Uruguai - Ensino do Português

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zocuni

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Uruguai - Ensino do Português
« em: Novembro 08, 2007, 01:41:32 am »
Tudo bem,
 
   Governo do Uruguai torna obrigatório ensino da língua portuguesa
 
No ano lectivo de 2008, a Língua Portuguesa passa a ser disciplina obrigatória para os estudantes uruguaios que frequentem o 6º ano de escolaridade, anunciou o Governo daquele país sul-americano.
 


"Isso é muito importante para os jovens luso-descendentes que vivem no Uruguai, mas também para todos aqueles que queiram aprender a falar a língua portuguesa", afirmou à Lusa o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Braga, que se encontra em visita oficial a este país sul-americano até à próxima quarta-feira.

Até agora, o ensino do Português como língua estrangeira nas escolas uruguaias tinha um carácter facultativo: os estudantes do secundário podiam optar por fazer a disciplina, a qual, no entanto, tinha um estatuto de matéria extracurricular.

A única excepção eram as escolas primárias situadas nos departamentos fronteiriços com o Brasil, onde o Português era já ensinado e onde se fazem estudos de investigação sobre os chamados Dialectos Portugueses do Uruguai (DPU), conhecidos na gíria linguística como o "portuñol".

Por razões geográficas e sociológicas, nesses departamentos fronteiriços "existem inúmeras escolas primárias onde está implementado, desde 2003, o ensino bilingue em Espanhol e Português, que é coordenado por um programa nacional do Departamento de Educação Bilingue da ANEP (Administração Nacional da Educação Publica), com claros delineamentos metodológicos e com o objectivo de formar cidadãos bilingues", esclareceu a embaixadora de Portugal no Uruguai, Luísa Bastos de Almeida.

Em algumas escolas do Uruguai, "crianças que falam a língua maioritária (espanhol) e aquelas que falam a língua portuguesa encontram-se integradas no mesmo grupo [turma] e ambos os idiomas são utilizados como veículo de instrução", esclareceu a diplomata portuguesa.

A existência deste programa reconhece oficialmente que o Português é a língua materna de muitas crianças que estudam nas escolas de fronteira com o Brasil e para as quais o Espanhol funciona como uma língua secundária.

No âmbito do ensino público, os estudantes uruguaios podem frequentar, de forma extracurricular, cursos de língua portuguesa promovidos pelos Centros de Línguas Estrangeiras espalhados pelas principais cidades do Uruguai.

As instituições privadas de ensino do Português Língua Estrangeira (PLE) no Uruguai, reconhecidas por instituições educativas brasileiras, são o Instituto de Cultura Uruguaio - Brasileiro e o Club Brasil, ambas com sede em Montevideo.
© 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
2007-11-05 06:15:02

 
Claro que o Brasil tem um papel preponderante,mas muito importante para os amantes da lusófonia como eu.

Abraços,
zocuni
 

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pedro

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« Responder #1 em: Novembro 08, 2007, 05:31:40 pm »
Sera que vamos ter de acrescentar uma nova bandeira a CPLP?? c34x
Cumprimentos
 

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Daniel

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« Responder #2 em: Novembro 08, 2007, 06:17:23 pm »
Excelente noticia. :lol:  c34x
 

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zocuni

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????
« Responder #3 em: Novembro 08, 2007, 09:47:58 pm »
Citação de: "pedro"
Sera que vamos ter de acrescentar uma nova bandeira a CPLP?? c34x
Cumprimentos


Não nos precepitemos em conclusões.Tal facto não torna o Uruguai lusófono,apenas nos diz que português terá um tratamento diferenciado,meramente isso o que já é maravilhoso.

Abraços,
zocuni
 

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Sniper BR

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« Responder #4 em: Novembro 19, 2007, 02:26:57 pm »
O Uruguai já fez parte do reino do Brasil...

O que será que pensam sobre uma "unificação"? :twisted:

  Abraços!
"Eu não tenho que lhes dizer. Quem ganhou a Guerra os senhores sabem: foi a Artilharia"
(PATTON - sobre a 2ª GM)
 

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zocuni

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« Responder #5 em: Novembro 19, 2007, 02:54:59 pm »
Citação de: "Sniper BR"
O Uruguai já fez parte do reino do Brasil...

O que será que pensam sobre uma "unificação"? :twisted:

  Abraços!


