Portugal comecerá a recuperar?

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« Responder #210 em: Janeiro 16, 2008, 01:30:18 pm »
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supoño que este anos os soldos lles subirán sobre o 5%, ¿non?


2,1%  :roll:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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comanche

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« Responder #211 em: Janeiro 21, 2008, 06:32:42 pm »
OE 2007: Défice do subsector Estado baixa 27% em 2007, com receitas e despesas a superarem expectativas


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Lisboa, 21 Jan (Lusa) - O défice do subsector Estado baixou 27 por cento em 2007, com as receitas a superar as previsões e as despesas a ficarem aquém do orçamentado, de acordo com a execução orçamental divulgada hoje pela Direcção-Geral do Orçamento.

O saldo entre as receitas e as despesas baixou para menos 5.235,7 milhões de euros, com uma melhoria de 1.904 milhões de euros face ao valor registado no final de Dezembro de 2006.

A justificar esta melhoria esteve um crescimento de 9,2 por cento das receitas, sobretudo à custa da subida das receitas fiscais (9,2 por cento), num ano em queda a taxa de execução das receitas totais foi de 103,8 por cento (a meta orçamental foi ultrapassada em 3,8 pontos percentuais).

Tanto em IRS como em IRC, o Estado conseguiu arrecadar mais dinheiro do que o previsto, tendo recebido exactamente aquilo que esperava em sede de IVA.

A melhoria da eficácia na cobrança fiscal e o crescimento do cumprimento voluntário das obrigações fiscais por parte dos contribuintes estão na base dessa melhoria fiscal, explicou o ministro das Finanças em conferência de imprensa.

O aumento de 9,2 por cento das receitas totais permitiu mais do que compensar a subida de 3,2 por cento das despesas, com o subsector do Estado a conseguir gastar menos do que o previsto no orçamento do Estado para 2007 (taxa de execução foi de 98,5 por cento).

As despesas com o pessoal aumentaram 2,6 por cento, cerca de 345 milhões de euros, com as remunerações certas e permanentes a cresceram apenas 0,8 por cento.

Ajustando estes dados às alterações contabilísticas que foram introduzidas em 2007 nos registos do Ministério da Justiça, as remunerações certas e permanentes terão caído 1,9 por cento, segundo o ministro das Finanças.





OE 2007: Défice público poderá ter-se aproximado de 2,5% do PIB


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Lisboa, 21 Jan (Lusa) - O défice orçamental de 2007 poderá ter-se aproximado de 2,5 por cento do PIB, porque o Estado gastou menos 840 milhões de euros do que o que esperava em Outubro, quando o governo anunciou que o saldo orçamental seria de 3,0 por cento.

Em conferência de imprensa, o ministro das Finanças anunciou hoje que, face à previsão de Outubro, em que se esperava que o défice público fosse de 3,0 por cento do Produto Interno Bruto, o Estado conseguiu poupar perto de 840 milhões de euros.

Esse desvio, que inclui as execuções orçamentais do subsector Estado, Segurança Social e Caixa Geral de Aposentações, representa 0,5 pontos percentuais e está feito em contabilidade pública (óptica de caixa).

Para o apuramento final do défice para efeito de reporte à Comissão Europeia, no âmbito do Programa de Estabilidade e Crescimento, Portugal terá de passar estes dados para contabilidade nacional (óptica de compromissos).

Com esses ajustamentos e com os acrescentos dos saldos das contas das autarquias, regiões e fundos e serviços autónomos, os desvios poderão vir a ser ligeiramente diferentes, mas as variações não deverão ser significativas, à semelhança do que se passou nos anos anteriores.

Assim, é possível que Portugal consiga reduzir o défice orçamental para um valor à volta dos 2,5 por cento do PIB, embora o ministro não tenha hoje querido avançar o valor exacto.

"É com base nestes resultados [com o desvio de 840 milhões de euros], que é possível afirmar que o défice em 2007 se situará abaixo dos três por cento", disse Teixeira dos Santos.

Cabe ao Instituto Nacional de Estatística, em colaboração com o Banco de Portugal e com o ministério das Finanças, encontrar esse défice total em contabilidade nacional, explicou o ministro, pelo que o governo preferiu não avançar com a sua estimativa para esse indicador.

O défice para enviar para Bruxelas deve ser conhecido em Março, disse à Lusa Teixeira dos Santos.

O ministro das Finanças disse hoje não ter indicadores que sinalizem "preocupação" face às previsões existentes anteriormente ao nível das contas das autarquias, regiões e fundos e serviços autónomos, sugerindo que não deverá haver derrapagens nas contas destes grupos.

 

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comanche

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« Responder #212 em: Janeiro 23, 2008, 11:13:33 am »
Investimento: AICEP com negociações "em carteira" na ordem dos 1,5 mil ME em 2008


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Lisboa, 22 Jan (Lusa) - O presidente da AICEP, Basílio Horta, adiantou hoje que a agência está a negociar investimentos, sobretudo estrangeiros, na ordem dos 1,5 mil milhões de euros, susceptíveis de concretização este ano no sector petroquímico, papel e automóvel.

"Em 2008, temos intenções de investimento de 1,5 mil milhões de euros, susceptíveis de concretização e em estado avançado de negociação", disse o presidente da Agência Portuguesa para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), na comissão parlamentar dos Assuntos Económicos, Inovação e Desenvolvimento Regional.

Basílio Horta afirmou tratarem-se de negociações que a AICEP "tem em carteira" e cuja concretização "é provável", mas frisou estar ainda em Janeiro, pelo que a agência realizou apenas até ao momento "dois pequenos contratos".

"Estes 1,5 mil milhões de euros incluem a criação de milhares de postos de trabalho", sublinhou.

Quanto à atracção de investimento quer nacional, quer estrangeiro, para 2008, Basílio Horta lembrou que pretende "pelo menos manter o mesmo nível de 2007, nos 3 mil milhões de euros".

O presidente da AICEP revelou que desde o início da legislação PIN (projectos com Potencial Interesse Nacional), em Julho de 2005, até 31 de Dezembro de 2007 foram apresentados 139 projectos de investimento: 44 (32 por cento) foram arquivados e 73 projectos (53 por cento) foram reconhecidos como PIN, representando um investimento de 15,7 mil milhões de euros, a criação de mais de 56 mil postos de trabalho e incluindo 17 sectores.

Dos 73 projectos PIN, 15 (21 por cento) entrarão em execução até final do primeiro trimestre deste ano, correspondendo a um investimento de 3,5 mil milhões de euros e 13.000 novos postos de trabalho.

Basílio Horta adiantou também que o investimento contratado acumulado de 2003 a 2007 (incluído) pela então API (Agência Portuguesa de Investimento) rondou os 8 mil milhões de euros, período em que foram criados 11.000 postos de trabalho.

"Também ajudámos a manter 90.000 postos de trabalho. É que os contratos que assinámos prolongam-se até 2014/2015, pelo que o objectivo é manter [os postos de trabalho] até aqui", disse Basílio Horta.

No que diz respeito às exportações portuguesas e aos mercados emergentes, o presidente da AICEP adiantou que as vendas a África "estão a crescer de tal forma que se estão a aproximar dos EUA".

"África é já o 5º mercado das exportações portuguesas. Neste momento, a diferença com os EUA é de apenas 100 milhões de euros", disse.

