A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1740 em: Maio 29, 2021, 11:32:38 pm »
Também seria possível ir buscar a Van Speijk e ficávamos com 3 M + 2 fragatas novas, o que tornava o investimento mais reduzido. Seja como for, algo terá de ser feito.

Essa era uma opção muito interessante e mais facilmente exequível dentro do orçamento.
3 M + 2 A200, por exemplo, não era uma opção muito cara e ficávamos bem melhor servidos.
 
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1741 em: Maio 30, 2021, 12:07:13 am »
Também seria possível ir buscar a Van Speijk e ficávamos com 3 M + 2 fragatas novas, o que tornava o investimento mais reduzido. Seja como for, algo terá de ser feito.

Essa era uma opção muito interessante e mais facilmente exequível dentro do orçamento.
3 M + 2 A200, por exemplo, não era uma opção muito cara e ficávamos bem melhor servidos.

Sim, uma ótima ideia, mais uma M, perfazendo 3 adquirindo 2 F-110 (juntando a construção das 5 espanholas) por exemplo.
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1742 em: Maio 30, 2021, 12:12:55 am »
Também seria possível ir buscar a Van Speijk e ficávamos com 3 M + 2 fragatas novas, o que tornava o investimento mais reduzido. Seja como for, algo terá de ser feito.

Essa era uma opção muito interessante e mais facilmente exequível dentro do orçamento.
3 M + 2 A200, por exemplo, não era uma opção muito cara e ficávamos bem melhor servidos.

Sim, mas essas já ficavam bem mais caras.
Sugeri as A200 precisamente por serem uma das alternativas mais baratas.

Sim, uma ótima ideia, mais uma M, perfazendo 3 adquirindo 2 F-110 (juntando a construção das 5 espanholas) por exemplo.
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1743 em: Maio 30, 2021, 08:28:22 am »
Uma FFG por 500 milhões, teria que sensores e armamento? É que se estão a pensar em algo tipo AH140, algo com 32 SAM de curto/médio alcance (CAMM ou ESSM), algo com sensores básicos, esse tipo de navio não é propriamente uma FFG. Será quando muito uma FF.

Projectos novos de verdadeiras FFG (Constellation, CSC, Hunter) e fragatas ASW (T26, F110, ASWF) custam, pelo menos, 1.000 milhões a unidade.

Deixou-se fugir as FREMM italianas para o Egipto o que, considerado o estado actual da frota, se tratou de um erro tremendo. Foi a última oportunidade de possuir verdadeiras FFG state of the art, antes de 2035. Esperemos que não repitam o erro com o JdW.
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1744 em: Maio 30, 2021, 10:30:58 am »
Uma FFG por 500 milhões, teria que sensores e armamento? É que se estão a pensar em algo tipo AH140, algo com 32 SAM de curto/médio alcance (CAMM ou ESSM), algo com sensores básicos, esse tipo de navio não é propriamente uma FFG. Será quando muito uma FF.

Projectos novos de verdadeiras FFG (Constellation, CSC, Hunter) e fragatas ASW (T26, F110, ASWF) custam, pelo menos, 1.000 milhões a unidade.

Deixou-se fugir as FREMM italianas para o Egipto o que, considerado o estado actual da frota, se tratou de um erro tremendo. Foi a última oportunidade de possuir verdadeiras FFG state of the art, antes de 2035. Esperemos que não repitam o erro com o JdW.

Mas pelo que já falamos várias vezes aqui no FD, a Marinha estava (está?) apaixonada pelas FREEM, seriam estas?
Se for esse o valor, completo, bem podemos esquecer comprar 3...
Daí que não fosse mau o plano de vender as 3 VdG, comprar o JdW e uma M, e avançar já para por exemplo 2 F-110, ou mesmo 2 FREEM.
O pacote mínimo seria, a meu ver 1 canhão 127mm, VLS com 16 células, 8x Harpoon II ou equivalente, CAPTAS, RAM... e MK-46/II..

https://www.navalnews.com/naval-news/2020/12/first-italian-built-fremm-delivered-to-egypt-reaches-alexandria/

As do Egipto foram vendidas por 600 milhões cada, um preço bom, para uma FFG general purpose...
Até existe uma versão com AEGIS, ao que parece mais curta..


https://www.fincantieri.com/globalassets/prodotti-servizi/navi-militari/m-02-16_fremm_bergamini_f.pdf
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1745 em: Maio 30, 2021, 11:41:58 am »
A ideia seria substituir as VdG por algo moderno mas relativamente barato, não por fragatas de 5000 a 6000 toneladas, que seriam obviamente o ideal, mas não há dinheiro para isso. Algo que representasse um salto tecnológico em termos de armamento, sensores, design e também com guarnições reduzidas. No fundo, algo que pudesse ser encomendado "agora" e entrar ao serviço em 2025, separando a substituição das VdG e das BD por 10 anos.

