São Tomé e Príncipe

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Re: São Tomé e Príncipe
« Responder #15 em: Maio 08, 2024, 03:56:58 pm »
Portugal bem pode espernear que ninguém vai ligar nenhuma

Quando não tens forças nem tomates...
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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papatango

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Re: São Tomé e Príncipe
« Responder #16 em: Maio 08, 2024, 05:42:45 pm »
Na minha muito humilde opinião e do pouco que sei sobre quem governa São Tomé neste momento...

Nós achamos que temos a importância que não temos...
E se isto for realmente verdade, os russos estão a enviar uma mensagem para Angola e para a Nigéria, não para Portugal.
« Última modificação: Maio 08, 2024, 05:43:29 pm por papatango »
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Re: São Tomé e Príncipe
« Responder #17 em: Maio 08, 2024, 10:44:35 pm »
Os russos estão a querer flanquear a NATO. A única forma de o conseguirem fazer, é com bases em África.
 

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papatango

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Re: São Tomé e Príncipe
« Responder #18 em: Maio 08, 2024, 11:39:57 pm »
Os russos têm tanta capacidade para flanquear a NATO quanto Portugal tem capacidade para flanquear os Estados Unidos.

O problema ali, é a Nigéria, que tem o único exército com capacidade para intervir nos países da África sub Sahariana, onde os russos estão a tentar organizar-se.
A Nigéria já ameaçou faze-lo, recentemente no Niger.
Aqueles países não possuem grandes capacidades militares e os russos não poderiam fazer grande coisa contra a Nigéria, se esta fosse apoiada pelos países do ocidente.

A Nigéria no entanto não é um país ligado à França, pelo que os ingleses são muito mais importantes ali. De qualquer forma, é impossível passar por cima do país mais populoso de África.
A Russia enviou avisos muito sérios especialmente à Nigéria, quando esteve prestes a acontecer uma intervenção nigeriana no Niger no ano passado.

Quando muito os americanos terão que ter mais atenção ao golfo da Guiné, ainda que não tenham muitos problemas, já que têm uma base aérea em Ascenção no Atlantico Sul a 2300km de São Tomé.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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dc

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Re: São Tomé e Príncipe
« Responder #19 em: Maio 09, 2024, 12:47:30 am »
Não, os russos têm muito mais capacidades militares que Portugal. Não adianta estar a fingir que não têm. Continuam a ter uma força naval, impedida de entrar no Mar Negro, mas suficientemente grande, em especial os submarinos mas não só, e meios aéreos e capacidade de mísseis de longo alcance, para causar dificuldades no flanco Sul da Europa.
Uma Rússia que resolva substituir os navios velhos por navios novos feitos na China, tornar-se-á um perigo ainda maior.
A China mais tarde ou mais cedo não vai precisar de continuar a produção maciça de navios de guerra, e a alternativa a isto, poderá passar por vender à Rússia, e aí temos uma Rússia a conseguir renovar a frota de forma bastante rápida.

Se o interesse russo fosse apenas o Níger, então eles não andavam a meter-se em tudo o que é canto em África, havendo a possibilidade do próximo país a "cair" na sua esfera, ser a Guiné-Bissau, além da proximidade que já têm com outros países em África. Se a "cena" deles fosse lidar com a Nigéria, não andavam também a recrutar soldados africanos para combater na Ucrânia.

A realidade é que estamos a assistir a uma militarização do Atlântico Sul, com forças que até agora não apareciam por estes lados. É uma questão de tempo até esta vontade russa de ter influência na região chegar a países africanos mais a Norte, incluindo Cabo Verde.
Mas só vão dar conta disso, quando formos apanhados com as calças na mão.
 
