Portugal comecerá a recuperar?

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comanche

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« Responder #240 em: Março 26, 2008, 05:56:35 pm »
Citação de: "MERLIN"
- 1% no IVA equivale a quantos % a mais na eleições de 2009? :lol:

Cumprimentos.
 

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comanche

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« Responder #241 em: Março 26, 2008, 06:10:05 pm »
Impostos: Paulo Portas considera baixa do IVA "um pequeno passo"


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Lisboa, 26 Mar (Lusa) - O líder do CDS-PP, Paulo Portas, considerou hoje a descida de um ponto do IVA, anunciada pelo primeiro-ministro, "um pequeno passo" na política fiscal para "ajudar a economia a crescer".

A descida do IVA de 21 para 20 por cento "é um pequeno passo, mas são precisos passos, mais determinados e corajosos porque a política fiscal é aquela que pode ajudar a economia a crescer", afirmou Paulo Portas numa conferência de imprensa, no Parlamento, para comentar a descida do IVA.

Para o presidente do CDS-PP, é preciso mexer também noutros impostos, como o IRS, IRS e ISP (imposto sobre os produtos petrolíferos) e defendeu um plano a médio prazo.

"Tem que ser um plano, para estimular o nosso crescimento económico, a vários anos e não apenas uma medida a um ano das eleições", avisou.

"Se assim não for, as pessoas farão uma conta como eu fiz: três anos a pagar impostos, com mais atropelos fiscais e um ano com um bónus para efeitos de campanha", concluiu.

O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou hoje que o IVA passará de 21 para 20 por cento em 01 de Julho, depois de o Instituto Nacional de Estatística (INE) ter divulgado que o défice público baixou para 2,6 por cento em 2007.

Porque o IVA é um imposto "menos ágil", Portas defende uma "fiscalização" efectiva para que "o consumidor venha a beneficiar da baixa do imposto".

Um dia depois de o primeiro-ministro, José Sócrates, ter dito que a crise orçamental estava ultrapassada, o líder dos democratas-cristãos advertiu que a maioria das famílias, especialmente as da classe média, não sentem o fim dessa "crise".

Por outro lado, Paulo Portas afirmou que José Sócrates não pode "reclamar" para si "os créditos" pelos resultados no combate ao défice.

"Quem combateu o défice não foi o primeiro-ministro, foram os contribuintes", disse.

 

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comanche

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« Responder #242 em: Março 26, 2008, 06:38:49 pm »
Défice 2007: País ainda não tem luz verde para fazer disparates - Nogueira Leite

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Lisboa, 26 Mar (Lusa) - O economista António Nogueira Leite disse hoje que a descida do défice público para os 2,6 por cento e o redução de um ponto percentual no IVA são "boas notícias para Portugal", mas alertou que o país "não tem ainda luz verde para fazer disparates".

Em declarações à agência Lusa, o ex-secretário de Estado das Finanças afirmou que o valor conseguido foi "muito bom" em termos absolutos já que se "aproximou do melhor valor que achava ser possível".

"São boas notícias. É um bom sinal que espelha o resultado de um esforço pedido aos portugueses nos últimos anos. O ministro das Finanças está de facto de parabéns", acrescentou.

Para o economista, Portugal não deixou, contudo, de ter um problema de finanças públicas.

"Não temos luz verde para fazer disparates. Continuamos sem margem de erro", frisou Nogueira Leite, recordando que o problema do lado da despesa continua a ser "muito grave".

O défice público português baixou em 2007 para 2,6 por cento da riqueza produzida, ficando abaixo da meta dos 3,0 por cento pela primeira vez em quatro anos, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Face a estes dados, o primeiro-ministro José Sócrates decidiu anunciar a descida do IVA de 21 para 20 por cento.

Questionado sobre esta redução, Nogueira Leite considerou tratar-se de "uma boa medida", principalmente porque se trata de um "valor prudente".

"Será um estimulo importante para as Pequenas e Médias Empresas (PME) e para as famílias, mais eficaz do que a descida do IRC", defendeu.