Algo com radar NS200, OM 76mm Strales ou Sovraponte, 16 Mk-41 para ESSM Block 2, Harpoon Block 2 ou, em alternativa, saltar logo para o LRASM, RAM (ou Phalanx como solução temporária, ou ambos em simultâneo), CAPTAS, etc. Nada de muito complexo.

Também se pode fazer o contrário, encomendar 2 AH140, com foco em AAW, semelhantes às Iver Huitfeldt. APAR II, Smart-L, 32 Mk-41 (strike length) para ESSM block 2 e SM-2, LRASM/Harpoon Block 2, 1 RAM + 1 Phalanx das VdG, CAPTAS 2... Capacidade BMD só se houvesse algum tipo de financiamento, pois é uma capacidade que dá mais jeito para a NATO do que para nós, e Tomahawks quanto muito equacionar adquirir 8 a 12. Ficava a Marinha assim com 2 AH140 AAW e 3 M/BD ASW. Com jeitinho talvez as AH140 ficassem por 700 milhões cada, o que dava 1400 milhões, que comparando com 1400 a 1500 milhões por 3 fragatas "leves", se calhar é um melhor negócio.

Agora, a situação actual não pode continuar, até porque se fragatas novas de topo custam 800 a 1000 milhões cada, o que acham que vai acontecer em 2035 quando for preciso substituir todas as que temos actualmente, por fragatas desse tipo? Não esquecer que o "excelente" planeamento, contempla além da substituição das 5 fragatas (que podem ser 4 quando chegar a essa altura), além da substituição dos P-3, dos F-16, MLU dos C-295, Merlin, Tridente, sistemas AA de médio/longo alcance, e por aí em diante. Por isso, irmos buscar as 2 M holandesas, não resolve este problema, nem mesmo um bom MLU às VdG.
 
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1746 em: Maio 30, 2021, 11:56:42 am »
A ideia seria substituir as VdG por algo moderno mas relativamente barato, não por fragatas de 5000 a 6000 toneladas, que seriam obviamente o ideal, mas não há dinheiro para isso. Algo que representasse um salto tecnológico em termos de armamento, sensores, design e também com guarnições reduzidas. No fundo, algo que pudesse ser encomendado "agora" e entrar ao serviço em 2025, separando a substituição das VdG e das BD por 10 anos.

Algo com radar NS200, OM 76mm Strales ou Sovraponte, 16 Mk-41 para ESSM Block 2, Harpoon Block 2 ou, em alternativa, saltar logo para o LRASM, RAM (ou Phalanx como solução temporária, ou ambos em simultâneo), CAPTAS, etc. Nada de muito complexo.

Também se pode fazer o contrário, encomendar 2 AH140, com foco em AAW, semelhantes às Iver Huitfeldt. APAR II, Smart-L, 32 Mk-41 (strike length) para ESSM block 2 e SM-2, LRASM/Harpoon Block 2, 1 RAM + 1 Phalanx das VdG, CAPTAS 2... Capacidade BMD só se houvesse algum tipo de financiamento, pois é uma capacidade que dá mais jeito para a NATO do que para nós, e Tomahawks quanto muito equacionar adquirir 8 a 12. Ficava a Marinha assim com 2 AH140 AAW e 3 M/BD ASW. Com jeitinho talvez as AH140 ficassem por 700 milhões cada, o que dava 1400 milhões, que comparando com 1400 a 1500 milhões por 3 fragatas "leves", se calhar é um melhor negócio.

Agora, a situação actual não pode continuar, até porque se fragatas novas de topo custam 800 a 1000 milhões cada, o que acham que vai acontecer em 2035 quando for preciso substituir todas as que temos actualmente, por fragatas desse tipo? Não esquecer que o "excelente" planeamento, contempla além da substituição das 5 fragatas (que podem ser 4 quando chegar a essa altura), além da substituição dos P-3, dos F-16, MLU dos C-295, Merlin, Tridente, sistemas AA de médio/longo alcance, e por aí em diante. Por isso, irmos buscar as 2 M holandesas, não resolve este problema, nem mesmo um bom MLU às VdG.