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Re: São Tomé e Príncipe
« Responder #20 em: Maio 09, 2024, 07:35:14 am »
São Tomé e Príncipe, o novo ponto no “horizonte” africano da Rússia
São Tomé e Príncipe, o novo ponto no “horizonte” africano da Rússia

No seu discurso de tomada de posse para o quinto mandato como Presidente da Rússia, Vladimir Putin, referiu: “Num mundo complexo em rápida mudança, nós devemos ser auto-suficientes e competitivos, abrir para a Rússia novos horizontes, como já aconteceu várias vezes na nossa história.” Um desses novos horizontes abriu-se esta semana à cooperação com Moscovo: São Tomé e Príncipe. Outro que poderá estar na calha é a Guiné-Bissau; o Presidente guineense está na Rússia em visita oficial.

https://www.publico.pt/2024/05/08/mundo/noticia/sao-tome-principe-novo-ponto-horizonte-africano-russia-2089746

« Última modificação: Maio 09, 2024, 07:36:23 am por P44 »
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Re: São Tomé e Príncipe
« Responder #21 em: Maio 09, 2024, 10:22:11 am »
Citação de: dc
Não, os russos têm muito mais capacidades militares que Portugal. Não adianta estar a fingir que não têm.

Bom, eu atrevo-me a dizer que todos nós já tinhamos chegado à conclusão de que a Russia era mais poderosa que Portugal...  :mrgreen:
A questão é que estariamos a partir do principio segundo o qual a Republica Portuguesa tem alguma capacidade militar efetiva no golfo da Guiné.

Eu estabeleci uma comparação: A Russia não tem capacidade para flanquear a NATO, como Portugal não tem capacidade para flanquear os Estados Unidos...

Citação de: dc
Uma Rússia que resolva substituir os navios velhos por navios novos feitos na China, tornar-se-á um perigo ainda maior.
A China mais tarde ou mais cedo não vai precisar de continuar a produção maciça de navios de guerra, e a alternativa a isto, poderá passar por vender à Rússia, e aí temos uma Rússia a conseguir renovar a frota de forma bastante rápida.

A Russia não é uma potência naval e nunca foi. O problema da Russia não é produzir navios, é a tecnologia que eles devem possuir e é a sua posição estratégica, com o Mar Negro encerrado, o Báltico completamente controlado pela NATO e os portos do Mar do Norte, congelados durante parte do ano.

O máximo que a Russia pode fazer é policiamento, e Portugal não é visto nem achado na equação.
Poderiamos ter qualquer palavra a dizer, mas há muitos anos que abandonamos essa possibilidade, porque isso custa muito dinheiro.

Os países africanos não são estúpidos e percebem perfeitamente o que se passa. Normalmente poderiam beneficiar com a recepção de meios navais da antiga potência colonial, mas a ex potência colonial deixou a sua marinha chegar ao ponto em que os navios são retirados de serviço, por razões biologicas ou minerais (oxidação do metal).


Citação de: dc
Se o interesse russo fosse apenas o Níger, então eles não andavam a meter-se em tudo o que é canto em África, havendo a possibilidade do próximo país a "cair" na sua esfera, ser a Guiné-Bissau, além da proximidade que já têm com outros países em África. Se a "cena" deles fosse lidar com a Nigéria, não andavam também a recrutar soldados africanos para combater na Ucrânia.

Ninguém pode ter qualquer dúvida de que o interesse russo está no Niger, e está no Niger, no Mali e no atual Burkina Faso, como está na Rep. Centro Africana. Os primeiros três países atrás referidos, abandonaram a ECOWAS, onde a Nigéria é o principal país. Também há a questão do Chade e do Sudão.

E isto levaria a outra discussão que é o conflito de décadas por influência entre dois países africanos. Por um lado a Nigéria, por outro lado a África do Sul.

A Russia ameaçou já a Nigéria, se os nigerianos agirem militarmente contra o Niger (A Nigéria ameaçou intervir) e o Burkina e o Mali, avisaram que enviariam tropas para defender o Niger.
Todos sabem no entanto, que a Nigéria, é a super-potência da região e mete no bolso os outros países, mesmo juntos.
Mas colocando algum tipo de capacidade militar em São Tomé, mesmo que pequena, a Nigéria ficará seguramente preocupada. Os nigerianos sabem o que aconteceu na guerra do Biafra e de onde vinha grande parte da ajuda que o Biafra recebia, sim, exactamente de São Tomé.

Já a Guiné-Bissau é de muito pouca relevância. A sua unica utilidade seria a possibilidade de ajudar a desestabilizar o Senegal, porque esse sim é importante.

No entanto a Russia sabe perfeitamente que não tem capacidade para numa situação de conflito aberto, aguentar mais que uns dias uma qualquer operação militar naval no Atlântico.

