Portugal comecerá a recuperar?

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Luso

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« Responder #225 em: Março 01, 2008, 11:14:44 am »
Citação de: "P44"
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De seguida mais uma "notícia optimista".

a máquina de propaganda deste governo realmente é de fazer inveja.... :roll:
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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P44

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« Responder #226 em: Março 01, 2008, 11:34:25 am »
Citação de: "Luso"
Citação de: "P44"
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De seguida mais uma "notícia optimista".

a máquina de propaganda deste governo realmente é de fazer inveja.... :roll:

mas o pior é que as pessoas acreditam  :cry:  

 :arrow:

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Sondagens
As sondagens valem o que valem. E quando são desfavoráveis, não valem mesmo nada.

O estudo da Universidade Católica para Jornal de Notícias, RTP e Antena 1 mostra que na apreciação ao desempenho do governo 66% dos portugueses considera que foi má ou muito má.

Apenas 26% dos inquiridos acham que foi boa.

Ainda assim, e apesar do total descrédito atribuído a Sócrates, o PS continua a ter maioria.

Imagem mais perfeita do País e da sua situação política não pode haver...

http://socratinice.blogspot.com/2008/02/sondagens.html
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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« Responder #227 em: Março 01, 2008, 12:27:00 pm »
Citação de: "P44"
mas o pior é que as pessoas acreditam  :cry:


Já não tenho tanto essa certeza, embora me pareça bastante provável.
Essa referência às sondagens é curiosa porque todas as pessoas com quem me sinto à-vontade para disto falar partilham do mesmo cepticismo em relação a estas sondagens. Pessoalmente se "alguém" me me telefonásse querendo saber a minha visão sobre o socretismo, eu "não saberia/não responderia". Com esta gente todo o cuidado é pouco. E há mais gente que pensa assim.
Vou mesmo afirmar que tenho receio das eleições poderem a vir a ser... digamos... "viciadas".

Uma coisa é certa: o Menezes não serve, é uma nulidade e para além disso aposto que está trilhado. Só pode.
Eu e as mais variadas pessoas de diversas origens e condições não vemos alternativas e isso é MUITO perigoso.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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« Responder #228 em: Março 01, 2008, 02:27:31 pm »
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Vou mesmo afirmar que tenho receio das eleições poderem a vir a ser... digamos... "viciadas".



não és o único...
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-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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« Responder #229 em: Março 03, 2008, 12:24:19 pm »
Apresentação mundial do “Scirocco”


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Ministro da Economia, Manuel Pinho, assina esta segunda-feira, em Genebra, o acordo de produção do “Scirocco”. O novo modelo da Volkswagen vai ser exclusivamente produzido na Autoeuropa nos próximos 8 anos.

Manuel Pinho participa na sessão de apresentação mundial no Salão de Automóvel de Genebra deste novo modelo da empresa alemã.

“Portugal está a mostrar uma vocação de excelência em veículos de nicho mas isso representa mais exigência para os fornecedores, porque vai ser necessário produzir veículos de tipo diferente”, afirmou Manuel Pinho no dia 29 de Fevereiro.

O Governo criou mesmo uma “Task Force” com a finalidade de estudar medidas e promover iniciativas que levassem a esse aumento da presença de fornecedores em território nacional.

“É para ajudar a esta adaptação da nossa indústria de fornecedores que foi criada a “task force” entre o Governo e o conjunto da indústria automóvel”, explicou o membro do Governo.

A produção de componentes para veículos, nomeadamente de nicho, permite, por exemplo, que o “Scirocco” da Volkswagen possa ser totalmente produzido pela fábrica da Autoeuropa em Palmela. A realidade até ao momento era que muitos desses componentes tinham de ser importados e incorporados na montagem em Portugal.

“É quase um sonho um veículo de tão alta gama ser produzido exclusivamente no nosso país. Mas isso coloca uma grande exigência aos nossos fornecedores que até ao presente estavam vocacionados para produzir mais monoproduto, ou seja, tinham uma produção muito limitada”, referiu Manuel Pinho, sublinhando que a indústria automóvel “está a viver um bom momento em Portugal”.

