E o cioe não conta? Estamos a Falar de dureza de treinos? Então sugiro um prova para acabar com as duvidas, de seu nome Dureza 11, os que sabem do que estou a falar já perceberam onde quero chegar.
Se eu estou a falar da Nato acho que isso engloba o CIOE, Comandos, Fuzileiros,etc; não só de Portugal mas de toda a NATO!
Que eu saiba (e acho que isso ainda não mudou), os cursos de formação de Praças, Sargentos e Oficiais, é o período a que chamamos de recruta, dúvidas há?
As botas?! As normais botas de couro e borracha usadas pela maioria dos exercitos de todo à uns 50 anos?
Sim, essas mesmas e as actuais tb! As antigas chamavam-se de botas PQ, as actuais chama-se de AT, espero que me esteja a fazer compreender, ou tb precisa de explicar as siglas? É que antes dos Pára-quedistas, não se usavam este tipo de botas, mas sim uma espécie de grande sapato em que na parte superior se usava umas faixas de tecido. Tb os capacetes de Kevlar, os casacos e calças de Gore-Tex, etc.
O que no meu entender é um erro! 7,62nato 4 ever!
Ok, é a sua opinião e eu aceito-a, mas já disparou com uma Galil, já viu o que ela faz? Pessoalmente acho que nem é a 7.62, nem a 5.56 a munição que devemos utilizar. Uma É muito potente e a outra se calhar é fraca demais em alguns cenários de guerra. Eu digo isso porque, se tu fores a disparar em rajada a primeira munição atinge na muche, a segunda já está mais a cima, e a terceira já pode estar fora do alvo. Na Galil as rajadas são muito mais controláveis e disparas à vontade e com muito maior controlo. Eu digo isto com experiência própria. As SF Americanas estão a começar um calibre intermédia (6mm e qualquer coisa), se eles podem porque é que nós não?
O referiodo agarrado era agarrado, antes, durante e depois de ter prestado o SMO nos paras.
Se fez o SMO, então ou foi eliminado ou desistiu. Porque uma coisa em comum que une TODOS os Pára-quedistas é que é tudo voluntário! Por isso não há rapazinhos a servirem apenas 9 ou 6 meses, mas sim militares voluntários prontos para o combate seja ele onde for e com quem for!
Como eu disse, a unidade que actualmante se chama de paras nada tem a ver com os paraquedistas da guerra colonial, tirando o facto de todos usarem paraquedas. Já que falamos de baixas só numa operação os fuzileiros sofreram cerca de 100 baixas e causaram mais de 1000 ao inimigo. Os rangers apenas sofreram 61 baixas em toda a guerra colonial, em 13 anos (1961-1974). Nada de especial... Todas as unidades que combateram na guerra colinial têm o seu merito inclusive os Paraquedistas da Força Aerea, essa unidade já não existe.
Os Fuzileiros, que é uma unidade que todos os Pára-quedistas respeitam, infelizmente eram e continuam a ser uma unidade muito pequena. Na verdade acho que houve mais unidades e militares “Comando”, do que Fuzileiros. Os Fuzos actuavam em destacamentos e companhias, nunca em batalhões (como acontecia com os Pára-quedistas e com os Comandos). Como tal não se pode comparar os números de baixas. O modo de operar tb era completamente diferente. Os Pára-quedistas eram uma unidade de Reacção Rápida/Imediata, assim que havia noticia de infiltrações ou de emboscadas eles eram chamados para o terreno. Eram missões de pequena duração mas com grande intensidade. O modo de operar dos Fuzos…acho que o nosso colega TOMKAT diga pelas suas próprias palavras, porque não quero ofendê-lo (nem sem querer).