Questionado pelos jornalistas sobre o apoio da agência a empresários portugueses que estão no estrangeiro, Basílio Horta admitiu que não tem havido uma proximidade suficiente, mas frisou que a AICEP "vai começar a acompanhá-los e aumentar a proximidade", sobretudo aos que estão em França, EUA, Canadá.

Mas as novidades não ficam por aqui, já que Basílio Horta revelou que "é provável" um investimento da Quimonda na ordem dos 100 milhões de euros nos próximos meses.

 

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comanche

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« Responder #213 em: Fevereiro 13, 2008, 06:31:37 pm »
A Comissão Europeia considerou hoje, em Bruxelas, que a estratégia orçamental portuguesa “é coerente com uma correcção do défice excessivo” e irá propor em Maio a saída de Portugal da lista de países com défice excessivo.



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Joaquín Almunia, responsável pelos Assuntos Económicos e Monetários da Comissão Europeia não poupou elogios ao Governo português ao afirmar que “Portugal deve ser louvado pela redução do défice para três por cento, senão menos, em 2007, um ano antes do prazo”.

Justifica Almunia as suas palavras ao afirmar que “as recentes reformas do sistema de pensões melhoram também, significativamente, as perspectivas das suas finanças a longo prazo” ao mesmo tempo que encorajam Portugal "a prosseguir a sua estratégia orçamental para que a economia portuguesa retome uma trajectória de recuperação sustentável e dinâmica".

Com estes resultados a Comissão Europeia deverá propor em Maio próximo a saída de Portugal da lista de países com "défice excessivo", anunciou Almunia que acrescentou: "Penso que em Maio podemos já apresentar, depois de recebermos os dados definitivos, a derrogação do procedimento" de "défice excessivos".

As palavras do comissário surgiram no seguimento da avaliação que a Comissão Europeia fez dos programas de estabilidade actualizados da Áustria, Chipre, Malta, Portugal e Eslovénia, bem como dos programas de convergência (para os países que não fazem parte da Zona Euro) da Bulgária, República Checa, Estónia e Letónia.

A análise de Bruxelas foi feita a partir da actualização do Programa de Estabilidade (PEC), respeitante ao período de 2007-2011, apresentado por Lisboa em 14 de Dezembro de 2007 que a Comissão Europeia considera ”coerente com uma correcção do défice excessivo até 2008, prazo acordado pelo Conselho”.

Recorde-se que o PEC actualizado prevê que o défice das administrações públicas em 2007 se situe em três por cento do PIB, contra 3,9 no ano anterior, e pretende reduzi-lo ainda mais, para alcançar o Objectivo de Médio Prazo (OMP) de meio por cento de défice até 2010.

Dívida das administrações públicas é para descer

O programa português prevê também que a dívida das administrações públicas, estimada em 64,4 por cento em 2007, desça para o valor de referência de 60 por cento em 2010.

Face aos dados disponibilizados Bruxelas espera que Portugal "aplique com determinação a consolidação orçamental prevista” no PEC actualizado, por forma a garantir a correcção do défice excessivo ao mesmo tempo que incentiva o Governo português a “concretizar o ajustamento em direcção ao OMP, se necessário através do reforço das medidas”.

Atendendo também aos riscos que pesam sobre a sustentabilidade das finanças públicas, Bruxelas aconselha Lisboa a assegurar uma redução rápida do rácio dívida/PIB, nomeadamente continuando a dedicar à redução do défice quaisquer resultados orçamentais mais favoráveis do que os previstos.

Dentro dos conselhos da Comissão dados a Portugal é solicitado aos responsáveis pelas finanças portuguesas a “manter a moderação constante das despesas e reforçar a qualidade das despesas públicas”.

A União Europeia decidiu em 20 de Setembro de 2005 dar três anos a Portugal, até 2008, para corrigir a situação de “défice excessivo” detectada por Lisboa.

O Governo já anunciou que iria alcançar esse objectivo já em 2007 e a Comissão Europeia, nas suas Previsões Económicas de Outono assinalou que acreditava que esse valor seria alcançado.
 

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Migas

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« Responder #214 em: Fevereiro 14, 2008, 11:32:36 am »
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INE: PIB cresceu 1,9% em 2007

A economia portuguesa cresceu 1,9% no ano passado, registando o maior ritmo de expansão anual desde 2001, e acabou o ano em aceleração, segundo os dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Na Estimativa Rápida do Produto Interno Bruto (PIB), o INE refere que o crescimento da economia portuguesa atingiu os 2% no quarto trimestre do ano passado, face a igual período de 2006.
Esta evolução representa uma aceleração de 0,3 pontos percentuais do ritmo de crescimento, face ao passo de 1,7% apurado, em termos homólogos, no terceiro trimestre de 2007.

Em termos anuais, a taxa de crescimento de 1,9% traduz uma aceleração de 0,6 pontos percentuais face à registada em 2006.

Este ritmo de expansão é, também, superior às últimas estimativas do Governo, que mantinha uma expectativa de crescimento de 1,8%, e das principais organizações internacionais, que apostavam no mesmo valor.

Diário Digital / Lusa
 

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comanche

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« Responder #215 em: Fevereiro 14, 2008, 02:26:04 pm »
Portugal foi uma das 3 economias da UE que aceleraram no quarto trimestre


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Lisboa, 14 Fev (Lusa) - A economia portuguesa foi uma das três da União Europeia que acelerou no quarto trimestre de 2007, face ao trimestre anterior, contrariando a tendência de abrandamento da generalidade dos seus parceiros comunitários, de acordo com os dados do Eurostat hoje divulgados.

O Produto Interno Bruto (PIB) português cresceu 2,0 por cento entre Outubro e Dezembro, face a igual período de 2006, mais 0,3 pontos percentuais do que no trimestre anterior.

A par de Portugal, esta tendência de aceleração só se verificou na Holanda e na Eslováquia.

As maiores economias da UE, como a Alemanha e a França, registaram abrandamentos de 0,7 e 0,1 pontos percentuais, respectivamente.

Na Zona Euro e na União Europeia, o abrandamento foi de 0,4 pontos percentuais.

Os dados do Eurostat só apresentam estimativas para 13 países dos 27 Estados-membros da UE.

 

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comanche

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« Responder #216 em: Fevereiro 14, 2008, 06:09:54 pm »
Portugal mantém-se como 15ª destino preferido pelos investidores estrangeiros na UE - estudo

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Lisboa, 14 Fev (Lusa) - Portugal mantém a 15ª posição como destino preferido pelos investidores estrangeiros ao nível da União Europeia, indica o último estudo da consultora A.T. Kearney hoje divulgado em Lisboa.

"O desempenho de Portugal em 2007 surpreende pela positiva, uma vez que mantém a posição de 2005 no âmbito da União Europeia, à frente de países como a Dinamarca, Áustria e Noruega", disse à imprensa o director sénior do conselho de Política Empresarial Global da A.T. Kearney, desde 2007.

Martin Walker, que comentou as conclusões do Índice de Confiança de Investimento Estrangeiro Directo (FDI Confidence Índex), um estudo através do qual, anualmente a consultora analisa a perspectiva presente e futura dos fluxos internacionais de investimento, destacou também que Portugal "está melhor posicionado" do que a Eslováquia e a Eslovénia.

A 15ª posição assegurada por Portugal no seio da União Europeia, acima destes dois últimos países-membros, é sobretudo significativa para este consultor uma vez que "têm regimes fiscais e custos de mão-de-obra bastante mais favoráveis".

De acordo com o estudo, Portugal surge à frente da Suíça, o que "não deixa de ser uma boa notícia", sublinhou igualmente Martin Walker.