“Felizmente fizemos uma mudança do paradigma e agora Portugal está a afirmar-se como um país muito competitivo na produção de veículos de nicho, como o descapotável da Volkswagen EOS, que este ano vai atingir praticamente os 100 mil exemplares. E agora vamos desejar boa sorte ao Scirocco”, disse.

Com a produção do "Scirocco", dos novos monovolumes e de um possível quarto modelo em Palmela, o contributo da empresa para a economia portuguesa deverá aumentar para cerca de 2 por cento em 2010, segundo estimativas governamentais.
 

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« Responder #230 em: Março 04, 2008, 11:42:21 am »
Indústria: Portucel inicia hoje investimento de 500 milhões de euros em nova fábrica de papel


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Lisboa, 04 Mar (Lusa) - A nova fábrica de papel da Portucel, da qual hoje foi lançada a primeira pedra, vai permitir à empresa aumentar as suas exportações em 350 milhões de euros, em 2010, para 1.280 milhões de euros.

Segundo o presidente-executivo da Portucel, que hoje falava à margem da cerimónia de colocação da primeira pedra da nova fábrica de papel, as exportações da empresa representarão 75 por cento do total do sector em Portugal.

O investimento na nova fábrica ascenderá a mais de 500 milhões de euros e o grupo Portucel Soporcel pretende que esteja operacional em Agosto de 2009.

O presidente-executivo da Portucel, José Honório, sublinhou, anteriormente, que a empresa tem "uma intenção muito clara" de passar a ser "uma empresa maior da que é hoje" e frisou que este investimento indica que está a trabalhar nesse sentido.

O crescimento da empresa pode, segundo José Honório, ser concretizado através de uma "valorização e acrescentando maior valor àquilo" que faz em Portugal.

É nesta política que se insere o projecto da nova fábrica de papel a instalar em Setúbal.

"Trata-se de integrar a pasta de papel que produzimos hoje e que exportamos, ou seja, deixar de exportar a pasta, integrá-la num processo de maior valor acrescentando e exportar papel criando uma maior riqueza que fica em Portugal", frisou.

 

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« Responder #231 em: Março 04, 2008, 07:25:21 pm »
Indústria: Portucel vai disputar liderança europeia nos papéis finos não revestidos, após arranque da nova fábrica

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Lisboa, 04 Mar (Lusa) - A Portucel vai disputar a liderança europeia no mercado dos papéis finos não revestidos com o arranque da nova fábrica em Setúbal prevista para Agosto de 2009, afirmou hoje o presidente executivo do grupo, José Honório.

"Após o arranque da fábrica, a Portucel vai disputar a liderança europeia dos papéis finos não revestidos", disse José Honório, depois do lançamento da primeira pedra da fábrica.

A Portucel pretende integrar 80 por cento da pasta em papel e expandir também a sua posição, já relevante, no mercado norte-americano.

Segundo o presidente do conselho de administração do grupo, Pedro Queiroz Pereira, a empresa "tem fatalmente de pensar o futuro em termos internacionais", já que a sustentabilidade da Portucel poderá ser afectada pela perda da competitividade da floresta portuguesa.

"A nossa principal ameaça de sustentabilidade reside no facto de a floresta portuguesa de eucalipto ter vindo a perder competitividade ao longo dos últimos 20 anos", afirmou José Honório.

"É crucial que o Governo negoceie com a Comissão Europeia, no quadro dos regulamentos e directivas existentes, programas específicos de apoio à melhoria eucaliptal português. É necessário criar um sistema de incentivos dirigidos à produção florestal", defendeu o presidente executivo da Portucel.

A definição de um plano estratégico para a melhoria da produtividade da floresta portuguesa que vincule o Estado e os agentes económicos é também "crucial" para José Honório.

A nova fábrica de papel da Portucel terá uma área de 238 mil metros quadrados, ou seja, 24 hectares o equivalente a 24 campos de futebol e irá permitir à empresa aumentar as suas exportações em 350 milhões de euros, em 2010, para 1.280 milhões de euros.