É um ponto de vista, no entanto tirava os Tomahawk da análise...Quanto muito SCALP naval, em FREEMs ou Belh@ras.
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1747 em: Maio 30, 2021, 11:58:33 am »
Uma FFG por 500 milhões, teria que sensores e armamento? É que se estão a pensar em algo tipo AH140, algo com 32 SAM de curto/médio alcance (CAMM ou ESSM), algo com sensores básicos, esse tipo de navio não é propriamente uma FFG. Será quando muito uma FF.

Projectos novos de verdadeiras FFG (Constellation, CSC, Hunter) e fragatas ASW (T26, F110, ASWF) custam, pelo menos, 1.000 milhões a unidade.

Deixou-se fugir as FREMM italianas para o Egipto o que, considerado o estado actual da frota, se tratou de um erro tremendo. Foi a última oportunidade de possuir verdadeiras FFG state of the art, antes de 2035. Esperemos que não repitam o erro com o JdW.

Mas pelo que já falamos várias vezes aqui no FD, a Marinha estava (está?) apaixonada pelas FREEM, seriam estas?
Se for esse o valor, completo, bem podemos esquecer comprar 3...
Daí que não fosse mau o plano de vender as 3 VdG, comprar o JdW e uma M, e avançar já para por exemplo 2 F-110, ou mesmo 2 FREEM.
O pacote mínimo seria, a meu ver 1 canhão 127mm, VLS com 16 células, 8x Harpoon II ou equivalente, CAPTAS, RAM... e MK-46/II..

https://www.navalnews.com/naval-news/2020/12/first-italian-built-fremm-delivered-to-egypt-reaches-alexandria/

As do Egipto foram vendidas por 600 milhões cada, um preço bom, para uma FFG general purpose...
Até existe uma versão com AEGIS, ao que parece mais curta..


https://www.fincantieri.com/globalassets/prodotti-servizi/navi-militari/m-02-16_fremm_bergamini_f.pdf
Foi uma oportunidade única essas duas FREMM que deixamos escapar, burrice típica dos políticos portugueses seriam os 1200M melhor empregues de sempre nas FA e até nos contactaram para as vender sabendo do "amor" que as chefias da Marinha têm pelas FREMM, infelizmente o poder político barrou logo a sua compra, uma vergonha, essas duas unidades tinham solucionado o nosso problema de falta de meios de combate até á próxima década permitindo vender as VdG e a partir da próxima década substituir as BD por 3 novas fragatas, mas não estragaram tudo e estamos mesmo no fundo sem meios e sem rumo.
 
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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1748 em: Maio 30, 2021, 12:17:43 pm »
Uma FFG por 500 milhões, teria que sensores e armamento? É que se estão a pensar em algo tipo AH140, algo com 32 SAM de curto/médio alcance (CAMM ou ESSM), algo com sensores básicos, esse tipo de navio não é propriamente uma FFG. Será quando muito uma FF.

Projectos novos de verdadeiras FFG (Constellation, CSC, Hunter) e fragatas ASW (T26, F110, ASWF) custam, pelo menos, 1.000 milhões a unidade.

Deixou-se fugir as FREMM italianas para o Egipto o que, considerado o estado actual da frota, se tratou de um erro tremendo. Foi a última oportunidade de possuir verdadeiras FFG state of the art, antes de 2035. Esperemos que não repitam o erro com o JdW.

Mas pelo que já falamos várias vezes aqui no FD, a Marinha estava (está?) apaixonada pelas FREEM, seriam estas?
Se for esse o valor, completo, bem podemos esquecer comprar 3...
Daí que não fosse mau o plano de vender as 3 VdG, comprar o JdW e uma M, e avançar já para por exemplo 2 F-110, ou mesmo 2 FREEM.
O pacote mínimo seria, a meu ver 1 canhão 127mm, VLS com 16 células, 8x Harpoon II ou equivalente, CAPTAS, RAM... e MK-46/II..

https://www.navalnews.com/naval-news/2020/12/first-italian-built-fremm-delivered-to-egypt-reaches-alexandria/