E de Portugal também através da Colónia de Sacramento,que nos custou a Ilha de Fernado Pó hoje Guiné-Equatorial um membro hoje em dia da CPLP.Mas não creio que isso seja possivel,nem que se tornem lusófonos.Mas acredito numa franca e próspera aliança do Uruguay com países da lusofonia.O que seria verdeiramente incrivel.

Abraços,
zocuni
 

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P44

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« Responder #6 em: Novembro 19, 2007, 02:55:34 pm »
Infelizmente nem "todos" pensam assim... :roll:

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George Bush corta financiamento à língua portuguesa
Secretário de Estado lamenta decisão
 

O secretário de Estado das Comunidades, António Braga, lamenta as declarações do Presidente norte-americano, George W. Bush, que na passada terça-feira criticou as despesas com o ensino de português nos Estados Unidos.

António Braga não concorda com a posição de George W. Bush, já que o Português é a língua oficial de oito países, com 250 milhões de falantes e instrumento de trabalho nas instâncias internacionais, como refere a Lusa, citada pelo jornal Sol.

O secretário de Estado das Comunidades reconhece legitimidade na posição do Presidente dos Estados Unidos, embora esta não corresponda à «crescente importância e afirmação do Português», que tem vindo a ser adoptado como segunda língua em outros países, como no Uruguai.

Recorde-se que o Presidente dos Estados Unidos suspendeu, na passada terça-feira, uma medida apresentada pelo congressista democrata, Patrick Kennedy, de financiamento de programas de educação, onde estava inserido o ensino de português como segunda língua.


FONTE
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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zocuni

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« Responder #7 em: Novembro 19, 2007, 03:15:24 pm »
Amigo,P44

Leu meus pensamentos,ía postar isso aqui no fórum.Valeu pela prontidão.São esses nossos "aliados"!

Abraços,
zocuni
 

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Jorge Pereira

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« Responder #8 em: Novembro 19, 2007, 04:04:46 pm »
A notícia assim transmitida é tendenciosa. O que foi vetado foi um vasto programa de educação apresentado pelo congressista democrata Patrick Kennedy, programa esse que incluía uma parcela em que constava o ensino do português.

É completamente diferente isto, a dizer que o veto foi única e exclusivamente dirigido ao ensino do português nos EUA.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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zocuni

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« Responder #9 em: Novembro 19, 2007, 04:10:33 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
A notícia assim transmitida é tendenciosa. O que foi vetado foi um vasto programa de educação apresentado pelo congressista democrata Patrick Kennedy, programa esse que incluía uma parcela em que constava o ensino do português.

É completamente diferente isto, a dizer que o veto foi única e exclusivamente dirigido ao ensino do português nos EUA.


Tudo bem,Jorge Pereira

Pode-se interpretar dessa maneira.Mas o critério pelo que li foi puramente economicista,num país que tem o maior PIB mundial e que gasta balúrdios em outras áreas.Não estamos falando de um país com sérias restrições orçamentárias.Por isso acho uma tremenda bola fora do Governo do Sr.Bush.Penso neste contexto.

Abraços,
zocuni
 

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André

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« Responder #10 em: Novembro 20, 2007, 05:47:40 pm »
Número de alunos a aprender português no estrangeiro subiu 4,57%

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O secretário de Estado Adjunto da Educação, Jorge Pedreira, anunciou hoje no Parlamento que o número de alunos abrangidos pelo ensino de português no estrangeiro aumentou 4,57 por cento em relação ao ano passado.

Em declarações à Agência Lusa, à saída da Comissão de Orçamento e Finanças, o responsável especificou que o número de alunos que estão a aprender português no estrangeiro passou de cerca de 61.000 para 64.000, um aumento que considera ter sido possível graças ao crescimento de 1,9 por cento nas despesas deste sector.

Na Assembleia da República, o deputado social-democrata Pedro Duarte questionou o Governo sobre «os múltiplos casos de dificuldades» no ensino de português no estrangeiro, sublinhando o decréscimo real de investimento neste sector, uma vez que a subida de 1,9 por cento é inferior ao valor previsto da inflação.

«Não há nenhuma desinvestimento e continua a ser uma aposta, mas não escondo que é necessário repensar o ensino de português no estrangeiro», afirmou Jorge Pedreira, salientando que existe um aumento relativamente à estimativa de execução de 2007.

Hoje, igualmente em declarações à Lusa, o secretário de Estado anunciou que o governo está a preparar alterações no ensino de português no estrangeiro para adaptar a língua portuguesa e afirmar-se como uma das mais faladas no mundo.