Portugal não tem absolutamente qualquer capacidade para fazer o que quer que seja, ainda mais quando os patrulhas que para lá mandam nem um canhão possuem.
Portugal só pode fazer qualquer coisa, a pedido do país que acolhe a força e como força policial, mais nada.

Até ao momento, os russos não fizeram despertar campainhas, porque neste jogo o que realmente teria importância seria Cabo Verde.
« Última modificação: Maio 09, 2024, 10:26:51 am por papatango »
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Re: São Tomé e Príncipe
« Responder #22 em: Maio 09, 2024, 12:12:19 pm »
Um dia destes, quem manda a sério vai dar autorização para Portugal regressar aonde nunca deveria ter saído.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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dc

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Re: São Tomé e Príncipe
« Responder #23 em: Maio 09, 2024, 03:21:31 pm »
Citação de: dc
Não, os russos têm muito mais capacidades militares que Portugal. Não adianta estar a fingir que não têm.

Bom, eu atrevo-me a dizer que todos nós já tinhamos chegado à conclusão de que a Russia era mais poderosa que Portugal...  :mrgreen:
A questão é que estariamos a partir do principio segundo o qual a Republica Portuguesa tem alguma capacidade militar efetiva no golfo da Guiné.

Eu estabeleci uma comparação: A Russia não tem capacidade para flanquear a NATO, como Portugal não tem capacidade para flanquear os Estados Unidos...

Citação de: dc
Uma Rússia que resolva substituir os navios velhos por navios novos feitos na China, tornar-se-á um perigo ainda maior.
A China mais tarde ou mais cedo não vai precisar de continuar a produção maciça de navios de guerra, e a alternativa a isto, poderá passar por vender à Rússia, e aí temos uma Rússia a conseguir renovar a frota de forma bastante rápida.

A Russia não é uma potência naval e nunca foi. O problema da Russia não é produzir navios, é a tecnologia que eles devem possuir e é a sua posição estratégica, com o Mar Negro encerrado, o Báltico completamente controlado pela NATO e os portos do Mar do Norte, congelados durante parte do ano.

O máximo que a Russia pode fazer é policiamento, e Portugal não é visto nem achado na equação.
Poderiamos ter qualquer palavra a dizer, mas há muitos anos que abandonamos essa possibilidade, porque isso custa muito dinheiro.

Os países africanos não são estúpidos e percebem perfeitamente o que se passa. Normalmente poderiam beneficiar com a recepção de meios navais da antiga potência colonial, mas a ex potência colonial deixou a sua marinha chegar ao ponto em que os navios são retirados de serviço, por razões biologicas ou minerais (oxidação do metal).


Citação de: dc
Se o interesse russo fosse apenas o Níger, então eles não andavam a meter-se em tudo o que é canto em África, havendo a possibilidade do próximo país a "cair" na sua esfera, ser a Guiné-Bissau, além da proximidade que já têm com outros países em África. Se a "cena" deles fosse lidar com a Nigéria, não andavam também a recrutar soldados africanos para combater na Ucrânia.

Ninguém pode ter qualquer dúvida de que o interesse russo está no Niger, e está no Niger, no Mali e no atual Burkina Faso, como está na Rep. Centro Africana. Os primeiros três países atrás referidos, abandonaram a ECOWAS, onde a Nigéria é o principal país. Também há a questão do Chade e do Sudão.

E isto levaria a outra discussão que é o conflito de décadas por influência entre dois países africanos. Por um lado a Nigéria, por outro lado a África do Sul.

A Russia ameaçou já a Nigéria, se os nigerianos agirem militarmente contra o Niger (A Nigéria ameaçou intervir) e o Burkina e o Mali, avisaram que enviariam tropas para defender o Niger.
Todos sabem no entanto, que a Nigéria, é a super-potência da região e mete no bolso os outros países, mesmo juntos.
Mas colocando algum tipo de capacidade militar em São Tomé, mesmo que pequena, a Nigéria ficará seguramente preocupada. Os nigerianos sabem o que aconteceu na guerra do Biafra e de onde vinha grande parte da ajuda que o Biafra recebia, sim, exactamente de São Tomé.

