Eu não estou a questionar se a Marinha conseguia absorver ou não o valor que mencionaste, só não percebi se esse valor teórico seria só até 2030, ou se iria além disso. Daquilo que está planeado na LPM (ou seja, nada de fragatas nem submarinos, nem corvetas), apenas o básico dos básicos que está proposto em Lei, resolvias com pouco mais de 1000 milhões, desde que realmente cumprido o orçamento. Se até 2030 pretendessem de facto adquirir mais alguma coisa (é o que nós queremos, nomeadamente fragatas), aí sim, 3000 milhões compravam tudo e ainda sobrava dinheiro.
Ora o AOR ronda os 150 milhões (perto de 1/3 disso se fosse em segunda-mão), o LPD outros 150 milhões (orçamentados, o valor realista seriam 300), os NPOs que se não me engano são 300 e picos milhões, o resto do orçamento está dividido entre MLU das VdG, ciberdefesa e pouco mais.
Não acho que um reequipamento dos fuzos custaria por aí além. Os nossos não iam ter CCs nem nada que se pareça, talvez um veículo anfíbio quando se decidissem no LPD e alguns 4x4 blindados como o ST5. O resto, seriam aquisições relativamente "baratas".
Quanto a caças, certamente não entrarão nas contas antes de 2030, logo não teria peso no orçamento desta década, a não ser que se tivesse aceite alguma proposta dos F-35 (ex-Turquia ou assim), falado anteriormente neste tópico com a vinda do Pompeo a Portugal. Assunto este que certamente terá morrido, a julgar pela também indecisão pelos Hawk.
Agora, a partir de 2030, como já se disse muitas vezes aqui... a LPM será bem pesada, principalmente se a taxa de concretização da actual LPM for baixa como as dos anos anteriores. Mas se concretizarem tudo até 2030, incluindo um AOR em segunda-mão (que se dane construir um novo em 2027), o LPD, os NPOs, aeronaves de treino, blindados 4x4, armas ligeiras, etc, etc, então talvez possamos ter alguma fé para a próxima década.