Caro Magnifico,
Eu não disse que concordava com a fusão dos serviços, simplesmente afirmei que aquele argumento por si só não era decisivo, isto na minha humilde opinião. Mas o Senhor escreveu pelo menos duas coisas abonatórias para a fusão dos serviços.
Em primeiro se existe um Conselho de Fiscalização dos serviços, e partindo do princípio que ele funciona em pleno, então, não deveria existir receio dos serviços terem uma mesma direcção; em segundo, o Senhor também disse que “o segredo do sucesso está no cruzamento da informação”, e disto também não tenho dúvidas, mas a tal reportagem feita pela “Sábado” dá um exemplo claro de como por vezes as informações não passam, os canais de comunicação estão mudos. Mais uma vez aqui neste aspecto, penso que uma fusão teria benefícios para restabelecer a comunicação.
Deixe-me confessar-lhe, que eu também aposto nos serviços de informação separados, mas reconheço que existem fortes argumentos, e a maior parte por falhas graves no funcionamento dos serviços, que depois dão margem para que esses mesmos argumentos tenham realmente peso. Mais lhe digo que, na minha opinião, esta fusão ainda não se concretizou, não foi pela natureza dos serviços externos e internos, que exigem direcções separadas, mas sim por “guerras de quintas” e de receios ridículos de perdas de poder. Algo muito comum de acontecer neste Portugal.