Sobre a revisão em baixa da meta para 2008 do défice público, para os 2,2 por cento, Nogueira Leite disse "ser consistente com os bons resultados", que revela também "alguma prudência".
 

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comanche

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« Responder #243 em: Março 26, 2008, 06:42:50 pm »
Défice 2007: Melhoria do saldo orçamental foi conseguida pelo lado da receita e despesa


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Lisboa, 26 Mar (Lusa) - A redução do défice público em 2007 foi conseguida tanto pelo lado da receita como da despesa, mas as receitas deram um contributo ligeiramente maior, segundos dados do Instituto Nacional de Estatística e as contas feitas pela agência Lusa.

O INE divulgou hoje os dados do procedimento do défice excessivo, com os valores dos saldos orçamentais dos últimos anos, onde refere que em 2007 o défice público ficou nos 2,6 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), a que corresponde uma melhoria de 1,3 pontos percentuais face ao ano anterior.

A explicar essa melhoria esteve uma subida da receita face ao PIB (em 0,7 pontos percentuais), ao mesmo tempo que o peso da despesa sobre a riqueza produzida baixou 0,6 pontos percentuais.

Estes dados mostram que ambas as componentes do défice contribuíram para a sua melhoria, embora o contributo da receita tenha sido ligeiramente melhor.

Em termos absolutos, os dados do INE provam que a receita pública cresceu 6,5 por cento, enquanto a despesa aumentou 3,6 por cento (valores que comparam com um crescimento nominal da economia de 4,9 por cento).

 

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comanche

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« Responder #244 em: Março 26, 2008, 06:45:31 pm »
Défice 2007: Descida é irrelevante, sem impacto na economia - Menezes

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Lisboa, 26 Mar (Lusa) - O presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, considerou hoje que a descida do IVA de 21 para 20 por cento anunciada pelo Governo é irrelevante e não terá impacto na economia.

Em conferência de imprensa, na sede do PSD, Luís Filipe Menezes defendeu, em alternativa, uma descida "substantiva" dos impostos - "no curto prazo", o IVA e o IRS - no sentido de uma aproximação aos valores espanhóis.

Sem querer apontar números neste momento, Menezes reiterou que essa descida "substantiva" dos impostos será proposta pelo PSD no Orçamento do Estado para 2008, em conjunto com uma proposta de redução da despesa pública.

Luís Filipe Menezes disse ainda que "o horizonte de qualquer governação consistente é baixar todos os impostos", precisando para isso de "condições do ponto de vista do desenvolvimento da economia que o justifiquem".

Quanto à redução do IVA de 21 para 20 por cento hoje anunciada pelo primeiro-ministro, Menezes considerou-a "irrelevante e casuística", desenquadrada de "metas de longo prazo".

Segundo Luís Filipe Menezes, esta descida de um por cento do IVA com efeitos a partir de 01 de Julho "não tem nenhum impacto sério na economia portuguesa".

"Anunciada a esta distância de dois, três meses, o que vai acontecer é que a própria economia se vai adaptar a esta descida e não a vai repercutir no cidadão consumidor", anteviu o presidente do PSD.

"Não é uma baixa de impostos substantiva e sustentada", criticou.

"A descida em nosso entender tem que ser substantiva, caso contrário não tem repercussão na nossa economia", insistiu.

Menezes sublinhou que "desde que tomou posse em 2005, o Governo cobrou a mais a cada português cerca de 550 euros em impostos".

"Com esta medida restitui a cada cidadão cerca de 20 euros. Está ainda em défice de ressarcimento da cidadania em termos individuais na ordem dos 520 euros. Portanto ainda há com certeza muitos impostos a descer nos próximos anos", concluiu.

 

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comanche

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« Responder #245 em: Março 26, 2008, 06:48:11 pm »
Défice 2007: Pela primeira vez em décadas temos um controlo do défice sem "cosméticas" - Silva Lopes

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Lisboa, 26 Mar (Lusa) - O antigo ministro das Finanças Silva Lopes aplaudiu hoje os resultados conseguidos no controlo do défice orçamental e as medidas que o Governo adoptou para os conseguir.