Já a Guiné-Bissau é de muito pouca relevância. A sua unica utilidade seria a possibilidade de ajudar a desestabilizar o Senegal, porque esse sim é importante.

No entanto a Russia sabe perfeitamente que não tem capacidade para numa situação de conflito aberto, aguentar mais que uns dias uma qualquer operação militar naval no Atlântico.

Portugal não tem absolutamente qualquer capacidade para fazer o que quer que seja, ainda mais quando os patrulhas que para lá mandam nem um canhão possuem.
Portugal só pode fazer qualquer coisa, a pedido do país que acolhe a força e como força policial, mais nada.

Até ao momento, os russos não fizeram despertar campainhas, porque neste jogo o que realmente teria importância seria Cabo Verde.

Eu vou simplificar as coisas.

A Rússia tem limitações navais na questão dos seus portos, e na liberdade com que os seus navios podem zarpar em caso de conflito com a NATO. Ter presença no Atlântico Sul, permite resolver isso mesmo, da mesma forma que a China tenta fazer isso com bases navais fora do MSC. A Rússia não precisa de ter uma grande capacidade naval no Atlântico Sul, basta que seja a suficiente para "chatear", e obrigar os EUA a dividirem-se em dois TOs bastante distintos (Pacífico e Atlântico) e múltiplos sub-TOs (Mediterrâneo, MO, Caraíbas, Mar do Norte, possivelmente Báltico).

E isto é sem saber ao certo que outros países se juntariam aos russos num eventual conflito contra a NATO. A partir do momento em que uma Argélia se posiciona como aliado activo da Rússia no conflito, toda a Marinha Espanhola ficará focada nesta ameaça, e com sorte terá apoio de Marrocos. Isto deixa a NATO com poucos meios aéreos e navais disponíveis para enfrentar uma possível ameaça russa oriunda do Atlântico Sul (pior ainda se incluir chineses, iranianos, ou algum país africano ou sul americano).

A função de Portugal, país que controla uma porção significativa do Atlântico, passará por isto, lidar com qualquer ameaça proveniente do Atlântico Sul, seja em apoio aos EUA, ou Espanha, seja para defender desde logo a Madeira e os Açores, e o corredor marítimo entre os EUA e a Europa, crucial em caso de guerra em larga escala.

Eu não me fiava nessa ideia de que a Rússia só se interessa pelo Níger, ou pela África subsariana.
 


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papatango

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Re: São Tomé e Príncipe
« Responder #25 em: Maio 09, 2024, 07:46:42 pm »
Citação de: dc
A Rússia não precisa de ter uma grande capacidade naval no Atlântico Sul, basta que seja a suficiente para "chatear", e obrigar os EUA a dividirem-se em dois TOs bastante distintos (Pacífico e Atlântico) e múltiplos sub-TOs (Mediterrâneo, MO, Caraíbas, Mar do Norte, possivelmente Báltico).

Em qualquer conflito naval, as forças dos países intervenientes vão sempre  dividir-se entre vários grupos, o que pretendo dizer é que a Russia não tem capacidade efectiva para perturbar os americanos, que têm mais com o que se preocupar.

Já existiram bases soviéticas em São Tomé, que deveriam permitir apoiar submarinos soviéticos. Estariam lá cubanos, soviéticos e angolanos, mas não tenho notícia de que alguma vez tenham realmente sido de alguma utilidade.

A situação atual, deve ser olhada tendo em consideração a situação corrente.

Os russos são oportunistas e esta oportunidade apareceu, eles aproveitaram.
O problema do oportunismo russo, é que como é inesperado, demora muito tempo desde o acordo assinado, até que qualquer coisa palpavel apareça.

Esta questão também tem que ser olhada à vista do problema na Africa sub-sahariana, onde o objetivo a atingir é o urânio francês, mas ao mesmo tempo não pode deixar de ser analisado olhando para a realidade politica de São Tomé, os problemas com o orçamento de 2024, não aceite pelo FMI.

O próprio MLSTP diz que ninguém sabia de nenhum acordo com os russos, pelo que aqui há provavelmente também, algum dirigente São tomensa muito ingénuo, o que nunca pode deixar de ser considerado.

A somar a isto tudo, há a situação de Angola. Para desenvolver os caminhos de ferro, os angolanos viraram-se para a América e não para a China. A marinha de Angola, aparentemente vai comprar navios de guerra de projeto francês, equipados com armas francesas, motores alemães, radares americanos e tudo montado nos Emirados Árabes Unidos.

Os russos fazem o que podem, mas não têm pernas para dar saltos e São Tomé, fica muito, muito longe.
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Re: São Tomé e Príncipe
« Responder #26 em: Maio 09, 2024, 09:18:47 pm »
https://twitter.com/observadorpt/status/1788274267823493230

São Tomé e Príncipe assinou um acordo de cooperação militar com a Rússia. Ana Miguel dos Santos, doutorada em política social, considera o acordo “um problema de segurança” e acrescenta que é necessário investir nas Forças Armadas.
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Re: São Tomé e Príncipe
« Responder #27 em: Maio 09, 2024, 09:21:28 pm »
https://twitter.com/observadorpt/status/1788274267823493230

São Tomé e Príncipe assinou um acordo de cooperação militar com a Rússia. Ana Miguel dos Santos, doutorada em política social, considera o acordo “um problema de segurança” e acrescenta que é necessário investir nas Forças Armadas.
"Política social".

Neste país é "social" por todo o lado. Já "segurança", "defesa", "securitário", etc está quieto.

Vem a "social" dar ensinamentos "securitários".

Enfim, a saga continua nos confins da Ibéria.
"Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis criam homens fracos - homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis criam homens fortes."
 

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papatango

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Re: São Tomé e Príncipe
« Responder #28 em: Maio 09, 2024, 11:42:10 pm »
Mais tarde ou mais cedo a maioria da população vai perceber que não se pode viver sem forças militares capazes.
Não deixa de ser engraçado ver estas pessoas a discutir temas, sobre os quais obviamente não têm absolutamente conhecimento nenhum.

Do ponto de vista militar, esta atitude de São Tomé, não tem pelo menos nos próximos meses ou anos, qualquer importância.
Mas para Portugal tem.

Tem, porque ao longo de anos criámos esta ideia de que alguns países africanos ainda precisavam de nós para alguma coisa e que sem nós passariam muitas dificuldades.

São Tomé vai fazer meio século de existência e não passou da "cepa torta", mas como é um país muito pequeno, ainda vamos conseguindo ter alguma importância, mas quando vemos os números verificamos que a nossa importância é ainda assim muit relativa.

O Orçamento de Estado de São Tomé e Principe, vive de contribuições internacionais em média de 80% (oitenta por cento)  do total.
Portugal algumas vezes contribui com 10% a 20% da parte internacional. Um pouco mais se considerarmos a colaboração militar.

A verdade é que a nós, não custa praticamente nada. O que lá colocamos num ano não dava para pagar um mês de aumento aos policias e aos militares.

Até o Putin se referiu a São Tomé e também a Cabo Verde.
99.99% dos russos não sabem onde fica, e o Putin provavelmente só ficou a saber o mês passado.
A Russia está tão desesperada, que até São Tomé e Principe serve para mostrar o avanço glorioso da Santa mãe Russia no mundo ...

Os africanos - penso eu - não entendem nada do que se passa na Europa. E creio que não entendem a opinião pública portuguesa...
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Re: São Tomé e Príncipe
« Responder #29 em: Maio 10, 2024, 06:19:45 pm »
Os russos já tremem de medo  :mrgreen:

Citar
O Governo português está preocupado com as ligações reforçadas entre a Rússia e dois países da CPLP, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. Um estreitar de laços que o professor Fernando Jorge Cardoso, da Universidade Autónoma de Lisboa, especialista em assuntos africanos, vê como "uma machadada" na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Ligações reforçadas, através da assinatura de acordos de cooperação militar, que o ministro dos Negócios Estrangeiros vê com desconforto. Paulo Rangel revelou na SIC Notícias que falou com o homólogo são-tomense sobre esta matéria.

Também o presidente da República já disse que pretende obter mais detalhes deste acordo, bem como do entendimento entre a Rússia e a Guiné-Bissau.


https://www.rtp.pt/noticias/guerra-na-ucrania/aproximacao-de-paises-da-cplp-a-russia-e-machadada_a1570501
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