"Portugal tem vindo a fazer reformas importantes num curto espaço de tempo, e embora atravesse um fase de austeridade, vai ultrapassar esta situação", disse o consultor.

Walker referiu ainda que apesar dos obstáculos com que se tem deparado Portugal, "o país tem seguido uma política inteligente e produtiva".

Entre as áreas da economia que merecem a eleição dos investidores estrangeiros nomeou, entre outras, a indústria petroquímica, logística, turismo, tecnologia de ponta, telecomunicações e outsoursing de serviços de empresas multinacionais.

"Portugal, no entender dos investidores estrangeiros, tem factores particulares positivos [nomeadamente, reformas rápidas, estabilidade e previsibilidade] que compensam sermos menos competitivos em termos de mão-de-obra, fiscalidade ou eficácia administrativa", salientou Martin Walker.

No entanto, o estudo da A.T. Kearney, apesar de realçar a manutenção de Portugal na 15ª posição (igual à registada face ao ranking elaborado em 2005), assinala que de entre 75 países, Portugal acompanha "a queda generalizada dos destinos europeus, ultrapassados por economias emergentes, sobretudo as asiáticas".

Neste sentido, Portugal ocupa agora 46ª posição a nível mundial, caindo sete lugares face ao estudo elaborado em 2005, onde se posicionava no 39º lugar.

Dos 27 países da União Europeia, apenas o Reino Unido (4º lugar), Alemanha (10º) e a França (13ª posição) mantêm as suas posições inalteradas face ao estudo elaborado em 2005.

O estudo destaca a queda no "ranking" da Espanha que passou da 17ª posição para a 35ª, uma das maiores perdas de posição dentro do grupo de países da União Europeia.

"O colapso da bolha imobiliária e outros aspectos estruturais como a crescente inflação e a queda da competitividade espanhola reduziram as expectativas de crescimento em Espanha no próximo período, embora se mantenha como uma das economias de maior e mais rápido crescimento da zona do euro", salientou João Rodrigues Pena, vice-presidente da A.T. Kearney Portugal.

Apesar desta queda, Martin Walker mantém-se optimista, pois considera que a Região Mediterrânica (os países do sul da Europa, caso de Portugal e da Espanha) em conjunto com Marrocos e outros Estados do norte de África, pela primeira vez, "estão a iniciar uma actuação regional", que vai potenciar o crescimento do conjunto destas economias nos próximos anos.

O estudo assinala ainda que a China e a Índia continuam a liderar o "ranking" FDI Confidance Index, sendo os destinos preferidos pelos investidores.

Além disso, destaca que o Brasil, Emirados Árabes, Rússia por ocuparem o top 10, enquanto a África do Sul e outros Estados do Golfo Pérsico - Baharein, Kuwait, Oman e Catar - aparecem pela primeira vez no Índice.

A Áustria posiciona-se no 11º lugar e a França, Canadá e Japão encontram-se nas 13ª, 14ª e 15ª posição, respectivamente.

 

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Luso

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« Responder #217 em: Fevereiro 20, 2008, 08:35:01 pm »
http://classepolitica.blogspot.com

Uma geração politica rasca


Por fraqueza, muitas vezes, os mais fracos “falam grosso” na presença dos seus chefes. Por fraqueza ou por uma incontrolável vontade de agradar ao chefe, é comum assistirmos a estes exercícios de adulação na política.
O jovem presidente da Câmara de Alvaiázere, no último sábado, na presença de Filipe Menezes, em jantar de acção política naquela vila, referiu-se a Sócrates afirmando «António Oliveira Salazar era um aprendiz de ditador ao pé de José Sócrates».
Naturalmente que há exageros na comparação, os momentos históricos do salazarismo e do sócretismo são inequivocamente distintos e não podem ser comparáveis seguramente. Contudo sob a capa de uma democracia formal, não deixa de ser assustador os avanços de um certo “totalitarismo democrático” que Sócrates advoga e apadrinha. Avanços que se tornam visíveis e se concretizam na promulgação legislativa.
O recente diploma sobre carreiras e vínculos da Função Pública são disso um exemplo. Sob a capa da modernidade, esconde-se nele um inequívoco “totalitarismo” partidário, numa nova concepção da Administração do Estado, que agora se pretende totalmente dependente dos partidos e não do Estado. O funcionário público passa a ser um agente do governo e não do Estado. A independência política da Administração Pública deixa definitivamente de existir e passa a ser substituída pela dependência partidária governamental.
Neste sentido, tem razão no que afirma o presidente da Câmara de Alvaiázere; por outras razões, a legislação relativa à Administração Pública do tempo de Salazar, colocava-a ao serviço do Estado, e assim, indubitavelmente mais democrata que esta agora parida pelos políticos desta segunda geração do 25 de Abril.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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comanche

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« Responder #218 em: Fevereiro 22, 2008, 02:28:36 pm »
UE/Emprego: Relatório de Bruxelas recomenda a Portugal que aposte no crescimento económico


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Bruxelas, 25 Fev (Lusa) - A Comissão Europeia recomenda que Portugal aposte no crescimento económico, mantendo um "controlo rigoroso das despesas", como estratégia para uma política de emprego.

O Relatório Conjunto sobre o Emprego, hoje apresentado em Bruxelas e que será adoptado pelo Conselho de Ministros do Emprego dos 27 na próxima semana, inclui uma análise da situação de cada país e recomendações.

Assim, a Comissão considera que, em Portugal, foram realizados, em 2007, "progressos satisfatórios a nível da aplicação do Programa Nacional de Reforma no período 2005-2007", contrapondo, por outro lado, que os níveis de "pobreza persistente e de disparidade da distribuição do rendimento" são dos mais elevados dos 27.

Bruxelas destaca também, pela positiva, "os progressos alcançados na correcção dos desequilíbrios orçamentais e na promoção de reformas sustentáveis na administração pública, na reforma do regime de saúde, na exploração do potencial das empresas e na aplicação do Plano Tecnológico".

Entre o que falta ainda fazer, é sublinhada a "consolidação das finanças públicas", nomeadamente "melhorando simultaneamente a sua qualidade e sustentabilidade e orientação das despesas públicas para o reforço potencial de crescimento de Portugal".

Outras prioridades são "a melhoria do sistema educativo, nomeadamente através do aumento dos níveis de habilitações e de uma redução do abandono prematuro da escolaridade" e a "modernização do dispositivo de protecção do emprego, por forma a reduzir a segmentação do mercado de trabalho".

Para além da reorientação das despesas públicas "para utilizações mais conducentes ao reforço do potencial de crescimento económico", Bruxelas recomenda ainda a Portugal que "continue a tomar medidas destinadas a melhorar significativamente a eficácia do sistema educativo, nomeadamente através do aumento dos níveis de habilitações dos jovens" e combatendo o abandono escolar e investindo na formação profissional.

Portugal deverá ainda "prosseguir os seus esforços tendo em vista modernizar o dispositivo de protecção do emprego (...) no quadro da abordagem da flexigurança".

A nível global, o Relatório Conjunto sobre o Emprego, mostra que 6,5 milhões de novos postos de trabalho foram criados nos últimos dois anos na UE, estando previstos mais 5 milhões até 2009.

Em Portugal, em 2006, a taxa de emprego era de 67,9 por cento, sendo o objectivo traçado para 2010 de 70 por cento.

