria brasileira.

A ocupação de Vignola marcou o início das ações, que empurraram as tropas inimigas para o norte. A perseguição teve como desfecho o cerco dos alemães nos arredores da cidade de Fornovo di Taro. A 148ª DI alemã tinha à sua frente o 1º Batalhão do 6º Regimento de Infantaria (6º RI), enquanto o 11º RI estava posicionado à retaguarda. O comando da FEB ordenou o ataque, bombardeando o inimigo com a artilharia, enquanto os alemães revidavam com seus canhões. Na tarde do dia 27 de abril, o comandante do 6º RI, Coronel Nelson de Mello, aceitou o oferecimento do padre Dom Alessandro Cavalli para mediar o cessar-fogo.

Depois de contatos com o General Mascarenhas, foi enviado um ultimato aos alemães. O conteúdo do documento, escrito em italiano pelo padre, era um chamado ao bom senso das tropas cercadas, já sem munição e sem meios de reação. Os apelos surtiram efeito. Na noite do dia 28 de abril, teve início o processo de rendição. Os entendimentos foram realizados no Posto de Comando do 6º RI. Logo após, o Coronel Nelson de Mello deixou o PC e deslocou-se para o Quartel-General da Divisão para comunicar a decisão do comandante da 148ª DI alemã, sendo autorizado pelo General Mascarenhas de Moraes a receber a rendição incondicional.

O processo durou da meia-noite às 5h30 do dia 29 de abril. Ficou estabelecido que a artilharia brasileira cessaria fogo. As unidades alemãs apresentar-se-iam às 13h, entregando, inicialmente, seus feridos, única exigência dos alemães, que foi aceita pelo comando da FEB por questões humanitárias.

Cerca de 20 mil homens, a maioria da 148ª DI, além de integrantes da 90ª Divisão Panzer Granadier e de italianos da Divisão Bersaglieri (San Marco e Monte Rosa), foram encaminhados para grandes áreas descampadas da região de Ponte Scodogna. Os soldados alemães, em grandes flas, depuseram as armas observados pelos pracinhas brasileiros. Posteriormente, foram removidos para os campos de prisioneiros de guerra em Modena e em Florença, mantidos pelo Exército Norte-Americano.

A rendição foi fnalizada às 18 horas do dia 30 de abril.

FONTE:  http://www.eb.mil.br/web/noticias/noticiario-do-exercito/-/asset_publisher/MjaG93KcunQI/content/rendicao-da-148-di-a-forca-expedicionaria-brasilei-1