"Pela primeira vez em décadas temos um Governo que está a controlar o défice orçamental (...) antes tínhamos governos que faziam cosmética (...) às vezes com medidas muito prejudiciais", afirmou o economista, antigo ministro das Finanças e também antigo governador do Banco de Portugal.

O défice orçamental em 2007 ficou nos 2,6 por cento da riqueza produzida, abaixo da meta dos 3,0, "um óptimo resultado", defende Silva Lopes que elogia as medidas adoptadas, pelo Governo para conseguir esse resultado, "mesmo sendo impopulares".

A despesa pública, em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), teve uma redução de 0,58 pontos percentuais, segundo os dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Esse resultado vem uma parte do lado da receita, "com uma melhor eficácia na combate à evasão fiscal", com medidas que "mesmo sendo duras, a opinião publica deve aplaudir, porque se há quem fuja aos impostos os outros contribuintes é que pagam", frisou o economista.

"É claro que as vezes há erros", diz Silva Lopes, e neste aspecto advoga que sejam adoptadas medidas para "corrigir esse erros muito rapidamente o que não acontece actualmente".

Sobre o controlo do crescimento da despesa, Silva Lopes entende que "fechar escolas e maternidades que têm poucos utilizadores não agrada, mas a verdade é que essas situações não se podem manter porque é exigir ao resto dos contribuintes do País que paguem por esses serviços".

A descida do IVA, de 21 para 20 por cento, "não tem um custo orçamental grande, calculo que seja de 0,2 pontos percentuais, e só por isso não sou contra", diz Silva Lopes.

Sobre a redução da divida pública, Silva Lopes diz que não se confunde "com os economistas que consideram ser necessário reduzir muito", defendendo sim que seja "corrigida", mas considera positivo.

"Pode ajudar a reduzir um pouco, nem que seja um ou dois pontos base, os ´ratings´ da Republica e isso é bom tanto para a economia como para o Estado", explicou o antigo ministro.

 

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« Responder #246 em: Março 27, 2008, 08:12:09 am »
Citação de: "MERLIN"
- 1% no IVA equivale a quantos % a mais na eleições de 2009? :wink: , para aumentar a margem de lucro.... c34x

O pior vai ser depois das eleições, quando subirem o IVA para 23 % ou 24%
 :twisted:  :roll:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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« Responder #247 em: Março 27, 2008, 12:30:01 pm »
ora aí está... :arrow:

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Governo anuncia ligeira baixa de impostos
Descida do IVA pode vir a não ser sentida pelos consumidores

27.03.2008 - 09h42
Por Sérgio Aníbal
Pedro Cunha (arquivo)



Aproveitando o balanço da apresentação de um valor do défice público mais baixo do que o previsto, o Governo confirmou ontem aquilo que há algum tempo vinha ameaçando: uma descida de impostos.

A opção por uma redução da taxa máxima do IVA de 21 para 20 por cento é considerada pelo Executivo como uma aposta “prudente”, mas ainda divide os economistas e levanta dúvidas, pelas experiências do passado, quanto ao impacto imediato que pode vir ao nível da descida dos preços.

A medida ontem anunciada pelo primeiro-ministro – no mesmo dia em que o INE revelou que o défice de 2007 tinha ficado em 2,6 por cento – deverá entrar em vigor a partir de Julho deste ano, depois de aprovada pela Assembleia da República e promulgada pelo Presidente.

Os economistas contactados pelo PÚBLICO dividem-se quanto à oportunidade de tomar agora esta medida. Entre os que aceitam a decisão governamental estão Teodora Cardoso, que destaca o facto de o anúncio de descida do IVA ter sido acompanhado pela “revisão em baixa do objectivo do défice para 2008”, e Miguel St. Aubyn, do ISEG, que lembra que “a baixa é de pequeno montante e que se justifica tendo em conta os resultados em matéria orçamental”.

Do lado oposto está o economista Paulo Trigo Pereira, que calcula que para se chegar a uma dívida pública sustentável de 55 por cento do PIB é necessário, antes de se baixar impostos, atingir “um défice menor que dois por cento”.