 

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comanche

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« Responder #219 em: Fevereiro 24, 2008, 03:33:59 pm »
Calçado: Sector vale 1,3 mil ME e integra 13 mil empresas que exportam mais de 90% da produção


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Lisboa, 24 Fev (Lusa) - O sector do calçado português vale actualmente 1,3 mil milhões de euros e é composto por cerca de 13 mil empresas que exportam mais de 90 por cento da sua produção e integram cerca de 40 mil postos de trabalho.

De acordo com os dados da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes e Seus Sucedâneos (APICCAPS), depois de em 2006 ter registado um crescimento das exportações de 1,4 por cento, estima-se que, em 2007, as vendas de calçado português nos mercados internacionais tenham aumentado mais de 2 por cento, para 1,2 mil milhões de euros.

Portugal é, de resto, como sublinha a APICCAPS, o único país europeu que apresenta um saldo comercial positivo da balança comercial no sector de calçado e perfila-se, actualmente, como o terceiro exportador europeu e o sétimo a nível internacional.

França é o principal mercado do calçado português, com 332 milhões de euros exportados em 2006 e uma quota de oito por cento, seguido da Alemanha (264 milhões de euros), Inglaterra (160 milhões de euros) e Espanha (108 milhões de euros).

Contactada pela agência Lusa, fonte da APICCAPS explicou que a indústria portuguesa de calçado atravessa actualmente uma fase de consolidação e preparação para novos desafios, daí a importância da promoção externa em mercados de relevo.

"Depois do processo de ajustamento às novas realidades competitivas que marcou a viragem do século, a indústria parece ter atingido agora um novo patamar de estabilidade, a partir do qual prepara o seu futuro", referiu.

Após alguns anos de decréscimo, em 2006 a indústria viu os seus níveis de emprego, produção e exportações estabilizarem e até mostram agora sinais de algum crescimento.

De Janeiro a Setembro, as exportações portuguesas de calçado cresceram 3,4 por cento, ascendendo a 1,06 mil milhões de euros.

De acordo com as recomendações do economista Daniel Bessa, que está a coordenar um estudo sobre o sector, a indústria portuguesa deve abandonar "definitivamente" o mercado dos preços baixos" e apostar em parcerias consolidadas nos segmentos mais altos e especializados dos seus principais mercados.

Para o especialista, os industriais portugueses devem assim abandonar "de uma vez por todas" o mercado dos preços baixos, porque neste segmento há um fornecedor que se impõe no mundo que é a China (exporta mais de 60 por cento da produção de calçado mundial) e apostar em "produções de nicho", com incorporação de valor acrescentado.

Na linha das recomendações de Daniel Bessa, a APICCAPS aposta este ano na maior campanha de promoção de sempre nos mercados externos, num investimento global de oito milhões de euros e que abrange mais de 140 empresas, 30 acções e 15 mercados.

 

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comanche

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« Responder #220 em: Fevereiro 24, 2008, 04:01:09 pm »
Entrevista CM: Manuel Pinho
Melhor indicador de mudança é a falência e criação de empresas


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Correio da Manhã – Já bateu o recorde de permanência como ministro da Economia.

Manuel Pinho – Exactamente.

- Já há muito tempo que ninguém estava tanto tempo neste cargo.

- Penso que há mais de trinta anos que ninguém estava nesta pasta tanto tempo.

- É um recorde difícil de igualar. Isto apesar de todas as críticas da oposição. Dizem que é um ministro ausente, que não vai ao Parlamento, etc.

- É natural que a oposição critique. Aliás, é para isso que a oposição existe. Eu fui ao longo de três anos mais de quinze vezes ao Parlamento e naturalmente estou totalmente disponível para ir lá as vezes que forem necessárias. Estive a semana passada na Comissão de Economia, estarei no próximo dia 14 de Março no plenário. Naturalmente estou sempre muito disponível para ir ao Parlamento, é essa a minha obrigação.

- Mas como é justifica este apontar do dedo em relação ao ministro da Economia que não existe com outros colegas seus do Governo?

- Eu não sinto isso. A função da oposição é criticar o Governo e apresentar propostas alternativas. Infelizmente, em relação a propostas alternativas não tem apresentado. É uma pena. No que diz respeito a criticar o Governo está no seu direito.

- E os empresários portugueses. Veja o caso de Henrique Neto. Diz que não o recebe, que não responde às suas cartas, que não tem uma agenda ligada às pequenas e médias empresas e à indústria. Que está dedicado exclusivamente aos PIN e às energias renováveis.

- Vamos por partes. Henrique Neto também é livre de ter as opiniões que entender, não sou eu que as vou comentar. No que diz respeito às PME, recordo que durante a Presidência portuguesa foi aprovada a nova política europeia para as PME. E nós fizemos questão que isso sucedesse durante a nossa Presidência. As PME são a coluna vertebral da economia europeia e também da economia portuguesa e são uma grande prioridade. E por essa ocasião, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, manifestou publicamente que a política de PME portuguesa é um verdadeiro exemplo.

- Essa nova política europeia não é apenas mais uma promessa? É uma boa política?

- A Europa tem uma boa política para as PME e isso, em grande medida, justifica a melhoria de competitividade na Europa. Repare que a Europa é o maior exportador de produtos manufacturados do mundo. Também nessa ocasião o vice-presidente da Comissão afirmou, em mais do que uma ocasião, que Portugal é o País da Europa que alinhou mais rapidamente a sua política de PME com a política europeia. De facto, tenho um grande orgulho em que a nova política europeia para as PME tenha sido aprovada durante a Presidência portuguesa. Naturalmente é gratificante ouvir este reconhecimento do presidente Durão Barroso e do vice-presidente.

- E as PME portuguesas como é que reagiram a essa nova política?

- Havia um aspecto muito importante para as PME. Que na transição para este novo quadro comunitário, portanto, com a aplicação do QREN tudo corresse conforme previsto. Ora bem, a transição do PRIME para o QREN correu muito bem, sem problemas. Para mim a política de PME é um elemento verdadeiramente fundamental da política económica. E se o investimento está a evoluir positivamente e as exportações também isso deve-se ao sector empresarial e às PME em particular.

- Refere-se a que sectores?

- Vou dar-lhe dois exemplos que são muito importantes. Duas indústrias tradicionais, calçado e têxtil e vestuário, que depois de anos a fio em que as exportações baixaram e em que aumentou o desemprego, a situação no ano de 2006 estabilizou e estes dois sectores aumentaram as suas exportações em 2007. Eu creio que isso é um facto muito importante porque são dos sectores mais expostos à globalização. São sectores que têm de suportar a concorrência da China, da Índia, e, no entanto, através da sua modernização, qualificação, capacidade de inovação e grande agressividade em mercados externos conseguiram aumentar as suas exportações. São tipicamente dois sectores de PME e eu estou com esses sectores não só em termos de política mas também de proximidade.

- Essa é a crítica que lhe fazem. De estar longe ou ausente.

- Fui a Paris ao Salão da Moda, porque vão estar lá alguns criadores portugueses e eu quero apoiá-los e ao mesmo tempo fazer campanhas de promoção da imagem do País e na quarta-feira estarei em Milão na Feira do Calçado. Porque também não pode ser só políticas em termos abstractos, também este apoio concreto é importante. E na conjuntura em que vivemos todos os sinais são importantes para mostrar proximidade e apoio às PME. Por exemplo, no final do ano, muitas das PME dos sectores tradicionais estavam a planear as suas acções para o primeiro trimestre de 2008 e ainda não tinham apresentado as suas candidaturas nem o podiam fazer. Ora, tomou-se a iniciativa de antecipar nove milhões de euros para acções de promoção destes sectores tradicionais. É muito importante na conjuntura em que vivemos. Não só neste fase de transformação da economia portuguesa, mas dada a conjuntura internacional, é muito importante este grande apoio às PME.