«Está a ser preparada uma resolução do Conselho de Ministros para a criação de um grupo de trabalho técnico para repensar a estratégia do ensino de português no estrangeiro», disse, acrescentando que aquela equipa deverá ser designada «muito em breve», antes do final do ano.

Lembrando que o ensino de português se resume a «leiturados, colocação de professores na Europa e algum apoio fora da Europa», o secretário de Estado sublinhou que «já não estamos nos anos 70».

«As coisas estão diferentes. Temos de pensar na livre circulação de pessoas e na mobilidade. Hoje é possível que de um ano para o outro apareça uma comunidade de 30 mil portugueses em qualquer país da Europa», defendeu.


Diário Digital / Lusa

 

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comanche

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« Responder #11 em: Dezembro 19, 2007, 05:39:18 pm »
Comunidades: Interesse pelo português está a crescer junto de empresas e universidades sul-africanas

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Lisboa, 19 Dez (Lusa) - Muitas empresas e universidades sul-africanas têm cada vez mais interesse pelo ensino do português para fins de trabalho e negócios, anunciou hoje a coordenadora do ensino na África do Sul, Fernanda Costa.

"Há uma procura muito grande pelo ensino da língua portuguesa, sobretudo por empresas e universidades, nomeadamente em Pretória e na Cidade do Cabo, que têm à sua volta várias empresas e muitos ministérios", disse Fernanda Costa.

A responsável falava à margem do colóquio "Políticas e Práticas de Ensino de Português para as Comunidades Portuguesas", que termina hoje em Lisboa.

Questionada sobre os motivos dessa procura, a coordenadora do ensino afirmou que os sul-africanos "sentem a necessidade de saber a língua falada em dois grandes países vizinhos como Angola e Moçambique".

"Depois há também interesses de trabalho e de negócio", acrescentou.

Para fazer face a essa procura, a coordenação de ensino na África do Sul tem projectos para abrir novos cursos no próximo ano em várias universidades sul-africanas.

De realçar também o pedido que a coordenação de ensino recebeu das autoridades sul-africanas para haver cursos de português com vista ao Mundial de Futebol de 2010.

"Este pedido vem na sequência do protocolo de cooperação que temos com a polícia, a quem damos cursos desde 2006", disse Fernanda Costa.

De acordo com a responsável, o objectivo é que as "pessoas que estão nas fronteiras e nos aeroportos saibam entender alguém que necessite de ajuda".

A expansão da língua portuguesa naquela região está a atingir também outros países como a Namíbia e o Botswana, onde se situa a sede da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, havendo necessidade do serviço de intérpretes e tradutores.

Na Namíbia, a procura prende-se com o facto de Angola ser um país vizinho.

Além de preparar a abertura de novos cursos, Fernanda Costa está também a desenvolver o projecto "Prolíngua", que pretende criar nas várias universidades sul-africanas um bacharel em Língua e Cultura Portuguesas.

"Poderá vir a ser um potencial local de formação de professores de língua portuguesa", afirmou.

Na África do Sul existem 4.120 alunos no ensino de português no estrangeiro, entre os quais estão luso-descendentes, lusófonos e sul-africanos.

O colóquio "Políticas e Práticas de Ensino de Português para as Comunidades Portuguesas", iniciado na terça-feira, termina hoje e contou com a participação de coordenadores do ensino no estrangeiro, conselheiros das comunidades e especialistas.

Organizado pela Secretaria de Estado das Comunidades e pelo Conselho das Comunidades Portuguesas, o colóquio pretende discutir a responsabilidade do Estado, o regime de funcionamento e o recrutamento de docentes no Ensino de Português no Estrangeiro, bem como a passagem da sua tutela do Ministério da Educação para o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

 

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comanche

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« Responder #12 em: Dezembro 19, 2007, 05:39:50 pm »
Comunidades: Ensino português na Alemanha está a perder cursos e professores , alerta professora


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Lisboa, 19 Dez (Lusa) - O ensino de português na Alemanha está a perder cursos, a ficar sem professores e a sua integração no ensino oficial alemão está votada ao insucesso, alertou hoje a coordenadora do ensino naquele país.

"Nos últimos cinco anos acentua-se a tendência de desresponsabilização dos Estados alemães pelo Ensino de Português no Estrangeiro (EPE) e essa tendência irá acentuar-se cada vez mais", sublinhou Antonieta Mendonça.