Os Rangers não tinham uma unidade operacional. O CIOE era uma escola para graduados e uns poucos cabos, que se destinavam às companhias de Caçadores. Desta forma conseguiam ter graduados milicianos com conhecimentos acima da média no teatro de operações. Sendo assim como é que se consegue comparar as baixas? Tive o prazer de conhecer o pai de um amigo meu, Oficial Miliciano, que tirou o curso de operações especiais durante a guerra colonial. Fez uma comissão no ultramar, voltou a Portugal e voltou de novo. O mais engraçado é que desta feita foi para os Comandos, o tipo devia ser um alucinado quando era jovem, agora é um velhote pacato mas cheio de vida! Respeito muito esse indivíduo, considero-o superior a muitos oficiais do quadro permanente que neste momento são generais e outras coisas mais!
Isto das baixas não é como os miúdos fazem, a medir as pilas para verem quem a tem maior, é uma coisa séria e como tal deve ser respeitada. Eu mencionei como demonstração do sacrifício feito pelos Pára-quedistas durante a guerra colonial.
Como disse estamos a falar de dureza? entao proponho uma Dureza 11, e que tal ir às famosas 3 tendas?
Se está a falar dessas coisas então eu devo concluir que esteve no CIOE?!
Eu devo-lhe dizer que quem me deu a recruta foi o Alferes Sousa, o homem era o estereótipo de Oficial Pára-quedista que eu tinha na minha mente. Era um tipo pujante como poucos, exigia sempre 210% aos seus homens e tb de si mesmo. Ele foi dos últimos cursos de graduados milicianos que aconteceram em Tancos. Era tudo o que qq um de nós queria ser, um BOINA VERDE. Depois tinha o meu furriel, baixinho, com cara de puto primeiro que conseguisse ganhar o nosso respeito (pelo menos de verdade), foi umas semanas. Eu pessoalmente nem conseguia perceber como é que ele tinha aguentado os 9 meses de formação que teve antes de vir dar recrutas. Ele já era da nova geração, formado na EPI e só depois enviado para São Jacinto para fazer o curso de Combate e posteriormente para a ETAT para o curso de Pára-quedismo e outros relacionados com as actividades aero-terrestres e de ensino. Este tipo que não era por aí além, no entanto no meu último dia de ETAT andou à pancada com uma Ranger…e partiu-lhe a tromba toda! Será que eu devo concluir que os Rangers são uns frouxos? Não apenas que nunca se deve subestimar um Pára-quedista e isso foi uma grande lição que esse Ranger teve e que eu e os meus camaradas tivemos! Afinal ele sempre tinha algo para nos ensinar!
Furriel Vieira esteja onde estive, sempre terá aqui um amigo!
Os americanos não são exemplo para ninguem, já agora o comandante da 1ª companhia ainda é do tempo da força aerea... Concuros internacional de escolas de paraquedismo... pelo que vi sobre as provas é em tudo igual a uma corrida de aventura (challenger) dos escuteiros... :twisted:
Em relacção ao que eu acho da dureza das várias unidades, bem é só ir ao post em que se falava disso. Na verdade esse foi o meu primeiro post aqui no forum. Não fiz as das três tendas pq não estive nos Rangers, no entanto se tivesse tido a possibilidade de ir para os Precs teria de passar pela sessão de interogatórios mais dura no país. Quem diz isso não sou eu mas sim um sargento Pára-quedista com que eu tive a teclar sobre queda livre (o meu desporto por excelência, apesar de infelizmente neste momento estar um pouco fora do meio). Ele é Falcão Negro e por acaso falou que tinha tirado o curso de OEs para militares Q.P. em Lamego. Ele disse-me que o curso era muito completo e bastante duro. Ele informou-me queno curos eles aprendiam sobre temas que no curos de Precs não faziam mas que tb havia comatérias no curso de Precs que eram mais aprofundadas. Um exemplo disso era ao nível do reconhecimento aéreo as topográficas, etc. Tb falou-me que quem faz a parte do SERE do curso de Precs, faz o de qualquer unidade. 3 dias a apanhar cachaporra não é brincadeira!!!
http://www.forumdefesa.com/forum/viewto ... a&start=15