- Faliram duas mil empresas em Portugal em 2007. A economia portuguesa está a renovar-se, obviamente. Mas a velocidade dessa renovação é lenta ou está a ser muito rápida?

- Creio que o melhor indicador da mudança, que faz parte do movimento de transformação de qualquer sociedade ou economia, é a falência e a criação de empresas. O que é fundamental é facilitar, é apoiar os casos de destruição de empresas que criam situações sociais graves, por um lado, e por outro lado facilitar o mais possível a criação de novas empresas.

- Está a falar na empresa na hora?

- É o caso da empresa na hora, que é um grande sucesso. Mas o melhor indicador para aferir o processo de renovação do tecido empresarial, e creio que aqui estamos todos de acordo, é o investimento. Ora o investimento empresarial em 2007 foi o mais elevado desde 1998. Nós tivemos uma situação negativa no que diz respeito ao investimento durante a primeira metade desta década. Para lhe dar um número exacto basta ver que durante os dois anteriores Governos o investimento baixou um total acumulado de dez pontos percentuais. Dez pontos percentuais ao longo de três anos. É uma situação muito complexa.

- Mais uma pesada herança?

- Repare, herdámos não só o problema das finanças públicas como havia uma dinâmica muito negativa das exportações, por um lado, e do investimento também. Ora bem, foi possível estancar as situações em relação às exportações e ao investimento e agora a boa novidade é o comportamento positivo do investimento em 2007. E tudo indica que em 2008 esta tendência vai continuar. Aliás, o INE tem uma estimativa para o crescimento do investimento que é extremamente positiva. Eu próprio olho para essa estimativa com alguma reserva. Seria o primeiro a gostar que os números se confirmassem. A minha função é fazer com que isso seja uma realidade, mas no entanto encaro a realidade com a prudência que o assunto aconselha.

- Esse investimento implica que haja mais mão-de-obra qualificada. Os esforços na qualificação dos portugueses já se começam a sentir?

- O melhor investimento que um País pode fazer é, sem dúvida alguma, na qualificação. Existem alguns sectores em que há falta de mão-de-obra, por exemplo, na área das tecnologias de informação. Não temos jovens suficientes e por isso o melhor investimento que se pode fazer é nas qualificações. É extremamente positivo o aumento do número de alunos no secundário, o aumento dos cursos profissionais. Eu penso que isso é extremamente importante. Nós estamos a aproximar-nos dos padrões europeus em termos de importância dos cursos profissionais. E depois há duas experiências que foram recordadas no dia em que o Governo fez três anos: o Inove Jovem e o Inove Contacto. São duas bandeiras.

- A economia já reflecte essa qualificação? O investimento já tem mão-de-obra qualificada em quase todas as áreas?

- Os sectores em que está a haver mais investimento são os sectores com maior grau de intensidade tecnológica. Fazem apelo a gente cada vez mais qualificada. É necessário conseguirmos criar a mão-de-obra com essas habilitações. Ao mesmo tempo não podemos esquecer a qualificação da mão-de-obra existente. E, em alguns projectos, a capacidade de aperfeiçoamento da nossa mão-de-obra tem sido absolutamente decisiva para o seu sucesso.

- Tem algum caso concreto?

- Vou dar-lhe um exemplo muito claro. A Auto-Europa. A Volkswagen está a lançar este ano na Auto-Europa o maior investimento a nível mundial do grupo. A Auto-Europa que há três anos estava em risco.

- De fechar.

- Sim. A Auto-Europa está a produzir agora o cabriolet, o EOS, que está a chegar às 100 mil unidades. No dia 3 de Março vai apresentar no Salão de Geneve o Scirocco, que também é feito exclusivamente em Portugal e há muito boas perspectivas de serem produzidos mais dois modelos. Ora isso reflecte, em grande medida, por um lado a flexibilidade que foi possível encontrar no quadro daquela empresa, mas por outro lado a grande disponibilidade ao aperfeiçoamento profissional dos trabalhadores.

- A formação do pessoal é exemplar?

- Deixe-me dizer-lhe isto. Recentemente estive em Wolfsburgo com os patrões da Auto-Europa e eles vão fazer academias de formação na Rússia decalcadas do modelo português. Porque dizem que o modelo de formação da Auto-Europa é exemplar. E até me convidaram para inaugurar lá essas academias de formação porque dizem que a experiência portuguesa de formação profissional correu tão bem que é um modelo a repetir. Mas também mostra a grande disponibilidade de aperfeiçoamento profissional dos trabalhadores da Auto-Europa.

- Não acha normal que o desemprego aumente ainda mais com esta renovação do tecido económico?

- Repare. Verificou-se esse grande aumento do desemprego durante os dois anteriores Governos. Desde o início de 2003 até princípio de 2005 a taxa de desemprego aumentou de 4,5 por cento para 7,5 por cento. Durante este período de cerca de três anos foram destruídos cerca de 65 mil postos de trabalho. Passados mais três anos, temos a taxa de desemprego em 7,8 por cento. Mas com uma diferença. Foram criados 95 postos de trabalho.

- O que é que isso mostra?

- Mostra, por um lado, que a taxa de desemprego aumentou dez vezes menos durante estes três anos do que nos três anos anteriores e que há um processo de criação de emprego agora quando havia um processo de destruição anteriormente. Ao mesmo tempo verifica-se que o crescimento da economia ainda não é suficiente para trazer a taxa de desemprego para baixo. O objectivo é criar 150 mil empregos líquidos. O desafio é manter o crescimento a este nível e porventura aumentá-lo por forma a aumentar o emprego.

- A economia portuguesa cresceu 1,9 em 2007.

- Bem, 1,9 é a média de 2007. No último trimestre foi de 2.

- Com a crise financeira internacional e o arrefecimento da economia europeia as metas de crescimento de Portugal para 2008 não são muito optimistas? Haverá uma revisão em baixa ou não?

- A quem incube fazer previsões sobre o crescimento é ao INE e ao Banco de Portugal. Eu não vou fazer previsões. O que eu quero manifestar é a minha confiança na capacidade da economia portuguesa reagir. Toda a gente diz, políticos da oposição e do Governo, que sem dúvida nenhuma a nossa economia está melhor equipada hoje do que estava há três anos para reagir a esta conjuntura. O que seria de nós se tivéssemos as finanças públicas, as exportações e o investimento como estavam há três anos e tivéssemos de enfrentar uma situação como esta. O que seria de nós? Todos reconhecem que a economia portuguesa melhor preparada.

- Mas a situação internacional é grave e Portugal tem uma economia muito aberta e vulnerável.

- A situação internacional é sobretudo marcada pela incerteza. Porque acabam de ser revelados dados sobre o crescimento nos Estados Unidos o ano passado e o crescimento foi de 2,5 por cento. Portanto, não está de forma alguma em recessão uma economia que está a crescer a 2,5 por cento. A economia espanhola está a crescer a mais de 3 por cento. Creio que a atitude correcta é manifestar confiança na economia portuguesa e aumentar ainda mais todo o tipo de apoios e de proximidade das empresas.

- Em Portugal pensa-me sempre muito no Estado para resolver crises.