Na Alemanha, a maior parte dos Estados assumiu a responsabilidade pelo ensino do português, enquanto outros atribuíam subsídios ou cediam espaços para as aulas de língua portuguesa.

A coordenadora do ensino falava durante o colóquio "Políticas e Práticas de Ensino de Português para as Comunidades Portuguesas", que decorre hoje em Lisboa.

Para exemplificar o decréscimo no investimento do EPE, a responsável afirmou que, em 2003, existiam 1345 professores de português na Alemanha e agora existem 886.

"Desde 2002 que tem sido a parte portuguesa que tem de contratar professores para os lugares anteriormente financiados pelo Estado alemão. Não seria aceitável que Portugal deixasse as crianças ficarem sem aulas de português", afirmou.

A contrapor com as dificuldades que a coordenação sente em organizar os cursos de português, está o crescente número de alunos interessados em aprender português.

De acordo com a coordenadora, desde 2003 o número de alunos de português subiu dos 2.242 para os 4.963, enquanto os cursos subiram de 220 para 240.


Uma das soluções apontadas para resolver a questão do financiamento dos cursos de português é a inclusão da língua portuguesa no sistema oficial de ensino na Alemanha.

Para Antonieta Mendonça, "integrar seria o ideal, mas isso não é possível".

Na Alemanha o sistema de ensino é diferente do português: a partir do ensino básico, as crianças fazem exames e testes e são encaminhadas para o liceu, a escola média de via profissionalizante ou para a escola especial, entre outras.

"O ensino de outras línguas curriculares que não o inglês e o francês só é praticável a nível do liceu. As outras vias de ensino têm o inglês", explicou, adiantando que a frequência dos alunos de português nos liceus é baixa.

Na área de Hamburgo, apenas sete por cento dos alunos portugueses no ensino secundário frequentam o liceu, em Estugarda o número desde para cinco por cento, enquanto em Dusseldorf e em Frankfurt os números são mais animadores, subindo para os 12 por cento em ambas as regiões.

"A possibilidade de integração do português implica que apenas uma percentagem reduzidíssima de alunos teria acesso a este ensino. E mesmo sendo essa a solução final, implicaria, pelo menos, que 15 alunos no mesmo ano escolar se interessassem pela disciplina. Para isso era necessário que alunos de outras nacionalidades quisessem aprender português, o que não será muito viável", acrescentou.

Antonieta Mendonça defendeu o sistema bilingue de ensino para a manutenção das aulas de português.

"O êxito que mais de 400 alunos na Alemanha que frequentam este ensino mostra que o investimento feito tem valido a pena", afirmou.

Por sua vez, a professora na Alemanha Teresa Soares, acusou o governo de estar a desinvestir no EPE.

"Os cursos são vistos como uma despesa e não como um investimento. As condições de trabalho não são boas, há um professor na Alemanha que tem oito escolas em oito localidades diferentes para leccionar este ano. Tudo por causa da política economicista, em que se tem tentado encaixar o maior número de alunos para um só professor", afirmou.

A professora defendeu ainda que o Português como língua estrangeira "não é solução" porque isso implica "a perda cultural e de identidade".

O colóquio "Políticas e Práticas de Ensino de Português para as Comunidades Portuguesas" teve início na terça-feira, termina hoje e contou com a participação de coordenadores do ensino no estrangeiro, conselheiros das comunidades e especialistas.

Organizado pela Secretaria de Estado das Comunidades e pelo Conselho das Comunidades Portuguesas, o colóquio pretende discutir a responsabilidade do Estado, o regime de funcionamento e o recrutamento de docentes no Ensino de Português no Estrangeiro, bem como a passagem da sua tutela do Ministério da Educação para o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

MCL.

 

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comanche

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« Responder #13 em: Dezembro 21, 2007, 11:37:39 am »
EUA: Presidente assina lei que prevê financiamento para ensino da língua portuguesa

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Nova Iorque, 20 Dez (Lusa)- O ensino do português como segunda língua nos Estados Unidos da América está contemplado na proposta de lei "omnibus", aprovada na quarta-feira pelo Congresso norte-americano e que o presidente George W. Bush irá assinar.

