Benvindo Jango, partilho a sua opinião quanto à visão arrogante dos franceses sobre o mundo
So quem vive fora (de França) é que fala de arrogancia francesa.
As forças armadas são bastante despresadas pela população francesa depois das derrotas de 1940 e de Dien Bien Phu ; para mais apesar da vitoria de 1918, a IGM desenrolou-se essencialemente no territorio frances, visto que o exército frances nem sequer pisou o chão alemão...
En 1996, na altura em que o Governo frances decidiu de continuar por mais algum tempo as experimentações nucleares, a maioria dos franceses estava oposta ao projecto, mesmo sabendo que era so preciso mais uns dez "tiros" até conseguir a capacidade de simulação informatica, e a independencia nacional en relação a dissuasão nuclear.
Os problemas tecnicos do Charles de Gaulle foram objeto das maiores risadas na imprensa francesa. Se houvesse um referendo sobre a aquisição de tais meios, de certeza que não havia Charles de Gaulle, nem mais outro porta aviões, e tambem ninguem quis saber do seu excelente desenpenho nas operações do Afeganistão.
Felizmente os diferentes governos (direita ou esquerda) foram sempre bastante lucidos, e apesar das verbas redusidas tentam manter uma certa auto-suficiensa em termos de fabricação de material militar, e equipam suas FAs de maneira correcta para poderem intervir quando necessario na sua area de influencia (como rescentemente na Costa do Marfim). O que lhes da uma certa margem para se opor ao seu aliado (insisto neste termo!!) americano, quando este vai longe demais na sua politica externa...
Os ingleses por exemplo não têm essa liberdade em relação aos EAU, visto que até na dissuasão nuclear dependem dos yankees. Por isso, Tony Blair não teve grande escolha em relação a guerra do Iraque.
Para voltar ao novo porta avião, a escolha da propulsão convencional foi feita para privilegiar a cooperação com os ingleses, é mais desejavel do ponto de vista economico tanto na fabricação como na manutenção, e favorece as operações conjuntas. Alem disso a DCN e a Thalès ficam a construir 3 navios em vez de 1 (se alguem souber como esta o contrato ?). Sem estas considerações todas imagino que a França teria continuado na via nuclear, e tem meios, assim como vontade politica para poder operar 2 porta aviões nucleares ; não para dominar o mundo mas sim para poder ter uma certa influencia na diplomacia mundial, e uma certa independancia no dominio militar em relação aos EUA. Acho que apesar de insuficiente o esforço é valioso, tomara Portugal.
Cumprimentos