- As empresas é que são as grandes obreiras da recuperação da nossa economia. Se estamos a crescer a 2 por cento, o sector empresarial está a crescer mais do que 2 por cento. É o próprio Banco de Portugal que diz que o sector empresarial está a crescer pelo menos a 2,5 por cento, ou seja, já ao ritmo da Zona Euro. O que sucede é que nós não temos alternativa. Temos de continuar com este saneamento das finanças públicas e isso tem efeito sobre o crescimento.

- Não acha que o Estado ainda se mete muito na economia. Não é um obstáculo ao próprio desenvolvimento do mercado?

- Os números indicam que a intervenção do Estado, por exemplo, medida pela participação do Estado enquanto accionista nas empresas é muito menor em Portugal do que na média da União Europeia. Para lhe dar um número exacto, no que diz respeito ao sector energético Portugal é um dos três países da Europa onde a presença do Estado é menor.

- Não fazia ideia.

- No sector bancário a intervenção do Estado é muito maior em França, em Espanha há as Caixas, que são muito próximas do poder político, e em Itália o Estado tem uma enorme presença no sector financeiro. Em diversos sectores, enquanto accionista, o Estado português tem uma presença menor do que em muitos países europeus.

- Apesar do Simplex, a máquina do Estado ainda cria muitos obstáculos às empresas?

- A luta contra a burocracia é uma luta que nunca acaba. Todo o esforço que se faz nessa frente é necessário continuá-lo e ao mesmo tempo noto com muito agrado que Portugal é considerado o segundo País europeu em termos de e-governement. A via é esta. É aprofundar o Simplex e reduzir o mais possível a burocracia.

- A presença do Estado no sector energético vai ser reduzida?

- Portugal já está numa situação em que não deve reduzir. O sector da energia é um sector com uma importância verdadeiramente estratégica, mais do nunca, e acho que não seria nem prudente nem aconselhável o Estado reduzir a sua presença.

- Não vai reduzir na EDP e na REN?

- Sobretudo na EDP e na REN.

- Mas na REN havia uma expectativa do Estado poderia ficar com uma participação muito menor.

- O senhor primeiro-ministro pronunciou-se acerca disso e foi muito claro. Quer sobre a REN quer sobre a EDP. E sobre isso não vale a pena dizer mais nada. E note-se que na REN nós somos um dos três países na Europa em que fizemos o destacamento dos activos de transporte e armazenamento de gás e electricidade para uma empresa e depois juntámos os de gás e de electricidade nessa mesma empresa e em terceiro lugar pusemos essa empresa na bolsa. Ora só há mais dois países na Europa que o tenham feito. E portanto não se justifica neste momento ir além disso. Tanto mais que o desafio energético é um desafio verdadeiramente central nas sociedades modernos.

- Há uma grande aposta nas energias renováveis e agora nas hídricas com as novas barragens. Como é que está a avançar esse processo? Vai andar a sério?

- Vai avançar com grande determinação. A Comissão Europeia estabeleceu os objectivos até 2020 em termos de energias renováveis para todos os países europeus. A Portugal foi-lhe fixado o quinto objectivo mais ambicioso em termos de produção de energia a partir de fontes renováveis. E se é da Europa pode-se dizer que é do mundo. Mais do que Portugal temos a Suécia, Áustria, Dinamarca e a Lituânia. O resto é menos ou muito menos do que Portugal.

- E qual é o valor desse objectivo?

- O objectivo é de 31 por cento. Gostava de fazer aqui uma clarificação porque se fala muito em 45 por cento, que é o nosso objectivo para 2010. Pode parecer um contrasenso, mas não é. Quarenta e cinco por cento é a produção de electricidade a partir de fontes renováveis. Trinta e um é mais do que electricidade. É toda a energia primária.

- Não é um objectivo ambicioso?

- Repare. Trinta e um por cento para Portugal compara com 16 por cento para o Reino Unido, 21 por cento da Alemanha. A Portugal foi fixada uma meta muito mais exigente do que aos outros países. Acredito muito sinceramente que Portugal que vai lá chegar.

- Não há um contrasenso no que se está a fazer na economia e na energia, por exemplo, e o resto do País? As barragens estão a ser contestadas, há providências cautelares, projectos turísticos suspensos. Não há um desfasamento?

- Honestamente não concordo com isso. E não vale a pena generalizar. Vamos olhar para a energia hídrica. Portugal tem uma grande riqueza em termos de água e de vento. Não aproveitarmos a água e o vento seria o equivalente à Venezuela não aproveitar o petróleo. Houve uma grande aposta na energia hídrica no antigo regime, até ao 25 de Abril. E depois, inexplicavelmente, esta aposta foi abandonada. Portugal, neste momento, aproveita apenas 45 por cento dos seus recursos hídricos, quando a média dos países europeus é de 70 por cento.

- É muito pouco.

- Isto mostra bem que nós não queremos, no que diz respeito ao hídrico, fazer algo que seja mais do que a média. Apenas queremos retomar um projecto que é muito sensato, que é muito bom em todos os aspectos, um forma de produção de electricidade muito económica, é bom para estabilização dos leitos dos rios, é bom para o combate aos incêndios, é bom para estabilizar as populações. Nós apenas queremos chegar à média europeia. Não queremos ir além disso. Cheguemos nós à media europeia. É esta a minha missão. Juntamente com o vento, resolvemos grande parte do nosso desafio energético nas fontes renováveis. Portanto, não me parece justo argumentar que há um desfasamento entre os objectivos políticos e o País.

- Mas não lhe parece que existem no País forças objectivamente de bloqueio a todo esse processo? Justiça, ambientalistas?

- Há várias forças que muitas vezes tentam travar o progresso da sociedade. Eu creio que a aposta no hídrico é um excelente exemplo. Porque o que se está a pretender fazer é uma política sensata, uma política que faz sentido. Uma política boa para os portugueses, uma política em que não queremos ser pioneiros. Se atingirmos a média europeia em recursos hídricos isso já resolve o nosso problema. Depois é necessário criarmos fontes de produção de energia que sejam baratas para as famílias e para as empresas. Além disso, antes da selecção das novas dez barragens foi feita uma avaliação estratégica importante do ponto vista ambiental. Ou seja, não se apontou para todos os projectos potenciais. Dos potenciais, seleccionaram-se os dez com menos impacto ambiental. E esses trabalhos foram feitos por comissões independentes.

- Mas no campo do turismo chovem os protestos contra os novos empreendimentos. Não há muitas forças a travar o progresso por tudo e por nada?

- Eu acho que em todos os países há sempre uma certa tensão entre o antigo e o novo, entre o passado e o futuro. Creio que não é justo estar a fazer generalizações. Penso que há um grande apoio para este movimento de progresso no nosso País. Em todas as sociedades, em todos os momentos da história, há sectores que têm uma dificuldade maior em apanhar o movimento.

- Mas com esses obstáculos os projectos demoram anos e afastam muitos investidores. Não é verdade?

- Existe alguma tensão entre a grande vontade que o Governo e os empresários têm em fazer andar estas realidades para a frente. Faço notar que estamos a falar de projectos muito sensatos. Quando estamos a falar dos projectos da área turística nós queremos o contrário da massificação que se está a verificar em alguns países, nomeadamente em Espanha. Portugal é um País de pequena dimensão e a nossa vantagem está definitivamente na baixa densidade de construção, de projectos de grande qualidade e o que se está aqui a fazer é o oposto de um modelo que se desenvolveu em vários países e mesmo em Portugal nos anos oitenta.

