[Cabeça de Martelo]

Citando o wikipédia sobre as origens dos judeus em Israel:

Ásia - 12%

África - 15,4%

Europa/América/Oceania - 33,4%

Israel - 39%

Agora faz um semelhante para os "Palestinianos".

[Kalil]

Citando o wikipédia sobre as origens dos judeus em Israel:

Ásia - 12%

África - 15,4%

Europa/América/Oceania - 33,4%

Israel - 39%

Agora faz um semelhante para os "Palestinianos".

Isso são os dados actuais sobre a naturalidade dos residentes em Israel? Quer dizer que, 76 anos após a formação do estado de Israel, 61% dos israelitas ainda são imigrantes vindos de outros países? O que pretende demonstrar com estes dados?

[Cabeça de Martelo]

Apenas pretendi responder a isto:

https://www.forumdefesa.com/forum/index.php?topic=13790.msg451267#msg451267

[speedy]

Isso é mesmo assim. Os que nasceram lá são israelitas... Como é lógico.

Ainda assim há judeus e judeus.

Conheço bem (e dou-me bem com alguns a nível profissional) originários do norte de África  sefaraditas que  curiosamente se refugiaram mais para Europa do que para Israel. São os que não alinham com o sionismo dos asquenazes do norte europeu e não se identificam com o estado de Israel actual com dirigentes genocidas.

Curiosamente, os de origem sefaradita que optaram por migrar para Israel, foram servir os do  norte europeu. A relação é similar  que temos em Portugal com africanos  que emigraram para Portugal. São católicos mas não partilham da mesma cultura étnica e dedicam-se a profissões menos qualificadas.

Em relação ao poder económico, existem também descendentes sefaraditas milionários mais poucos. Exemplo um dos maior acionistas da MEO.

A maioria  do homems  do papel mais famosos da actualidade  são de origem asquenaz .

[os_pero]

É um problema de colonialismo essencialmente. Como muitos outros ao longo da história existiram pelos mais diversos motivos.

Os Judeus nativos eram minoria efectivamente mas  conviveram séculos em territórios "árabes" sob domínios diversos (otomanos, europeus etc). Da Palestina até Marrocos.

Os colonos israelitas foram essencialmente estrangeiros, Polacos, Russos, americanos , germânicos etc. que vieram de fora para colonizar e implementar o sionismo. A única relação é a religião.

A religião não pode dar direito a solo. Como é óbvio. Mas a propaganda Israelita é forte o suficiente para existir um exército de defensores do direito divino a uma terra. Muitos deles cristãos e até ateus o que não deixa de ser surreal tendo em conta que as 3 grandes religiões nasceram no mesmo local.

Se os Judeus eram a minoria naquela zona o que dizer dos Palestinos?

[Kalil]

The first official census was taken in Palestine in 1922, by the British mandated government. In that occasion a total population of 757,182 individuals was found, of whom 590,390 were Muslims, 83,694 Jews, and 73,024 Christians.

Registos da evolução demográfica:
https://www.jewishvirtuallibrary.org/jewish-and-non-jewish-population-of-israel-palestine-1517-present

[LM]

Com emigração ou não - porque se vamos a ver história ainda temos de reconhecer que antes dos muçulmanos havia lá... cristãos e, mais recuado ainda, judeus - havia uma importante comunidade judaica entre o fim da primeira grande guerra e a segunda guerra mundial e que cresceu nesse período (e já era importante antes); e era suficiente para se perceber que ter estados separados entre judeus e muçulmanos - visto o Império Otomano ter terminado em 1918 e, em 1945, os Britânicos estarem fartos de administrar o território (que nunca tinha sido independente - salvo antes de Cristo!) - era a melhor solução. A Jordânia ficava com as partes muçulmanas e haveria um Israel... muito menor que o actual.

Infelizmente - tal como anteriormente o Amin al-Husayni (Mufti de Jerusalém), que sempre impediu uma solução... como um homem pode causar tanto problema - os países árabes (e os árabes que viviam no que se começou a chamar Palestina) recusaram e atacaram... perderam; e perderam outra vez... e outra vez... se em 1948 já não era possível "do rio até ao mar" (ie outro genocídio dos judeus) agora ainda menos.

E o facto é que Israel é uma democracia, os não judeus têm direitos, certas minorias (Drusos, beduínos) participam nas Forças Armadas Israelitas convictamente.         

[Kalil]

De facto, e essa vertente do problema não é de desvalorizar, Israel é uma democracia desenvolvida. Mantém a ocupação de território e o apartheid violento mas é uma democracia a nível interno.

No entanto, nessa democracia, o Otzama, que tem tantos votos em percentagem como o Chega em Portugal, consegue graças a Netanyahu, ter uma influência enorme nas decisões e na narrativa de extermínio.
Em Portugal, tivemos 2 meses de lamentações e avisos acerca da estabilidade do país, até o manso aprovar um orçamento absurdo. Em Israel, um político que está a ser julgado por corrupção consegue formar governo coligado com todos os radicais disponíveis, e arrastar o país para um buraco cometendo o maior massacre humano desde o Ruanda nos anos noventa, sem que ninguém
levante um dedo.
E conta com o apoio do resto do mundo, o que ajuda a fortalecer a posição de Netanyahu.

