Fragata Francesa no Tejo !!!

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rjales

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segundo porta avião frances
« Responder #30 em: Junho 08, 2004, 05:01:45 pm »
Pelo que eu sei, ainda so é um projeto.

De certeza sera de propulsão convencional (haja cooperação inglesa ou não), e tambem mais grande com mais espaço de trabalho para a tripulação, e de maneira a poder operar com mais facilidade uma frota completa de Rafales , ja que os Super Etendard serão retirados daqui uns anitos. (lições tiradas das operações com o Charles de Gaulle no Afganistão)

Acho pena abandonar a propulsão nuclear, ja que se poupava os gastos do estudo inicial para um segundo navio, sem falar de duas tripulações diferentes, para dois navios diferentes...

A cooperação europeia é a este preço...

Aqui um artigo do mês de febreiro :
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PARIS (AFP) - La France a décidé vendredi d'équiper son second porte-avions d'une propulsion classique et non nucléaire, ouvrant ainsi la voie à une coopération franco-britannique pour la construction de ce bâtiment dont la mise en service est prévue en 2015.

Le choix de Paris -- à l'étude depuis l'automne 2002 et très attendu tant dans les milieux militaires qu'industriels -- a été annoncé vendredi par l'Elysée.

La loi de programmation militaire 2003-2008 prévoit la construction d'un second porte-avions, après le Charles de Gaulle qui a une propulsion nucléaire.

"Le président de la République a retenu l'option d'une propulsion classique pour le deuxième porte-avions dont la France doit se doter", indique la présidence dans un communiqué, soulignant que ce choix "apporte une réponse parfaitement adaptée aux besoins opérationnels des décennies à venir et ouvre les meilleures perspectives de coopération avec le Royaume-Uni".

Londres s'est félicitée de la décision française, jugée "particulièrement significative en cette année de célébration du centenaire de l'Entente Cordiale". "Elle contribuera à renforcer les capacités de défense de l'Europe", a déclaré à l'AFP un porte-parole du ministère britannique de la défense.

A Paris, le ministère de la défense a indiqué que "la décision prise (était) celle proposée par (la ministre) Michèle Alliot-Marie".

Les études ont montré "de nombreux domaines de convergence entre les besoins" des marines française et britannique, a souligné le ministère, voyant dans cette annonce "une volonté commune d'interopérabilité" entre les deux groupes aéronavals pour les opérations menées tant au sein de l'UE que de l'Otan.

Avec cet arbitrage en faveur d'une propulsion classique, la France se donne la possibilité soit de réaliser seule ce futur bâtiment, soit de le faire en coopération avec les Britanniques, qui ont décidé de construire deux porte-avions pour la Royal Navy à l'horizon 2012-2015.

Pour le ministère de la défense, deux porte-avions sont "nécessaires pour assurer la permanence opérationnelle du groupe aéronaval, qui permet à l'autorité politique de disposer d'une capacité souveraine et toujours disponible".

Cette décision permettra de notifier les premiers contrats d'études de définition "avant la fin 2004", puis le contrat principal "avant fin 2006". Le calendrier est "conforme" à l'objectif de mise en service opérationnel du deuxième bâtiment avant "l'indisponibilité programmée pour entretien et réparation" du Charles de Gaulle en 2015.

Quant au coût, aucun chiffre n'a été avancé vendredi. Le ministère précise seulement que le mode de propulsion classique "dégage une économie globale de plus de 10%" par rapport au nucléaire, "en raison d'un coût d'entretien moindre et de l'effet de réduction d'effectifs".

Selon un récent rapport parlementaire, les "extrapolations" de la délégation générale de l'armement (DGA) pour l'option classique tournent autour de 2,3 milliards d'euros. De son côté, la direction des chantiers navals (DCN) avait proposé de construire un "sistership" du Charles de Gaulle pour 1,83 milliard (contre 3,03 milliards pour le premier bâtiment), une prévision réévaluée par la DGA à 1,995 milliard d'euros.

Le groupe français d'électronique de défense Thales --retenu pour la construction des deux porte-avions de la Royal Navy-- s'est "félicité" du choix de la France. Il s'est réjoui "des perspectives de coopération franco-britannique" qui fera de lui "un acteur-clé".