- Como no Algarve.

- Exacto. E portanto é difícil perceber como é que projectos que em termos ambientais têm as máximas salvaguardas são contestados. Em todo o caso não podemos baixar os braços e temos de continuar. E porque estes grandes projectos são geradores de emprego. O que está aqui em risco é o emprego e a qualificação do emprego em zonas do País que necessitam dele.

- Como no Alentejo?

- Sim. O Alentejo está a viver uma transformação que é muito impressionante. E não é só na área turística. Há uma série de projectos no litoral alentejano, depois há dez projectos entre Évora e o Alqueva, há este enorme desenvolvimento na área de Sines, que se vai transformar no sexto centro petroquímico a nível europeu. E ainda há que ter em conta os dois aeroportos, Beja e Alcochete, o TGV, a auto-estrada de Sines a Évora e depois a Espanha. Tudo isto representa uma transformação enorme de uma região do País que se atrasou ao longo de décadas e que agora tem uma grande oportunidade. E quando tentamos obstaculizar estes projectos devemos acima de tudo pensar no bem estar das populações que finalmente vão ter acesso a melhores empregos e a integração numa realidade diferente.

- Qual é o retorno das campanhas de promoção de Portugal? Nomeadamente do Allgarve, alvo de tantas críticas?

- Veja só. Nós este ano atingimos pela primeira vez na nossa história os doze milhões de turistas. Isto significa 15 por cento mais do que no ano do Euro 2004. E no Algarve houve um aumento brutal não só do número de turistas como das receitas. O número de hotéis de cinco estrelas no Algarve vai duplicar em quatro ou cinco anos. O conjunto de eventos no ano passado teve um sucesso assinalável. De tal forma que as próprias câmaras estão a fazer pressão para que seja repetido, melhorado o programa, que vai ser anunciado na terceira semana de Março. Vai ser muito mais rico do que o do ano passado e conta com uma colaboração muito activa das câmaras.

- O que é que vai fazer em relação ao Casino de Lisboa?

- Entreguei à Procuradoria-Geral da República a legalidade do decreto-lei do jogo. A minha decisão será em função dessa resposta.

- Mas o que é que pensa da situação?

- Eu posso ter uma opinião pessoal, mas eu desempenho um cargo político e portanto não tenho o direito de expressar a minha opinião pessoal. Leio, registo o que leio. E espero agora a resposta da PGR sobre a legalidade da situação.

- Mas respeitará a posição da PGR?

- Naturalmente que terei de aplicar a lei. Mas não me incumbe, dada a minha posição política, estar a dar a minha opinião pessoal sobre esta situação.

- Esta primeira experiência como governante está a ser gratificante?

- De facto é a minha primeira experiência de política activa.

- E está a gostar? Está a ser gratificante?

- Não interessa se está a ser gratificante. Honestamente, as reacções pessoais ficarão para um dia que decida escrever as minhas memórias. O que interessa é quando alguém aceita um desafio cumpri-lo. Cumpri-lo com grande dedicação, com grande entrega e com resultados. Eu aceitei este desafio que me foi posto pelo primeiro-ministro e estou totalmente empenhado em que dê bons resultados e creio que os resultados vêem-se. Eu repito a pergunta: o que seria de nós se tivéssemos de enfrentar esta conjuntura internacional com a economia como estava em 2005? Agora vêem-se resultados, no meu Ministério não há casos, portanto seguimos em frente.

- É um Ministério transparente?

- Transparente.

- Não fica afectado pelos ataques e pelas muitas críticas?

- Não fico afectado por essas críticas. A minha actuação aqui é transparente, eu defini objectivos. E os resultados vêem-se em todas as áreas. Repare. Esta semana a BBC, todos os dias, no telejornal da hora de almoço, está a transmitir um programa de 12 minutos, sempre diferente, sobre o sucesso de Portugal nas energias renováveis. Isto em termos de publicidade do País não tem preço. Não há campanha de publicidade que valha isto. Primeiro foi sobre o solar, depois eólicas, ondas, hídrico e acabou com uma entrevista comigo. Imagine que me pediram para dar conselhos ao Governo inglês. Isto são coisas positivas porque mostra que este nosso País é capaz de resolver os problemas e que não há tantas forças de bloqueio como às vezes se faz crer.

- Tenho ideia que há muitas.

- A minha função enquanto político é ultrapassar as dificuldades e atingir os resultados.

CONTRA VENTOS E MARÉS

Manuel Pinho é um homem determinado como ministro da Economia. Contra ventos e marés está há três anos no Ministério da rua da Horta Seca. Bem pode gritar a Oposição, bem podem gritar alguns empresários. O ministro tem respostas prontas e muito bem organizadas para todas as questões. E para que o jornalista ficasse com todos os dados disponíveis dos grandes projectos de interesse nacional, os famosos PIN, Manuel Pinho fez questão de chamar ao seu gabinete os técnicos responsáveis pelos projectos industriais, energéticos e de turismo. Um a um deram números, mostraram gráficos. Depois falou o ministro. Orgulhoso não só com o investimento empresarial como com o sucesso nas energias renováveis. E mais orgulhoso ainda pelo facto de a BBC ter dedicado 12 minutos por dia da semana passada, no telejornal da hora de almoço, à forma como Portugal conseguiu dar um enorme salto nesta área, com o jornalista inglês a pedir ao ministro para dar uns conselhos a Gordon Brown.

PERFIL

Manuel António Gomes de Almeida de Pinho nasceu no dia 28 de Outubro de 1954. Licenciou-se em Economia em 1976 no Instituto Superior de Economia e fez o doutoramento nessa área na Universidade de Paris X em 1983. Foi director-geral do Tesouro, presidente da Junta do Crédito Público, vice-presidente da CMVM, administrador do Banco Europeu de Investimento, presidente da Comissão de Fiscalização da Caixa Geral de Depósitos. Esteve no FMI, em Washington, e foi professor da Universidade Católica e do Instituto Superior de Economia. Exerceu vários cargos no grupo Espírito Santo e é desde Março de 2005 ministro da Economia e Inovação.  
António Ribeiro Ferreira
 
 

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comanche

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« Responder #221 em: Fevereiro 28, 2008, 12:11:09 pm »
Calçado prepara ofensiva em Milão

Ana Paula Lima, Em Milão

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Portugal pode vir a ter um destaque especial na próxima edição da maior feira de calçado do Mundo, a MICAM, em Milão. O desafio foi deixado pelo ministro da Economia, Manuel Pinho, num encontro com os responsáveis da Feira de Milão. Manuel Pinho considerou que a presença das 80 empresas nacionais nesta edição, que termina amanhã, demonstra a "pujança" do sector, e desafiou os dirigentes da associação nacional do calçado, APICCAPS, e a Feira de Milão a organizar "um evento especial" que vá além da mera participação das empresas portuguesas no certame italiano.

Uma proposta que foi aceite de imediato pelo CEO da Feira de Milão, Claudio Artusi, e que o presidente da APICCAPS, Fortunato Frederico, disse ser um projecto que será analisado rapidamente.

O ministro da Economia, que durante a manhã visitou algumas das empresas nacionais, salientou o facto de a comitiva portuguesa ser a segunda maior representada nesta edição da MICAM, a seguir a Espanha, e manifestou-se "muito impressionado" com os resultados que a indústria do calçado tem atingido.