O mesmo tipo de cálculos faz Luís Campos e Cunha – o ministro das Finanças que subiu o IVA em 2005 – que, em declarações recentes, defendeu que uma descida de impostos deveria ocorrer apenas quando, tanto défice, como o crescimento, estivessem abaixo de 1,5 por cento.

José Sócrates, ontem, afirmou que a decisão tomada é “prudente”, explicando que “já não é necessário um esforço tão grande dos portugueses”. O primeiro-ministro estimou a perda de receita em 2008 entre 225 milhões e 250 milhões de euros.

É este valor que leva Teixeira dos Santos a classificar a medida como “um sinal” e a oposição a criticar, afirmando que “é irrelevante”.

O Governo não colocou de parte a hipótese de novos cortes de impostos na legislatura, mas Sócrates afirmou que, nesta fase, ir mais longe seria “irresponsável”, lembrando os riscos da crise financeira internacional.

Constâncio preferia IRC

Tomada a decisão de baixar impostos, as dúvidas ainda subsistem quando se discute a opção pelo IVA, em detrimento de outros impostos como o IRC, IRS ou ISP. “Quando houver margem ou “folga”, o imposto a descer é claramente o IVA”, diz Paulo Trigo Pereira.

Este economista está entre os que preferem uma redução do IVA por “razões de equidade e de estímulo à actividade económica”. A ideia é a de que, sendo um imposto regressivo, a sua diminuição aumenta a equidade.

Há, no entanto, quem considere que o IVA não é o imposto a descer se se quiser aumentar a competitividade. O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, já revelou preferir o IRC. “No contexto da globalização, todos os países têm de ter em conta os impostos sobre as empresas para assegurarem e manterem a sua competitividade”, afirmou no ano passado. Campos e Cunha baixaria, em primeiro lugar, o ISP e actualizaria os escalões de IRS acima da inflação.

Será que os preços descem?

Mas um problema que os portugueses vão ter com a descida do IVA é o facto de ser provável que, em muitos produtos, acabem por não sentir uma descida imediata de preços. Essa é pelo menos a experiência do passado.

Em 1996, António Guterres decidiu diminuir a taxa de IVA aplicada a bens alimentares e de restauração de 17 para 12 por cento. A inflação, contudo, manteve um ritmo praticamente inalterado. Já este ano, à passagem do IVA dos ginásios de 21 para cinco por cento não correspondeu, segundo a Deco, uma diminuição dos preços pagos pelos clientes.

Esta tendência não é um exclusivo de Portugal. Um relatório da Comissão Europeia, destinado a avaliar o efeito da autorização de redução do IVA dada em 1999 para determinados sectores de actividade, concluiu que não houve criação de emprego, a economia paralela não diminuiu e a descida dos preços ficou muito aquém do esperado.

Na Hungria, os efeitos diferenciados da subida e descida do IVA foram ainda mais claros. O Governo subiu o imposto em Janeiro de 2004 e, no início de 2006, cortou-o.

Feitas as contas o banco central da Hungria concluiu que a subida de três pontos no IVA fez aumentar o preço dos produtos em 2,5 por cento, enquanto a descida de cinco pontos no imposto apenas teve um efeito próximo de um por cento nos preços. Será que é isto que, agora, vai acontecer em Portugal?

Os economistas não arriscam. Teodora Cardoso diz que “o efeito nos preços dependerá do mercado” e Paulo Trigo Pereira explica que os preços vão descer “nos mercados que forem competitivos, ou sujeitos a forte concorrência externa” e não “onde a procura for rígida”. Teixeira dos Santos apelou à “responsabilidade dos agentes económicos”, avisando que as autoridades competentes “vão actuar”.


http://economia.publico.clix.pt/noticia ... idCanal=57





mais uma operação de cosmética que em nada vai resolver os problemas das familias, mas que fará com que mais alguns "totós" votem PS em 2009....
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Cabeça de Martelo

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« Responder #248 em: Março 27, 2008, 12:51:36 pm »
Ó pzit, tu queixas-te quando eles aumentam, queixas-te quando eles baixam...tu gostas é de lamentar da vida não é?! :roll:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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JLRC

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« Responder #249 em: Março 28, 2008, 01:18:54 am »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Ó pzit, tu queixas-te quando eles aumentam, queixas-te quando eles baixam...tu gostas é de lamentar da vida não é?! :nice:  :nice:  :nice:

O pzito é o equivalente português do Muro das Lamentações... :oops:
 

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« Responder #250 em: Março 28, 2008, 08:40:52 am »
Não, não gosto é de hipocrisias, falsidades e operações de cosmética, com vista a fins eleitoralistas, que depois nos vai sair caro.

