Básicamente ele diz que se ficar de lado (como é ensinado nas Forças Armadas Norte-Americanas e Portuguesas), o atirador não retira proveito da vantagem de ter placas balisticas do colete.
Pessoalmente acho que ele está certo e errado ao mesmo tempo, porque dúvido que a maior parte dos coletes balisticos sejam capazes de suportar o impacto de um simples 5.56mm a média/curta distância, quanto mais a de uma 7.62x39, mas há vantagens de se posicionar mais frontalmente como por exemplo o facto de a possibilidade de o atirador ter os dois [plu]pulmões perfurados ao mesmo tempo diminui muito consideravelmente.
Eu nunca adotei a completamente de lado que muitos instrutores tentavam passar aos instruendos como a mais correcta, nem de frente que está tão em voga nos "states", digamos que ficava a meio caminho e a coronha fica sempre mais para dentro do que é a norma, para dar estabilidade. Enfim, manhas/pancas/vicios que apanhei do meu avô nas nossas sessões só para homens de barba rija e com muita pólvora queimada!
O peito deve estar virado para a ameaça em todos os procedimentos. Há duas posições de pernas, ou paralelas ou uma um pouco mais a trás q outra, mas nunca de lado.
De lado são vários os órgãos atingidos! E o menos problemático são os pulmões! apanhar o fígado, estômago e rim é possível num disparo de lado enquanto que de frente é impossível se não houver estilhaços internos!
As placas sapi aguentam até 7,62x54mm.
É de relembrar que o 5,56x45mm fura mais do que o 7,62x39mm.
Quem usa placas laterais elas cobrem muito pouca área! Quem usa protecção balística soft lateral e de ombros esta só serve para estilhaços ou tiros de muito longe!
Acho que o problema maior deste soldado não foi tanto a falta de protecção mas sim, e tal como ele refere, a falta de treino! Não saber mudar um carregador rapidamente, não manter a situational awareness foram críticos! Mas para mim o pior erro de todos numa situação destas é a falta de um companheiro!
Se achamos que o exército Americano está bem preparado, imaginem o nosso...