Sou um idealista, acho que não deveriam ser impostas limitações nenhumas, sobretudo sobre a idade e habilitações literárias formais/escolares. As provas de conhecimentos, físicas, médicas, de avaliação psicológica, etc… é que determinariam quem entrava ou ficava de fora. Pois temos pessoas com 40 anos em excelente forma e outras apenas com a instrução primária mas intelectual e culturalmente mais evoluídas que muitos com o 12º ano actualmente exigido. É o modelo nalguns países, sobretudo a norte da Europa.
Porém por cá é habito e tradição pré-condicionar os concursos, estabelecer baias e limites bem definidas nalguns parâmetros como: habilitações mínimas, idade máxima, nacionalidade, altura, etc...
Um dos países onde o primeiro sistema é muito usado é em Inglaterra, mas têm mecanismos de compensação. O despedimento é fácil, por isso a substituição de elementos mais antigos por outros mais jovens é normal, fluido, simples e usual.
Por cá, com a rigidez das leis laborais, com as policias a funcionarem com nomeações definitivas, até à reforma, emprego para a vida, esta solução só viria a complicar, a contribuir para o agravamento do já de si muito envelhecido efectivo que já é dificílimo de gerir.
É verdade que a experiência de vida, a maturidade, mais todos os conhecimentos da experiência feitos, são importantíssimos numa força toda ela virada para o cidadão, mas, convenhamos, para velho todos caminhamos e à juventude ninguém regressa.
A policia não funciona sem uma mescla de juventude e tarimba e neste momento está muito desequilibrada para a segunda; há esquadras em que o seu mais jovem elemento está acima dos 40. Subir ainda mais a idade máxima de acesso poderia colocar em risco a operacionalidade da própria força, não duvidem.
Portanto, e concluindo, não acho mesmo nada provável que se venham a alterar esses parâmetros.