Mas pronto, vcs andam todos contentes, não se esqueçam de votar PS em 2009.


Edit: "emprestado" de outro tópico...

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Porque a descida do IVA é apenas política
Nunca imaginei escrever contra a descida de impostos, mas vejamos porque é um erro enorme cortar o IVA de 21% para 20%.

João Vieria Pereira, subdirector do Expresso
17:12 | Quarta-feira, 26 de Mar de 2008



Onde está aquele primeiro-ministro antipático, decidido e com tiques de autoritarismo? Alguns especialistas em "sound bytes" falam em viragem à esquerda. Eu prefiro um mais cândido "cedência ao populismo".

Nunca imaginei escrever contra a descida de impostos, mas vejamos porque é um erro enorme cortar o IVA de 21% para 20%.

Uma descida simbólica, porque é isso que se trata, terá um impacto minúsculo na carteira do consumidor final. O mais provável é que esta descida nunca venha a ser reflectida nos preços finais. Por exemplo um produto que custa 1 euro, paga 21 cêntimos de IVA. Ao pagar apenas 20% deveria passar a custa 99 cêntimos. Alguém acha que o comerciante vai descer o preço? Os ganhos desta medida vão ser todos absorvidos pelo intermediário, o mesmo que pode deduzir o IVA. Em termos de equidade é um erro enorme.

Todos sabemos que a redução do défice foi feita à custa das receitas fiscais e que os cortes na despesa são até agora supérfluos. Tirar 500 milhões de euros por ano é pouco no total da receita, mas é dinheiro que pode fazer a diferença em anos de aperto económico. E o impacto da crise nos Estados Unidos ainda está para vir.

E em termos europeu a nossa vantagem fiscal não melhora. Este que podia e devia ser um dos principais argumentos para uma descida do IVA não funciona pois continuamos com uma taxa de imposto muito superior à que se pratica, por exemplo, na vizinha Espanha. (16%)

Esta não é uma descida "justa", é um desviar das atenções dos erros enormes que o Governo de Sócrates tem cometido desde o início do ano. A oposição tem mais um motivo para falar em propaganda.

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Quinta-feira, 27 de Março de 2008
Um prémio inóquo, a quem faz sacrifícios

O IVA vai passar de 21% para 20% só em alguns bens, não nos essenciais como seria desejavel e justo.

Depois de enganar o eleitorado, dizendo que não aumentaria os impostos, Sócrates aumentou o IVA de 19% para os 21%, mas fez mais, este PM reformador, como se auto-intitula. Não ficou satisfeito com o surripianço no IVA, congelou salários e progressão nas carreiras, despedimentos e mobilizações na FP (com repercursões no privado), deu um aumento de 2,1%, garantindo que o poder de compra se manteria, quando já se sabia que a inflacção era acima dos 2,1%. Tudo isto acompanhado da crise energética e da subida das taxas de juro. Em suma deixou os portugueses nas galfarras do endividamento para manterem o seu nível de vida e fazerem face aos compromissos assumidos.

O país está na fossa, mas Sócrates berra. Acabei com a crise do défice e por isso, tomem lá este prémio. Mas que prémio...?

Ninguem é capaz de dizer que esta medida vai beneficiar os consumidores. Os próprios empresários afirmam que apenas eles vão retirar lucro deste abaixamento, já que os preços finais dos produtos se vão manter ou subir como reflexo da inflacção.