Segundo o presidente executivo da Portucel, as exportações da empresa representarão 75 por cento do total do sector em Portugal.

O investimento na nova fábrica ascenderá a 550 milhões de euros e o grupo Portucel Soporcel pretende que esteja operacional em Agosto de 2009.

Com a nova fábrica, a empresa prevê criar 350 postos de trabalho directos altamente qualificados e 1.700 postos indirectos.

A nova fábrica acolherá como equipamento central "a maior e mais sofisticada" máquina do mundo para a produção de papéis finos não revestidos e vai permitir o aumento da produção de papéis de impressão e escrita de elevada qualidade para 1,5 milhões de toneladas por ano.

A futura fábrica de Setúbal tem associado um projecto para a instalação, no perímetro do complexo fabril de Setúbal, de uma central de cogeração de ciclo combinado com turbinas a gás natural, o que permitirá não só satisfazer as necessidades de energia eléctrica e de vapor da nova unidade fabril, mas também fornecer "interessantes" excedentes de energia à rede eléctrica nacional.

O grupo exporta hoje cerca de 92 por cento da sua produção total de pasta e papel para mais de 80 países em todo o mundo, num valor que ultrapassou os 950 milhões de euros e representou cerca de 3 por cento do total das exportações portuguesas em 2007.



Em Portugal já existe muito eucalipto, em relação á área florestal existente, se querem mais, importem de outros países tais como do Brasil, Congo etc. As espécies endémicas devem ser apoiadas como por ex. o carvalho e outras.
 

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comanche

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« Responder #232 em: Março 04, 2008, 08:15:12 pm »
Economistas rejeitam recessão técnica em Portugal, mas falam de período prolongado de baixo crescimento


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Lisboa, 04 Mar (Lusa) - Os economistas ouvidos pela Lusa rejeitam a ideia de que Portugal esteja numa recessão técnica, mas falam num período prolongado de baixo crescimento económico, com limitações estruturais ao desempenho da actividade.

O economista Miguel Cadilhe disse segunda-feira, em Braga, que Portugal "está em recessão económica grave", situação que começou em 1999 e se aprofundou a partir de 2003.

O ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, qualificou hoje, em Bruxelas, de "gratuita", "alarmista" e "sem fundamentação técnica" a afirmação de Miguel Cadilhe de que Portugal "está em recessão económica grave".

Fala-se em recessão técnica "quando existem dois trimestres consecutivos de quedas do PIB, face ao trimestre anterior", disse à Lusa o professor de Economia da Universidade de Évora José Manuel Belbute.

Isso significa que o ciclo económico está em fase descendente, mas pode não ter batido no fundo, acrescentou o mesmo especialista.

"A nossa situação económica não é essa", afirmou o mesmo professor, porque a economia portuguesa tem apresentado crescimentos reais positivos.

No entanto, há quem fale em recessão referindo-se a um ritmo de criação de riqueza "muito lento", com os fundamentais da economia mal consolidados, usando um conceito "mais valorativo" de recessão.

"Eu partilho dessa opinião para a economia portuguesa", disse José Belbute, lembrando que só o próprio Cadilhe pode esclarecer o que quis dizer.

Fernando Alexandre, professor de Economia da Universidade do Minho disse que "não há uma definição única de recessão", mas normalmente fala-se em recessão técnica quando o PIB cai por dois trimestres consecutivos.

Há quem use o termo recessão para dizer que uma economia está a crescer abaixo do seu potencial (no caso português esse nível anda à volta dos dois por cento), referiu o mesmo economista.

A recessão costuma ser mais conjuntural, pelo que Fernando Alexandre não concorda com a utilização desse conceito aplicado à situação actual da economia portuguesa.

É um facto que a economia portuguesa "tem crescido pouco e que a produtividade não tem crescido", notou Fernando Alexandre.

No entanto, o problema da economia portuguesa é estrutural e não conjuntural; existe um "problema grave na sua trajectória de crescimento", acrescentou o professor da Universidade do Minho.