Já Amin al-Husayni foi um radical da mesma estirpe, foi quem transformou a luta pela independência numa guerra religiosa, porque pensava com isso obter a empatia dos vizinhos árabes. Um fanático  que chegou a tentar aliar-se aos nazis.
A partição do território, no entanto, não seria aceitável para ninguém, uma vez que a minoria judaica ficaria com as planicies araveis, o acesso ao mar, e a garantia de acesso à agua das serras da Judeia e Samaria, que seria a zona destinada aos árabes.

Em 70 anos o mais proximo que se esteve da paz foi depois dos acordos de Oslo. Mas o homem que teve coragem para ordenar a operação Entebbe, foi assassinado pela extrema direita, e essa hipótese desapareceu.
E estamos agora no nível mais baixo de sempre.

[Cabeça de Martelo]

Na verdade o que veio salvar o Bibi de perder o poder e ir parar à prisão foi o massacre do Hamas.

Metam na conta do Hamas!

[Cabeça de Martelo]

Ele está a falar deste individuo:

Another UNRWA Terrorist eliminated. IDF announces justice was delivered to UNRWA employee Muhammad Abu Atiwi who led the October 7 Hamas massacre that murdered many Israelis in a shelter near Re'im and abducted Hersh Golberg-Polin and others into Gaza.

[Kalil]

Com um pouco de esforço ainda vão aparecer provas de que o massacre foi ordenado pelo Guterres, a pedido de Putin para divergir esforços da guerra ucraniana, e a troco de uma villa em Kazantip, onde o aguardam 70 virgens tchetchenas.

[Lightning]

Realmente se a UNRWA está minada de pessoal pro-Hamas é fácil de perceber como é que o Hamas fica com toda a ajuda humanitária que entra na faixa de Gaza, eles são os mesmos, só que quando passam a fronteira tiram o boné da UN e colocam o lenço palestiniano, ou lá o que eles usam...

[Lusitano89]

[papatango]

Realmente se a UNRWA está minada de pessoal pro-Hamas é fácil de perceber como é que o Hamas fica com toda a ajuda humanitária que entra na faixa de Gaza, eles são os mesmos, só que quando passam a fronteira tiram o boné da UN e colocam o lenço palestiniano, ou lá o que eles usam...

Aqui temos que entrar em linha de conta com a questão económica.

As Nações Unidas têm uma politica de, e onde for possível, utilizar pessoal local.
Isto tem varias vantagens, tais como criar emprego para os locais e facilitar a ligação entre a população que se pretende apoiar e as estruturas das Nações Unidas.

É obviamente normal que, após tantos anos de presença, a ligação que foi estabelecida com os palestinianos, tenha passado por pessoas com ligações ao Hamas. Estranho seria que não existisse.

Há também uma certa tendência para olhar para o lado, enquanto se despeja dinheiro em cima do problema para fingir que se faz alguma coisa.
A União Europeia por exemplo, financiou a comunicação social na faixa de Gaza, e na prática pagava programas que ensinavam crianças a vestir os kits suicidas de explosivos à cintura.

= = = = = =

Noutro registo, não se pode dizer que existam judeus europeus ou americanos. A questão religiosa manteve o povo judeu separado de todos os outros. A sua capacidade cultural, aliada ao fator religioso, manteve uma identidade própria para os judeus.
Os judeus da Europa, não despontaram do nada. Eles são migrantes, muitos forçados a sair das terras que ocupavam.

Os judeus não são os únicos com pretensões religiosas.
O controlo de Jerusalém, é um espinho enterrado no orgulho dos muçulmanos, porque depois de terem expulso os cristãos da Terra Santa, estes não voltaram, mas voltaram os judeus, com o auxilio dos cristãos e os muçulmanos perderam outra vez o controlo do lugar para onde Maomé foi, depois de ter morrido, tendo de Jerusalém ascendido aos Ceus.



Dito isto, o problema do ponto de vista da religião é que Deus teria dado aquelas terras aos judeus, e afirmado que os ajudaria a expulsar os povos que ali estavam, de entre os quais, temos os filisteus, que muita gente afirma com alguma propriedade, serem os antepassados dos palestinianos.

[Kalil]

Realmente se a UNRWA está minada de pessoal pro-Hamas é fácil de perceber como é que o Hamas fica com toda a ajuda humanitária que entra na faixa de Gaza, eles são os mesmos, só que quando passam a fronteira tiram o boné da UN e colocam o lenço palestiniano, ou lá o que eles usam...

Se o Hamas é a entidade política que governa a Faixa de Gaza, e se a UNRWA é a principal fonte de financiamento externo para as área da educação, cultura e educação, não vejo como isto poderá surpreender alguém.

Por outro lado, não compreendo bem qual a surpresa em que palestinianos sejam pro-hamas, quando há cidadãos de outros países que se identificam como pro-israel. E, uma vez que matar crianças parece ser algo agora aceitável, e que isso é o exemplo máximo do terrorismo, qual será o
problema com o Hamas? Talvez aquela cor verde manhosa das bandeiras?