As do Egipto foram vendidas por 600 milhões cada, um preço bom, para uma FFG general purpose...
Até existe uma versão com AEGIS, ao que parece mais curta..


https://www.fincantieri.com/globalassets/prodotti-servizi/navi-militari/m-02-16_fremm_bergamini_f.pdf
Foi uma oportunidade única essas duas FREMM que deixamos escapar, burrice típica dos políticos portugueses seriam os 1200M melhor empregues de sempre nas FA e até nos contactaram para as vender sabendo do "amor" que as chefias da Marinha têm pelas FREMM, infelizmente o poder político barrou logo a sua compra, uma vergonha, essas duas unidades tinham solucionado o nosso problema de falta de meios de combate até á próxima década permitindo vender as VdG e a partir da próxima década substituir as BD por 3 novas fragatas, mas não estragaram tudo e estamos mesmo no fundo sem meios e sem rumo.

Eu também já tinha ouvido essa história, mas os KC, tiveram prioridade...
Oportunidade perdida e que não volta mais...
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1749 em: Maio 30, 2021, 12:29:51 pm »
As FREMM de que "eles" gostam não são as francesas?
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1750 em: Maio 30, 2021, 12:54:12 pm »
As FREMM de que "eles" gostam não são as francesas?

Sim, mas eventualmente foram propostas estas...
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1751 em: Maio 30, 2021, 01:15:28 pm »
A ideia seria substituir as VdG por algo moderno mas relativamente barato, não por fragatas de 5000 a 6000 toneladas, que seriam obviamente o ideal, mas não há dinheiro para isso. Algo que representasse um salto tecnológico em termos de armamento, sensores, design e também com guarnições reduzidas. No fundo, algo que pudesse ser encomendado "agora" e entrar ao serviço em 2025, separando a substituição das VdG e das BD por 10 anos.

Algo com radar NS200, OM 76mm Strales ou Sovraponte, 16 Mk-41 para ESSM Block 2, Harpoon Block 2 ou, em alternativa, saltar logo para o LRASM, RAM (ou Phalanx como solução temporária, ou ambos em simultâneo), CAPTAS, etc. Nada de muito complexo.

Também se pode fazer o contrário, encomendar 2 AH140, com foco em AAW, semelhantes às Iver Huitfeldt. APAR II, Smart-L, 32 Mk-41 (strike length) para ESSM block 2 e SM-2, LRASM/Harpoon Block 2, 1 RAM + 1 Phalanx das VdG, CAPTAS 2... Capacidade BMD só se houvesse algum tipo de financiamento, pois é uma capacidade que dá mais jeito para a NATO do que para nós, e Tomahawks quanto muito equacionar adquirir 8 a 12. Ficava a Marinha assim com 2 AH140 AAW e 3 M/BD ASW. Com jeitinho talvez as AH140 ficassem por 700 milhões cada, o que dava 1400 milhões, que comparando com 1400 a 1500 milhões por 3 fragatas "leves", se calhar é um melhor negócio.

Agora, a situação actual não pode continuar, até porque se fragatas novas de topo custam 800 a 1000 milhões cada, o que acham que vai acontecer em 2035 quando for preciso substituir todas as que temos actualmente, por fragatas desse tipo? Não esquecer que o "excelente" planeamento, contempla além da substituição das 5 fragatas (que podem ser 4 quando chegar a essa altura), além da substituição dos P-3, dos F-16, MLU dos C-295, Merlin, Tridente, sistemas AA de médio/longo alcance, e por aí em diante. Por isso, irmos buscar as 2 M holandesas, não resolve este problema, nem mesmo um bom MLU às VdG.

É um ponto de vista, no entanto tirava os Tomahawk da análise...Quanto muito SCALP naval, em FREEMs ou Belh@ras.

Porquê FREMM ou Belharra? Porquê SCALP? Não só estes dois modelos são mais caros (para não dizer muito mais caros) que as AH140 (basta ver o valor inicial pedido aos gregos pelas Belharra, os quais recusaram e preferiram fazer concurso), como usam os Sylver (VLS muito mais limitados no tipo de mísseis que podem ser lançados, face ao Mk-41), como usam Aster, que são mais caros que os ESSM e SM-2, como o SCALP não é em nada superior ao Tomahawk, tendo este último, na versão mais recente, capacidade anti-navio.
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1752 em: Maio 30, 2021, 01:27:28 pm »
Vocês é que são optimistas...😅o mundo precisa de gente assim... 500 milhões e 500 tripulantes, senhores (post #1662, pág 111)...  tudo o que saia disso até 2030 podem esquecer, e mesmo para isso era preciso as chefias fazerem muita pressão....
 