Outra definição de recessão, que permite identificar melhor o mês da entrada em declínio, é a da entidade encarregue de datar os ciclos da economia dos EUA, o National Bureau of Economic Research (NBER).

O NBER diz que a recessão é um período de queda significativa na produção, no rendimento, no emprego e no comércio, que habitualmente dura entre um mínimo de seis meses e é marcada por contracções generalizadas, em muitos sectores da economia.

 

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« Responder #233 em: Março 05, 2008, 12:24:57 pm »
Finanças afastam medidas extras para baixar défice

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O Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia esteve ontem reunido em Bruxelas e aprovou um parecer que confirma as previsões do Governo português para redução do défice.

O ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos rejeitou, no entanto, que possam vir a ser necessárias medidas suplementares, caso se confirmem as perspectivas de um crescimento económico menos acentuado devido às pressões a que os mercados financeiros estão agora expostos. O responsável governamental colocou a tónica nas medidas que já estão a ser implementadas por Lisboa e frisou que o que está agora em causa é o possível "dosear dos remédios" que já foram aplicados.

Teixeira dos Santos reafirmou o compromisso do governo no equilíbrio das contas públicas até 2010 através do Programa de Estabilidade que apresentou a Bruxelas em Dezembro do ano passado. Ao mesmo tempo, as previsões de Lisboa apontam ainda para a redução da dívida da Administração Pública de 64,4% para o valor de referência de 60% em 2010.

O Programa de Estabilidade actualizado respeitante a Portugal e agora aprovado pelo Conselho da UE prevê que o défice público passe de 3% do PIB em 2007, para 2,4% no final deste ano.

A mensagem do Governo português quanto ao crescimento positivo da economia nacional tem sido de optimismo e, em resposta às declarações do economista e ex-ministro Miguel Cadilhe na véspera, em Braga, sobre uma recessão grave em Portugal, Teixeira dos Santos responde que essa é uma assumpção "sem qualquer fundamentação técnica". O actual titular da pasta das Finanças acrescentou que as declarações de Cadilhe "contrastam com os critérios técnicos da profissão que servem para definir uma recessão" e que são afirmações "gratuitas e que não ajudam em nada".

Subida do euro preocupa

No seguimento do que o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, disse à saída da reunião que juntou os ministros da Zona Euro na segunda-feira à noite, Teixeira dos Santos admitiu que também está "preocupado com as movimentações no mercado cambial". Na semana passada, o euro atingiu valores recorde de valorização face ao dólar, tendo este sido um dos assuntos da agenda do Eurogrupo deste mês.

O responsável português esclareceu que os ministros dos 27 estados-membros esperam que os Estados Unidos actuem em conformidade com a política do dólar forte, mas descartam, para já, quaisquer intervenções no mercado. Ainda assim, recordou que é importante impedir movimentações bruscas nas taxas de câmbio e acrescentou que os ministros estão atentos para poderem agir, se necessário.
 

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« Responder #234 em: Março 07, 2008, 08:53:42 am »
07-03-2008
Crescimento
PIB per capita recua para nível de 1990

Em 2007, o PIB per capita nacional (em PPC) atingiu os 65,7% da média da UE 15, valor semelhante ao de 1990. O crescimento médio anual da economia portuguesa, nesta década, será inferior ao da UE 15 pela primeira vez em 50 anos

http://www.semanarioeconomico.com/pol.e ... index.html
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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« Responder #235 em: Março 26, 2008, 05:26:15 pm »
Défice 2007: Défice orçamental baixa para mínimo de 30 anos


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Lisboa, 26 Mar (Lusa) - O défice de 2,6 por cento do PIB que Portugal obteve em 2007 foi o mais baixo em pelo menos 30 anos, de acordo com os dados do Banco de Portugal, do Instituto Nacional de Estatística (INE) e da Comissão Europeia.

O INE anunciou hoje que o défice público baixou em 2007 para os 2,6 por cento do Produto Interno Bruto, menos 1,3 pontos percentuais do que em 2006.

