4ª República

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cromwell

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4ª República
« em: Setembro 19, 2010, 03:46:36 pm »
Interessante. Seria melhor para Portugal um regime presidencialista, em vez de um parlamentarista?

Quanto a mim, não me interessa nem um nem outra, pois como sabem, sou monarquico.

Mas achei este artigo interessante.

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IV República

O acumular de motivos de desprestígio da República, desde os gastos descontrolados da Presidência, ao pagamento de viagens a Paris de deputados, passando por promessas governamentais sucessivamente violadas e insultos a Portugal produzidos por presidentes de obscuros países da Europa Central, a República vive uma crise que a iminente bancarrota não fez mais do que confirmar.

Perante uma crise financeira e orçamental de tamanhas dimensões, perante um desprestígio e descrédito tão profundos pelas instituições e agentes da República, haverá a necessidade de reformar a República e instaurara uma IV República.

Não falta quem defina o fim do atual regime semipresidencialista – pontificado por um Presidente que além de produzir gastos sumptuários quase não tem poderes efetivos – e a sua substituição por regime presidencialista como o francês ou norte-americano.

Uma reforma constitucional não poderia ser o produto comungado apenas entre os dois grandes partidos, especialmente tendo em conta que é o seu Rotativismo que é responsável primeiro pela presente crise nacional. Tal reformulação da República só poderia ser legitimada por todos os partidos políticos representados no Parlamento e deveria ser o alvo de uma consulta popular muito alargada aos cidadãos e a todo o tipo de movimentos cívicos e culturais. Em suma, uma IV República teria que brotar de um novo tipo de Assembleia Constituinte, composta por deputados eleitos, “sábios” e membros globalmente reconhecidos das mais importantes associações e movimentos cívicos. Tal “assembleia constituinte” poderia depois servir de base para a constituição de um Senado, devidamente sufragado popularmente e representando cada senador o seu município, no cumprimento das melhores tradições do municipalismo medieval português. Um órgão deste tipo teria funções de moderação dos excessos discursivos comuns em todos os parlamentos e permitiria uma maior estabilidade de regime, já que as suas eleições teriam lugar em períodos de tempo sempre desfasados da eleição para a primeira câmara. Eleito uninominalmente, este Senado teria funções essencialmente consultivas e fiscalizadoras e permitiria a maior aproximação entre eleitos e eleitores que hoje não existe na democracia portuguesa.

A instituição de um Senado assim como a reposição de um verdadeiro Presidencialismo iria resolver o maior problema do nosso regime democrático (a par do seu centralismo) e devolver o papel dos Primeiros Ministros o papel estritamente executivo que devia ser apenas o seu devolvendo o Legislativo ao Parlamento, eleito uninominalmente, com deputados eleitos diretamente pelos cidadãos, fora das estritas (e castradoras) fronteiras partidárias.

Estas alterações (fim do império da partidocracia no Parlamento, instituição de um Senado e reforço dos poderes presidenciais) poderiam fazer com que a grande doença da democracia portuguesa: o governo “ditatorial” sob maioria fosse resolvido e o Parlamento deixaria de preencher o mero papel decorativo que atualmente ocupa para grave prejuízo da representatividade cidadã e da eficácia da nossa democracia. O Senado, um novo leque de funções presidenciais e uma entrega efetiva de competências ao Parlamento retiraria ao Governo numerosos mecanismos de abuso de poder e de nepotismos que contaminam a Administração Pública e as Empresas Públicas ou onde o Estado tem “Golden Shares”. A entrega de nomeações nestas entidades e nos institutos públicos ao Presidente e ao Parlamento (com deputados eleitos diretamente, sem a dependência crónica da Partidocracia) removeria muitos Boys dos cargos que ocupam com tanta incompetência e prejuízo para a Coisa Pública (Res Pública).

Esta verdadeira IV República seria vital para resolver os bloqueios de desenvolvimento económico e social que a Revolução de Abril não conseguiu quebrar e que estão hoje na base da profunda crise económica e financeira que atravessamos.

http://movv.org/2010/09/18/iv-republica/
"A Patria não caiu, a Pátria não cairá!"- Cromwell, membro do ForumDefesa
 

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P44

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Re: 4ª República
« Responder #1 em: Setembro 19, 2010, 04:32:02 pm »
só se primeiro todos os politicos fossem exterminados.

Caso contrário tudo ficaria na mesma.
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Snowmeow

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Re: 4ª República
« Responder #2 em: Setembro 20, 2010, 06:59:09 pm »
Não adiantaria. O mal está nos partidos, não somente nos políticos.

Seria melhor se fossem exterminados os partidos políticos e fundados novos partidos, com novos nomes e afinidades mais firmes e melhor compromisso com o país.

E, principalmente, na propaganda política, todos os partidos deveriam ter o mesmo tempo de propaganda, e não como no Brasil, no qual os candidatos menores nem são considerados. Para 85% dos brasileiros, por exemplo, só existem três candidatos, mas na verdade existem nove, sendo três de extrema-esquerda, um de esquerda, duas de centro-esquerda, dois de centro-direita e um de direita. Mas quem presta atenção nos outros seis?