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Re: A Marinha Portuguesa e o Zero Naval !
« Responder #1753 em: Maio 30, 2021, 02:00:51 pm »
A ideia seria substituir as VdG por algo moderno mas relativamente barato, não por fragatas de 5000 a 6000 toneladas, que seriam obviamente o ideal, mas não há dinheiro para isso. Algo que representasse um salto tecnológico em termos de armamento, sensores, design e também com guarnições reduzidas. No fundo, algo que pudesse ser encomendado "agora" e entrar ao serviço em 2025, separando a substituição das VdG e das BD por 10 anos.

Algo com radar NS200, OM 76mm Strales ou Sovraponte, 16 Mk-41 para ESSM Block 2, Harpoon Block 2 ou, em alternativa, saltar logo para o LRASM, RAM (ou Phalanx como solução temporária, ou ambos em simultâneo), CAPTAS, etc. Nada de muito complexo.

Exatamente isso, algo como o concurso que os gregos lançaram, o urgente para a Marinha é substituir as 3 VdG por meios modernos e com outra capacidade, á muita oferta neste momento por exemplo as  Meko A200/300, FDI Belhara, Sigma 11515, talvez com 1200-1300M tínhamos o grave problema das fragatas resolvido ainda esta década, no próximo ano na revisão da LPM era o ideal para arrancar com o programa, a Marinha tem de pressionar nesse sentido urgentemente.


Também se pode fazer o contrário, encomendar 2 AH140, com foco em AAW, semelhantes às Iver Huitfeldt. APAR II, Smart-L, 32 Mk-41 (strike length) para ESSM block 2 e SM-2, LRASM/Harpoon Block 2, 1 RAM + 1 Phalanx das VdG, CAPTAS 2... Capacidade BMD só se houvesse algum tipo de financiamento, pois é uma capacidade que dá mais jeito para a NATO do que para nós, e Tomahawks quanto muito equacionar adquirir 8 a 12. Ficava a Marinha assim com 2 AH140 AAW e 3 M/BD ASW. Com jeitinho talvez as AH140 ficassem por 700 milhões cada, o que dava 1400 milhões, que comparando com 1400 a 1500 milhões por 3 fragatas "leves", se calhar é um melhor negócio.

Agora, a situação actual não pode continuar, até porque se fragatas novas de topo custam 800 a 1000 milhões cada, o que acham que vai acontecer em 2035 quando for preciso substituir todas as que temos actualmente, por fragatas desse tipo? Não esquecer que o "excelente" planeamento, contempla além da substituição das 5 fragatas (que podem ser 4 quando chegar a essa altura), além da substituição dos P-3, dos F-16, MLU dos C-295, Merlin, Tridente, sistemas AA de médio/longo alcance, e por aí em diante. Por isso, irmos buscar as 2 M holandesas, não resolve este problema, nem mesmo um bom MLU às VdG.

Na década de 30 temos de pensar em substituir as BD aí sim apostar em 2 meios de topo AAW como AH140, FREMM, F-110 ou algum novo modelo que irá sair até lá.
O péssimo planeamento das FA por parte política e das chefias vai causar uma situação crítica na década de 30 porque estão a arrastar todos os programas para essa década e dúvido que vá existir verba para tudo. É essencial que alguns programas arranquem esta década, saltando logo para primeiro plano as novas fragatas e a modernização dos F-16 para V, são os dois principais e mais urgentes programas das nossas FA, pois são e serão os nossos principais meios de defesa e de soberania.

O objetivo da Marinha em termos dos seus principais meios navais para esta década tem de ser isto :
3 novas fragatas (vender as VdG)
2 BD
2 Tridente
1 AOR
1 LPD
8 NPO (vender os 2 primeiros da série)
Deixar para a próxima década a compra de 2 novas fragatas para substituir as BD, os novos helicópteros para substituir os Lynx e o MLU dos Tridente.
O planeamento tem de ser este tudo o que seja menos que isto é inaceitável.
 