Concluindo, depois de três anos e meio a impôr sacrifícios Sócrates tem a lata de agitar uma medida inóqua como recompensa a quem trabalha para viver.


http://www.bivolta.blogspot.com/

(já sei que não vão perder tempo a ler, mas enfim...) :roll:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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André

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« Responder #251 em: Março 29, 2008, 12:46:51 am »
Reportagem da Al Jazeera
Sá Fernandes herói de Lisboa    

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José Sá Fernandes, vereador da Câmara Municipal de Lisboa, é o protagonista de uma reportagem da cadeia de televisão árabe Al Jazeera , que apresenta Portugal como «um dos países mais pobres da Europa» e a «corrupção» como causa do seu atraso.

http://www.youtube.com/watch?v=XsBmV5sjneM&eurl

http://www.youtube.com/watch?v=awFUJlIRrdY&eurl

O autarca, que «levou a tribunal mais de 70 casos de corrupção», é apontado como figura central da luta contra o fenómeno.

A peça acompanha Sá Fernandes durante a campanha para as eleições intercalares de 2007, mas o canal árabe apenas a transmitiu nas últimas semanas.

Lisboa, cuja câmara municipal «parece ser um lugar que concentra tudo o que há de errado e corrupto na vida pública de Portugal», é apresentada como o palco da luta de Sá Fernandes.

A capital portuguesa é descrita pela Al Jazeera como «uma cidade em tumulto» onde «a corrupção é tão generalizada que tornou os cidadãos indefesos». A acompanhar o texto, imagens de sem-abrigo e de prédios em ruínas.

A Al Jazeera revisita o caso da permuta de terrenos do Parque Mayer e mostra como o vereador do Bloco de Esquerda «enfrentou a Bragaparques, uma das maiores empresas do país», com o irmão Ricardo Sá Fernandes.

Uma reconstituição mostra o encontro entre Domingos Névoa e o irmão do vereador da Câmara de Lisboa, no qual o administrador da Bragaparques terá oferecido dinheiro a Sá Fernandes em troca do silêncio do autarca. «Como nos filmes», conta Ricardo Sá Fernandes.

José é referido como aquele que «move de forma apaixonada uma campanha contra a corrupção» e que «representa a mudança de que a cidade desesperadamente precisa». A reportagem termina com a eleição do independente apoiado pelo BE – com 6,82% dos votos – e a nomeação de Sá Fernandes para o cargo de vereador do Ambiente. «Ironia do destino», comenta a jornalista da estação árabe.

SOL

 

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zocuni

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« Responder #252 em: Março 29, 2008, 03:01:14 am »
É tem umas coisas que não entendo,se o governo aumenta a carga tributária é isto e aquilo,se diminui é populista e demagógico.Aí vêm os economistas de plantão do anonimato com suas bolas de cristal apreguar o apocalipse e que tudo não servirá para nada e ficam torcendo para terem razão para no futuro levarmos a sério o que eles dizem,enfim é complicado.Fica dificil até argumentar...


Abraços,
zocuni
 

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« Responder #253 em: Março 29, 2008, 10:38:19 am »
zocuni,

tirando as "bocas" do costume, em que v.exa tem a mania que sabe tudo e os outros são todos parvos, que contribuiem as suas intervenções para o debate?

Eu pelo menos tento argumentar com dados e afirmações de pessoas que (penso eu) sabem mais do assunto.

V.Exa, tirando aparecer de rajada para mandar umas bocas , desaparecendo de seguida, não contrapondo com nada de concreto tirando as ilusões do planeta onde vive, talvez devesse se informar um pouco da realidade, antes de vir mandar as indirectas do costume.

Venha para cá viver  o dia a dia, não só de "vacances", e depois falamos!

Cumprimentos!
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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zocuni

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« Responder #254 em: Março 29, 2008, 10:45:34 am »
P44,

V.Exa,deve ter a mania da perseguição falei de um modo geral.Quando é dirigida faço como agora coloco o nome do envolvido.Se não gosto do que escrevo é muito simples,nem preste atenção geralmente é o que faço.Realmente interagir consigo é pura perda de tempo,as suas convicções realmente nada têm haver com as minhas.Somos incompatíveis.
zocuni