O presidencialismo em Portugal, creio eu, pode facilitar muito para a saída da estagnação e o corte nos gastos públicos. Me corrijam se eu estiver errado.
"Não corte uma árvore no Inverno; pois sentirás falta dela no Verão." Jairo Navarro Dias
 

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Luso-Efe

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Re: 4ª República
« Responder #3 em: Outubro 04, 2010, 09:42:15 pm »
A 3ª republica está morta, só que em politica demora sempre algum tempo ate que o caixão seja levantado.

Mas sem dúvida, que teria que ser feita uma limpeza profunda, eu diria mesmo mais, uma purga no sistema politico Português.

Uma purga à moda estalinista, com gulag’s e tudo.

E apesar de eu não ser assumidamente monárquico, há uma coisa que eu também não sou que é anti-monárquico.

E se querem que vos diga, a monarquia pelo que se viu da republica em 100 anos, não se cansaria muito para fazer melhor.

Sendo realistas e analisando os dois modelos com realismo, se é verdade que a Monarquia nos criou 2 problemas em 800 anos com as crises dinásticas de 1383-85, e de 1580, ou seja, dá uma crise a cada 400 anos.

A republica em 100 já vai com duas crises, ou seja, dá uma crise de 50 em 50 anos, uma média bem pior, diga-se de passagem, uma logo no seguimento da implantação da republica, e outra agora, em que pelas duas vezes estamos sob a iminência de ser engolidos por Castela.

Mas as crises monárquicas resultaram de infurtunios, e nunca dos reis se term vendido a Castela, como estes políticos da 3 republica.

Em 1385 D. fernado não teve filhos varões e Castela queria castelhanizar-nos nessa altura, valeu-nos o santo condestável.

Em 1580 infelizmente o nosso patriota rei D. Sebastião traído por Castela que lhe armou uma cilada e foi morto em Alcácer, e depois sob a ameaça armada os banqueiros da altura venderam o pais a castela, sob apromessa da monarquia dual, que Castela nunca cumpriu como sempre.

Entramos assim, no império Habsburgo, nunca houve nenhuma união ibérica, isso é propaganda puramente iberista, nem tão pouco nessa altura se usava o termo ibérico, nesssa altura era a Hispânia dos romanos, e nessa altura Castela queria fazer de nos espanhóis, nós voltamos anão querer.

No fim do sec- XIX e inicio do sec XX veio a 3 volta do ataque castelhano, nessa altura para tentar fazer de nos ibéricos.

Foi por isso que caiu a monarquia em Portugal, pela mão de republicano Manuel de Arriaga, Afonso costa, António sardinha, Luciano Cordeiro, todos eles iberistas traidores, e já nessa altura o objectivo, há 100 anos era enfiar-nos numa federação com sede em madrid.

Mas nessa altura havia em Portugal generais de “tomates” permitam-me a expressão, como Sidónio Pais, Gomes da costa e por fim o Carmona que eliminaram a corja iberista patrocinada já nessa altura por castela.

Depois veio aquele que o bloomberg considera o melhor governante de Portugal de sempre, Salazar, que expurgou esta corja de traidores, mas alguns resistiram e depois do 25 de Abril voltaram a atacar em força.

Em 86, na data que entramos para a CEE foi dado o tiro de partida para mais um ataque castelhano a Portugal, pode-se dizer a 4º volta, outra vez com os iberistas traidores á cabeça, se em 86 foi dado o tiro de partida por Mário soares, em 2005 entramos em velocidade de cruzeiro, iberismo a toda a velocidade com Sócrates e companhia a comandar a nave.

Ou seja, parece que se esta a repetir a história, faz sentido a frase:

“Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.”

Pois é não são, e estão-se a repetir.

Vamos ver se desta vez a coisa se resolve sem sangue, espero bem que sim.

Ou seja, em suma, a Monarquia criou-nos 2 problemas em 800 anos de história motivados por infortunios, e nunca por os reis se teram vendido a castela, a republica em 100 já nos criou 1 e outro está praticamente criado, bem pior.

Obvimanete aparecem sempre os comentários do costume, dizendo que a monarquia não é solução milagrosa, mas o actual quadro republicano também não, talvez devêssemos pensar noutro modelo, passar para um presidencialismo forte, à francesa ou á americana para ver o que isto dá, a tal IV republica referida no texto, porque este modelo está gasto, o presidente não manda nada, é uma autentica jarra de prateleira que esta ali.

Ou então, e porque não o povo que se pronuncie, não via com maus olhos uma consulta popular para auferir os portugueses em relação ao regime de governo que preferiam, monarquia ou republica,e verdade seja dita a republica foi imposta e nunca foi sufragada.

Não sou monárquico assumido, mas também não sou anti-monárquico, e isto é muito importante.

E tal como dizia Alexandre Herculano, “Se algum dia mandarem embora os reis vão ter de voltar a chamá-los”

Vamos andando e vamos vendo, como se diz.
Chamar aos Portugueses ibéricos é 1 insulto enorme, é o mesmo que nos chamar Espanhóis.

A diferença entre as 2 designações, é que a 1ª é a design. Grega, a 2ª é a design. Romana da península.

Mas tanto 1 como outra são sinónimo do domínio da língua, economia e cultura castelhana.

Viva Portugal