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« Responder #1754 em: Maio 30, 2021, 02:30:07 pm »
A ideia seria substituir as VdG por algo moderno mas relativamente barato, não por fragatas de 5000 a 6000 toneladas, que seriam obviamente o ideal, mas não há dinheiro para isso. Algo que representasse um salto tecnológico em termos de armamento, sensores, design e também com guarnições reduzidas. No fundo, algo que pudesse ser encomendado "agora" e entrar ao serviço em 2025, separando a substituição das VdG e das BD por 10 anos.

Algo com radar NS200, OM 76mm Strales ou Sovraponte, 16 Mk-41 para ESSM Block 2, Harpoon Block 2 ou, em alternativa, saltar logo para o LRASM, RAM (ou Phalanx como solução temporária, ou ambos em simultâneo), CAPTAS, etc. Nada de muito complexo.

Exatamente isso, algo como o concurso que os gregos lançaram, o urgente para a Marinha é substituir as 3 VdG por meios modernos e com outra capacidade, á muita oferta neste momento por exemplo as  Meko A200/300, FDI Belhara, Sigma 11515, talvez com 1200-1300M tínhamos o grave problema das fragatas resolvido ainda esta década, no próximo ano na revisão da LPM era o ideal para arrancar com o programa, a Marinha tem de pressionar nesse sentido urgentemente.


Também se pode fazer o contrário, encomendar 2 AH140, com foco em AAW, semelhantes às Iver Huitfeldt. APAR II, Smart-L, 32 Mk-41 (strike length) para ESSM block 2 e SM-2, LRASM/Harpoon Block 2, 1 RAM + 1 Phalanx das VdG, CAPTAS 2... Capacidade BMD só se houvesse algum tipo de financiamento, pois é uma capacidade que dá mais jeito para a NATO do que para nós, e Tomahawks quanto muito equacionar adquirir 8 a 12. Ficava a Marinha assim com 2 AH140 AAW e 3 M/BD ASW. Com jeitinho talvez as AH140 ficassem por 700 milhões cada, o que dava 1400 milhões, que comparando com 1400 a 1500 milhões por 3 fragatas "leves", se calhar é um melhor negócio.

Agora, a situação actual não pode continuar, até porque se fragatas novas de topo custam 800 a 1000 milhões cada, o que acham que vai acontecer em 2035 quando for preciso substituir todas as que temos actualmente, por fragatas desse tipo? Não esquecer que o "excelente" planeamento, contempla além da substituição das 5 fragatas (que podem ser 4 quando chegar a essa altura), além da substituição dos P-3, dos F-16, MLU dos C-295, Merlin, Tridente, sistemas AA de médio/longo alcance, e por aí em diante. Por isso, irmos buscar as 2 M holandesas, não resolve este problema, nem mesmo um bom MLU às VdG.

Na década de 30 temos de pensar em substituir as BD aí sim apostar em 2 meios de topo AAW como AH140, FREMM, F-110 ou algum novo modelo que irá sair até lá.
O péssimo planeamento das FA por parte política e das chefias vai causar uma situação crítica na década de 30 porque estão a arrastar todos os programas para essa década e dúvido que vá existir verba para tudo. É essencial que alguns programas arranquem esta década, saltando logo para primeiro plano as novas fragatas e a modernização dos F-16 para V, são os dois principais e mais urgentes programas das nossas FA, pois são e serão os nossos principais meios de defesa e de soberania.

O objetivo da Marinha em termos dos seus principais meios navais para esta década tem de ser isto :
3 novas fragatas (vender as VdG)
2 BD
2 Tridente
1 AOR
1 LPD
8 NPO (vender os 2 primeiros da série)
Deixar para a próxima década a compra de 2 novas fragatas para substituir as BD, os novos helicópteros para substituir os Lynx e o MLU dos Tridente.
O planeamento tem de ser este tudo o que seja menos que isto é inaceitável.


Na próxima revisão da LPM, incluir 3 MEKOA200, com peça 127 mm, 8x Harpoon Block II, 1 RAM, MK-46, CAPTAS e ESSM Block II, penso que por 400 milhões cada, não será um preço descabido.
E em 2030 lançar concurso para aquisição de 2 GP, com especialização AAW, como sejam as FREEM, ou F-110.





« Última modificação: Maio 30, 2021, 02:37:48 pm por typhonman »
 
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