Dúvido, nós estamos enterrados até eo pescoço na UE e não estou a ver os PALOPs a aceitarem uma união com os "imperialistas". Nestas coisas há que ser racional e não se deixar levar pelas emoções, eles querem muita coisa de Portugal, mas não uma união politica.
Concordo com o amigo Cabeça de Martelo sobre não se deixar levar pelas emoções. O nosso argumento pela reunião dos países lusófonos deve ser puramente racional.
Vê bem, apesar de sermos separados por oceanos, temos muito mais em comum entre nós (Portugal, Brasil, PALOPs e Timor) do que entre Portugal e a UE ou Brasil e a América do Sul.
Pelo que notei, a UE parece um condomínio no qual nenhum vizinho se entende, e uns são mais chegados a outros apenas pela afinidade linguística (Caso de Alemanha, Áustria e Suíça, Suíça, França e Bélgica, Bélgica e Holanda, e por aí vai). Aqui na América do Sul, apesar da UNASUL e tudo o mais, impera um clima de "Todos contra o Brasil", capitaneado principalmente pela Venezuela de Chávez. Não sei quanto aos PALOPs, mas eu andei lendo que há um movimento em Cabo Verde querendo que o país volte aos braços de Portugal como um protetorado, e o mesmo ocorrendo no estado/enclave de Cabinda, mas há uma tensão muito grande neste caso pois a maior parte do petróleo angolano está justamente em Cabinda. E quanto a Timor, que nem moeda própria tem, tendo que se virar com o Dólar?
A União Lusófona é um sonho possível, sim, mas deve ser muito bem arquitetado para que não hajam privilégios a países-membros em detrimento de outros países-membros. Nesse caso, a CPLP deve ser mais ativa. O sonho pode, sim, seguir bases puramente racionais. Precisamos de uma integração maior.
E, se eu falei besteira, me corrijam.