Cumprimentos
 

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jango

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2º porta aviões françês
« Responder #31 em: Junho 09, 2004, 01:10:22 am »
Pareçe-me que que o episódio do 2º porta aviões francês vem confirmar na minha opinião um facto curioso. Vem demonstrar que o povo francês padece do defeito exactamente oposto que o povo Português. Os Portugueses têm uma impressionante tendência de se rebaixarem e estarem constantemente num processo de autoflagelação..."somos o país mais pobre da europa..(absolutamente falso..)...somos um país pequeno...( dentro do contexto europeu é no minimo incorrecto..)..somos um país politicamente insignificante...( um perfeito exagero..) etc...
Os Franceses acham que (ainda..) são um grande potência ( completamente falso...quando muito são uma potência média..) são um grande país...(não o são...nem em termos geográficos nem em termos populacionais...) e está bem espalhada na sua população aquela ideia ou ideal de Gaulle sobre a grandeza de França...dá impressão que os Franceses vivem a sonhar que ainda têm um grande império...os Portugueses parecem que ainda estão a viver o pesadelo da perda recente do seu grande império...enfim...
O Porta aviões nuclear Charle de Gaulle foi um acto voluntarista da uma nação que se quer pôr em bico de pés e copiar uma bem maior do que ela ...os EUA.. fazer um PA nuclear com apenas 40.000 ton. no minimo só fazia sentido se houvesse dinheiro para fazer pelo menos mais um navio igual...não foi o caso e tornou-se notório então que havia mais vontade do que capacidade...

PS. escrevo pela primeira vez no fórum...obrigado pela oportunidade de colocar aqui os meus desabafos e impressões...
 

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Tiger22

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« Responder #32 em: Junho 09, 2004, 01:21:13 am »
Completamente de acordo amigo jango.

Você é dos meus :G-Ok:
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

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komet

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« Responder #33 em: Junho 09, 2004, 01:26:43 am »
Benvindo Jango, partilho a sua opinião quanto à visão arrogante dos franceses sobre o mundo  :wink:
"History is always written by who wins the war..."
 

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Fábio G.

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« Responder #34 em: Junho 09, 2004, 01:49:32 am »
Bem-vindo Jango, expressou exactamente o que é a mentalidade francesa.
 

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rjales

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A arrogancia francesa
« Responder #35 em: Junho 09, 2004, 01:21:43 pm »
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Benvindo Jango, partilho a sua opinião quanto à visão arrogante dos franceses sobre o mundo


So quem vive fora (de França) é que fala de arrogancia francesa.

As forças armadas são bastante despresadas pela população francesa depois das derrotas de 1940 e de Dien Bien Phu ; para mais apesar da vitoria de 1918, a IGM desenrolou-se essencialemente no territorio frances, visto que o exército frances nem sequer pisou o chão alemão...

En 1996, na altura em que o Governo frances decidiu de continuar por mais algum tempo as experimentações nucleares, a maioria dos franceses estava oposta ao projecto, mesmo sabendo que era so preciso mais uns dez "tiros" até conseguir a capacidade de simulação informatica, e a independencia nacional en relação a dissuasão nuclear.

Os problemas tecnicos do Charles de Gaulle foram objeto das maiores risadas na imprensa francesa. Se houvesse um referendo sobre a aquisição de tais meios, de certeza que não havia Charles de Gaulle, nem mais outro porta aviões, e tambem ninguem quis saber do seu excelente desenpenho nas operações do Afeganistão.

Felizmente os diferentes governos (direita ou esquerda) foram sempre bastante lucidos, e apesar das verbas redusidas tentam manter uma certa auto-suficiensa em termos de fabricação de material militar, e equipam suas FAs de maneira correcta para poderem intervir quando necessario na sua area de influencia (como rescentemente na Costa do Marfim). O que lhes da uma certa margem para se opor ao seu aliado (insisto neste termo!!) americano, quando este vai longe demais na sua politica externa...

Os ingleses por exemplo não têm essa liberdade em relação aos EAU, visto que até na dissuasão nuclear dependem dos yankees. Por isso, Tony Blair não teve grande escolha em relação a guerra do Iraque.

Para voltar ao novo porta avião, a escolha da propulsão convencional foi feita para privilegiar a cooperação com os ingleses,  é mais desejavel do ponto de vista economico tanto na fabricação como na manutenção, e favorece as operações conjuntas.  Alem disso a DCN e a Thalès ficam a construir 3 navios em vez de 1 (se alguem souber como esta o contrato ?). Sem estas considerações todas imagino que a França teria continuado na via nuclear, e tem meios, assim como vontade politica para poder operar 2 porta aviões nucleares ; não para dominar o mundo mas sim para poder ter uma certa influencia na diplomacia mundial, e uma certa independancia no dominio militar em relação aos EUA. Acho que apesar de insuficiente o esforço é valioso, tomara Portugal.