"O sapato português é, a seguir ao italiano, o que tem o valor unitário mais elevado, e isso só é possível quando se tem qualidade, design e esforço de promoção", defendeu o governante. Pinho revelou que ainda pensou em aproveitar a ida a Milão para comprar "sapatos italianos, mas face à concorrência dos portugueses, não vale a pena. Os portugueses são de altíssima qualidade", salientou.

As empresas nacionais presentes na MICAM têm em conjunto um volume de negócios de 378 milhões de euros e exportam 81% da produção. No ano passado, o sector conseguiu, pela primeira vez, vender para o exterior 90% da produção que terá atingido os 1,2 mil milhões de euros, mais 3% do que no ano anterior.
 

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comanche

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« Responder #222 em: Fevereiro 29, 2008, 01:12:55 pm »
Portugal com a sétima maior taxa de desemprego da UE em Janeiro

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No primeiro mês do ano, a taxa de desemprego nacional, ajustada de variações sazonais, ascendeu aos 7,5%, menos 0,1 ponto percentual do que em Dezembro.

Segundo os dados hoje divulgados pelo Gabinete Europeu de Estatística (Eurostat), em Janeiro as maiores taxas de desemprego anuais foram verificadas na Suécia (10,4%), Espanha (8,8%), Polónia (8,6%), Grécia (8,2%, mas estando apenas disponíveis os dados até ao terceiro trimestre do ano), França (7,8%) e Alemanha (7,6%).

No mês em análise, as menores taxas de desemprego foram verificadas na Holanda (2,9%) e Dinamarca (3,1%).

Para a totalidade da União Europeia a Vinte e Sete, a taxa de desemprego de Janeiro atingiu os 6,8%, enquanto que para a zona euro esta manteve-se estável nos 7,1%.

O Eurostat adianta que, em 2007, 24 Estados-membros da UE registaram quebras nas suas taxas de desemprego e três um aumento, tendo as maiores descidas sido verificdas na Polónia (de 11,1 para 8,6%), Bulgária (de 7,8 para 6,2%) e Letónia

Portugal regista das inflações mais baixas da UE em Janeiro

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A taxa de inflação anual portuguesa foi de 2,9% no mês passado, encontrando-se assim entre as quatro mais baixas de toda a Zona Euro, revelou hoje o Gabinete Europeu de Estatística (Eurostat).

Segundo os dados hoje divulgados pelo Eurostat, em Janeiro a taxa anual de inflação da zona euro ascendeu aos 3,2%, o que reprsenta uma aceleração de 0,1 ponto percentual em relação à leitura de 3,1% verificada em Dezembro de 2007. Em termos mensais, a inflação registou uma quebra de 0,4%.

Para a totalidade da União Europeia, a inflação anual acelerou no primeiro mês do ano para os 3,4%, contra a leitura de 3,2% de Dezembro. Em termos mensais, a inflação dos Vinte e Sete abrandou em 0,2 pontos percentuais em Janeiro.

A mesma fonte revela que, no mês em análise, as taxas de inflação anuais mais baixas foram registadas na Holanda (1,8%), Reino Unido (2,2%) e na Alemanha e Portugal, ambos com 2,9%.

Já as taxas de inflação mais elevadas foram registadas na Letónia (15,6%), Bulgária (11,7%) e Estónia
 

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Luso

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« Responder #223 em: Fevereiro 29, 2008, 06:24:50 pm »
Citação de: "comanche"
Calçado prepara ofensiva em Milão

Ana Paula Lima, Em Milão

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Portugal pode vir a ter um destaque especial na próxima edição da maior feira de calçado do Mundo, a MICAM, em Milão. O desafio foi deixado pelo ministro da Economia, Manuel Pinho, num encontro com os responsáveis da Feira de Milão. Manuel Pinho considerou que a presença das 80 empresas nacionais nesta edição, que termina amanhã, demonstra a "pujança" do sector, e desafiou os dirigentes da associação nacional do calçado, APICCAPS, e a Feira de Milão a organizar "um evento especial" que vá além da mera participação das empresas portuguesas no certame italiano.

Uma proposta que foi aceite de imediato pelo CEO da Feira de Milão, Claudio Artusi, e que o presidente da APICCAPS, Fortunato Frederico, disse ser um projecto que será analisado rapidamente.

O ministro da Economia, que durante a manhã visitou algumas das empresas nacionais, salientou o facto de a comitiva portuguesa ser a segunda maior representada nesta edição da MICAM, a seguir a Espanha, e manifestou-se "muito impressionado" com os resultados que a indústria do calçado tem atingido.

"O sapato português é, a seguir ao italiano, o que tem o valor unitário mais elevado, e isso só é possível quando se tem qualidade, design e esforço de promoção", defendeu o governante. Pinho revelou que ainda pensou em aproveitar a ida a Milão para comprar "sapatos italianos, mas face à concorrência dos portugueses, não vale a pena. Os portugueses são de altíssima qualidade", salientou.

As empresas nacionais presentes na MICAM têm em conjunto um volume de negócios de 378 milhões de euros e exportam 81% da produção. No ano passado, o sector conseguiu, pela primeira vez, vender para o exterior 90% da produção que terá atingido os 1,2 mil milhões de euros, mais 3% do que no ano anterior.

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Manuel Pinho comete inconfidência[/size]

A promover calçado português, ministro confessa que compra sapatos italianos
Oitenta empresas estão, esta semana, a promover o calçado português na maior feira de sapatos do Mundo, em Milão. Esta quarta-feira, o ministro da Economia foi dar uma ajuda, mas acabou por cometer uma inconfidência. À SIC, Manuel Pinho confessou que ia com a intenção de comprar sapatos italianos – e, que só na feira percebeu a qualidade dos produtos portugueses.

Ministro da Economia confessou que ia comprar sapatos italianos

Pinho ficou surpreendido com a qualidade dos sapatos portugueses
 
O convite partiu dos empresários portugueses. Naquela que é considerada a maior ofensiva internacional de sempre do calçado português, com 30 iniciativas de promoção em todo o Mundo, o ministro da Economia foi convidado para ajudar.

Manuel Pinho visitou os stands portugueses, na Feira de Calçado de Milão, e, pelo caminho, foi apreciando as novidades do sector.

Enquanto falava das preferências pessoais no que diz respeito a sapatos, acabou por deixar escapar uma confissão.

"Eu vinha cá comprar sapatos italianos, mas fiquei tão impressionado com a qualidade dos sapatos portugueses que vou levar sapatos portugueses. Vinha comprar sapatos italianos porque têm um óptimo nome em termos de design", afirmou.

Minutos depois, o ministro esqueceu-se do compromisso de levar sapatos portugueses. É certo que, nesta feira, os produtos não estão à venda para o consumidor individual, mas, mesmo que estivessem, Manuel Pinho não seria um deles.

Questionado sobre se no final da visita ainda faria umas compras na feira, o ministro da Economia respondeu: "Não, não venho. Vou já para Bruxelas".

Os empresários portugueses presentes na feira preferiram não comentar as declarações do ministro. Disseram apenas que, provavelmente, Manuel Pinho quis só fazer uma graça e que, vistas as coisas pelo lado positivo, mais vale tarde do que nunca. Agora, pelo menos, o calçado português ganhou mais um adepto.

 
http://sic.sapo.pt/online/noticias/dinh ... dencia.htm

De seguida mais uma "notícia optimista".
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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P44

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« Responder #224 em: Março 01, 2008, 10:34:08 am »
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De seguida mais uma "notícia optimista".


a máquina de propaganda deste governo realmente é de fazer inveja.... :roll:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas