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« Última mensagem por dc em Hoje às 03:33:39 pm »
Quando se fala nos ucranianos utilizarem o Yak-52 para abater drones, é preciso lembrar um detalhe importante:
Eles não pagaram 180 milhões pelas aeronaves, de propósito para essa missão.
Ou seja, é o equivalente a improvisarmos a utilização dos TB-30 para esse fim, no caso de sermos apanhados com as calças na mão numa guerra.
Improvisar com meios existentes, para os quais já tens a logística e os pilotos treinados, e apenas os adaptas/improvisas para a nova função, é muito diferente de investir muitos milhões num meio dedicado.
Quando é para gastar dinheiro, concluímos que caçar drones com um UCAV moderno e capaz, como o MQ-9, é uma solução muito mais viável, não só por ter acesso a 5 (por agora) tipos de armamento diferentes capazes de cumprir esta função (Stinger, AIM-9, Hellfire, APKWS-II e pods com M-134), não só por permitir ter no ar uma aeronave durante umas 20 horas seguidas em alerta, mas também por permitir cumprir a missão, sem "usar" um recurso tão limitado e valioso num país em guerra, como os pilotos de aeronaves de combate, permitindo que os pilotos existentes se foquem noutras missões.
Algo que se torna engraçado, e ao mesmo tempo patético, é haver malta que passa a vida a dizer que os drones vão fazer tudo, e que tudo o que não seja drone está obsoleto, mas mudam completamente a mentalidade a partir do momento em que um drone se coloca como alternativa viável, e até superior, ao produto amado de determinada empresa.