Cumprimentos
 

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Rui Elias

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« Responder #36 em: Junho 09, 2004, 01:32:38 pm »
Se calhar, entre o "triunfalismo" francês e o "derrotismo" português, haveria que encontrar um meio termo para a  atitude lusitana.

Não empenhar e hipotecar o futuro do nosso país em sonhos de um novo império, ou muito menos em sonharmos ser uma potência regional no ocidente atlântico, mas julgo que um pouco de auto-estima não faria mal, e que quanto a investimentos na Defesa, estamos abaixo do que poderíamos fazer.

Com esforço e vontade política poderiamos no espaço de 10/15 anos ultrapassar o estado lastimoso a que chegaram as nossas capacidades de Defesa.

Não creio que a actual LPM vá fazer-nos superar a actual situação.
 

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« Responder #37 em: Junho 09, 2004, 01:38:44 pm »
Caro Rjales,

Concordo absolutamente consigo...acho que os franceses sempre quiseram permanecer independentes em termos de meios de defesa e fizeram muito bem, ao contrário dos ingleses, que são uns autênticos capachos dos americanos e deles dependem para se defenderem.

Veja-se o caso dos submarinos nuclerares, enquanto os ingleses dependem e dependeram dos Trident americanos, os franceses desenvolveram sistemas de defesa próprios, e muito bem a meu ver.

Veja-se o nosso caso, que andamos a mendigar por 2-3 fragatas Perry como quem mendiga por um prato de lentilhas...só para agradar aos EUA...e deixámos fugir as "Jacob Van Heermskerk", navios muito mais novos, para o Chile!!!

 :twisted: E porquê??? Por andarmos a servir café aos americanos nas Lajes!!!
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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Rui Elias

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« Responder #38 em: Junho 09, 2004, 01:58:28 pm »
Em recente entrevista, o ministro Paulo Portas ao justificar a vinda das fragatas usadas disse que desta vez negociou-se com os EUA, mas que era um erro ter um único parceiro em termos de  aquisições militares.

Mas também não sei se não será um mau negócio essa vinda das Perrys.

Porque por vezes o barato sai caro, e se é verdade que as João Belo já não servem, porque não pensar-se em comprar em 2ª mão um pouco melhor e mais novo em vez de aceitar gratuitamente a "esmola"  de um monte de sucata?

Ou estarão em crer que se as Perry ainda fossem úteis, os EUA não ficariam com elas ou as não cederiam a um país estratégicamente mais importante para eles?

Os EUA só nos ofereceram o navio oceanográfico, porque era um navio que já não tinha aproveitamento militar, já que com o fim da guerra-fria deixaram de ter tanta necessidade de detecção de submarinos, e também, porque entretanto construíram meios mais sofisticados.

E lá vamos nós todos alegres, cantando e rindo com duas Perrys a precisarem de reparações e pintura (será que ao menos vêm com radares e lançadores?) :cry: .
 

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« Responder #39 em: Junho 09, 2004, 02:05:09 pm »
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E lá vamos nós todos alegres, cantando e rindo com duas Perrys a precisarem de reparações e pintura (será que ao menos vêm com radares e lançadores?)



com Lançadores devem vir...agora, virão com Misseis????? :twisted:

Cada vez que olho para uma foto de uma JvH, so me apetece chorar!!!!

 :cry:  :cry:
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Rui Elias

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« Responder #40 em: Junho 09, 2004, 02:15:49 pm »
P44:

De facto ao vivo elas até poderão ter melhor aspecto, mas a avaliar pela fotografia, mais parecem traineiras grandes, para a pesca na Terra Nova  :lol:
 

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« Responder #41 em: Junho 09, 2004, 02:18:36 pm »
Rui Elias:

Nesse caso deve estar a referir-se a lançadores de Redes !!!!!ehehehehehehehehhe

 :roll:  :wink: )
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« Responder #42 em: Junho 09, 2004, 02:27:33 pm »
O QUE NÓS DEIXÁMOS ESCAPAR

Obrigadinho, ó paulo portas!!!!! :cry:
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Rui Elias

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« Responder #43 em: Junho 09, 2004, 02:46:36 pm »
P44:

O que é que deixámos escapar?

Eu não vejo nada... :cry:
 

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Fábio G.

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« Responder #44 em: Junho 09, 2004, 02:56:21 pm »
Eu também não vejo nada, mas, imagino que seja uma JVH.