Penso que é inútil atenuar a responsabilidade dos genocidas. A maioria das pessoas sabe bem o que está a acontecer.
Uma coisa é matar uns quantos civis colateralmente e isso acontece em guerrs, outra coisa é terraplanagem de um território como temos assistido por motivos religiosos.
E a quem nega a natureza religiosa do conflito, recomendo a leitura de transcrição de discursos de altos dirigentes israelitas. O objectivo deles é claro e designa-se por extermínio.
Destruir as condições de vida para impedir que as pessoas consigam sobreviver forcando-as ao exílio ou à morte.
Basta ver que tem Muçulmanos e outras minorias completamente integrados e a viver sem qualquer restrição e inclusivamente alguns representados na assembleia/parlamento para perceber que a sua afirmação é falsa quando acusa Israel de perseguição religiosa.
Aliás antes do ataque de 7 de Outubro havia muitos palestinos de Gaza que trabalhavam e movimentavam-se livremente pelo resto de Israel.
Já agora o "Racio de civis mortos" (penso que comparando com total da população ou numero total vitimas) na guerra de Gaza está muito parecido (dependendo do conflito umas vezes mais alto outras mais baixo), com outros conflitos. O que desmente a teoria de haver um numero anormal de civis mortos, o que acontece em Gaza é que é uma zona densamente povoada logo é "normal" haver baixas civis, ainda mais quando um dos intervenientes usa os civil como escudo.
Concordo que não haja perseguição meramente religiosa, a religião é um meio, não o fim.
Dizer que os árabes israelitas estão completamente integrados já é um exagero, inclusivé há actualmente partidos anti-arabes na coligação do governo que pretendem definir uma segunda categoria de cidadania. Isto não exclui que uma boa parte da população seja, efectivamente, tolerante com os árabes.
Qual é o conflito na história que se compara a este? Avance com os números, por favor.
Em diversas ocasiões, políticos do governo e chefes militares proferiram como desígnio da vingança acabar com a raça, terraplanar Gaza, e matar homens, mulheres e crianças. Este discurso não foi um indício, foi uma declaração, efectivada desde então.
Bombardear campos de tendas, escolas, hospitais, poderia hipoteticamente ser legítimo se fossem apresentadas provas da existência de armas ou combatentes. Mas não foram, e ainda que possam ter existido em alguns locais (há que admitir), as poucas informações prestadas, foram geralmente forjadas, porque não há provas.
Cada um vê a realidade como quer, ou como consegue.
Agora que um tribunal criminal internacional decide pela evidência de crimes de guerra e genocídio (esse termo está dedinido juridicamente) há quem prefira renegar o Direito Internacional e o regime de Direitos Humanos que foi evoluindo com a humanidade e que a fez evoluir.
Como hoje em dia tudo pode ser refutado e renegado, e já não há necessidade de apresentar provas, factos ou lógica para defender uma "causa", torna-se inútil estar aqui a debater esta miséria.