Em 2005, ano em que o governo de Sócrates chegou ao poder, o défice público atingiu os 6,1 por cento do PIB, mais do que duplicando a meta dos 3,0 por cento estabelecida pelos critérios do Pacto de Estabilidade e Crescimento.

Portugal foi nessa altura um dos países a quem foi levantado um procedimento por défices excessivos e, partir daí apresentou um programa de redução do saldo orçamental, com o objectivo de chegar abaixo dos três por cento em 2008.

Com a receita a evoluir melhor do que o esperado e a ser feito um esforço adicional de contenção da despesa, esse objectivo foi alcançado antes do previsto.

Assim, em 2007, Portugal conseguiu regressar a um défice abaixo dos três por cento pela primeira vez em quatro anos.

Os dados que constam do relatório da comissão para a análise da situação orçamental, do Banco de Portugal (entre 1991 e 2004) e do Eurostat (entre 1977 e 1990) mostram que desde 1977 não houve nenhum outro défice tão baixo como o registado em 2007, pelo que este último foi o mais baixo dos últimos 30 anos.

Em 1977, o défice estava nos 2,9 por cento, valor que subiu até aos 8,7 por cento em 1981 e que depois voltou a baixar até aos 2,9 por cento em 1989.

Em 1991, o défice estava nos 7,6 por cento e em 1993 agravou-se ainda mais para os 8,1 por cento do PIB.

Os anos seguintes até 1999 foram de melhoria desse saldo, com o défice a terminar 1999 nos 2,8 por cento.

Após essa época, o saldo orçamental voltou a deteriorar-se até 2005, quando atingiu os 6,1 por cento.

Entre 2001 e 2004, o défice melhorou ligeiramente, a beneficiar de receitas extraordinárias, que atingiram os 2,5 pontos percentuais do PIB em 2003.

Com as eleições legislativas (o executivo PSD/CDS-PP perdeu as eleições para o PS) e depois de ter sido criada uma comissão para apuramento das contas públicas no âmbito do Banco de Portugal, o governo de Sócrates anunciou um conjunto de medidas para restringir a despesa pública e aumentar a receita.

Entra elas contou-se o aumento da taxa máxima do IVA (de 19 para 21 por cento) que, até agora e apesar de ter sido dito que seria uma medida temporária, ainda não foi corrigida em baixa.

O ministro das Finanças e o governo têm insistido na prioridade política de redução do défice, como condição necessária para garantir um contexto de investimento mais estável e propício para o crescimento económico sustentado e duradouro, argumentando que é fundamental consolidar a melhoria das contas públicas.

 

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« Responder #236 em: Março 26, 2008, 05:29:50 pm »
Défice 2007: Descida défice é um "excelente resultado" e IVA a 20 % é "fundamental" - João Ferreira do Amaral


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Lisboa, 26 Mar (Lusa) - O economista João Ferreira do Amaral considera um "excelente resultado" a descida do défice público em 2007 para 2,6 por cento da riqueza produzida e considerou "fundamental" a descida em 1 ponto percentual do IVA.

"São duas boas notícias. O facto do défice ter ficado nos 2,6 por cento quando inicialmente se previa 3,7 por cento para 2007, é um excelente resultado", afirmou o economista à agência Lusa.

O défice público português baixou em 2007 para 2,6 por cento da riqueza produzida, ficando abaixo da meta dos 3,0 por cento pela primeira vez em quatro anos, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Face a estes dados, o primeiro-ministro José Sócrates decidiu anunciar a descida do IVA de 21 para 20 por cento.

Para João Ferreira do Amaral, a descida do IVA "é fundamental face às notícias negativas que vêm dos Estados Unidos, com a crise financeira, e que terão impacto na União Europeia".

O economista considera ainda acertada a decisão de baixar o IVA em 1 por cento.

"Julgo que seria perigoso descer mais, porque a situação [económica mundial] é ainda incerta e necessita de monitorização", acrescentou.

João Ferreira do Amaral concorda ainda com a decisão do Governo baixar o IVA, em detrimento de outros impostos, considerando-a prioritária.