Numa intervenção em Novembro, no Estado de Indiana, o presidente Bush ridicularizou a proposta de lei de apropriação de meios para trabalho, saúde e educação, que vetou, por alegadamente conter "projectos de esbanjamento(de dinheiros públicos)", citando como um dos exemplos "o programa de português como segunda língua".

Tratava-se de uma proposta do congressista democrata de Rhode Island, Patrick Kennedy, que pedia a atribuição de 200 mil dólares para um programa de português do Rhode Island College, em Providence.

Nas últimas semanas, ainda houve uma tentativa dos republicanos na Câmara dos Representantes para que a proposta fosse retirada da lei de apropriação de meios, mas esta acabou derrotada pela maioria democrata.

Numa conferência de imprensa hoje de manhã em Washington, Bush frisou que na proposta de lei de 555 mil milhões de dólares aprovada pelo Congresso, existem 9 800 casos de orçamentos para fins específicos, cujo objectivo é satisfazer os anseios dos círculos eleitorais, de forma a garantir o voto nas próximas eleições.

De acordo com o presidente norte-americano, apesar destes casos surgirem em número inferior aos de propostas de lei orçamentais anteriores, continuam a traduzir um encargo para os contribuintes, que pagam obras e programas que muitas das vezes nem sequer são discutidos.

"Por isso, vou dar instruções ao Director de Orçamento, Jim Nussle, para que reveja as opções de lidarmos com estes gastos supérfluos na proposta de lei omnibus", disse Bush.

Sem poder para bloquear projectos específicos, que lhe foi retirado por uma decisão do Supremo Tribunal, em 1998, a presidência dos Estados Unidos apenas pode vetar a proposta em bloco.

Na ausência do veto presidencial, o financiamento para o curso de português surge entre as 1.300 páginas da proposta que Bush irá assinar, acalmando os muitos protestos de associações e entidades portuguesas aos reparos de George W. Bush em Indiana.

No Rhode Island College (RIC) existe, desde Outubro de 2006, o Instituto para Estudos Mundiais Portugueses e Lusófonos, criado com dois donativos de 250 mil dólares, um da JB Fernandes Memorial Trust e outro da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD).

As doações foram concedidas ao RIC em Junho do ano passado como primeiro passo de uma campanha de angariação de um milhão de dólares para desenvolvimento dos estudos de português naquela instituição universitária.

A proposta do congressista Patrick Kennedy enquadra-se nesse projecto.

O instituto oferece aos estudantes a possibilidade de se tornarem biligues e biliterados nos seus ramos profissionais.

O primeiro curso incluiu formação profissional para professores de português e um curso de português para profissionais de medicina.

Outros áreas incluem a formação de interpretes certificados, programas de investigação e "workshops" de capacitação em língua portuguesa.

Se em 2002 havia no RIC matriculados 51 alunos em cursos de português, hoje existem mais de 200.

 

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comanche

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« Responder #14 em: Janeiro 14, 2008, 08:12:17 pm »
Madeira: 300 investigadores reúnem-se em Agosto no Funchal no IX Congresso Internacional de Lusitanistas

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Funchal, 14 Jan (Lusa) - Cerca de 300 investigadores na área da língua portuguesa de diferentes universidades e academias a nível mundial vão participar no IX Congresso Internacional de Lusitanistas, que decorrerá no Funchal em Agosto.

Este encontro, que acontecerá de 04 a 09 de Agosto, integrado no programa das comemorações dos 500 Anos do Funchal, foi hoje tema debatido numa audiência entre a organização e o Representante da República na Madeira, Monteiro Diniz.

A coordenadora, Helena Rebolo, disse à agência Lusa que o congresso decorrerá subordinado ao tema central "Lusitanismo - Tempo de Reciprocidade", prevendo o programa a comemoração de várias efemérides e diversas sessões em simultâneo.

Salientou que a Associação Internacional de Lusitanistas (AIL), promotora do congresso, "existe há cerca de 20 anos e congrega investigadores de áreas académicas de todo o mundo que se interessam pela língua portuguesa" e debatem temas relacionados com a história, cultura, língua portuguesa e literatura (africana, brasileira e portuguesa).

Por seu turno, Margarida Falcão, da direcção da organização do congresso, referiu que a escolha da ilha da Madeira para a realização deste congresso da AIL surge na sequência da proposta apresentada pelos participantes da Região no último encontro que decorreu em Santiago de Compostela, Espanha.

Adiantou já existirem inscrições da Polónia e do Brasil para o congresso, que decorrerá na Universidade da Madeira.