"A descida do IVA é uma prioridade, não só porque causa perda de competitividade nalgumas zonas do interior do país, dada a proximidade com Espanha, onde o IVA é mais baixo, mas também porque é um imposto injusto que afecta as classes de menores rendimentos", argumentou.

 

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« Responder #237 em: Março 26, 2008, 05:33:19 pm »
Défice 2007: Redução do IVA ajudará empresários a enfrentar o futuro "com maior optimismo" - Paulo Nunes de Almeida


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Lisboa, 26 Mar (Lusa) - A redução de 1 por cento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) hoje anunciada ajudará os empresários a enfrentar o futuro "com maior optimismo", defendeu hoje o presidente da Associação Têxtil e do Vestuário de Portugal (ATP).

Em declarações à agência Lusa, Paulo Nunes de Almeida reconheceu que a descida do IVA é ainda "pequena", mas disse acreditar que se trata "de um sinal claro que no futuro todos os portugueses serão recompensados pelo esforço que lhes foi pedido nos últimos anos".

De acordo com o responsável, o alívio fiscal anunciado pelo Governo - após ter sido conhecido o défice orçamental de 2,6 por cento para 2007 - abre "uma grande expectativa" em relação ao orçamento para 2009.

"É um facto que as empresas e os empresários queriam mais, mas nós também percebemos que somos beneficiados quando o Estado tem as contas públicas em dia", frisou Paulo Nunes de Almeida.

Sobre a redução do défice orçamental para 2,6 por cento, Paulo Nunes de Almeida disse ser "resultado de um esforço colectivo", que deve "animar a todos", tendo em conta que "há dois anos atrás o défice era o dobro".

"Ter as contas públicas em ordem é a condição necessária para encarar o futuro de uma forma mais optimista e mais animadora de que todos os portugueses se devem orgulhar", concluiu o empresário.

 

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« Responder #238 em: Março 26, 2008, 05:44:03 pm »
- 1% no IVA equivale a quantos % a mais na eleições de 2009? :twisted:
Cumptos
"Se serviste a patria e ela te foi ingrata, tu fizestes o que devias, ela o que costuma"
Padrea Antonio Vieira
 

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« Responder #239 em: Março 26, 2008, 05:50:19 pm »
Sócrates: «É altura de aliviar o esforço dos portugueses»

Governo promete continuar política de rigor

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Confiança e credibilidade da economia nacional no estrangeiro estão repostas

O primeiro-ministro acaba de anunciar uma descida da taxa de IVA, de 21 para 20 por cento. Uma pequena «folga» para os contribuintes portugueses que só é possível graças à redução do défice orçamental em 2007 para 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB).

Numa conferência de imprensa que decorreu na Presidência do Conselho de Ministros, José Sócrates assegurou que «o País tem agora as contas públicas em ordem e controladas».

Portugal «volta assim ao bom caminho orçamental», adiantou.

Para José Sócrates, os valores que constam do reporte do défice excessivo enviado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) a Bruxelas, «restauram a credibilidade e reputação internacional do País e restauram a confiança dos mercados externos na nossa economia».

Tendo em conta as novas condições, o primeiro-ministro considera que esta medida, de reduzir a taxa normal de IVA para 20% é agora «prudente e responsável porque é aquela redução que podemos fazer face à incerteza que ainda se vive na economia internacional».

Para o líder do Executivo é também «uma medida justa». É que agora que o Governo está «em condições de assegurar controlo e disciplina das contas públicas, é altura de diminuir o esforço que pedimos a todos os portugueses. É altura de aliviar o esforço pedido a todos», afirmou.

José Sócrates lembrou que «estes resultados são fruto de um trabalho sério, desenvolvido em grande parte pela equipa do Ministério das Finanças e ao esforço de todos os portugueses».

Apesar da melhoria, «o trabalho (de consolidação das contas públicas) deve continuar, em prol da disciplina orçamental», adiantou José Sócrates, garantindo que o Governo vai continuar a trabalhar nesse sentido e manter o rigor e disciplina.